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Gustavo Krause Gonçalves Sobrinho Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Diretoria de Incentivo à Pesquisa e Divulgação
Eduardo Martins
Edição
IBAMA Efrem J. G. Ferreira
Diretoria de Incentivo à Pesquisa e Divulgação Jansen A. S. Zuanon
Departamento de Divulgação Técnico-Científica e Educação Ambiental
Geraldo M. dos Santos
Divisão de Divulgação Técnico-Científica
SAIN, Av. L4 Norte, Edifício Sede.
CEP 70.800-900, Brasília, DF.
Telefones: (061) 316-1191 e 316-1222
Fax: (061) 226-5588
e-mail: ditec@ibama.gov.br
Brasília
1998
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Coleção Meio Ambiente
Série Estudos: Pesca, n° 18
ISSN 0103-9695
ISBN 85-7300-021-X
Revisão de Provas
Vitória Adail Brito Rodrigues
Norma Guimarães Azeredo Agradecimentos
Capa
Paulo Aclidésio Luna Os autores agradecem às seguintes pessoas pela ajuda e
Diagramação
apoio na elaboração deste trabalho: Dr. Mauro César Lambert Ribeiro,
Luiz Eduardo Nunes Dra. Victoria Isaac, MSc. Mauro Rufino, MSc. Marcelo Garcia, Carlos
Fisher, Vera Lúcia Rocha, ítalo Vieira, Paulo Roberto Spozito de Oliveira
Ilustrações (Magnólio), Dr. Bernd Mitlewski e Dr. Wolf Hartmann. Ao INPA, IBAMA
Efrem J. G. Ferreira e GTZ/GOPA pelo apoio institucional.
JansenA. S. Zuanon
Geraldo M. dos Santos
214 p.; 21 x 15 cm
ISSN 0103-9695
ISBN 85-7300-021-X
Metodologia 12
Carlos Fernando Fischer
Coordenador Geral / Projeto Iara Os Peixes Comerciais da Região de Santarém 13
frango. Isto fez com que mais pessoas e barcos entrassem na atividade trabalhos que podem ser utilizados na identificação das espécies de
para suprir a demanda nas grandes cidades, ocasionando uma peixes da região; em sua grande maioria são trabalhos que usam
concorrência na utilização deste recurso, entre os moradores ribeirinhos terminologia técnica, não facilmente acessível, restritos em sua
e urbanos. Tal fato tem ocasionado uma série de problemas, como a abrangência a um grupo específico de peixes e geralmente escritos em
competição entre grupos de pescadores, sendo que uns defendem a língua estrangeira. Esta situação leva a que os trabalhos com peixes
ideia de que os recursos pesqueiros devam servir principalmente às comerciais da Amazônia se utilizem dos nomes comuns ou populares
comunidades ribeirinhas locais, enquanto outros pressionam para que das espécies, incorrendo em erros, uma vez que estes mudam de um
estes sejam destinados aos grandes centros consumidores. Além disto local para outro. Mesmo numa mesma localidade um único nome
existe também a competição entre os pescadores e membros de outros
setores económicos, que utilizam as áreas das várzeas para fins comum pode ser utilizado para identificar diferentes espécies, ou ainda
agropecuários, exploração florestal, especulação imobiliária, etc. diferentes nomes podem ser dados a uma mesma espécie.
(SUDEPE, 1988). Os problemas relacionados ao aproveitamento dos
recursos pesqueiros têm ocasionado sérios conflitos entre os diversos Foi com o objetivo de encontrar soluções para estes conflitos
segmentos sociais envolvidos, chegando até a disputas armadas, com que se elaborou um programa de administração dos recursos pesqueiros
morte de pessoas, principalmente na região de Santarém. na região do Médio e Baixo Amazonas, chamado Projeto IARA. Este
programa vem sendo desenvolvido numa área compreendida entre os
Os órgãos públicos que atuam no setor têm sido acionados municípios de Almeirim (Pará) e Itacoatiara (Amazonas), embora numa
na busca de soluções para estes problemas; no entanto, constata-se primeira etapa as atividades estejam sendo concentradas no município
uma carência generalizada de informações confiáveis sobre os recursos de Santarém (Pará). Este projeto é composto de vários segmentos,
pesqueiros, bem como sobre outros aspectos importantes de atividades englobando diversos aspectos da pesca, desde a biologia dos peixes até
correlatas. Isto impossibilita a apresentação de sugestões adequadas características sócio-econômicas das comunidades ribeirinhas, incluindo
para resolver ou minimizar os conflitos. informações sobre a pesca artesanal e comercial.
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Para a realização deste trabalho foram feitas amostragens Os peixes amazônicos pertencem a dois grupos ou classes
nos principais mercados de peixes e frigoríficos da região de Santarém,
sendo coletadas todas as espécies de peixes encontradas e, sempre distintas: os Chondrichthyes e os Osteichthyes.
que possível, registrando-as fotograficamente a fresco . Exemplares da
maior parte das espécies foram fixados em formalina a 10%, Os Chondrichthyes são caracterizados pelo esqueleto
posteriormente conservados em álcool 70%, e depositados na Coleção cartilaginoso, que pode apresentar calcificação, mas nunca ossificação;
Central de Peixes do INPA.
narinas e boca ventrais; os dentes não são, em geral, fundidos à maxila
e são substituíveis; pele normalmente com escamas dérmicas fortes,
A classificação seguida foi a de FINK & FINK (1981), chamadas de placóides ou dentículos dérmicos; 5 a 7 aberturas
GREENWOOD et a/. (1966), LAUDER & LIEM (1983), com alterações branquiais de cada lado da cabeça; ausência de bexiga natatória e
embasadas em trabalhos científicos mais específicos de revisão de pulmão; válvula espiral presente no intestino; os machos apresentam
determinados grupos (ROBERTS, 1973; 1974; VARI, 1983; 1989; um par de claspers nas margens internas das nadadeiras pélvicas, que
KULLANDER, 1983; entre outros). A relação dos trabalhos científicos
utilizados para a identificação das espécies é apresentada na são usados na reprodução. Os Chondrichthyes estão divididos em duas
bibliografia. sub-classes, Elasmobranchii e Holocephalii. A primeira compreende
os tubarões e arraias, e a segunda as quimeras. Na Amazônia só foi
registrada a presença de peixes da subclasse Elasmobranchii. Ela está
Além de descrições dos taxons, o trabalho apresenta chaves dividida em duas ordens: Lamniformes (tubarão), e Rajiformes
de identificação para famílias e espécies. Para cada uma das espécies (arraias). Foram registrados representantes de três famílias:
identificadas é apresentada uma fotografia colorida. Nos poucos casos
em que isto não foi possível utilizou-se fotografias de material Carcharhinidae, Pristidae e Potamotrygonidae.
preservado. Apresentamos também informações sobre as características
individuais, a biologia e ecologia das espécies, e outras informações Os Osteichthyes diferem dos Condrichthyes pela presença
de caráter geral. Tentamos, na medida do possível, evitar o uso de
terminologia técnica, de modo que seja acessível a qualquer leigo no de ossos, escamas e bexiga natatória e, eventualmente, pulmões;
assunto. Para auxiliar na compreensão destes termos apresentamos ao apresentam os raios moles das nadadeiras normalmente segmentados
final um glossário com os principais termos técnicos utilizados, além e de origem dérmica (lepidotrichia); geralmente apenas uma abertura
de desenhos esquemáticos das principais estruturas morfo-anatômicas branquial de cada lado da cabeça, coberta por opérculo ósseo. Possuem
citadas no texto. as mais diferentes formas e características, sendo portanto diferenciados
mais por um padrão estrutural comum, combinado com a ausência de
Devemos salientar que embora abranja um considerável características dos Chondrichthyes. Os Osteichthyes estão
número de espécies, este manual foi elaborado basicamente para as representados por cinco ordens: Osteoglossiformes, Clupeiformes,
espécies de peixes comerciais de Santarém e arredores. Characiformes, Siluriformes e Perciformes.
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A ordem Osteoglossiformes é composta por apenas 15 90% destes peixes ocorrem na América do Sul. Um total de
espécies, todas arcaicas, com duas espécies na América do Norte, três aproximadamente 1.300 espécies, distribuídas por cerca de 16 famílias,
na América do Sul, quatro na África, quatro na Ásia e duas na Austrália. são conhecidas no Brasil. Segundo alguns autores, este grupo apresenta
É caracterizada principalmente pela presença de uma língua óssea e o mais extenso caso de diversidade morfológica e ecológica entre os
grandes escamas ciclóides com pequenos ornamentos. Na Amazônia vertebrados atuais, sendo a Amazônia o seu maior centro de radiação
estão os três representantes da América do Sul, pertencentes a duas evolutiva. A este grupo pertencem espécies de grande valor económico,
famílias, Arapaimidae e Osteoglossidae. Representantes das duas tanto para a aquariofilia (cardinal, tetra), como para a alimentação
famílias foram encontrados em Santarém. humana (tambaqui, jaraqui, pacus, sardinhas). Na região de Santarém
foram encontradas representantes de nove famílias desta ordem:
Erythrinidae, Prochilodontidae, Curimatidae, Chilodontidae,
A ordem Clupeiformes é composta por peixes
Hemiodontidae, Anostomidae, Serrasalmidae, Cynodontidae e
caracterizados por atributos comuns aos peixes ósseos inferiores: raios
Characidae.
