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Universidade de São Paulo

PHA 3307
Hidrologia Aplicada Escola Politécnica
Departamento de Engenharia Hidráulica
e Ambiental

Classificação Climática
Balanço Hídrico Climatológico

Aula 5

Arisvaldo Méllo
Joaquin Garcia

1
Classificação Climática

▪ Clima: síntese de todos os elementos climáticos, em uma


combinação singular, determinada pela interação dos controles e
dos processos climáticos
▪ Finalidade: simplificar, esclarecer e compreender os padrões
climáticos no planeta
▪ Atributos: Temperatura, UR, Vento, Precipitação, Radiação
▪ Controles climáticos: fatores que determinam os diferentes climas
❑ Correntes marítimas, Latitude, Altitude, Massas de ar,
Continentalidade, Relevo, Tipo de solo, Circulação e Efeito da atividade
humana
▪ Modelos
❑ Flohn (1950): zonas globais de vento e característica da precipitação
❑ Strahler (1969): massas de ar dominantes e características da
precipitação
❑ Budyko (1956): balanço de energia
❑ Terjung e Louie (1972): balanço de energia
❑ Thornthwaite e Mather (1948)
❑ Koppen e Geiger (1936): temperatura e UR
2
Koppen e Geiger

▪ Código de letras que denota cada Tipo Climático


▪ Primeira letra: 5 grupos (A, B, C, D, E) que denotam a
característica geral do clima
▪ Segunda letra: minúscula e denota particularidades do regime
pluviométrico (quantidade e distribuição da precipitação)
❑ Se B ou E: a segunda letra também será maiúscula (B – precipitação total
anual; E – temperatura média anual do ar)
▪ Terceira letra: minúscula
❑ C ou D - temperatura média mensal do ar dos meses mais quentes
❑ B – temperatura média anual do ar

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Indicador de Grupo ( Primeira Letra)

4
Indicador de Tipo (Segunda letra)

5
Indicador de Subtipo (Terceira letra)

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1ª 2ª 3ª Descrição Critério
A Tropical Tcold  18
f - Floresta úmida, sem estação seca Pdry  60
definida
m - Monção Não (Af) e Pdry  100 - MAP/25
w - Savana (chuvas de verão) Não (Af) e Pdry < 100 – MAP/25
Koppen e Greiger

B Árido MAP < 10 · Plimite


W - Deserto MAP < 5 · Plimite
S - Estepe MAP  5 · Plimite
h - Quente MAT  18
k - Frio MAT < 18
C Temperado Thot > 10 e 0 < Tcold < 18
s - Verão seco Psdry < 40 e Psdry < Pwwet/3
w - Inverno seco Pwdry < Pswet/10
f - Sem estação seca Não Cs ou Cw
a - Verão quente Thot  22
b - Verão temperado Não a e Tmon10  4
c - Verão frio e curto Não a ou b e 1  Tmon10 < 4
MAP = precipitação anual (mm); MAT = temperatura média anual (oC);
Thot = temperatura do mês mais quente; Tcold = temperatura do mês mais frio; Tmon10 = número de meses onde a temperatura é acima de 10;
Pdry = precipitação do mês mais seco; Psdry = precipitação do mês mais seco no verão; Pwdry = precipitação do mês mais seco no inverno; Pswet =
precipitação do mês mais úmido no verão; Pwwet = precipitação do mês mais úmido no inverno; Plimite = varia de acordo com (se 70% MAP ocorro
no inverno então Plimite = 2 · MAT; se 70% MAP ocorre no verão então Plimite = 2 ·MAT + 28; caso contrário Plimite = 2 · MAT +14)
7
Verão ( 6 meses mais quente); Inverno (seis meses mais frio)
Koppen e Greiger
1ª 2ª 3ª Descrição Critério
D Temperado frio Thot > 10 e Tcold  0
s - Verão seco Psdry < 40 e Psdry < Pwwet/3
w - Inverno seco Pwdry < Pswet/10
f - Sem estação seca Não Ds ou Dw
a - Verão quente Thot  22
b - Verão temperado Não a e Tmon10  4
c - Verão frio e curto Não a, b ou d
d - Inverno muito frio Não a ou b e Tcold < -38
E Polar Thot < 10
T - Tundra Thot > 0
F - Geada Thot  0

