Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PHA 3307
Hidrologia Aplicada Escola Politécnica
Departamento de Engenharia Hidráulica
e Ambiental
Classificação Climática
Balanço Hídrico Climatológico
Aula 5
Arisvaldo Méllo
Joaquin Garcia
1
Classificação Climática
3
Indicador de Grupo ( Primeira Letra)
4
Indicador de Tipo (Segunda letra)
5
Indicador de Subtipo (Terceira letra)
6
1ª 2ª 3ª Descrição Critério
A Tropical Tcold 18
f - Floresta úmida, sem estação seca Pdry 60
definida
m - Monção Não (Af) e Pdry 100 - MAP/25
w - Savana (chuvas de verão) Não (Af) e Pdry < 100 – MAP/25
Koppen e Greiger
P ET
Ri Ro
ARM
DLi DLo
AC
DP
O BHC elaborado com dados médios de P e O BHC elaborado com dados de P e ETP
ETP de uma região é denominado de BHC de um período ou de uma sequência de
Normal. Esse tipo de BH é um indicador períodos (meses, semanas, dias) de um
climatológico da disponibilidade hídrica na ano específico para uma certa região é
região, por meio da variação sazonal das denominado de BHC Sequencial. Esse tipo
condições do BH ao longo de um ano médio de BH fornece a caracterização e variação
(cíclico), ou seja, dos períodos com sazonal das condições do BH (deficiências
deficiências e excedentes hídricos. As e excedentes) ao longo do período em
Informações são de cunho climático e, questão. As informações são de grande
portanto, auxiliam no PLANEJAMENTO importância para as TOMADAS DE
AGRÍCOLA. DECISÃO.
12
Balanço hídrico climatológico
▪ Capacidade de água disponível no solo (CAD): representa a lâmina máxima de água
que determinado tipo de solo pode reter em função de suas características físico-
hídricas
❑ umidade na capacidade de campo - cc acho que é a umidade natural do solo
❑ umidade no ponto de murcha permanente - pmp acho que é a umidade mínima do solo, considerada
pelo aumento do lençol freático
❑ massa específica do solo – dg
❑ profundidade efetiva do sistema radicular onde se concentram cerca de 80%
das raízes - Zr
acho que é a umidade máx (100%) do solo, daí
ele ficar saturado
0 pmp cc sat (cm3/cm3)
0
Zr
CAD = CADmédia * Zr
CADmédia = capacidade de água disponível média, em mm de água por cm de profundidade de solo
Zr = profundidade específica do sistema radicular, em cm
argila retém mais água,
é mais compressível
CADmédia p/ solos argilosos = 2,0 mm/cm
CAD média p/ solos de text. Média = 1,4 mm/cm
CADmédia p/ solos arenosos = 0,6 mm/cm
14
Cultura Zr (cm)
Hortaliças 10 a 20
Valores médios da profundidade
Arroz, batata, feijão 20 a 30
efetiva dos sistemas radiculares
Trigo 30 a 40
(Zr) das principais culturas do
Milho e soja 40 a 50
Estado de São Paulo. Adaptado
de Alfonsi et al. (1990) Amendoim 50 a 60
Cana, citrus, cafeeiro 70 a 100
Espécies florestais 150 a 250
15
Exemplo de determinação do CAD
Exemplo 1:
CC = 32%, PMP = 20%, dg = 1,3 e Zr = 50 cm Solo Argiloso
CAD = (32 – 20)/100 * 1,3 * 50 * 10 = 78 mm
Exemplo 2:
Solo Arenoso CC = 25%, PMP = 17%, dg = 1,2 e Zr = 50 cm
CAD = (25 – 17)/100 * 1,2 * 50 * 10 = 48 mm
Exemplo 3:
Solo textura média CADmédia = 1,4 mm/cm Solo de textura média
e Zr = 50 cm
CAD = 1,4 * 50 = 70 mm
Exemplo 4:
Critério prático CADmédia = 1,3 mm/cm e
Critério prático Zr = 50 cm
CAD = 1,3 * 50 = 65 mm
16
Elaboração do BH Climatológico
Inicialmente é necessário entender como o método proposto por T&M (1955) considera a
retirada e a reposição de água do solo. Os autores adotaram uma função exponencial para a
retirada de água do solo (ver esquema abaixo), ao passo que a reposição é direta, simplesmente
somando-se ao armazenamento de água do solo o saldo positivo do balanço entre P e ETP [(P –
ETP)+].
