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Bernard Lonergan

8 - 10 Abril, 2010
É Realizações, S. Paulo

1
1. Intelecção- Insight
• - Apresentação.
• “A diferença entre um problema e uma
solução... “
• “Não há método de intelecção...”
• Despertar a consciência…. Desejo de
conhecer… Isso é filosofia

2
Insight - "eureka"

1. É a ponte entre um problema e uma solução


2. É libertação da tensão da investigação
3. A intelecção surge de repente, inesperada
4. É função de circunstâncias internas, e não de
circunstâncias exteriores
5. Oscila entre o concreto e abstracta
6. Está assumida na textura habitual da mente
3
Oversight - Desvios dramáticos
• Falha de intelecção. Que factores ?
• Introversão, isolamento, incompreensão
• Escotose," pontos cegos" inconscientemente
criados.
• Repressão e censura de esquemas que apresentam
intelecções
• Inibição. Actos, sonhos e memórias encobridoras
• Totemismo sexual.
• O psiquismo como não-sistemático
4
Configurações e desvios da cons ciência
DESVIOS
Individuais Sociais
introversão Biológica
Moral escotose egoismo
repressão de grupo
inibição de geração
encobrimento de classe
Intelectual totemismo de nação Estética

Dramática 5
2. Imperativos Transcendentais
• “Ser atento, inteligente, razoável e
responsável…e amante”
• “Ser é tudo o que há para conhecer”

6
Consciência ACTOS QUESTÕES IMPERATIVOS
sentir Sê
empírica percepcionar Informar-se! Atento!
imaginar
inquirir Sê
intelectual inteligir Que é isto ? inteligente!
conceptualizar
ponderar Sê
reflexiva captar É ou não é ? racional
julgar
desejar Sê
livre deliberar Vale a pena ? responsável
decidir
7
Consciência 1 Sensibilidade

Comunicação
Afirmações Espontâneas

8
Consciência 2 Inteligência

. .

9
Consciência 3 Reflexão

10
Consciência 4 Responsabilidade

11
Consciência 5 Amor

12
Processo cognitivo Questões para
@mch a Inteligência

Q ef
ue l e
aR

s t õ xã
EUREKA

es o
ão
en a Asserções Proposições
res a r
Descobertas

pa
t aç
ep e s p

intelectuais

ra
a R e stõ

IMAGENS REFLEXÕES
Qu

criadoras q.e.d.

Evocações Conhecimento
Argumentos
em geral

DECISÕES
EMOÇÕES
Livres e

ilid a
Expressivas

ad
responsáveis

sa b r a
reactivas

e spon es pa
Qu
a F est EXPERIÊNCIAS

Re estõ
or ões Percepções multisensoriais Atitudes
m

Qu
a e pa r
s té a
t ic Questões para
a 13
a Sensibilidade
3. Diálogo com as Ciências
• - A estrutura do conhecimento científico.
• - Os cânones do conhecimento científico
• - A visão do mundo como probabilidade
emergente
• - Os esquemas de recorrência
• Textos de Intelecção, caps. 3, 4 e 14

14
Teoria da Probabilidade Emergente Ciências
História
Sociologia Antropologia
Psicologia Economia
Biologia Etologia Geografia
Química Genética Medicina
Física Geologia Ecologia
Matemática Astronomia 15
A probabilidade emergente é um teorema
provável “sui generis”.( 424-5 e 475)

A estrutura do método empírico


generalizado opera como uma tesoura

Lâmina superior - série de generalidades


que carecem de determinação

Lâmina inferior - composta por dados,


hipóteses, deduções, testes, revisões.