moles, nadadeiras pélvicas abdominais, escamas ciclóides, etc; além
disto, a bexiga natatória se estende para frente em dois ramos que
entram no crânio e terminam em pequenas bolhas, e parte do canal do A ordem Siluriformes congrega peixes caracterizados pelo
sistema sensor se espalha sobre o opérculo e subopérculo. Normalmente corpo sem escamas, coberto por pele nua (lisa) ou placas ósseas;
possuem escamas prateadas decíduas. Muitos possuem ventre apresentam também barbilhões ao redor da boca, normalmente em
comprimido em forma de quilha, geralmente com escamas três pares (um par maxilar e dois pares mentonianos). Os dentes são
especializadas, direcionadas para trás, chamadas de escudos, serras pequenos e curvos, agrupados em faixas ou placas semelhantes a uma
ou carenas. A ordem é composta por três famílias: Clupeidae, lixa. As nadadeiras peitorais e dorsal são geralmente guarnecidas com
Engraulididae e Pristigasteridae, sendo que apenas representantes da espinhos providos de serras nas margens. Muitas espécies apresentam o
primeira foram encontrados em Santarém. corpo achatado, dorso-ventralmente adaptado à vida bentônica. A maioria
das espécies é noturna ou crepuscular. Muitas são carnívoras, mas outras
A ordem Characiformes compreende a grande maioria dos alimentam-se principalmente de algas (lodo) que são raspadas de folhas,
peixes de água doce do Brasil. Eles são caracterizados pelo corpo pedras e galhos submersos. A ordem inclui desde peixes de mais de 2,5 m
totalmente revestido de escamas finas; nadadeiras pélvicas com 5 a 12 de comprimento e 200 kg, como a piraíba, até espécies muito pequenas,
raios e localizadas na porção médio-posterior do corpo; nadadeira cujos indivíduos adultos não passam de 3 cm de comprimento total.
caudal com cerca de 19 raios principais; nadadeira adiposa quase Algumas espécies produzem sons que podem ser ouvidos até de fora
sempre presente; série circumorbital com no máximo oito ossos; d'água. Várias espécies possuem a capacidade de respirar ar na superfície,
presença de ossos finos e pontiagudos, denominados "espinhas" entre o que as torna capazes, de habitar ambientes não suportados por outros
a musculatura do corpo; e de 3 a 5 raios branquiostegais. Os peixes grupos de peixes. A ordem compreende 14 famílias nas águas doces da
desta ordem estão restritos à América do Sul e África, porém algumas América do Sul, sendo 12 na Amazônia brasileira. Uma família adicional
espécies alcançaram a América Central em época recente. Cerca de (Ariidae) ocorre no estuário do rio Amazonas (Baía de Marajó). Seis
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famílias foram registradas nos mercados, feiras e frigoríficos de Santarém: CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DAS FAMÍLIAS DE PEIXES
Ageneiosidae, Hypophthalmidae, Loricariidae, Auchenipteridae,
Doradidae e Pimelodidae.
1. Aberturas branquiais de cada lado da cabeça, não protegidas por opérculo;
esqueleto cartilaginoso 2
A Ordem Perciformes constitui a maior dentre todos os 1'. Presença de uma só abertura branquial de cada lado da cabeça,
vertebrados, com cerca de 7.000 espécies de peixes, em sua maioria recoberta por um opérculo ósseo; esqueleto ósseo 4
de origem marinha. Elas apresentam as seguintes características:
espinhos presentes nas nadadeiras; nadadeiras dorsal composta de 2. Abertura branquial em posição ventral 3
duas porções, a primeira com espinhos e a segunda com raios moles 2'. Abertura branquial em posição lateral; corpo alongado; lóbulo
ramificados; nadadeira adiposa nunca presente; nadadeiras pélvicas superior da nadadeira caudal muito maior que o inferior; boca em
em posição torácica ou jugular ou ausentes; nadadeiras pélvicas com posição subinferior
um espinho e cinco ou menos raios moles; nadadeiras peitorais no Carcharhinidae (tubarão) p. 21
lado do corpo, inseridas verticalmente; menos que 17 raios principais 3. Corpo discóide, achatado, prolongado por uma cauda em forma de
na nadadeira caudal; escamas ctenóides ou ausentes (ciclóides em chicote, com a presença de um ou mais ferrões sobre ela
poucas formas). Na Amazônia elas representam cerca de 5% das Potamotrygonidae (arraias) p. 23
espécies existentes, sendo em sua maioria ciclídeos (acarás, tucunarés, 3'. Corpo alongado, cabeça se prolongando em ponta óssea (rostro)
jacundás). A ordem é representada por cinco famílias na Amazônia, achatada, em forma de serra, com 17 a 20 dentes de cada lado..
duas das quais foram encontradas nos mercados de Santarém: Cichlidae Pristidae (peixe-serra) p. 22
e Sciaenidae.
4. Corpo coberto de escamas 5
4'. Coberto nu, sem escamas, ou com placas ósseas 16
5. Nadadeira dorsal normalmente curta e sempre sem espinho;
nadadeiras peitorais em posição baixa e afastadas das ventrais 6
5'. Nadadeira dorsal geralmente longa, se estendendo por grande parte do
dorso, sua porção anterior constituída de raios duros, em forma de espinho,
e a posterior de raios moles; nadadeiras peitorais altas, quase sobre as
ventrais; ausência de nadadeira adiposa 22
6. Nadadeira dorsal situada na parte posterior do corpo; escamas grandes
e em forma de mosaico; língua óssea e áspera 7
6'. Nadadeira dorsal situada na porção mediana do corpo; escamas
e língua normais 8
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7. Corpo roliço, cabeça pequena e achatada dorso-ventralmente, boca terminal 12". Boca pouco protrátil; dentes presentes, em pequeno número, bicuspidados,
Arapaimidae (pirarucu) p. 28 inseridos nos lábios; nadadeira anal com 3 ou 4 raios não ramificados
7'. Corpo alongado, achatado lateralmente, região ventral quilhada, Chilodontidae (branquinha-cascuda) p. 50
boca oblíqua, presença de dois pequenos barbilhões 13. Dentes cuspidados, em número de 10 ou mais, inseridos apenas na
Osteoglossidae (aruanã) p. 29 maxila superior Hemiodontidae (charuto, orana) p. 51
8. Corpo alongado, muito comprimido; cabeça estreita; boca pequena, 13'. Dentes incisivos ou cuspidados em número de 8 ou menos, inseridos
ligeiramente voltada para cima; região pré-ventral com serras ou carena; sem em ambas as maxilas Anostomidae (aracus) p. 58
nadadeira adiposa 14..Corpo alto, comprimido, discóide; presença de fortes serras na linha mediana
Clupeidae (apapás) p. 31 da região ventral
8'. Corpo alongado, nornalmente não muito comprimido; região pré- Serrasalmidae (pacus, piranhas, tambaqui, pirapitinga) p. 68
ventral geralmente normal; nadadeira adiposa quase sempre presente 14'. Corpo de forma variável, nunca comprimido e alto ao mesmo
9 tempo 15
9. Nadadeira anal curta, menos de 15 raios 10 15. Corpo alongado, dentes caninos grandes, dois na maxila inferior
9'. Nadadeira anal longa, mais de 19 raios 14 muito maiores que os outros, em forma de presas
10. Nadadeira adiposa ausente, dentes caniniformes, firmemente Cynodontidae (peixe-cachorro, saranha) p. 85
implantados e de tamanhos diferentes; caudal arredondada 15'. Ausência de dentes caninos muito grandes na maxila inferior
Erythrinidae (traíras, jejus) p. 35 Characidae (sardinhas, matrinxã) p. 89
10'. Nadadeira adiposa presente; caudal geralmente furcada; sem dentes 16. Corpo coberto parcial ou totalmente com placas ósseas 17
ou com dentes de formas variadas 11 16'. Corpo nu, sem placas ósseas 19
11. Sem dentes ou com dentes diminutos, fracamente inseridos nos 17. Corpo com apenas uma série de placas ósseas laterais, ao longo
lábios 12 dos flancos, cada placa com um espinho
11'. Presença de dentes incisivos, simples ou cuspidados; corpo alongado, Doradidae (bacus, cujuba) p. 97
fusiforme 13 17'. Corpo coberto por duas ou mais séries de placas ósseas 18
12. Boca protrátil, formando uma ventosa, com duas fileiras de diminutos 18. Duas séries de placas estreitas, altas e lisas, ao longo do corpo;
dentes inseridos nos lábios; um espinho pré-dorsal; nadadeira anal com 2 boca terminal Callichthyidae (tamoatá) p. 103
raios anteriores não ramificados 18'. Três ou mais séries de placas ósseas ásperas sobre o corpo; boca
Prochilodontidae (curimatã, jaraqui) p. 38 inferior com lábios espessos, em forma de ventosa
12'. Boca pouco protrátil, sem forma de ventosa, ausência de dentes; Loricariidae (acarí-bodó, acarí-pedra) p. 105
nadadeira anal com 2 raios anteriores não ramificados 19. Abertura branquial ampla, alcançando a sínfise mandibular; rastros
Curimatidae (branquinhas) p. 42 branquiais longos, finos e numerosos
Hypophthalmidae (maparás) p. 108
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19'. Abertura branquial não atingindo a sínfise mandibular; rastros Descrição das Famílias e Espécies de Peixes
branquiais geralmente curtos, duros e em pequeno número 20
20. Ausência de barbilhões mentonianos, cabeça achatada, corpo CLASSE: CHONDRICHTHYES
comprimido Agcnciosidae (mandubés) p. 112 Ordem: Lamniformes
20'. Presença de três pares de barbilhões 21 Família: Carcharhinidae (tubarão, cação)
21. Abertura branquial ampla, prolongando-se além da base da nadadeira Espécie: Carcharhinus leucas
peitoral
Pimelodidae (mandi, sorubim, filhote, jaú, piramutaba) p. 117 Apenas uma espécie de tubarão é encontrada nas águas
21'. Abertura branquial estreita e curta, limitando-se à base da nadadeira continentais da Amazônia, Carcharhinus leucas (Fig. 1). Embora de
peitoral origem marinha, esta espécie é comumente encontrada em rios e lagos
Auchenipterídae (mandi, cangati) p. 143 desde o México até a América do Sul, sendo sua presença registrada
22. Presença de dois espinhos na porção anterior da nadadeira anal; dois até no alto rio Solimões, na região de Iquitos, Peru. Não se conhece o
orifícios nasais de cada lado do focinho; linha lateral contínua do opérculo até que leva esta espécie a entrar na água doce, aparentemente isto não
o fim do pedúnculo caudal; escamas da linha lateral maiores que as das fileiras está relacionado a nenhuma necessidade biológica fundamental.
imediatamente superior e inferior Sciaenidae (pescadas) p. 146 Embora frequentemente capturada na região de Santarém, não tem
22'. Presença de três ou mais espinhos na porção anterior da nadadeira anal; importância comercial, sendo mais citada como curiosidade.