MAP = precipitação anual (mm); MAT = temperatura média anual (oC);


Thot = temperatura do mês mais quente (oC); Tcold = temperatura do mês mais frio (oC); Tmon10 = número de meses onde
a temperatura é acima de 10oC;
Pdry = precipitação do mês mais seco; Psdry = precipitação do mês mais seco no verão; Pwdry = precipitação do mês mais
seco no inverno; Pswet = precipitação do mês mais úmido no verão; Pwwet = precipitação do mês mais úmido no inverno;
Plimite = varia de acordo com (se 70% MAP ocorro no inverno então Plimite = 2 · MAT; se 70% MAP ocorre no verão então
Plimite = 2 ·MAT + 28; caso contrário Plimite = 2 · MAT +14)
Verão ( 6 meses mais quente); Inverno (seis meses mais frio)
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Mês T (oC) ETo (mm) P (mm) Aplicação: Santa Maria, RS, latitude 29º42’ S
Jan 25,1 141,7 163
Verão = novembro a abril (23,18 oC)
Fev 24,8 118,5 144 Inverno = maio a outubro (16,37 oC)
Mar 23,4 108,3 152 MAP = 1800 mm; MAT = 19,8 oC
P verão = 887 mm; P inverno = 913 mm
Abr 20,0 69,3 152
Thot = 25,1 oC; Tcold = 14,4 oC
Mai 17,0 47,3 143 Psdry = 130 mm; Pwdry = 131 mm
Jun 14,4 30,9 170 Pswet = 163 mm; Pwwet = 170 mm

Jul 14,5 32,9 161 Clima A: Não (Tcold  18)


Ago 15,7 41,4 131 Condição: 0,7·1800 = 1260 mm
Plimite = 2·MAT + 14 = 53,6 mm
Set 16,9 50,5 152 Clima B: Não (MAP < 10·Plimite = 536 mm) Cfa: Temperado
Out 19,7 78,1 156 Clima C: Sim (Thot > 10 e 0 < Tcold <18) úmido, com verão
s: Não (Psdry < 40 e Psdry < Pwwet/3) quente
Nov 21,7 98,9 130 w: Não (Pwdry < Pswet/10)
f: Sim (Não é s ou w)
Dez 24,1 131,8 146 a: Sim (Thot  22)
Total 19,8 949,5 1800

MAP = precipitação anual (mm); MAT = temperatura média anual (oC);


Thot = temperatura do mês mais quente (oC); Tcold = temperatura do mês mais frio (oC); Tmon10 = número de meses onde
a temperatura é acima de 10oC;
Pdry = precipitação do mês mais seco; Psdry = precipitação do mês mais seco no verão; Pwdry = precipitação do mês mais
seco no inverno; Pswet = precipitação do mês mais úmido no verão; Pwwet = precipitação do mês mais úmido no inverno;
Plimite = varia de acordo com (se 70% MAP ocorre no inverno então Plimite = 2 · MAT; se 70% MAP ocorre no verão então
Plimite = 2 ·MAT + 28; caso contrário Plimite = 2 · MAT +14)
Verão (6 meses mais quente); Inverno (seis meses mais frio) 9
Fluxos componentes do balanço hídrico para
condições naturais

P ET

Ri Ro

 ARM
DLi DLo

AC
DP

Considerando-se um volume de controle de solo, o BH apresenta os seguintes


fluxos (variação no intervalo de tempo considerado). 10
Entradas Saídas
P = chuva ET = evapotranspiração
O = orvalho Ro = escoamento (deflúvio) superficial
Ri = escoamento (deflúvio) superficial DLo = escoamento sub-superficial
DLi = escoamento sub-superficial DP = drenagem profunda
AC = ascensão capilar