A interpretação científica exige uma lâmina


superior de generalidades e uma lâmina
inferior de dados. 16
Evolução da Ciência
Antiga Moderna Contemporânea

•O cosmos é constituído •Mundo de elementos •Universo de ocorrências


por coisas relacionadas e imaginários ligados no explicadas por
por causas imaginadas tempo e no espaço por leis probabilidade (nem acaso
naturais nem necessidade)
•Espaço e tempo ainda
como eterno retorno do •Espaço e tempo •Dimensões do espaço e
mesmo quantificados de modo tempo com relatividade e
•Conhecimento analógico mecanicista indeterminação
como captação do •Conhecimento em rede
•Conhecimento
universal como processo de
determinista como
relação fixa de causa e experimentar, entender e

efeito julgar

17
Ciência
Clássica e Contemporânea
1. Conhece "a natureza de .." 1. Conhece "o estado de.. "
2. Exame científico de dados de 2. Procura compreender sequências
diferentes tipos de eventos normais vs.
3. Preocupação com semelhança excepcionais
sensível 3. Preocupação com regularidades
4. Verificação de determinadas notáveis
relações funcionais 4. Classes de eventos com conjuntos
5. Classificação clássica correspondentes de
6. Investigação material de probabilidades
relações espacio-temporais 5.Utiliza classificação da
investigação clássica
7. As leis clássicas são universais e
constantes mas as medidas são 6. Utiliza cálculo de probabilidades
particulares 7. Estados estatísticos são universais
8. Verificação por convergência de e constantes mas as frequências
medidas sobre as relações são particulares
funcionais expressas pelas leis 8. Verificação através de previsão
clássicas estatística que corresponde18a
frequência pré- estabelecida
Ciência Moderna
Heurística clássica
• 1. Procura conhecer" a natureza de ... "
• 2. Exame científico de dados de diferentes tipos
• 3. Preocupação com semelhança sensível
• 4. Verificação de determinas relações funcionais
• 5. Classificação clássica
• 6. Investigação material de funções e relações espacio-
temporais
• 7. As leis clássicas são universais e constantes enquanto
as medidas são particulares
• 8. Verificação através da convergência de medidas sobre
as relações funcionais nas leis clássicas

19
Ciência contemporânea
Heurística estatística
• 1. Procura conhecer "o estado de ... "
• 2. Procura compreender sequências de eventos normais vs.
Excepcionais
• 3. Preocupação com regularidades notáveis
• 4. Classes de eventos com conjuntos correspondentes de
probabilidades
• 5.Utiliza classificação da investigação clássica
• 6. Utiliza cálculo de probabilidades
• 7. Situações estatísticas são universais e constantes, embora
as frequências sejam particulares
• 8. Verificação através de previsão estatística que
corresponde a frequência pré- estabelecida
20
21
Teoria da probabilidade emergente
Cânone de selecção ( observação de dados)
Cânone de operação ( intelecção sobre os dados)
Cânone de relevância ( formulação da intelecção )
Cânone de parcimónia ( verificação da formulação)
Cânone da explicação completa
Cânone do resíduo estatístico

Teorias estatísticas - Exprimem a continuidade de uma


norma ideal a partir da qual os factos observados
divergem não-sistematicamente
Probabilidade - É uma norma ideal a partir da qual as
frequências actuais podem divergir mas não
sistematicamente
22
O mundo como
probabilidade emergente
• O mundo é composto de eventos, cada qual com o
seu tempo e espaço, recorrentes e de diferentes tipos.
Uns ocorrem regularmente ou implicam relações
circulares. Outros são condicionados. A divergência
não sistemática da frequência ou probabilidade de
ocorrência constitui o acaso.
• O mundo é sucessão de eventos prováveis e
possíveis. Não é governado por puro acaso nem
determinismo mas é crescentemente sistemático, e
admite grandes variações. Os processos quebram por
vezes e admitem impasses
23
4. Diálogo com o Senso Comum
• - Argumentação, Comunicação e
Psicanálise
• - Os obstáculos do Senso Comum
subjectivo
• - Os obstáculos do Senso Comum objectivo
• Textos de Intelecção, caps. 6, 7 e 17

24
Experienciais Explicativos, compreensivos
Particulares Universais
Relativos Invariantes
Imagináveis Inimagináveis
Objecto - as coisas para nós Objecto - a coisa em si
Preocupação com expectativas Diferenças de frequências definidas
normais nas coisas
Linguagem familiar Analíticos e com estrutura dedutiva
Utilizam constantes Utilizam termos exactos com
correlações gerais
Juízos de senso comum Juízos Científicos
25
Juízos de senso comum Juízos Científicos
Experienciais Explicativos, compreensivos