um só orifício nasal de cada lado do focinho; linha lateral interrompida,
constituída de dois ramos, um superior, do opérculo até embaixo dos raios
moles da dorsal, e outro inferior, sobre o pedúnculo caudal; escamas da linha
lateral de mesmo tamanho que as outras
Cichlidae (acarás, tucunarés, jacundás) p. 155
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CLASSE: OSTEICHTHYES
Ordem: Osteoglossiformes
Família: Arapaimidae (pirarucu)
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1. Dorsal com 11-15 raios ramificados, uma série de manchas nos flancos
Hoplias gr. malabaricus
V. Dorsal com 8 raios ramificados, uma faixa longitudinal preta no meio dos
flancos do corpo Hopleiythrinus unitaeniatus
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Figura 12. Hoplias gr. malabaricus- traíra Figura 13. Hoplerythrinus unitaeniatus -jeju
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Família: Curimatidae (branquinha) 6 Corpo elevado; presença de uma mancha escura na base dos raios
caudais medianos; lóbulos da nadadeira caudal uniformemente claros
Psectrogaster amazônica
Esta família compreende cerca de uma centena de espécies,
&. Corpo alongado, ausência de mancha na base dos raios caudais;
caracterizadas pela ausência total de dentes e o intestino bastante
enovelado. Todas as espécies deste grupo são iliófagas, ou seja, nutrem- lóbulos da nadadeira caudal geralmente com uma mancha escura ...
se de matéria orgânica e microorganismos que vivem na lama, sendo Psectrogaster rutiloides
portanto, peixes típicos de lagos, onde exploram o fundo para se
alimentar. Foram encontradas sete espécies desta família nos mercados
de Santarém.
Espécie: Cyphocharax abramoides
Chave para as espécies de Curimatidae Nome comum: branquinha
Espécie de médio porte, alcança cerca de 25 cm de
1. 75 a 120 escamas na linha lateral 2 comprimento. Caracteriza-se pelo corpo bastante elevado; coloração
uniformemente clara; presença de um espinho pontiagudo na base
1'. 45 a 70 escamas na linha lateral 4
anterior da nadadeira dorsal.
2. Presença de um espinho pontiagudo à frente da nadadeira dorsal
Cyphocharax abramoides
2'. Ausência de espinho à frente da dorsal 3
3. Região abdominal afilada, formando uma quilha
Potamorhina latior
3'. Região abdominal arredondada Potamorhina altamazonica
4. Boca inferior, lábio superior carnoso 5
4'. Boca terminal, lábio superior fino 6
5. Corpo alongado, presença de uma mancha na região pré-dorsal; cerca
de 50 escamas na linha lateral; extremidade da nadadeira anal alcança
a base da caudal Steindachnerina bimaculata
5'. Corpo relativamente elevado; região pré-ventral achatada; ausência
de mancha sobre o corpo; cerca de 65 escamas na linha lateral;
extremidade da nadadeira anal não alcança a base da caudal
Curimatã inornata
Figura 17. Cyphocharax abramoides - branquinha
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Figura 20. Steindachnermad. bimaculata - branquinha Figura 21. Curimatã inornata - branquinha
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Figura 22. Psectrogaster amazônica - branquinha-cascuda Figura 23. Psectrogaster rutiloides- branquinha-cascuda
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Família: Chilodontidae (cabeça-dura, cabeça-de-ferro) Família: Hemiodontidae (orana, cubiu, charuto, flexeira)
Esta família compreende 6 a 7 espécies, caracterizadas Esta família compreende algumas dezenas de espécies
pela nadadeira anal curta, com 7 a 10 raios ramificados; boca pequena caracterizadas pelo corpo fusiforme; boca pequena, terminal a inferior;
com poucos e diminutos dentes fracamente implantados nos lábios e maxila inferior desprovida de dentes e a maxila superior com dentes
escamas grandes, geralmente ásperas ao tato. Nos mercados da região pequenos, multicuspidados, frágeis e fracamente implantados. As
foi registrada a presença de apenas uma espécie. espécies deste grupo, geralmente, alimentam-se de perifiton,
microorganismos bentônicos e plâncton. Foram encontradas seis
Espécie: Caenotropus labyrinthicus espécies desta família nos mercados de Santarém.
Nome comum: branquinha-cascuda, cabeça-dura,
cabeça-de-ferro Chave para as Espécies de Hemiodontidae
Espécie de pequeno porte, alcança cerca de 15 cm de
comprimento. Caracteriza-se pela boca pequena com dentes 1. Rastros branquiais numerosos e longos, aproximadamente do mesmo
minúsculos, fracamente implantados nos lábios; escamas grossas; tamanho dos filamentos branquiais; presença de uma mancha escura no queixo
coloração do corpo cinza, com numerosas manchas puntiformes Anodus melanopogon
escuras e uma faixa longitudinal ao longo do corpo, interceptada na V. Rastros branquiais curtos, muito menores que os filamentos
região humeral por uma mancha escura; cavidade abdominal com branquiais; ausência de mancha escura no queixo 2
ampla área vazia. Espécie onívora, alimenta-se de pequenos
invertebrados, algas e detritos. 2. 65 a 75 escamas na linha lateral; 5 a 6 escamas entre a linha lateral
e a nadadeira ventral 3
2'. 100 a 125 escamas na linha lateral; 10 a 20 escamas entre a linha
lateral e a nadadeira ventral 4
3. Presença de uma mancha arredondada no meio do corpo;
extremidade dos raios da nadadeira caudal escura; escamas abaixo da
linha lateral maiores que aquelas acima .. Hemiodus unimaculatus
3'. Ausência de mancha no corpo; extremidade dos raios da nadadeira caudal
hialina, formando uma faixa clara semicircular na parte interna; escamas abaixo
e acima da linha lateral do mesmo tamanho Hemiodus immaculatus
4. Cerca de 100 escamas na linha lateral; 10 a 12 escamas entre a
linha lateral e a nadadeira ventral; corpo relativamente elevado
Hemiodus ocellatus
4'. 110 a 125 escamas na linha lateral; 15 a 17 escamas entre a linha
Figura 24. Caenotropus labyrinthicus - cabeça-dura lateral e a nadadeira ventral; corpo alongado 5
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5. Corpo muito alongado, altura contida cerca de 4 vezes no comprimento; Espécie: Hemiodus unimaculatus
nadadeira caudal profundamente furcada, com a face extema do lóbulo inferior
Nome comum: charuto, orana
intensamente avermelhada Hemiodus sp. Espécie de médio porte, alcança cerca de 25 cm de
5'. Corpo pouco alongado, altura contida entre 3 e 3,5 vezes no comprimento. Corpo fusiforme; coloração cinza-prateada com uma
comprimento; nadadeira caudal fracamente furcada, com a face mancha escura arredondada na porção mediana do corpo; escamas
externa do lóbulo inferior de cor amarela clara da parte ventral do corpo maiores que as da parte dorsal; 65 a 71
Hemiodus microlepis escamas na linha lateral; 12 a 14 escamas acima da linha lateral. Espécie
onívora, alimenta-se de pequenos invertebrados e algas.
Espécie: Anodus melanopogon
Nome comum: cubiu, charuto, cubiu-orana
Espécie de médio porte, alcança cerca de 30 cm de
comprimento. Caracteriza-se pelo corpo roliço; coloração cinza-
amarronzada uniforme e ocasionalmente uma mancha escura
arredondada no meio do corpo e outra no queixo; ausência de dentes;
filamentos branquiais longos e numerosos. Espécie planctívora;
alimenta-se de pequenos crustáceos planctônicos.
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Figura 27. Hemiodus immaculatus - orana Figura 28. Hemiodus ocellatus - charuto
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Família: Anostomidae (aracu, piau) • Região ventral da cabeça e membrana opercular avermelhada; 3 dentes
nicos em cada lado da mandíbula Leporinus trifasciatus
Esta família compreende peixes caracterizados pelo corpo Região ventral da cabeça e membrana opercular claras; 4 dentes
alongado, fusiforme; narina em forma de tubo; dentes incisivos, em r ulticuspidados em cada lado da mandíbula 8
número de 6 ou 8 em cada maxila, firmemente implantados; nadadeira f Ffedúnculo caudal com uma faixa longitudinal, que geralmente se estende
j >lo corpo Schizodon vittatum
anal curta, com 10 a 13 raios e nadadeira dorsal implantada ao nível
Pedúnculo caudal com uma mancha arredondada; ausência de faixa
médio do corpo. A grande maioria destes peixes apresenta hábitos 1 ngitudinal no corpo Schizodon fasciatum
onívoros, alimentando-se, preferencialmente de invertebrados e frutos,
sendo que algumas espécies se alimentam exclusivamente de algas
filamentosas, raízes de gramíneas e de pequenos frutos e sementes. Espécie: Rhytiodus argenteofuscus
Foram encontradas nove espécies desta família nos mercados de Nome comum: aracu, aracu-pau-de-nego, aracu-pau-de-
Santarém. v íqueiro
Espécie de médio porte, alcança cerca de 30 cm de
c jmprimento. Caracteriza-se pelo corpo alongado, cilindriforme;
Chave para as Espécies de Anostomidae ( Coração cinza no dorso e clara no ventre e uma faixa longitudinal
Í cura ao longo do corpo; boca pequena com dentes curtos e frágeis;
1. 50 a 90 escamas na linha lateral 2 ) a 55 escamas na linha lateral. Espécie herbívora, alimenta-se de
filamentosas e raízes.