Equacionando-se as entradas (+) e as saídas (-) de água do


sistema, tem-se a variação de armazenamento de água no solo

 ARM = P + O + Ri + DLi + AC – ET – Ro – DLo – DP


Ri  Ro, DLi  DLo, O e AC desprezíveis

 ARM = P – ET – DP a DP vai ser


quantificada pela CAD

Balanço de água no solo é por meio do método Thornthwaite e Mather (1955),


denominado de Balanço Hídrico Climatológico, no qual a partir dos dados de P,
de ETP e da CAD, chega-se aos valores de disponibilidade de água no solo
(Armazenamento = ARM), de alteração do armazenamento de água do solo
(ALT = ARM), de evapotranspiração real (ETR), de deficiência hídrica (DEF) e
de excedente hídrico (EXC = DP). 11
Balanço hídrico climatológico

O BHC elaborado com dados médios de P e O BHC elaborado com dados de P e ETP
ETP de uma região é denominado de BHC de um período ou de uma sequência de
Normal. Esse tipo de BH é um indicador períodos (meses, semanas, dias) de um
climatológico da disponibilidade hídrica na ano específico para uma certa região é
região, por meio da variação sazonal das denominado de BHC Sequencial. Esse tipo
condições do BH ao longo de um ano médio de BH fornece a caracterização e variação
(cíclico), ou seja, dos períodos com sazonal das condições do BH (deficiências
deficiências e excedentes hídricos. As e excedentes) ao longo do período em
Informações são de cunho climático e, questão. As informações são de grande
portanto, auxiliam no PLANEJAMENTO importância para as TOMADAS DE
AGRÍCOLA. DECISÃO.

12
Balanço hídrico climatológico
▪ Capacidade de água disponível no solo (CAD): representa a lâmina máxima de água
que determinado tipo de solo pode reter em função de suas características físico-
hídricas
❑ umidade na capacidade de campo - cc acho que é a umidade natural do solo
❑ umidade no ponto de murcha permanente - pmp acho que é a umidade mínima do solo, considerada
pelo aumento do lençol freático
❑ massa específica do solo – dg
❑ profundidade efetiva do sistema radicular onde se concentram cerca de 80%
das raízes - Zr
acho que é a umidade máx (100%) do solo, daí
ele ficar saturado
0 pmp cc sat  (cm3/cm3)
0

Água residual Água gravitacional

Zr

Capacidade de Água Disponível (CAD)


Z
13
Determinação da CAD
▪ A partir das características físico-hídricas do solo
𝐶𝐶 − 𝑃𝑀𝑃
𝐶𝐴𝐷 = ∙ 𝑑𝑔 ∙ 𝑍𝑟 ∙ 10
100
CAD = capacidade de água disponível, mm
CC% = umidade na capacidade de campo, % 𝑔 𝑔 1𝐿 104 𝑐𝑚2 𝐿
∙ 𝑐𝑚 = ∙ ∙ = 10 = 10 𝑚𝑚
𝑐𝑚3 𝑐𝑚2 103 𝑔 1𝑚2 𝑚2
PMP% = umidade no ponto de murcha, %
dg = massa específica do solo, g/cm3
Zr = profundidade específica do sistema radicular, cm

▪ A partir das características gerais do solo (Doorenbos e Kassam, 1994)

CAD = CADmédia * Zr
CADmédia = capacidade de água disponível média, em mm de água por cm de profundidade de solo
Zr = profundidade específica do sistema radicular, em cm
argila retém mais água,
é mais compressível
CADmédia p/ solos argilosos = 2,0 mm/cm
CAD média p/ solos de text. Média = 1,4 mm/cm
CADmédia p/ solos arenosos = 0,6 mm/cm

