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MF.512.

R-1 - DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE MEDIA DE GÁS EM


CHAMINÉS

Notas:
Aprovada pela Deliberação CECA n. 192, de 28 de maio de 1981
Publicada no DOERJ de 30 de junho de 1981

1. OBJETIVO

Definir método para determinação da velocidade média do gás e


conseqüentemente a vazão volumétrica do fluxo gasoso, visando
determinar a concentração ou emissão de contaminantes provenientes de
fontes estacionárias como parte integrante do Sistema de Licenciamento de
Atividades Poluidoras.

2. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MÉTODO

2.1 A velocidade do fluxo gasoso é determinada a partir da densidade do gás e


da medida da carga de velocidade pela utilização de um tubo Pitot tipo “S”
(Stauscheibe ou tipo reverso).

2.2 Este método só se aplica ao escoamento com filetes paralelos. Geralmente,


podemos esperar o fluxo gasoso ciclônico ou redemoinho após a sua
passagem por equipamentos tais como: ciclones, "demisters" (retentor de
névoa) ou chaminés com entrada do gás tangencial. Com observações
visuais da pluma, tais fluxos podem ser detectados.

3. APARELHAGEM

3.1 Tubo Pitot - tipo “S”

3.2 Manômetro diferencial - manômetro inclinado.

3.3 Medidor de temperatura - pirômetro ou equivalente.

3.4 Manômetro de mercúrio em U ou equivalente para medir pressão estática.

3.5 Barômetro - para medir pressão atmosférica.

3.6 Analisador de gás - “Orsat” para determinar a composição dos gases e o


peso molecular.

3.7 Tubo Pitot - Tipo “Standard” para calibrar o Pitot tipo “S”.
4. PROCEDIMENTO

4.1 Montar a aparelhagem conforme mostra a Figura 1, e verificar todas as


conexões para que não ocorram vazamentos.

4.2 Medir a carga de velocidade (leitura no manômetro - D P) e a temperatura


nos pontos transversos (descritas no MF-511). Utilizar o formulário
mostrado na Figura 2.

4.3 Medir a pressão estática no interior da chaminé

Obs.: Normalmente uma só leitura é suficiente para todos os pontos


transversos, entretanto se faz necessário ler todos os pontos da
seção. A variação da leitura das pressões estáticas não deve ser
superior a 100 mm de H2O. Caso isto ocorra, medir e registrar a
pressão estática para cada ponto transverso.

4.4 Determinar a pressão atmosférica.

4.5 Determinar o peso molecular do gás seco.

Para gases de combustão usar o MF-513. No caso do fluxo gasoso ser o


ar, o peso molecular é 29 e para outros gases consultar a FEEMA.

4.6 O percentual de umidade pode ser obtido pelo MF-515 - Determinação do


teor de partículas ou pelo MF-514 - Determinação de umidade dos gases.
DIÂMETRO OU DIMENSÕES DA CHAMINÉ, m _______________________

PRESSÃO BAROMÉTRICA, mm Hg _______________________

2
ÁREA DA SEÇÃO TRANSVERSAL, m _______________________

COEFICIENTE TUBO PILOT, CP _______________________


ESQUEMA DA SEÇÃO TRANSVERSAL

PONTO CARGA DE TEMPERATURA CHAMINÉ PRESSÃO ESTÁTICA


TRANSVERSO VELOCIDADE
t O
C T O
K
Pg* P
Nº P mm H2 O mmHg

MÉDIA

* Caso uma investigação preliminar mostrar que Pg não varia mais que 100
mmH2O registrar somente uma leitura.

FIGURA – 2 - DADOS DE VELOCIDADE TRANSVERSA


5. CALIBRAÇÃO DO TUBO DE PITOT

Consiste em determinar o coeficiente (Cps) do tubo Pitot “S".

5.1 PROCEDIMENTO

Em laboratório, medir a carga de velocidade em um ponto qualquer de um


fluxo gasoso, utilizando para isto o tubo de Pitot “S" e o Pitot “Standard"
com coeficiente conhecido. A velocidade do fluxo para a calibração deve
variar dentro da faixa de trabalho no campo. As cargas de velocidade,
utilizando-se o tubo Pitot “S", devem ser medidas nos dois lados do tubo
conforme mostra a figura 3.
Registrar os seguintes valores:

- carga de velocidade determinada com o Pitot Standard, e


- carga de velocidade determinada como Pitot "S":

Lado “A” =
Lado “B” =

5.2 CÁLCULOS

Utilizar a seguinte expressão para calcular Cps:

std
Cps = Cpstd

teste

Onde:

Cps = coeficiente do tubo Pitot “S”

* Cpstd = coeficiente do tubo Pitot "Standard” ou “padrão”

Δ Pstd = carga de velocidade determinada com o Pitot "Standard" ou padrão

Δ Pteste = carga de velocidade determinada com o Pitot “S”.

* Caso não seja conhecido, utilizar o valor 0,99.


OBS.: Se os coeficientes lado A e lado B, do tubo de Pitot “S" não diferiram mais
do que 0,01, poderá ser usado, indiferentemente qualquer dos dois lados.
Caso contrário, especificar um dos lados e usar o seu coeficiente específico
para as demais determinações.
6. CÁLCULOS

6.1 VELOCIDADE MÉDIA DO GÁS

Utilizar a seguinte expressão:

(T )
med
V = Kp Cp ( ) med
P PM
u

6.2 VAZÃO VOLUMÉTRICA DO GÁS

Tstd P
Q = 3600 (1- Bw).V.A.
T (med ) Pstd

6. NOMENCLATURA

A = área da seção transversal da chaminé, m2

Bw = teor de umidade no fluxo gasoso (calculado conforme o MF-514 ou


MF-515), proporção por volume

Cps = coeficiente do tubo de Pitot "S”, adimensional

Kp = constante do tubo de Pitot "S", para o sistema métrico

m ( g / gmol )(mmHg )1 / 2
34,97
s ( K )(mmH 2 O)

PMs = peso molecular do gás seco (calculado pelo MF-513), g/g mol

PMu = peso molecular do gás úmido, g/g - mol

PMu = PMs (1 - Bw) + 18.Bw

Pbar = pressão atmosférica, mm Hg

Pg = pressão estética, mm Hg

P = pressão absoluta, mm Hg

P = Pbar + Pg
Pstd = pressão absoluta padrão, 760 mm Hg

Q = vazão volumétrica do gás seco nas condições padrão, m/h

t = temperatura do gás na chaminé, ºC

T = temperatura absoluta do gás na chaminé, ºK

T = 273 + t sistema métrico

Tstd = temperatura absoluta padrão, 293°K

V = velocidade média do gás, m/s

ΔP = carga de velocidade do gás, m/s

3600 = fator de conversão, segundo/hora

18 = peso molecular da água, g/gmol

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MESQUITA, Armando L.S. et alii. Amostragem em Chaminé


São Paulo, CETESB, 1977. 78 p.

EPA ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. Industrial guide for air


pollution control. Washington D.C. 1978 lv.

FEDERAL REGISTER. Washington D.C., 41 (111) : 23060 - 76. Jun, 8,


1976.

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