1'. 37 a 43 escamas na linha lateral 3
2. 50 a 55 escamas na linha lateral Rhytiodus argenteofuscus
2'. 84 a 90 escamas na linha lateral Rhytiodus microlepis
3. Corpo amarelo-alaranjado com 6 a 10 faixas escuras sobre o tronco .... 4
3'. Corpo cinza-prateado; se com faixas, em número menor que 6 5
4. 8 a 9 faixas escuras bem definidas sobre o tronco; nadadeira caudal
lobada Leporinus fasciatus
4'. 10 a 13 faixas escuras não bem definidas sobre o tronco; nadadeira
caudal pronunciadamente furcada Leporinus aff. affinís
5. Boca terminal a ligeiramente voltada para baixo 6
5'. Boca ligeiramente voltada para cima... Anostomoides laticeps
6. Corpo com 1 a 3 manchas arredondadas e sem manchas verticais
Leporinus fridericf
6. Corpo com 3 a 4 manchas verticais e sem manchas arredondadas 7 Figura 31. Rhytiodus argenteofuscus - aracu
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Figura 32. Rhytiodus microlepis - aracu Figura 33. Leporinus fasciatus - aracu-flamengo
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Figura 34. Leporinus aff. affinís- aracu-flamengo Figura 35. Anostomoides laticeps- aracu
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Figura 36. Leporinus friderici- aracu-cabeça-gorda Figura 37. Leporinus trifasciatus - aracu-cabeça-gorda
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Figura 38. Schizodon vittatum - aracu-comum Figura 39. Schizodon fasciatum - aracu-comum
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Família: Serrasalmidae (tambaqui, pirapitinga, piranha, pacu) 6. Adiposa curta, menor que a distância interdorsal 7
6'. Adiposa longa, maior que a distância interdorsal 8
Esta família compreende cerca de 120 espécies, 7. Presença de uma faixa escura vertical sobre o lado do corpo
caracterizadas pelo corpo bastante elevado; uma fileira de escudos Myleus schomburgki
ósseos, em forma de serra, na linha mediana no ventre, normalmente 7. Ausência de faixa escura sobre os lados do corpo ... Myleus torquatus
formando uma quilha; geralmente um espinho na base anterior da 8. Processo supra-occiptal muito longo, normalmente menos de 2,4
nadadeira dorsal; escamas diminutas e dentes fortes, cortantes ou vezes na distância da base do occiptal até a origem da nadadeira
molariformes, firmemente implantados em uma ou duas fileiras, em dorsal; nadadeira adiposa longa e baixa.... Metynnis hypsauchen
ambas as maxilas. Foram encontradas 15 espécies desta família nos 8'. Processo supra-occiptal não muito longo, normalmente mais de 2,6
mercados de Santarém. vezes na distância da base do occiptal até a origem da nadadeira
dorsal; nadadeira adiposa não muito longa e baixa
Chave para as Espécies de Serrasalmidae Metynnis argenteus
9. Boca voltada para cima; nadadeira adiposa longa; primeiros raios
1. Duas séries de dentes no pré-maxilar; geralmente um par de dentes da dorsal desenvolvidos em filamentos Catoprion mento
cónicos sinfisiais na mandíbula 2 9'. Boca terminal; nadadeira adiposa curta 10
1'. Uma série de dentes cortantes no pré-maxilar; mandíbula com série 10. Ausência de dentes no palato; região ventral do corpo avermelhada; cabeça
simples de dentes 9 larga Pygocentrus nattererí
2. Ausência de espinho pré-dorsal 3 10'. Presença de dentes no palato 11
2'. Presença de espinho pré-dorsal 6 11. Corpo alongado, altura contida mais de 2,5 vezes no comprimento
3. Região ventral arredondada 4 Serrasalmus elongatus
3'. Região ventral pontiaguda, em forma de quilha 5 11'. Corpo alto, altura contida menos de 2 vezes no comprimento 12
4. Adiposa com raios; série de dentes internos separada da externa 12. Presença de uma mancha em forma de meia lua na base da
Colossoma macropomum nadadeira caudal Serrasalmus aff. eigenmanni
4'. Ausência de raios na adiposa; dentes do pré-maxilar sem separação 12'. Ausência de mancha em forma de meia lua na base da nadadeira
das duas séries; presença de uma mancha escura sobre o pré-opérculo caudal 13
Piaractus brachypomus
13. Nadadeira caudal com faixa preta, seguida por uma faixa hialina
5. Cabeça pequena; 10 a 16 serras atrás das nadadeiras ventrais, com a no bordo; corpo amarelado Serrasalmus spilopleura
última não próxima da nadadeira anal; 28 - 34 raios ramificados na anal
Mylossoma aureum 13'. Faixa preta terminal no bordo da nadadeira caudal 14
5'. Cabeça proporcionalmente maior; 18 a 22 serras atrás das nadadeiras 14. Dentes do palato obtusos, em número de 3 ou 4, eventualmente ausentes;
ventrais, com a última muito próxima da nadadeira anal; cerca de 37 raios corpo alto, altura contida cerca 1,5 vezes no comprimento; base da
ramificados na anal Mylossoma duriventre nadadeira caudal clara Serrasalmus calmoni
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14'. Dentes do palato agudos, com 8 a 10 de cada lado; altura do corpo Espécie: Piaractus brachypomus
contida mais de 1,8 vezes no comprimento; base da nadadeira caudal
acinzentada Serrasalmus rhombeus Nome comum: pirapitinga
Espécie de grande porte, alcança cerca de 80 cm de
comprimento. Caracteriza-se pelo corpo romboidal, alto e comprimido
Espécie: Coíossoma macropomum lateralmente; coloração cinza-arroxeada uniforme nos adultos e cinza
Nome comum: tambaqui, melo, bocó com manchas alaranjadas nos jovens; uma pequena mancha escura
Espécie de grande porte, alcança cerca de 90 cm de no opérculo; cabeça pequena, duas fileiras de dentes molariformes na
comprimento. Caracteriza-se pelo corpo muito elevado, romboidal; maxila superior e uma fileira principal com 6 a 8 dentes na maxila
maxila superior com duas fileiras de dentes robustos e molariformes; inferior, atrás da qual ocorre um par de dentes cónicos, na região
maxila inferior com uma fileira de dentes igualmente robustos, mediana; nadadeira adiposa totalmente carnosa, sem raios; ausência
decrescendo de tamanho a partir do par central, atrás do qual ocorre de espinho na base da nadadeira dorsal. Espécie herbívora, alimenta-
um par de dentes cónicos; nadadeira adiposa curta, com raios na sua se de frutos e sementes.
extremidade; rastros branquiais longos e numerosos. Espécie onívora,
alimenta-se de frutos, sementes e zooplâncton. Na cheia, entra nos
igapós onde se alimenta de frutos e sementes que caem das árvores.
Espécie muito apreciada como alimento, e utilizada na piscicultura.
Figura 40. Coíossoma macropomum - tambaqui Figura 41. Piaractus brachypomus- pirapitinga
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Figura 42. Mylossoma aureum - pacu-comum Figura 43. Mylossoma duriventre - pacu-comum
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Figura 46. Mefynnis hypsauchen - pacu-marreca Figura 47. Metynnis argenteus - pacu-marreca
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Espécie: Catoprion mento
Nome comum: pacu-piranha, piranha-pacu Espécie: Pygocentrus nattereri
Espécie de pequeno porte, alcança cerca de 20 cm de Nome comum: piranha-caju, piranha-vermelha
comprimento. Caracteriza-se pelo corpo elevado; coloração cinza- Espécie de médio porte, alcança cerca de 25 cm de
prateada no dorso e amarelo-alaranjada no ventre; região opercular, omprimento. Caracteriza-se pelo corpo denso, principalmente na sua
nadadeiras peitoral, ventral e anal geralmente avermelhadas; boca orção anterior; focinho curto, arredondado, com a maxila inferior
voltada para cima; dentes tuberculados, alguns localizados na superfície olumosa e mais comprida que a superior; espaço interorbital largo e
externa da boca; nadadeira dorsal com os primeiros raios em forma de lho pequeno; coloração cinza no dorso e avermelhada no ventre e
filamento; nadadeira caudal com o contorno da base escuro, em forma agião inferior da cabeça; nadadeiras peitoral, ventral e anal
de meia-lua. Espécie lepidófaga, alimenta-se de escamas de peixes. laranjadas. Espécie piscívora, que forma grandes cardumes, sendo
or isso potencialmente perigosa em certas situações.
Figura 50. Serrasalmus eíongatus - piranha-mucura Figura 51. Serrasalmus aff. eigenmanni - piranha-branca
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Figura 52. Serrasalmus spilopleura - piranha-mafurá Figura 53. Serrasalmus calmoni - piranha-branca
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6. 30-37 escamas na linha lateral; altura do corpo contida 3 a 3,4 vezes no Espécie: Acestrorhynchus falcirostris
comprimento Triportheus albus Nome comum: peixe-cachorro, dentudo, ueua
6. 40-46 escamas na linha lateral; altura do corpo contida 3,8 a 4 vezes no Espécie de médio porte, alcança cerca de 35 cm de
comprimento Tripotheus elongatus comprimento. Caracteriza-se pelo corpo comprido e roliço; nadadeira
dorsal implantada na porção terminal do corpo; coloração clara no
abdómen e amarelada no dorso; uma mancha escura na base da caudal
Espécie: Roeboides myersi e ocasionalmente outra, menor, atrás do opérculo; maxila superior maior
que a inferior, ambas com numerosos dentes caniniformes; escamas
Nome comum: zé-do-ó, madalena diminutas e fracamente implantadas; 140 a 175 escamas na linha
Espécie de pequeno porte, alcança cerca de 12 cm de lateral. Espécie piscívora.
comprimento. Caracteriza-se pelo corpo alto e comprimido lateralmente,
com uma gibosidade no dorso; coloração uniforme, prateada a
amarelada; uma pequena mancha escura na região humeral; nadadeira
anal bastante longa; presença de dentes arredondados fora e ao redor
da boca. Espécie carnívora, alimenta-se de escamas de peixes e
invertebrados. Apresenta pouca importância comercial.