14
Cultura Zr (cm)
Hortaliças 10 a 20
Valores médios da profundidade
Arroz, batata, feijão 20 a 30
efetiva dos sistemas radiculares
Trigo 30 a 40
(Zr) das principais culturas do
Milho e soja 40 a 50
Estado de São Paulo. Adaptado
de Alfonsi et al. (1990) Amendoim 50 a 60
Cana, citrus, cafeeiro 70 a 100
Espécies florestais 150 a 250

A partir das características gerais da cultura – critério prático


Multiplica por Zr pq é só até essa
CAD = CADmédia * Zr profundidade que a água é retida,
abaixo disso as raizes pegam a água
CADmédia = 1,3 mm/cm

OBS: Para fins climatológicos (determinação do BHC apenas para caracterização da


disponibilidade hídrica regional) é muito comum a adoção de valores de CAD variando de 75 a
125 mm. Dependendo da finalidade, valores mais específicos de CAD podem ser usados
(exemplos: de 25 a 50 mm para hortaliças e olerícolas, de 50 a 100 mm para culturas anuais, de
75 a 125 mm para culturas perenes e de 150 a 300 mm para espécies florestais).

15
Exemplo de determinação do CAD

Exemplo 1:
CC = 32%, PMP = 20%, dg = 1,3 e Zr = 50 cm Solo Argiloso
CAD = (32 – 20)/100 * 1,3 * 50 * 10 = 78 mm

Exemplo 2:
Solo Arenoso CC = 25%, PMP = 17%, dg = 1,2 e Zr = 50 cm
CAD = (25 – 17)/100 * 1,2 * 50 * 10 = 48 mm

Exemplo 3:
Solo textura média  CADmédia = 1,4 mm/cm Solo de textura média
e Zr = 50 cm
CAD = 1,4 * 50 = 70 mm

Exemplo 4:
Critério prático  CADmédia = 1,3 mm/cm e
Critério prático Zr = 50 cm
CAD = 1,3 * 50 = 65 mm

16
Elaboração do BH Climatológico
Inicialmente é necessário entender como o método proposto por T&M (1955) considera a
retirada e a reposição de água do solo. Os autores adotaram uma função exponencial para a
retirada de água do solo (ver esquema abaixo), ao passo que a reposição é direta, simplesmente
somando-se ao armazenamento de água do solo o saldo positivo do balanço entre P e ETP [(P –
ETP)+].
REPOSIÇÃO DE ÁGUA NO SOLO isso seria a vazão, ou em termos físicos uma
quantidade de água "sobrando" no solo
Sempre que houver valor de (P-ETP)  0, esse valor
ARM = armazenamento
deve ser somado ao ARM do período anterior e em
ARM/CAD função desse novo valor de ARM, calcula-se o novo
NAc usando-se a seguinte expressão: Nac negativo significa que foi
Reposição  se (P – ETo)  0

1 evapotranspirado água precipitada +


Nac = CAD · Ln (ARM/CAD) água que já estava no solo

RETIRADA DE ÁGUA DO SOLO


Negativo acumulado Nac =  (P-ETP) < 0
Sempre que houver valor de (P-ETP) < 0, esse
valor deve ser acumulado e em função dele se
calcula o ARM, usando-se a seguinte expressão:
ARM = CAD · e-|NAc/CAD|

0
0 |Nac/CAD|

Retirada  se (P – ETP) < 0 17


Algoritmo de cálculo de BH Climatológico (ano cíclico normal)

1. Calcular ETo: método mais adequado


2. Dado de P: médias mensais
3. Calcular (P – ETP)
4. Determinação do Nac e do ARM
Se (P – ETP) < 0  calcular Nac = | (P-ETo)|
ARM = CAD e-Nac/CAD
Se (P – ETP)  0  calcular primeiro ARMi = ARMi-1 + (P – ETo)
Naci = - CAD · Ln(ARMi/CAD)
5. Cálculo da Alteração (ALT = ARM)
ALT = ARMi – ARMi-1 ALT > 0  reposição; ALT < 0  retirada de água do solo
é isso que interessa de vdd pra saber se o reservatório vai encher ou ñ - se a água
6. Determinação da ETR para ali ou na vdd a toda água precipitada + água do está sendo evapotranspirada