REPOSIÇÃO DE ÁGUA NO SOLO isso seria a vazão, ou em termos físicos uma
quantidade de água "sobrando" no solo
Sempre que houver valor de (P-ETP) 0, esse valor
ARM = armazenamento
deve ser somado ao ARM do período anterior e em
ARM/CAD função desse novo valor de ARM, calcula-se o novo
NAc usando-se a seguinte expressão: Nac negativo significa que foi
Reposição se (P – ETo) 0
0
0 |Nac/CAD|
Se (P – ETo) < 0 ETR = P + ALT perfeito. Se P - Eto < 0 significa que toda precipitação é evapotranspiração, mas além
disso a água do solo tbm é evapotranspirada, que é justamente o ALT. Por isso se
Se (P – ETo) 0 ETR = ETo chama Evapotranspiração Real, pois a água do solo (ALT) fica escondida
7. Determinação da DEF Se P - Eto > 0 significa que tem uma lamina de água que sobrou ali em cima (vazão
em mm), logo não precisou mexer na água do solo. Então todo fenômeno ocorre
DEF = ETo - ETR sem mexer na água do solo, logo a ETR é a própria Eto
8. Determinação do EXC Se ETR = Eto, DEF = 0, ou seja, não tem déficit (vai ter uma vazão em mm). Se ETR = P
+ ALT, o DEF é - (vazão + ALT). O DEF é justamente o excesso de evapotranspiração,
Se ARM < CAD EXC = 0 dada uma ETo padrão, é aquilo que NÃO deveria ter sido evapotranspirado
CAD = capacidade de água disponível. Se ARM < CAD significa que não "
Se ARM = CAD EXC = (P – ETo) - ALT encheu o vaso", logo não tem excesso (EXC). Se encheu o vaso (ARM = CAD
18
ñ tem como passar), oq vai transbordar é P - Eto - ALT
Balanço Hídrico Climatológico para Piracicaba (SP), com médias de 50 anos e CAD = 100 mm
Nac e ARM
Se (P–ETP) < 0; Nac= | (P-ETo)|; ARM = CAD e-Nac/CAD
Se (P–ETP) 0; ARM = ARMi-1 + (P – ETo); Nac = - CAD·Ln(ARM/CAD) para (P-ETo)j+1< 0
ALT = ARMi – ARMi-1
ETR: Se (P – ETo) < 0 ETR = P + ALT; senão ETR = ETo
DEF = ETo – ETR
EXC: Se ARM < CAD EXC = 0; senão EXC = (P – ETo) - ALT
150
150
100
100
mm
mm
50
50
0
0
-50
-50
-100
-100
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Deficiência Excedente Retirada Reposição
DEF(-1) EXC
100 100
50 50
mm
mm
0 0
-50 -50
-100 -100
-150 -150
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Passo Fundo, RS (1961-1990) - CAD = 100mm Passo Fundo, RS (1961-1990) - CAD = 100mm
150 150
100
100
50
50
mm
0
mm
0
-50
-50
-100
-100
-150
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
-150
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Deficiência Excedente Retirada Reposição
DEF(-1) EXC
24
Extrato do Balanço Hídrico Mensal
200
100
50
mm
0
-50
Extrato do Balanço Hídrico Mensal
400 -100
-150
300
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
200
DEF(-1) EXC
mm
100
0
Extrato do Balanço Hídrico Mensal
40
-100 20
0
-200 -20
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez -40
mm
-60
DEF(-1) EXC -80
-100
-120
Caracterização -140
-160
60
40
hídrica Extrato do Balanço Hídrico Mensal
20 350
mm
0 300
-20
250
-40
200
-60
150
mm
-80
100
-100
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 50
0
DEF(-1) EXC
-50
-100
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
DEF(-1) EXC
Extrato do Balanço Hídrico Mensal
180
Extrato do Balanço Hídrico Mensal
160
200
140
120
150
100
mm
80 100
mm
60
40 50
20
0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
-50
DEF(-1) EXC
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
DEF(-1) EXC
25
Aplicações do Balanço Hídrico Climatológico
26
Balanço Hídrico Sequencial
▪ Utiliza-se dados de um período ou de uma sequência de períodos específicos (mensal, decendial -
10 dias ou quinquidial - 5 dias)
▪ Iniciar o balanço somente quando houver uma sequência de períodos com (P-ETP) > 0 que seja
suficiente para garantir ARM = CAD
❑ Ex: se deseja-se determinar o BHC sequencial a partir de janeiro de 2005, é conveniente iniciar
os cálculos em algum momento de 2004 para garantir que o ARM de janeiro/2005 seja o
correto
▪ Possibilita o acompanhamento de AMR, DEF e EXC para tomada de decisão em relação às práticas
agrícolas: manejo do solo (0,4 < ARM/CAD < 0,9), semeadura (ARM/CAD > 0,8)
EXC
EXC
DEF DEF
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
DEF
DEF
-20 -20
-40 -40
-60 -60
J F M A M J J A S O N D J1 J3 F2 M1 M3 A2 M1 M3 J2 J1 J3 A2 S1 S3 O2 N1 N3 D2