5cm
Figura 58. Roeboides myersi - zé-do-ó Figura 59. Acestrorhynchus falcirostris- dentudo
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Figura 60. Acestrorhynchus falcatus - dentudo Figura 61. Brycon cephalus - matrinxã
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Figura 62. Triportheus flavus- sardinha-papuda Figura 63. Triportheus albus - sardinha-comum
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Ordem: Siluriformes
Espécie: Triportheus elongatus
Família: Doradidae (bacus, cuiú-cuiú, cujuba, rebeca)
Nome comum: sardinha-comprida, sardinha
Espécie de médio porte, alcança cerca de 30 cm de Os doradídeos formam um grupo de peixes facilmente
comprimento. Caracteriza-se pelo corpo alongado e comprimido identificáveis em função da presença de uma faixa de placas ósseas de
lateralmente; coloração cinza prateada, mais escura no dorso que no cada lado do corpo. Cada placa possui um espinho curvo, de dimensões
ventre; nadadeira caudal amarelada com a extremidade escura; 40 a variáveis, de acordo com a espécie. Algumas espécies possuem placas
46 escamas na linha lateral. Espécie onívora, alimenta-se de frutos, ósseas adicionais ao longo do dorso, entre as nadadeiras dorsal e
sementes e invertebrados. adiposa, ou ainda recobrindo quase todo o corpo. Existem espécies de
tamanho muito pequeno, com 3-4 cm, e outras de porte avantajado,
com mais de 1 m. Poucas espécies apresentam importância comercial
significativa. São onívoros, e alimentam-se de diversos itens alimentares,
como frutos, insetos, peixes e plantas aquáticas. Foram encontradas
cinco espécies desta família nos meracados de Santarém.
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4'. Corpo uniformemente cinza-escuro; placas laterais não muito altas; Espécie: Platydoras costatus
uma série de tentáculos carnosos no teto da cavidade bucal Nome comum: bacu, rebeca
Oxydoras niger Espécie de médio porte, alcança cerca de 30 cm de
comprimento. Doradídeo de coloração muito peculiar, marrom-escuro
Espécie: Lithodoras dorsalis com uma faixa clara em cada lado do corpo, da cauda até o focinho.
Nome comum: bacu-pedra, cascudo Os exemplares jovens são comercializados também como peixes
ornamentais. Devido ao tamanho não muito grande e à baixa aceitação
Espécie de grande porte, atinge mais de 1 m e 15 kg, sendo
no mercado, possui pouca importância na pesca comercial. Como a
um dos maiores doradídeos. É caracterizada pelo corpo totalmente
maioria das espécies do grupo, possui uma dieta bastante variada. Na
recoberto por placas ósseas, inclusive na região ventral. Apesar de não
região de Monte Alegre (PA), constatou-se a presença de uma grande
ser apreciado como alimento pela população amazônica, tem sido quantidade de moluscos (caramujos) no trato digestivo de exemplares
exportado para outras regiões do país e do mundo, na forma de filés desta espécie.
congelados. Reproduz-se uma vez ao ano, sendo que o local mais
importante para o crescimento dos peixes jovens parece ser o estuário
do rio Amazonas, na área da baía de Marajó. Alimenta-se
principalmente de frutos da várzea, e acredita-se que esta espécie seja
um importante dispersor de sementes, espalhando-as ao longo das
margens dos rios.
Figura 65. Lithodoras dorsalis - bacu-pedra Figura 66. Platydoras costatus - bacu
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Figura 71. Hypostomus emarginatus -acari-pedra Figura 72. Liposarcus pardalis- acari-bodó
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Figura 77. Ageneiosus aff. ucayalensis- mandubé Figura 78. Ageneiosus sp. - mandubé
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Espécie: Ageneiosus dentatus Família: Pímelodidae (filhote, sorubim, piramutaba, mandi, dourada)
Nome comum: mandubé
Espécie de médio porte, alcança cerca de 30 cm de Os pimelodídeos são peixes de pele nua, não apresentando
comprimento. Distingue-se das demais espécies do grupo por apresentar placas ou escudos laterais. Possuem três pares de barbilhões, sendo os
um focinho arredondado em vista ventral, além de uma coloração geral barbilhões maxilares geralmente muito longos. Podem apresentar ou
clara, combinada com a nadadeira caudal de borda preta. Da mesma não espinhos nas nadadeiras. As aberturas branquiais são amplas, e a
forma que A. aff. ucayalensis e A. vittatus, apresenta pequena boca normalmente é guarnecida por placas de dentes viliformes. São
importância comercial, sendo vendida misturada em "fieiras" de os bagres mais importantes do ponto de vista comercial, incluindo
exemplares de diversas espécies. Espécie carnívora. algumas das maiores espécies de peixes de água doce do mundo, como
a piraíba e o jaú. Algumas espécies realizam grandes migrações rio
acima na época de reprodução. A maior parte das espécies é carnívora,
embora algumas tenham uma tendência a serem onívoras. A família
Pimelodidae foi a mais importante em número de espécies comerciais
registradas na região, com 22 espécies, o que denota a sua importância
comercial local.
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5'. Dorsal com I + 6-7 raios 6 14. Padrão de colorido cinza uniforme, com a região ventral
esbranquiçada 15
6. Prognatismo, maxila inferior maior que a superior
Hemisorubim platyrhynchos 14'. Padrão de colorido malhado tigrado, com faixas transversais e
pintas 16
6'. Maxilas superior e inferior iguais, ou a superior maior 7
15. Nadadeira adiposa curta, sua base mais ou menos do mesmo
7. Placa nucal na frente da nadadeira dorsal muito grande, rugosa, em
tamanho da base da nadadeira ventral
forma de feijão; nadadeira adiposa com raios
Brachyplatystoma filamentosum
Phractocephalus hemioliopterus
15'. Nadadeira adiposa longa, sua base bem maior que a base da
T. Placa nucal pequena; nadadeira adiposa sem raios 8 nadadeira anal Brachyplatystoma vaillanti
8. Maxila superior e inferior de comprimento igual 16. Caudal profundamente furcada, com lobos pontiagudos 17
Brachyplatystoma flavicans 16'. Caudal levemente furcada com lobos arredondados 18
8'. Maxila superior maior que a inferior 9 17. Oito a dez faixas verticais escuras e largas nos lados do corpo,
9. Maxila superior muito maior que a inferior, expondo quase totalmente sobre um fundo castanho; nadadeira caudal com listas horizontais não
a faixa de dentes do pré-maxilar 10 paralelas, anastomosadas; cabeça coberta por pele espessa
9'. Maxila superior apenas um pouco maior que a inferior, expondo Brachyplatystoma juruense
apenas uma parte da faixa de dentes do pré-maxilar 12 17'. 13 a 15 faixas escuras inclinadas nos lados do corpo, sobre fundo
10. Maxila superior muito longa, terminando em focinho pontudo; faixa cinza esbranquiçado; nadadeira caudal com faixas verticais paralelas
de dentes do pré-maxilar formando um grande triângulo pretas e brancas; cabeça coberta por pele fina
Platystomatichthys sturio Merodontotus tigrinus
10'. Maxila superior longa, terminando em focinho arredondado ..11 18. Lado do corpo com faixas escuras largas e anastomosadas;
11. Olhos situados em posição lateral na cabeça Sorubim lima porção mediana da cabeça apresentando largura maior do que a
11'. Olhos situados em posição normal, sobre a cabeça largura da ponta do focinho; fontanela profunda
Sorubimichthys planiceps Pseudoplatystoma tigrinum
12. Cabeça tão larga quanto longa; corpo amarelo ou acinzentado, 18'. Lado do corpo com faixas escuras estreitas alternando-se com faixas
coberto por pequenos pontos escuros Paulicea luetkeni claras, como riscos; presença de manchas escuras arredondadas na parte
12'. Cabeça mais longa que larga; coloração diferente da anterior .... 13 baixa dos lados do corpo; cabeça afilando-se mais ou menos uniformemente
em direção do focinho; fontanela rasa ... Pseudoplatystoma fasciatum
13. Barbilhão maxilar bem maior que o comprimento do corpo, a parte
óssea do mesmo atingindo a vertical da nadadeira dorsal; três ou quatro 19. Nadadeiras dorsal e peitoral sem espinhos pungentes 20
manchas pretas nos lados do corpo Platysilurus aff. barbatus 19'. Nadadeiras dorsal e peitoral com o primeiro raio transformado
13'. Barbilhão maxilar relativamente curto nos adultos, com a parte em espinho 21
óssea pequena, restrita ao canto da boca 14
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20. Boca claramente inferior; dentes do pré-maxilar pequenos, em fileira Espécie: Calophysus macropterus
simples Pimelodina flavipinnis Nome comum: piracatinga, pintadinho, urubu d'água
Espécie de médio porte, atinge cerca de 40 cm de
20'. Boca subterminal; dentes do pré-maxilar formando uma faixa larga
comprimento. Esta espécie, extremamente comum em todo o sistema
Pinirampus pirinampu
do Solimões/Amazonas, diferencia-se de todos os demais bagres por
21. Nadadeira adiposa larga, cobrindo quase toda a distância entre as possuir duas fileiras de dentes no pré-maxilar, ao contrário das placas
nadadeiras dorsal e caudal; primeiros raios da dorsal e do lobo de dentes viliformes. Não apresenta espinhos nas nadadeiras e o corpo
superior da caudal continuando-se em filamentos é marcado por pintas pretas. Do ponto de vista da dieta, é uma espécie
Pimelodus gr. altipinnis considerada oportunista, ingerindo alimentos de origem animal e
21'. Nadadeira adiposa curta e alta; nadadeiras dorsal e caudal normais ... vegetal, além de carcaças de animais mortos. Causa prejuízos à pesca
Pimelodus blochii comercial ao atacar peixes presos em malhadeiras, em cardumes mistos
com os candirus. Em função dos hábitos alimentares, não é muito
apreciado como alimento em muitas áreas da Amazônia.