Se (P – ETo) < 0  ETR = P + ALT perfeito. Se P - Eto < 0 significa que toda precipitação é evapotranspiração, mas além
disso a água do solo tbm é evapotranspirada, que é justamente o ALT. Por isso se
Se (P – ETo)  0  ETR = ETo chama Evapotranspiração Real, pois a água do solo (ALT) fica escondida

7. Determinação da DEF Se P - Eto > 0 significa que tem uma lamina de água que sobrou ali em cima (vazão
em mm), logo não precisou mexer na água do solo. Então todo fenômeno ocorre
DEF = ETo - ETR sem mexer na água do solo, logo a ETR é a própria Eto

8. Determinação do EXC Se ETR = Eto, DEF = 0, ou seja, não tem déficit (vai ter uma vazão em mm). Se ETR = P
+ ALT, o DEF é - (vazão + ALT). O DEF é justamente o excesso de evapotranspiração,
Se ARM < CAD  EXC = 0 dada uma ETo padrão, é aquilo que NÃO deveria ter sido evapotranspirado
CAD = capacidade de água disponível. Se ARM < CAD significa que não "
Se ARM = CAD  EXC = (P – ETo) - ALT encheu o vaso", logo não tem excesso (EXC). Se encheu o vaso (ARM = CAD
18
ñ tem como passar), oq vai transbordar é P - Eto - ALT
Balanço Hídrico Climatológico para Piracicaba (SP), com médias de 50 anos e CAD = 100 mm
Nac e ARM
Se (P–ETP) < 0; Nac= | (P-ETo)|; ARM = CAD e-Nac/CAD
Se (P–ETP)  0; ARM = ARMi-1 + (P – ETo); Nac = - CAD·Ln(ARM/CAD) para (P-ETo)j+1< 0
ALT = ARMi – ARMi-1
ETR: Se (P – ETo) < 0  ETR = P + ALT; senão ETR = ETo
DEF = ETo – ETR
EXC: Se ARM < CAD  EXC = 0; senão EXC = (P – ETo) - ALT

Mês T P ETo P-ETo Nac ARM ALT ETR DEF EXC


oC mm mm mm mm mm mm mm mm mm
Jan 23,6 234 124 110 100
Fev 23,5 196 107 89 0 100 0 107 0 89
Mar 23,1 137 114 23
Abr 21,1 59 79 -20
Mai 18,4 41 68 -27
Jun 17,0 40 60 -20
Jul 16,7 23 67 -44
Ago 18,5 27 87 -60
Set 20,4 46 96 -50
Out 21,5 121 125 -4
Nov 22,5 138 132 6
Dez 23,2 195 131 64
Ano 20,8 1257 1190 67 19
Balanço Hídrico Climatológico para Piracicaba (SP), com médias de 50 anos e CAD = 100 mm
Nac e ARM
Se (P–ETP) < 0; Nac= | (P-ETo)|; ARM = CAD e-Nac/CAD
Se (P–ETP)  0; ARM = ARMi-1 + (P – ETo); Nac = -CAD·Ln(ARM/CAD) para (P-ETo)j+1< 0
ALT = ARMi – ARMi-1
ETR: Se (P – ETo) < 0  ETR = P + ALT; senão ETR = ETo
DEF = ETo – ETR
EXC
Se ARM < CAD  EXC = 0; senão EXC = (P – ETo) - ALT