Particulares Universais

Relativos Invariantes

Imagináveis Inimagináveis

Objecto - as coisas para nós Objecto - a coisa em si

Preocupação com expectativas Diferenças de frequências definidas


normais nas coisas
Linguagem familiar Analíticos e com estrutura dedutiva

Utilizam constantes Utilizam termos exactos com


26
correlações gerais
O senso comum
• O senso comum implica investigação espontânea, intelecções
relacionadas e a colaboração da comunicação.
• É especialização da inteligência no particular e no concreto. Pode
desafiar a forma lógica.
• As suas generalizações ( vs. as da ciência) não são criadas como
premissas para dedução.
• Não aspira a ser universalmente válido, exaustivo ou sistemático.
Procura ser razoável e significativo.
• Não utiliza uma linguagem técnica e formal
• Não se preocupa com as relações das coisas entre si mas das coisas
connosco.
• Não possui conteúdo teórico mas trata do ser humano vivo, o
relevante, o prático, o particular.
• É complementar do pensamento científico porquanto assenta em
vasta colaboração; enquanto acumulação de intelecções sobre dados
da experiência é racional
• O senso comum está muito mais especializado do que a ciência

27
5. Teoria da Interpretação
• Diálogo com as Artes

28
O MITO – cap.17
• 1. A natureza paradoxal do " desconhecido que é conhecido " .
Conhecêmo-lo por questões irrespondidas.
• 2. Os níveis sucessivos de integração motivam a busca de
correspondência e harmonia
• 3. Duas esferas - a esfera quotidiana familiar vs. a realidade
ulterior inexplorada
• 4. O campo do mito e do mistério relaciona-se com a segunda. È
uma metafísica primeira”G. Gusdorf
• 5. Existem muitas interpretações que tentam transformar a
imagem em signo
• 6. A metafísica é restrita e não pode dirigir-se ao objectivo para
onde a finalidade conduz
• 7. A metafísica nada tenha a ver com os temas do mito e do
mistério . “É uma mitologia segunda!
29
Esp/Tem Visual Táctil Sonoro Verbal
Verbal Narrativa
Sonoro Música Poesia
Táctil Escultura Dança Teatro
Visual Pintura Arquitectura Ópera Cinema

30
Artes

1. Pintura – Espaço virtual que tem de ser preenchido


por formas, figurativas ou não
2. Escultura – Apresentação sidual de espaço cinestésico criado por um
corpo, nomeadamente o corpo humano
3. Arquitectura – Espaço objectivado e orientado com sentido funcional e
também orientador
4. Música – Imagem do tempo experimentado como o
agora de um ser mutável.
5. Dança – Imagem do tempo projectada num espaço
com plasticidade
6. Poesia – A palavra vista com significado e
com ressonância liberta mundo de potencialidades
7. Narrativa – Memória de um grupo humano que simplifica em mitos a
história
8 Teatro – imagem do destino que é a sucessão das decisões humanas
9. Ópera – Apresentação do destino humano sequenciada pela música
10. Cinema – Apresentação global das potencialidades da experiência
31
Apaixonada Amor Dom
Responsável Agape Oferta
Racional Amizade Partilha
Inteligente Erótico Exclusividade
Empírica Sexual Promiscuidade
32
6. Diálogo com as Éticas.
• A questão dos valores, ordem e bens.
• Relação entre Ética e Bens particulares, de ordem
e valores
• Por que razão a filosofia não deve abandonar à
Economia o conceito de bens?
• Os problemas do poder, da economia, da
cidadania e da política.
• Textos de Intelecção, cap. 18, Tópicos sobre a
Educação.