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Figura 81. Platynematichthys notatus - cara-de-gato Figura 82. Goslinia platynema - babão
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Figura 83. Leiarius marmoratus- jandiá Figura 84. Hemisorubim platyrhynchos - braço-de-moça
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5cm
Figura 85. Phractocephalus hemioliopterus - pirarara Figura 86. Brachyplatystoma flavicans- dourada
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Figura 89. Sorubimichthys planiceps - peixe-lenha Figura 90. Paulicea luetkeni - jaú
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Figura 91. Platysilurusaff. barbatus- mandi Figura 92. Brachyplatystoma filamentosum - piraíba
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Figura 93. Brachyplatystoma vaillanti - piramutaba Figura 94. Brachyplatystoma juruense - dourada-zebra
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Figura 95. Merodontotus tigrinus - zebra Figura 96. Pseudoplatystoma tigrinum - sorubim-tigre
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Figura 102. Auchenipterus aff. nuchalis - mandi-peruano Figura 103. Parauchenipterus gaíeatus - cangati
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Figura 104. Pachypops trifilis - pescada Figura 105. Pachypops furchraeus - pescada
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Figura 106. Plagioscion squamosissimus- pescada Figura 107. Plagioscion sp. "Monte Alegre" -pescada
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4'. Nadadeiras dorsal e anal sem escamas, um pequeno ocelo sobre 12. Rastros branquiais longos e numerosos, mancha preta no meio do
a base da nadadeira caudal 5 Chaetobranchus flavescens
corpo
5. Três manchas pretas arredondadas ao longo do corpo, todas abaixo 12'. Rastros branquiais curtos e em pequeno número 13
da linha lateral superior Satanoperca acuticeps 13. Nadadeiras dorsal e anal densamente escamadas
5'. Sem manchas pretas ao longo do corpo; lados da cabeça com Astronotus crassipinnis
pequenas pintas claras Satanoperca furupari
13'. Nadadeiras dorsal e anal sem escamas 14
6. Borda do pré-opérculo serrilhada, corpo alongado, em geral com a
14. Boca muito protrátil; olho muito grande; distância entre o olho e a
altura contida mais de 3,5 vezes no comprimento 7
6'. Borda do pré-opérculo lisa, corpo achatado lateralmente, em geral boca menor que o tamanho do olho Acaronia nassa
com a altura contida menos de 3 vezes no comprimento 9 14'. Boca pouco protrátil; olho pequeno; distância entre o olho e a
boca maior ou igual ao tamanho do olho ...Aequidens tetramerus
7. Corpo com mais de 10 faixas verticais ao longo dos flancos; escamas 15. Anal normalmente com 4 espinhos; presença de escamas na base
com pontos pretos no centro Crenicichla reticuíata das nadadeiras dorsal e anal; mancha no meio do corpo, ocelo na
T. Escamas sem pontos pretos no centro 8 base do ramo superior da nadadeira caudal
8. Corpo com manchas escuras irregulares ao longo dos flancos Cichlasoma amazonarum
Crenicichla aff. omata 15'. Anal com mais de 4 espinhos 16
8'. Corpo sem manchas escuras; opérculo com mancha vermelha 16. Rastros branquiais longos e numerosos
Crenicichla sp. Chaetobranchopsis orbicularis
9. Nadadeira dorsal com entalhe 10 16'. Rastros branquiais curtos e em pequeno número 17
9'. Nadadeira dorsal contínua, sem entalhe 12 17. Anal com 6 espinhos e 9 raios moles; boca grande e muito protrátil;
10. Mancha preta longitudinal sob a nadadeira peitoral; três faixas pretas processo pré-maxilar muito longo; uma mancha arredondada no meio
verticais sobre os flancos, não ultrapassando o meio do corpo do corpo, abaixo da linha lateral superior; pequena mancha preta
Cichla monoculus arredondada na porção superior da base da caudal
10'. Ausência de mancha preta longitudinal sob a nadadeira peitoral 11 Caquetaia spectabilis
11. Três faixas verticais pretas nos lados do corpo, se estendendo até o 17'. Anal com 7-8 espinhos e 13 a 14 raios moles; boca pequena; corpo
ventre; pequenas manchas pretas atrás do olhos; mancha ocelada sobre geralmente com faixas verticais, a última sempre presente, entre os
a primeira faixa vertical na altura da horizontal do olho; pintas bran. cas raios moles das nadadeiras dorsal e anal Heros sp.
distribuídas aleatoriamente sobre o corpo, às vezes não evidentes 17". Anal com 7-8 espinhos e mais de 25 raios moles; boca pequena;
Cichla sp. corpo discóide, com 7 faixas verticais ao longo do corpo
11'. Pintas brancas sobre o corpo uniformemente distribuídas, formando Symphysodon aequifasciatus
linhas longitudinais; ausência de manchas pretas atrás do olho; ausência 17'". Anal com 8 espinhos e 13 a 14 raios moles; dentes grandes, os
de mancha ocelada sobre a primeira faixa vertical; faixas verticais n ã o externos maiores e mais afastados dos da série interna; escamas da
muito evidentes; mais de 100 escamas numa linha logitudinal linha lateral maiores que as demais logo acima e logo abaixo dela ...
Cichla temensis Uaru amphiacanthoides
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Peixes Comerciais do Médio Amazonas
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Espécie: Geophagus proximus
Espécie: Acarichthys heckellii Nome comum: acaratinga, acará-papa-terra, acará-rói-rói, acará-
Nome comum: acará, cará da-praia
Espécie de pequeno porte, alcança cerca de 15 cm de Espécie de médio porte, alcança cerca de 25 cm de
comprimento. Caracterizada pela presença de três espinhos duros no comprimento. Amplamente distribuída ao longo do rio Solimões/
ramo anterior da nadadeira anal. Ramo superior do primeiro arco Amazonas, e curso inferior dos tributários. Caracterizada pela presença
branquial com lóbulo pouco desenvolvido, com os rastros branquiais de três espinhos na nadadeira anal; presença de um lóbulo desenvolvido
situados na base deste lóbulo. Uma mancha preta sobre os três primeiros no ramo anterior do primeiro arco branquial, com os rastros branquiais
espinhos da nadadeira dorsal e outra redonda no meio do corpo, entre situados na borda livre do lóbulo; base das porções moles das
as duas linhas laterais; uma faixa preta vertical sobre os olhos. nadadeiras dorsal e anal escamadas. Apresenta uma mancha escura
Amplamente distribuída por toda a Amazônia. Espécie onívora, no lado do corpo, sob os espinhos da nadadeira dorsal. Lados do corpo
alimenta-se de pequenos invertebrados (insetos, crustáceos), sementes, com faixas longitudinais alaranjadas e esverdeadas alternadas. Espécie
frutos, algas e é explorada também como peixe ornamental. onívora, alimenta-se de sementes, frutos, pequenos crustáceos, larvas
de insetos, algas.
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Figura 115. Crenicichla reticulata - jacundá Figura 116. Crenicichla aff. ornata - jacundá
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Figura 117. Crenicichla sp. -jacundá Figura 118. Cichla monoculus -tucunaré
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Peixes Comerciais do Médio Amazonas
Espécie: Cichla sp.
Nome comum: tucunaré Espécie: Cichla temensis
Espécie de grande porte, alcança cerca de 50 cm de Nome comum: tucunaré, tucunaré-paca, tucunaré-pinima,
comprimento. Diferencia-se das outras duas espécies por apresentar tucunaré-açu
três faixas verticais escuras nos lados do corpo, que alcançam a região Espécie de grande porte, alcança mais de 80 cm de
ventral; uma mancha escura ocelada atrás do opérculo e acima da comprimento. Caracteriza-se pela presença de numerosas manchas
nadadeira peitoral; na porção superior da terceira faixa vertical, a claras em forma de pontos, que se distribuem em faixas longitudinais
presença de uma mancha ocelada; pequenos pontos claros distribuídos sobre o corpo, e não apresenta a mancha escura longitudinal sob as
aleatoriamente sobre o corpo; pequenas manchas pretas atrás do olho, nadadeiras peitorais. Nos exemplares com mais de 40/50 cm de
formando uma faixa descontínua. Provavelmente trata-se de uma comprimento, as manchas brancas desaparecem do corpo, mas
espécie nova para a ciência e parece ser restrita ao rio Tapajós. permanecem nas nadadeiras. E a única espécie de tucunaré que pode
facilmente ser identificada pela contagem de escamas: mais de 100
numa linha longitudinal. Distribuída por toda a Amazônia, embora no
rio Negro e seus afluentes, seja onde são encontradas os maiores
exemplares.
Figura 121. Chaetobranchus flavescens- acará-prata Figura 122. Astronotus crassipinnis - acará-açu
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Figura 123. Acaronia nassa - acará-boca-de-juquiá Figura 124. Aequidens tetramerus- acará-cascudo
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Figura 125. Cichlasoma amazonarum - acará Figura 126. Chaetobranchopsis orbicularis- acará-cascudo
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Figura 127. Caquetaia spectabiíis- acará-rosado Figura 128. Heros sp. - acará-roxo
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Figura 129. Symphysodon aequifasciatus- acará-disco Figura 130. Uaru amphiacanthoides - acará-bararuá
176 177
Bibliografia
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180 • 181
Glossário de Termos Técnicos
Clasper - órgão intromitente dos machos de tubarões e raias, forma do pela Multicuspidado - muitas pontas ou cúspides.
transformação das nadadeiras pélvicas e utilizado na cópula.
Nucal - (placa) região dorsal e posterior da cabeça; nos bagres ela é revestida
Comprimido (corpo) - achatado lateralmente. por uma ou várias placas ósseas.
Cúspide (dente cuspidado) - expansões pontudas dos dentes, normalmente Ocelo - mancha arredondada, com o centro e a periferia de cores diferentes
intercaladas com depressões; quando ocorrem duas, três ou mais cús pides o (geralmente branco, preto ou alaranjado) e com formato de um olho.
dente é denominado, respectivamente de bi, tri e multicuspidado.
Onívoro - que se alimenta de material animal e vegetal, de diversas origens.
Deprimido (corpo) - achatado dorso-ventralmente.
Opérculo - nome genérico dado ao conjunto de ossos localizados na porção
Detritívoro - que se alimenta de detritos, ou seja, de restos orgânicos resultantes terminal da cabeça e que forma a cobertura das brânquias. Normalmente é
da quebra e decomposição de vegetais e animais e que normalmente encontram- formado pelos ossos opérculo, inter-opérculo, sub-opérculo e pré-opérculo.
se depositados no fundo.
Palato - "céu-da-boca"; região interna e superior da cavidade bucal revestida
Fontanela - espaço entre os ossos coberto por membrana na parte superior por membranas lisas e pregas carnosas, podendo também aparecer dentes
do crânio ( em crianças é conhecida como moleira ). firmemente implantados de modo isolado ou em placas dentígeras.