Mês T P ETo P-ETo Nac ARM ALT ETR DEF EXC


oC mm mm mm mm mm mm mm mm mm
Jan 23,6 234 124 110 100
Fev 23,5 196 107 89 0 100 0 107 0 89
Mar 23,1 137 114 23 0 100 0 114 0 23
Abr 21,1 59 79 -20 20 81,9 -18,1 77,1 1,9 0
Mai 18,4 41 68 -27
Jun 17,0 40 60 -20
Jul 16,7 23 67 -44
Ago 18,5 27 87 -60
Set 20,4 46 96 -50
Out 21,5 121 125 -4
Nov 22,5 138 132 6
Dez 23,2 195 131 64
Ano 20,8 1257 1190 67 20
Balanço Hídrico Climatológico para Piracicaba (SP), com médias de 50 anos e CAD = 100 mm
Nac e ARM
Se (P–ETP)<0; Nac= | (P-ETo)|; ARM = CAD e-Nac/CAD
Se (P–ETP)0; ARM = ARMi-1 + (P – ETo); Nac = - CAD·Ln(ARM/CAD) para (P-ETo)j+1< 0
ALT = ARMi – ARMi-1
ETR: Se (P – ETo) < 0  ETR = P + ALT; senão ETR = ETo
DEF = ETo – ETR
EXC: Se ARM < CAD  EXC = 0; senão EXC = (P – ETo) - ALT
Mês T P ETo P-ETo Nac ARM ALT ETR DEF EXC
oC mm mm mm mm mm mm mm mm mm
Jan 23,6 234 124 110 100
Fev 23,5 196 107 89 0 100 0 107 0 89
Mar 23,1 137 114 23 0 100 0 114 0 23
Abr 21,1 59 79 -20 20 81,9 -18,1 77,1 1,9 0
Mai 18,4 41 68 -27 47 62,5 -19,4 60,4 7,6 0
Jun 17,0 40 60 -20 67 51,2 -11,3 51,3 8,7 0
Jul 16,7 23 67 -44 111 33,0 -18,2 41,2 25,8 0
Ago 18,5 27 87 -60 171 18,1 -14,9 41,9 45,1 0
Set 20,4 46 96 -50 221 11,0 -7,1 53,1 42,9 0
Out 21,5 121 125 -4 225 10,5 -0,4 121,4 3,6 0
Nov 22,5 138 132 6 179,9 16,5 6,0 132 0 0
Dez 23,2 195 131 64
Ano 20,8 1257 1190 67
21
Balanço Hídrico Climatológico para Piracicaba (SP), com médias de 50 anos e CAD = 100 mm
Nac e ARM
Se (P–ETP)<0; Nac= | (P-ETo)|; ARM = CAD e-Nac/CAD
Se (P–ETP)0; ARM = ARMi-1 + (P – ETo); Nac = - CAD·Ln(ARM/CAD) para (P-ETo)j+1< 0
ALT = ARMi – ARMi-1
ETR: Se (P – ETo) < 0  ETR = P + ALT; senão ETR = ETo
DEF = ETo – ETR
EXC
Se ARM < CAD  EXC = 0; senão EXC = (P – ETo) - ALT

Mês T P ETo P-ETo Nac ARM ALT ETR DEF EXC


oC mm mm mm mm mm mm mm mm mm
Jan 23,6 234 124 110 0 100 19,5 124 0 90,5
Aferição do BH
Fev 23,5 196 107 89 0 100 0 107 0 89
Mar 23,1 137 114 23 0 100 0 114 0 23  P =  ETo + (P-ETP)
Abr 21,1 59 79 -20 20 81,9 -18,1 77,1 1,9 0 1257 = 1190 + 67 = 1257
Mai 18,4 41 68 -27 47 62,5 -19,4 60,4 7,6 0
 P =  ETR +  EXC
Jun 17,0 40 60 -20 67 51,2 -11,3 51,3 8,7 0 1257 = 1054,5 + 202,5 = 1257
Jul 16,7 23 67 -44 111 33,0 -18,2 41,2 25,8 0
 ETo =  ETR +  DEF
Ago 18,5 27 87 -60 171 18,1 -14,9 41,9 45,1 0
1190 = 1054,5 + 135,5 = 1190
Set 20,4 46 96 -50 221 11,0 -7,1 53,1 42,9 0
Out 21,5 121 125 -4 225 10,5 -0,4 121,4 3,6 0  ALT = 0
Nov 22,5 138 132 6 179,9 16,5 6,0 132 0 0
Dez 23,2 195 131 64 21,6 80,5 64 131 0 0
Ano 20,8 1257 1190 67 0 1054,5 135,5 202,5 22
Representação gráfica do BHC