33
Imperativos Elementos Bens
Sê Responsável! Valores Valor
Sê Racional ! Juízos Crítica
Sê Inteligente! Significados Ordem
Sê Atento ! Experiências Particular

34
Estrutura Invariante dos Bens

Indivíduo Sociedade História


Bem Pulsão Cooperação Evolução
Particular

Bem de Hábitos Instituição Desenvolvimento


Ordem

Bem de Liberdade Orientação Civilização


Valor 35
Estrutura Invariante dos Males

Indivíduo Sociedade História Males


Doença Privações Catástrofe
Particular

Crime Violência Conflito


Ordem

Frivolidade Niilismo Declínio Negação de


Valor
36
Estrutura dos Bens Humanos

Carências Indivíduo Sociedade Finalidades


Capacidades Operações Cooperação Bem
ex. Genitais ex. Sexualidade ex. Relações Particular
ex. Digestão ex. Alimentação ex. Lavoura

Plasticidade Técnicas Instituições Bem de


ex. Prazer e Emoção ex. Cosmética ex. Reprodução Ordem
ex. Cru e Cozido ex. Faca e garfo ex. Agricultores

Liberdade Orientação Interrelação Bem de


ex. Amor ex. Partilha ex. Cerimónia Valor
ex. Gastronomia ex. Convívio ex. Ritual 37
Estrutura dos Bens Humanos Exemplo Alimentos

Carências Indivíduo Sociedade Finalidades


Capacidades Operações Cooperação Bem
sentir fome e ter necessárias para Outros semearam Particular
aparelho digestivo alimentação e colheram alcançado

Aperfeiçoar Técnicas Instituições bem colectivo


Operações têm Há instrumentos e papéis sociais dá satisfação
variabilidade Faca e garfo de alimentação recorrente

Liberdade Orientação Interrelação Valor


alimento depende introduz convívio faz seleccionar mais
bem comum
38
de personalidade e simbolismo prioridades universal
7. Uma teoria Económica
• Por que razão a filosofia não deve abandonar à
Economia o conceito de bens?
• Medir os fluxos de dinheiro numa economia é a
chave para compreender o que nela ocorre.
• A circulação de dinheiro relacionada com a
produção e venda de bens básicos de consumo, a
circulação relacionada com a produção e venda de
excedentes de mercadorias, e os pagamentos
redistributivos – públicos ou privados - são as
variáveis decisivas numa economia.
39
Oferta de Economia
Consumo Ciclo Puro

Banca,
Oferta de Governo
Demanda de
Produção Fundos Consumo

Demanda de
Produção

40
Economia 2
• Economistas como Hayek, Keynes, Schumpeter e
Lonergan, escreveram sobre temas políticos e sociais
• Lonergan insistiu que a tecnologia, finanças, economia e
do sistema político é base essencial para desenvolvimento
humano
omo o primeiro em importância, a sociedade e as pessoas
dentro dele como os para quem a economia opera. Embora
o financiamento é essencial, é 
subordinado a economy
[1] 30 Lonergan, Insight, 558-559. 

41
Economia - 3
• Os lucros são necessários mas não suficientes para
assegurar uma economia estável. São “dividendo
social” 
• A menos que haja inovações, os níveis de lucro
diminuem à medida que as inovações
são imitadas.
• Quando um ciclo de expansão termina, os agentes
económicos terão de se adaptar a um período
normal de lucro macroeconômico e para
rendimentos mais equitativos que possibilitam
pleno emprego e + consumo. 
42
8. Ser e Desenvolvimento
• A distinção entre descrição e explicação
• Recursos das origens da Filosofia.
• Textos de Intelecção, cap. 12,15,17

43
O SER- Cap. 12
6.1 O Ser é a orientação da consciência inteligente e racional para
um objectivo irrestrito
6.2 O Ser não pertence a uma essência
6.3 O Ser não se define porque subjaz a toda a definição (vs.
Empirismo - ser é o que é experimentado, vs. Idealismo - ser e pensar
são o mesmo, vs. Fenomenalismo - o ser é o aparece.
6.4 Como pode a noção de Ser possuir tantos significados?
6.5 O Ser é determinado à medida que se efectuam juízos
correctos
6.6 O Ser tanto é unívoco ( porque apoia todos os demais
conceitos) como análogo ( porque penetra todos os outros conceitos)