Fusiforme - alongado em forma de fuso. Pélvicas - o mesmo que ventrais; nadadeiras pares, localizadas na região
Gibosidade - Elevação em forma corcunda. abdominal, geralmente atrás das nadadeiras peitorais; pré e pós-pélvica se refere
Hialina - transparente, ou que tem aparência de vidro. ao fato de determinada estrutura estar localizada, respectivamente, à frente ou
Humeral (região humeral) - parte anterior e mediana do flanco, logo atrás do atrás destas nadadeiras.
opérculo. Perifiton - conjunto de organismos aquáticos que se encontram normalmente
Ictiófago - que se alimenta de peixes; o mesmo que piscívoro. aderidos a substrato duro, como raízes, galhos e troncos.
Hiófago - que se alimenta de lodo, ou seja, microorganismos animais e vegetais Piscívoro - que se alimenta de peixes; o mesmo que ictiófago.
que vivem associados à lama, muito comum no fundo e nas margens de rios e Planctívoro - que se alimenta de plâncton, o mesmo que planctófago.
lagos Plâncton - conjunto de organismos, geralmente microscópicos, que vivem no
Interorbital (distância) - espaço ósseo entre as órbitas, tomado pela porção ambiente aquático e estão sujeitos aos movimentos da água; quando estes
superior da cabeça organismos são vegetais, são chamados de fitoplâncton e quando animais, de
Linha lateral - conjunto de poros que se distribuem em série ao longo da linha zooplâncton.
mediana dos flancos; é uma parte do sistema sensorial do peixe, sendo sensível Processo supra-occiptal - osso pontiagudo na porção final superior do crânio.
à pressão da água. Nos peixes de escamas a linha lateral é associada a uma Protrátil - que se pode protrair ou alongar para a frente.
série de escamas perfuradas.
Quilha - seção afilada em forma de V
Maxila - formação óssea da boca dos peixes, onde geralmente são inseridos os Raio (nadadeiras) - filamento ósseo maleável ou em forma de espinho, que dá
dentes; a superior é formada pelos ossos pré-maxilar (mais central) e maxilar e a sustentação às nadadeiras; apresentam-se unidos entre si por uma membrana e
inferior, também denominada mandíbula, é formada pelos ossos dentário, articular
e angular. podem ser simples ou ramificados.
Rastros branquiais - um dos componentes dos arcos branquiais, que são ossos
Mento - região inferior e distai da mandíbula, localizada na extremidade do que sustentam as brânquias; eles estão localizados na parte interna dos arcos
queixo.
branquiais, dirigidos para o interior da cavidade faringeana e em algumas espécies,
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Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis s
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Espinho pre-dorsal
Processo
Supra-occipital Lóbulo
superior
Nadadeira
caudal
Nadadeira
peitoral Lóbulo
inferior
Nadadeira
anal
Nadadeira
Região pélvica ou ventral
pre'-pélvico "
(pre'- ventral)
00
Prancha 01. Corpo de peixe de escama (Characiformes), mostrando as diferentes estruturas externas.
Espinho
dorsal
Espinho
peitoral
Prancha 02. Corpo de peixe liso (Siiuriformes) mostrando as diferentes estruturas externas.
Terminal
Ex.: Plagioscion
Inferior
Ex.: Pachypops
Suo -inferior
Ex.: Pimelodus
Circumorbitoi»
Sub-optreulo
Prancha 06. Vista ventral da cabeça de um siluriforme mostrando os diferentes barbilhões.
Oentículo dérmico
a • vista lateral
Cicldide Ctenóide b = vista superior
Raios
branquiostegais
mm
,X_.X X X . l f
Prancha 05. Vista ventral da cabeça de um peixe mostrando os raios branquiostegais. Prancha 08. Diferentes tipos de dentes de peixes.
192 • 193
Furcoda Truncado Arredondada
CHONDRICHTHYES
E marginada Losangular ou rombóidc LAMNIFORMES
CARCHARHINIDAE
Prancha 09. Diferentes formas de nadadeiras caudais. Carcharhinus leucas (Valenciennes, 1841) - tubarão, cação
RAJIFORMES
PRISTIDAE
Pristis perotteti Muller & Henle, 1841 - peixe-serra, espadarte
POTAMOTRYGON1DAE
Potamotrygon constellata - arraia, raia
Potamotrygon aff. hystrix (Muller & Henle, 1841) - arraia, raia
Potamotrygon motoro (Muller & Henle, 1841) - arraia, raia
Potamotrygon scobina (Garman, 1913) - arraia, raia
OSTEICHTHYES
CLJUPEIFORMES
CLUPEIDAE
Ilisha amazônica (Miranda Ribeiro, 1923) - apapá, sardinhão
Pellona castelnaeana Valenciennes, 1847 - apapá-amarelo, sardinhão
Pellona flavipinnis Valenciennes, 1847 - apapá-branco, sardinhão
OSTEOGLOSSIFORMES
ARAPAIMIDAE
Prancha 10. Aparelho branquial de peixes.
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Arapaima gigas (Cuvier, 1819) - pirarucu, bodeco Cyphocharax abramoides Kner, 1859 - branquinha
OSTEOGLOSSIDAE Potamorhina altamazonica (Cope, 1878) - branquinha-cabeça-lisa
Osteoglossum bicirrhosum Vandelli, 1829 - aruanã, baiano, sulamba, macaco- Potamorhina íatior Spix, 1829 - branquinha-comum
d'água
Psectrogaster amazônica Eigenmann & Eigenmann, 1889 - branquinha-
CHARACIFORMES cascuda
ANOSTOMIDAE Psectrogaster rutiloides (Kner, 1859) - branquinha-cascuda
Anostomoides laticeps (Eigenmann, 1912) - aracu, piau Steindachnerina cf. bimaculata (Steindachner, 1876) - branquinha
Leporinus aff. affinís Gúnther, 1864 - aracu-pinima, aracu-flamengo CYNODONTIDAE
Leporinus fasciatus (Bloch, 1794) - aracu-amarelo, aracu-pinima, aracu- Cynodon gibus (Agassiz, 1829) - saranha, caranha, peixe-cachorro
flamengo
Hydrolycus scomberoides (Cuvier, 1819) - pirandirá, peixe-cachorro, cachorra
Leporinus friderici (Bloch, 1794) - aracu-cabeça-gorda, aracu-comum Rhaphiodon uu/pinus Agassiz, 1829 - peixe-cachorro, ripa
Leporinus trifasciatus Steindachner, 1876 - aracu-cabeça-gorda
ERYTHR1NIDAE
Rhytiodus argenteofuscusKner, 1859 - aracu, pau-de-vaqueiro, pau-de-nêgo
Hoplerythrinus unitaeniatus (Spix, 1829) - jeju
Rhytiodus microlepisKner, 1859 - aracu, pau-de-vaqueiro
Hoplias gr. malabaricus (Bloch, 1794) - trairá
Schízodon fasciatum Agassiz, 1829 - aracu-comum
HEMIODONTIDAE
Schizodon vittatum Valenciennes, 1849 - aracu, aracu-pororoca, aracu- Anodus melanopogon Spix, 1829 - cubiu, charuto, cubiu-orana
comum
Hemiodus immaculatus (Kner, 1859) - charuto, orana
CHARACIDAE
Hemiodus microlepis (Kner, 1859) - charuto, orana, flexeira
Acestrorhynchusfalcatus (Bloch, 1794) - peixe-cachorro, dentudo, ueua Hemiodus ocellatusVan, 1982 - charuto, orana, flexeira
Acestrorhynchus falcirostris (Cuvier, 1819) - peixe-cachorro, dentudo, ueua Hemiodus unimaculatus (Bloch, 1794) - charuto, orana
Brycon cephalus (Gúnther, 1869) - matrinxã, jatuarana Hemiodus sp. - charuto, orana
Roeboides myersi Gill, 1870 - zé-do-ó, madalena PROCHILODONTIDAE
Triportheus albus Cope, 1872 - sardinha-comum, sardinha Prochilodus nigricans Agassiz, 1829 - curimatã, curimatã
Triportheus elongatus (Giinther, 1864) - sardinha-comprida, sardinha Semaprochilodus insignis (Schomburgk, 1841) - jaraqui-escama-grossa
Triportheus flavus Cope, 1871 - sardinha-papuda,sardinha Semaprochilodustaeniurus (Steindachner, 1882) - jaraqui-escama-fina
CHILODONTIDAE
SERRASALM1DAE
Caenotropus labyrinthicus (Kner, 1859) - branquinha-cascuda, cabeça-de-ferro, Catoprion mento (Cuvier, 1819) - pacu-piranha, piranha-pacu
cabeça-dura
Colossoma macropomum (Cuvier, 1817) - tambaqui, bocó, ruelo
CURIMATIDAE
Metynnis argenteus Ahl, 1923 - pacu-marreca
Curimatã inornata Vari, 1989 - branquinha
Metynnishypsauchen (Múller & Troschel, 1844) - pacu-marreca
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Peixes Comerciais do Médio Amazonas
Myleus schomburgki (Jardine, 1841) - pacu-jumento, pacu-cadete
HYPOPHTHALMIDAE
Myleus torquatus (Kner, 1860) - pacu-branco
Hypophthalmus edentatus Spix, 1829 - mapará
Mylossoma aureum (Spix, 1829) - pacu-manteiga, pacu-comum
Hypophthamusfimbriatus Kner, 1857 - mapará-bico-de-p e na
Mylossoma duriventre (Cuvier, 1817) - pacu-manteiga, pacu-comum
Hypophthalmus marginatus Valenciennes, 1840 - mapará
Piaractus brachypomus Eigenmann, 1903 - pirapitinga
LOR1CAR1IDAE
Pygocentrus nattereri (Kner, 1860) - piranha-caju, piranha-vermelha