Posse, GO (1961-1990) - CAD = 10mm Posse, GO (1961-1990) - CAD = 10mm


200
200

150
150

100
100

mm
mm

50
50

0
0

-50
-50

-100
-100
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Deficiência Excedente Retirada Reposição
DEF(-1) EXC

Simplificada (EXC e DEF) Completa (EXC, DEF, ALT) 23


Petrolina, PE (1961-1990) - CAD = 100mm Petrolina, PE (1961-1990) - CAD = 100mm
150 150

100 100

50 50

mm
mm

0 0

-50 -50

-100 -100

-150 -150

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

DEF(-1) EXC Deficiência Excedente Retirada Reposição

Passo Fundo, RS (1961-1990) - CAD = 100mm Passo Fundo, RS (1961-1990) - CAD = 100mm

150 150

100
100

50
50

mm
0
mm

0
-50
-50
-100
-100
-150
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
-150
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Deficiência Excedente Retirada Reposição
DEF(-1) EXC

24
Extrato do Balanço Hídrico Mensal
200

Aplicações do BH Climatológico 150

100

50

mm
0

-50
Extrato do Balanço Hídrico Mensal
400 -100

-150
300
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
200
DEF(-1) EXC
mm

100

0
Extrato do Balanço Hídrico Mensal
40
-100 20
0
-200 -20
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez -40

mm
-60
DEF(-1) EXC -80
-100
-120
Caracterização -140
-160

Extrato do Balanço Hídrico Mensal


regional da -180
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
100
80
disponibilidade DEF(-1) EXC

60
40
hídrica Extrato do Balanço Hídrico Mensal
20 350
mm

0 300
-20
250
-40
200
-60
150

mm
-80
100
-100
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 50

0
DEF(-1) EXC
-50

-100
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

DEF(-1) EXC
Extrato do Balanço Hídrico Mensal
180
Extrato do Balanço Hídrico Mensal
160
200
140

120
150
100
mm

80 100
mm

60

40 50
20

0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
-50
DEF(-1) EXC
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

DEF(-1) EXC
25
Aplicações do Balanço Hídrico Climatológico

A caracterização regional da disponibilidade hídrica do solo possibilita:


▪ A comparação dos climas de diferentes localidades
▪ A caracterização dos períodos secos/úmidos
▪ O planejamento agrícola (áreas aptas, época mais favorável de semeadura, sistema de
cultivo, etc.), baseado no zoneamento agroclimático

26
Balanço Hídrico Sequencial
▪ Utiliza-se dados de um período ou de uma sequência de períodos específicos (mensal, decendial -
10 dias ou quinquidial - 5 dias)
▪ Iniciar o balanço somente quando houver uma sequência de períodos com (P-ETP) > 0 que seja
suficiente para garantir ARM = CAD
❑ Ex: se deseja-se determinar o BHC sequencial a partir de janeiro de 2005, é conveniente iniciar
os cálculos em algum momento de 2004 para garantir que o ARM de janeiro/2005 seja o
correto
▪ Possibilita o acompanhamento de AMR, DEF e EXC para tomada de decisão em relação às práticas
agrícolas: manejo do solo (0,4 < ARM/CAD < 0,9), semeadura (ARM/CAD > 0,8)

Piracicaba, SP (2004) - CAD = 100 mm Piracicaba, SP (2004) - CAD = 100 mm


120 120
100 EXC 100 EXC

EXC
EXC

DEF DEF
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
DEF

DEF

-20 -20
-40 -40
-60 -60
J F M A M J J A S O N D J1 J3 F2 M1 M3 A2 M1 M3 J2 J1 J3 A2 S1 S3 O2 N1 N3 D2

BHC Sequencial Mensal BHC Seqüencial Decendial


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