6.7 O Ser não é abstracto, é inclusivo, o seu conteúdo é a


totalidade dos juízos correctos.
6.8 O Ser não é um género
6.9 O Ser é a noção de um universo concreto
44
O desenvolvimento – cap. 15
• 7.1. Noções gerais 461
7.2 Exemplos - desenvolvimento orgânico - estruturas superiores como integradoras e
operadoras 463
• 7.3 desenvolvimento psíquico e intelectual 467
• 7.4 desenvolvimento humano 469
• 7.4.1 O homem é uma unidade individual existente, diferenciada por conjugações físicos,
químicos, orgânicos, etc. 470
• 7.4.2 O homem desenvolve-se
• 7.4.3 Segundo uma lei de integração 471
• 7.4.4 Que implica uma tensão consciente entre transcendência e limitação
• 7.4.5. Segundo leis necessárias soba a sanção da autenticidade 475
• 7.5 Contraposições (refutação de objecções) 479
• 7.5.1 Oposição a mecanismo 480
• 7.5.2 Oposição a vitalismo
• 7.5.3 De como a biologia lida com diferentes tipos de formas conjugadas distintas de física e
química
• 7.5.4 Apoios do holismo e organicismo 481
• 7.5.5 Classificação de emergência
• 7.5.6 A finalidade não faz parte da realidade biológica (vs. Kant) mas é componente
necessária do ordenamento inteligível dos dados pela mente humana. 482
45
Desenvolvimento - Lonergan
O conhecer tem Isomorfismo com o conhecido

CONSCIÊNCIA CIÊNCIA MÉTODO ESTRUTURAS

Experimentar Recolher Genético Potência


Dados
Compreender Obter a Clássico Forma
intelecção

Julgar Testar Estatístico Acto


Hipóteses
46
Desenvolvimento - Aristóteles
O que é a Mudança
Potência Forma Acto  

dynamis Potência morphe Estrutura Ousia Quando o


que implica inteligível parta a movimento
direcção qual se direcciona pára e o
ordenada para a Potência e potencial se
uma forma possibilidade de torna actual. A
realização finalidade é
realizar a forma
Uma coisa muda (kinesis) segundo uma ordem (taxis) em
direcção a uma finalidade ( telos)
47
Desenvolvimento - Aristóteles
• Causa interna – “A semente torna-se planta”
• Natureza (physis) é causa de “movimento”
e de “repouso”
• Causa externa – “A madeira não se faz
casa”
• Criação de artefacto ( casa, instrumento,
etc) é obra (energeia) de cultura
48
A emergência de probabilidade
Lonergan - Desenvolvimento é surgimento de novidade  
- emergência de probabilidade
Potência Forma Acto
Conjunto de Estrutura inteligível Realização de
coincidências parta a qual se forma no
Substrato não direcciona a universo
inteligível Potência e concreto
Divergência não possibilidade de
sistemática realização

49
A probabilidade emergente é um teorema provável
Argumento O conhecer tem Isomorfismo com o conhecido. O
a priori dinamismo do conhecimento é isomorfo do
dinamismo do conhecido.
A ciência busca a melhor opinião - consenso - da
comunidade científica e não um conhecimento
absolutamente certo de relações causa efeito
necessárias. O objectivo da ciência não é a verdade
no sentido de conhecimento imanente gerado.

Argumento Origina A, B,C, etc


a posteriori condições presentes + R.S.T
Antecedente Y Consequente Z
condições ausentes - U.V.X
Origina J,K,L, etc
50
Rejeita Naturalismo - a Rejeita Reducionismo –A pluralidade
existência de formas fixas na inferior (de ser) não explica
grande “cadeia do ser”; ao pluralidade superior.
focar a sequência ordenada e “A vida não é explicável em termos
flexível, rejeita o de química, nem a inteligência em
reducionismo que só toma termos de neurologia, a psicologia não
como existente o substrato explica o desejo humano de conhecer”
material.
Rejeita Teoria do Caos Rejeita Intelligent Design –
Esta (+) refuta reducionismo Fundamentalismo biológico de que
mas (-)só aceita como todas as coisas se organizam para
alternativa o determinismo uma finalidade. Pelo contrário, o acto
necessitarista. também é potência para novas formas
Não existe caos mas sim séries
concretas de condições
divergentes 51
O desenvolvimento – cap. 15
Aspecto Métodos clássicos Método Genético