Hypostomus emarginatus Valenciennes, 1840 - acari-p e c | r a
Serrasalmus calmoni (Steindachner,1908) - piranha, piranha-branca
Liposarcus pardalis (Castelnau, 1855) -acari-bodó, bodo acari cascud
Serrasalmus elongatus Kner, 1860 - piranha-mucura, piranha-comprida
P1MELODIDAE
Serrasalmus rhombeus (Linnaeus, 1766) - piranha-preta
Brachyplatystoma filamentosum (Lichtenstein, 1819) - filhote niraiba
Serrasalmus spilopleura Kner, 1860 - piranha-mafurá, piranha-amarela
Brachyplatystoma flavicans (Castelnau, 1855) - dourada
Serrasalmus aff. eigenmanni Norman, 1929 - piranha, piranha-branca
Brachyplafystomajuruense (Boulenger, 1898) - sorubim, dourada-zebra sorubim-
SILURIFORMES
flamengo
AGENEIOSIDAE Brachyplatystoma vaillanti (Valenciennes, 1840) - pirarnutaba
Ageneiosus brevifilis Valenciennes, 1840 - mandubé Calophysus macropterus (Lichtenstein, 1819) - piracatinga, pintadinho, urubu-
Ageneiosus dentatus Kner, 1857 - mandubé d'água
Ageneiosus aff. ucayalensis Castelnau, 1855 - mandubé Goslinia platynema (Boulenger, 1888) - babão, barbado, barba-chata
Ageneiosus sp. - mandubé Hemisorubim platyrhynchos (Valenciennes, 1840) - braço-de-moca T
AUCHENIPTERIDAE Leiarius marmoratusGiW, 1870 - jandiá, jundiá
Auchenipterus nuchalis (Spix, 1829) - mandi, mandi-peruano Merodontotus tigrinus Britski, 1981 - sorubim, zebra
Parauchenipterus galeatus (Linnaeus, 1766) - cangati, cachorro-do-padre, Paulícea luetkeni (Steindachner, 1875) -jaú, pacamum
mandi Phractocephalus hemioliopterus (Schneider, 1801) - pirarara
CALLICHTHYIDAE Pimelodinaflavipinnis Steindachner, 1876- fura-calça, moela m H' 1
Hoplosternum litoralle (Hancock, 1828) - tamuatá, tamoatá Pimelodus cf. altipinnis Steindachner, 1864 - mandi
DORADIDAE Pimelodus blochii Valenciennes, 1840 - mandi
Lithodoras dorsalis (Valenciennes, 1840) - bacu-pedra, cascudo Pinirampus pirinampu (Spix, 1829) - piranambu, barba-chata
Megalodoras uranoscopus (Eigenmann & Eigenmann, 1888) - rebeca, rebecão, Platynematichthys notatus (Schomburgk, 1841) - cara-de-qato
bacu Platysilurus cf. barbatus Haseman, 1911 - mandi
Oxydoras niger (Valenciennes, 1817) - cujuba, cuiu-cuiu Platystomatichthys sturio (Kner, 1857) - braço-de-moça
Platydoras costatus (Linnaeus, 1766) - bacu, rebeca Pseudoplatystomafasciatum (Linnaeus, 1766) -sorubim pintado
Pterodoras lentiginosus (Eigenmann, 1917) - bacu-liso, bacu-barriga-mole Pseudoplafystoma tigrinum (Valenciennes, 1840) - sorubim, pintado canara "
sorubim-tigre
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Sorubim lima (Schneider, 1801) - bico-de-pato, braço-de-moça Plagioscion sp. "Monte Alegre" - pescada
Sorubimichthys planiceps (Agassiz, 1829) - peixe-lenha, sorubim-lenha, Plagioscion sp. "montei" -pescada
chicote Plagioscion squamosissimus (Heckel, 1840) - pescada-branca
PERCIFORMES Plagioscion aff. surinamensis (Bleeker, 1873) - pescada-branca
CICHLIDAE Prochilodus nigricans Agassiz, 1829 - curimatã, curimatã
Acarichthys heckellii (Muller & Troschel, 1849) - acará, cará
Acaronia nassa (Heckel, 1840) - acará-boca-de-juquiá, cará
Aequidens tetramerus ( Heckel, 1840) - acará, acará-cascudo, cará
Astronotus crassipinis (Heckel, 1840) - acará-açu, apaiari
Caquetaia spectabilis (Steindachner, 1875) - acará-rosado, cará
Chaetobranchus flavescens Heckel, 1840 - acará-prata, cará
Chaetobranchopsis orbicularis (Steindachner, 1875) -acará-cascudo, acará-tucumã,
cará
Cichla monoculus Spix, 1831 - tucunaré, tucunaré-açu
Cichla temensis Humboldt, 1833 - tucunaré-paca, tucunaré-pinima, tucunaré
Cichla sp. - tucunaré
Cichlasoma amazonarum Kullander, 1983 - acará, cará
Crenicichlaaff.ornata -Regan, 1905 -jacundá, peixe-sabão
Crenicichla reticulata (Heckel, 1840) - jacundá, peixe-sabão
Crenicichla sp. - jacundá, peixe-sabão
Geophagus proximus (Castelnau, 1855) - acará-tinga, acará-roi-roi
Heros sp. - acará-roxo, acará-preto, acará-peba, acará-peneira, cará
Satanoperca acuticeps (Heckel, 1840) - acará-bicudo, acará-papa-terra
Satanopercajurupari (Heckel, 1840) - acará-bicudo, acará-papa-terra
Symphysodon aequifasciatus Pellegrin, 1904 - acará-disco
Uaru amphiacanthoidesHeckel, 1840 - acará-bararuá, bararuá, baru
SCIAENIDAE
Pachypops furchraeus (Lacepede, 1802) - pescada, curvina
Pachypops trifilis (Muller & Troschel, 1848) - pescada, curvina
Plagioscion auratus (Castelnau, 1855) - pescada-preta
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instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováve
Peixes Comerciais do Médio Amazonas
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Peixes Comerciais do Médio Amazonas
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
L
G Lamniformes - 21
Geophagusproximus -159 Leiarius marmoratus -124
Gosliniaplatynema -123 Leporinus aff. affinís - 62
Leporinusfasciatus - 61
H Leporinus friderici - 64
Hemiodontidae - 51 Leporinus trifasciatus - 65
Hemiodus immaculatus - 54 Liposarcus pardalis -107
Hemiodus microlepis - 57 Liro -125
Hemiodus ocellatus - 55 Lithodoras dorsalis - 98
Hemiodus sp. - 56 Loricariidae -105
Hemiodus unimaculatus - 53
Hemisorubim platyrhynchos -125 M
Heros sp. -175 Macaco-cTágua - 30
Hoplerythrinus unitaeniatus - 37 Madalena - 90
Hoplias gr. malabaricus- 36 Mandi-132,141, 142,145
Hoplostemum Htoralle -104 Mandi-moela -139
Hydrolycus scomberoides - 86 Mandi-peruano -144
Hypophthalmidae -108 Mandubé -112,113,114,115,116
Hypophthalmus edentatus -110 Mapará-108, 110, 111
Hypophthalmus fimbriatus -109 Mapará-bico-de-pena -109
Hypophthalmus marginatus -111 Matrinxã - 93
Hypostomus emarginatus -106 Megalodoras urancscopus -101
Merodontotus tigrinus -136
I Mefynnis argenteus - 77
//isha amazônica - 32 Metynnis hypsauchen - 76
Moela -139
J Myleus schomburgki - 74
Jacundá-162,163,164 Myleus torquatus - 75
Jandiá -124 Mylossoma aureum - 72
Jaraqui - 38 Mylossoma duriventre - 73
Jaraqui-escama-fina - 40
Jaraqui-escama-grossa - 41 O
Jatuarana - 93 Orana - 51, 53, 54, 55, 56, 57
Jaú -131 Osteichthyes - 28
Jeju - 35, 37 Osteoglossidae - 29
Jundiá -124
• 207
206
Peixes Comerciais do Médio Amazonas
Ogteoslossiformes - 28 Piracatinga-121
O$teoglossum bicirrhosum - 30 Piraíba -133
Qjydoras niger -102 Piramutaba -134
Piranambu -140
p Pirandirá - 86
p a camum- 131 Piranha-81, 83
pachypopsfurchraeus -149 Piranha-amarela - 82
pachypops trifilis -148 Piranha-branca - 81, 83
p3cu - 72, 73, 74, 75, 76, 77 Piranha-caju - 79
p3cu-branco - 75 Piranha-comprida - 80
pacu-cadete - 74 Piranha-mafurá - 82
pacu-comum - 72, 73 Piranha-mucura - 80
paCU'jumento - 74 Piranha-pacu - 78
paCu-manteiga - 72, 73 Piranha-preta - 84
p3cu-marreca - 76, 77 Piranha-vermelha - 79
pgcu-piranha - 78 Pirapitinga - 71
parauchenipterus galeatus -145 Pirarara -126
paulicea luetkeni -131 Pirarucu - 28
pelloúo castelnaeana - 33 Plagioscion auratus -153
pellonaflavipirmis - 34 Plagioscion sp. "Monte Alegre" -151
peiXe-cachorro - 85, 86, 87, 88, 91, 92 Plagioscion sp. "montei" -154
pgixe-lenha -130 Plagioscion squamosissimus -150
pejxe-sabão -162,163,164 Plagioscion aff. surinamensis -152
pejxe-serra - 22 Platydoras costatus - 99
perciformes -146 Platynematichthys notatus -122
pecada -146, 148, 149, 150, 151, 152, 154 Platysilurus aff. barbatus -132
pgscada-branca -150 Platystomatichthys sturio -128
pescada-preta -153 Potamorhina altamazonica - 45
pfrractocephalus hemioliopterus -126 Potamorhina latior - 44
Piaractus brachypomus - 71 Potamotrygon constellata - 27
Potamotrygon aff. hystrix - 26
p i 3 u - 58, 63, 67
pj(nelodidae -117 Potamotrygon motoro - 24
pjtnelodina flavipinnis -139 Potamotrygon scobina - 25
pirnelodus gr. altipinnis -141 Potamotrygonidae - 23
pífnelodus blochii -142 Pristidae-22
pjnirampLispirinampu -140 Pristis perotteti - 22
pintadinho -121 Prochilodontidae - 38,39
Prochilodus nigricans - 39
pin tado -137, 138
208 209
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Peixes Comerciais do Médio Amazonas
210 211
Coleção Meio Ambiente
Série Estudos — Pesca