Princípio Correlação Desenvolvimento


heurístico inespecificada ou
específica
Objectivo Reduzir eventos Estabelecer sequências em que variam
regulares a leis correlações e regularidades
Carácter da Equação
noção matemática, Não-matemática
diferencial
Visão do Similia cum Compreensão de indivíduos
entendimento similibus significativamente dissemelhantes ao
subsumir as suas respectivas histórias sob
princípios comuns
Objectos Leis Tendências emergentes e sucessões de
relevante operadores que alteram as leis a que52
indivíduo está sujeito
9. Sessão – Cosmópole
• A teoria não se opõe à prática. As 8 especialidades
funcionais formam um circuito que acrescenta uma
consciência crítica à dialética do desempenho e da
interpretação.
• A cultura teórica é necessária para compreender a
evolução a longo prazo, muitas vezes ignorada por
pessoas de tendência pragmática.
• A inteligência prática é necessária para transformar as
intelecções da cultura e da ciência por forma a enfrentar
desafios concretos e para comunicar às pessoas uma
visão filosófica, histórica e científica.
53
FuncionalidadesFuncionalidades Ciências Humanas e Níveis de Intelecção

Teoria Cognitiva e divisão do trabalho intelectual


informação sobre o Passado Geração de Presente e Futuro

Empírica
Investigação experimentarComunicação
Obtenção de dados dos sistemas do mundo Aplicação das componentes

Inteligente
Interpretação entender Sistema
Teoria interpretativa dos métodos
factos Coordenar investigação e desenvolvimento

Racional
História julgar Doutrina
Verificação dos resultados Avaliação das prioridades de acção

Responsável
Dialéctica decidir Fundamentação
Avaliação de implicações internas das teorias Articulação de consequências
54
Consciência
MODELO de CONHECIMENTO em CICLO VIRTUOSO

Liberdade Comunicação
Reconhecer e realizar Alcançar uma teoria geral
potencial de conhecimento

Aperfeiçoamento Mudança
Desenvolver capacidades de intelecção Construir métodos
mediante aquisição de funcionalidades de conhecimento

Crise Reforma
Formular problemas, definir dilemas Estabelecer critérios
de relevância

Inovação Colaboração
Intelecção é a diferença Relação entre intelecções
55
entre problema e resposta permite reorientar conhecimento
MODELO de CONHECIMENTO em CICLO VICIOSO

Imposição Controlo
limitar técnicas
o potencial de conhecimento de controle contra inovação

Privilégio Pressões
Deformação da intelecção Pressões ideológicas
subjectiva e objectiva uniformizadoras e avaliadoras

Crise Conformidade
Problema mal formulado técnicas
de integração no senso comum

Dogmatismo Discriminação
Solução forçada imposta por sistema, rotina. Ilusão
56
MODELO de ACÇÃO em CICLO VIRTUOSO

Liberdade Comunicação
É possibilidade natural Comunicar a mudança alarga
e é realização efectiva a liberdade efectiva

Aperfeiçoamento Mudança
Crescimento das capacidades mediante Fornece estratégias para
aquisição de operações implementar novos papéis

Crise Reforma
desafio às instituições para estabelece prioridades
definir que bens pretendem de mudança institucional

Inovação Colaboração
quando bem de ordem é Estabelecida entre bens
57
reorientado para valor permite reorientar acção
MODELO de ACÇÃO em CICLO VICIOSO

Imposição Controlo
desempenho técnicas
de papéis obrigatórios de controle contra inovação

Privilégio Pressões
competências decididas uniformizadoras e avaliadoras
conforme estatuto de privilégio suplantam o indivíduo

Crise Conformidade
das instituições que técnicas
apenas querem eficiência de integração no sistema

Dogmatismo Discriminação
bem de ordem torna-se imposta por sistema
58
finalidade exclusiva conforme divisão de trabalho
Tipologia das Ciências Humanas
Consciência
Passado Futuro

Empírica
Informação Comunicação
Obtenção de dados dos sistemas do mundo Aplicação das componentes aos sistemas do mundo

Inteligente
Interpretação Sistema
Metateoria interpretativa dos métodos Coordenação da investigação e desenvolvimento

Racional
História Avaliação
Verificação historiográfica dos resultados Avaliação das prioridades de acção

Responsável
Dialéctica Fundamentação
Avaliação de implicações internas das teorias Articulação de consequências humanas
59
Consciência

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