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Surgimento e Evolução
da Cartografia Náutica.
Tomás Moura Adam / Âmbito da UC de Navegação 1
Índice
1. APRESENTAÇÃO
1.1. Introdução do trabalho
1.2. Escolha do tema
1.3. Agradecimento
2. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
2.1.
2.2. Market trends
2.3. Market size and Growth Projections
2.4. Target Market / Customer Profile
2.5. Competitive Analysis
3. MARKETING PLAN
3.1. Overall Market Strategy
3.2. Positioning
3.3. Product Strategy
3.4. Pricing Strategy
3.5. Distribution Strategy
3.6. Advertising and Promotion
4. PRODUCTION AND MANAGEMENT
4.1. Facilities and Premises
4.2. Equipment and Production
4.3. Value Chain
4.4. Production Processes
5. OPERATIONS PLAN
5.1. Organizational Structure
5.2. Operating Procedures
5.3. Human Resources
5.4. Skills Development
6. RISK ASSESSMENT
7. FINANCIAL PLAN
7.1. Operating Assumptions
7.2. Financial Projections
8. SCHEDULE
9. SHAREHOLDER STRUCTURE
1.3 Agradecimento
Sendo este documento realizado no âmbito da Unidade Curricular de Navegação Teórica, agradecer ao
Professor Daniel Mestre pela orientação durante a realização do mesmo, assim como, agradecer também
pelo desafio de estudar algo que nunca poderá ser esquecido, mas pelo contrário deverá ser para sempre
relembrado, a história dos nossos antepassados.
1
Quotidianus- Quotidiano
FONTE ( LIVRO THE TRUE STORY OF LONE GENIUOS WHO SOLVED THE GREATEST SCI
PROB)
2.5. O Começo
Cabe-nos a nós iniciantes da Arte da navegação, olhar para a Carta Náutica e saber identificar o básico
da cartografia, contudo apesar de termos vária informação disponível torna-se por vezes difícil lidar com
todas elas, porém, vamos começar pelo básico, Latitude e Longitude.
Será que sempre foram como as conhecemos? Como é que se navegava antes de conhecer a Latitude e a
Longitude?
Apesar de para nós parecer algo tão relevante, este tema não foi de todo algo simples de estudar, chegando
até mesmo a ser uma questão científica premente. (Contudo, os prémios atribuídos seriam apenas para
quem conseguisse resolver o problema da Longitude que vamos ver posteriormente).
Um dos crânios responsável pelo início do debate das coordenadas, podendo mesmo ser chamado de
Pioneiro Das Coordenadas Geográficas, tem de sua graça Eratóstenes.
Segundo consta, Eratóstenes , no Sec. III a.C, foi quem primeiro enunciou um sistema de duas
coordenadas geográficas, criando uma grelha de longitude e uma grelha de latitude, conseguindo a partir
das mesmas determinar qualquer posição na Ecúmena (Parte da terra habitada pelo homem), porém, com
erros bastante significativos.
De Eratóstenes conseguimos aproveitar a ideia da latitude, uma vez que o problema da mesma foi
solucionado , numa sinergia entre a observação do sol (Astrolábio náutico) em conjunto com uma tabela
de declinações. Onde basicamente a latitude representa a soma da distância Zenital do Sol (ângulo desde o
Zenith até ao Astro, ou seja, quando o sol passa no meridiano de lugar) com o valor da declinação.
= z + 2
2
Formula do cálculo da Latitude (
Z=Dist.Zenital Declinação
Concluímos então que, sabendo a diferença horária entre dois locais, saberemos a diferença de
longitude entre si.
Vejamos, desde muito cedo e como anteriormente vimos, o problema das longitudes tinha sido ligado
ao problema da diferença entre o tempo local e o tempo no meridiano zero. (Ideia apresentada pela
primeira vez por Gemma Frisius, matemático e astrólogo).
A primeira invenção deste tipo deveu-se a Huygens, um cientista holandês que viveu entre 1629 e
1695 e que continuou os estudos de Galileu mas que é anterior a Newton (1642 - 1727) e à lei da
gravitação e às fluxões.
Huygens usou o pêndulo como marcador do fluxo contínuo do tempo, mas o pêndulo simples suscita
problemas devidos ao facto de, sendo a gravidade que provoca o seu movimento, no movimento do navio,
a aceleração a que o pêndulo está sujeito pode ser muito variável. Apesar disso, estes problemas puderam
ser atenuados com o uso do pêndulo triangular representado na figura 5.
Contudo, a sua solução não convenceu os seus contemporâneos que continuavam determinados em
solucionar o problema da longitude pela via astronómica.
Foi então que surgiu na corrida pelo tão esperado prémio John Harrison, relojoeiro de profissão
decidiu resolver o problema diretamente, projetando elaborar um relógio capaz de aguentar em ambientes
hostis e que não fosse afetado por variações de temperatura, pressão e humidade, em conformidade com
uma precisão elevada.
E assim foi, após muita persistência e a remar contra a maré, visto que, até uma das mentes mais
brilhantes do mundo como foi Isaac Newton, revelou que nenhum relógio poderia vir a trabalhar com
precisão em ambiente marítimo, Harrison conseguiu realmente desvendar o mistério do séc.
Sabendo que o Board of Longiutde (Comité da longitude) foi criado pelo governo britânico e nele
estavam contido os melhores matemáticos, historiadores e pensadores da história, assim como a elite da
astrologia, o prémio não poderia ser atribuído a um “Simples” relojoeiro, como tal John Harrison apesar
de durante 20 anos ter construído 4 relógios e cada um melhor que o anterior, sempre que apresentava uma
ideia a este mesmo comité surgiam novas regras, sendo o comité incapaz de reconhecer o mérito que teve
Harrison, que mesmo quando as provas eram concludentes a favor desta solução o comité arranjava
sempre um novo “mas”, uma vez que, todos as mentes brilhantes acreditavam que a solução estava nos
astros e não num “simples” relógio.
No final de contas, verificou-se que também é possível medir a longitude a partir dos corpos celestes
(descobriu-se mais tarde, após o método de John já ser funcional), contudo, O cronómetro naval de
Harrison não só provou que era mais fácil para a determinação da longitude, como foi possível fabricá-lo
em termos economicamente aceitáveis.
Bem este foi um mistério desvendado há muito pouco tempo em Lisboa, num evento realizado no
Museu da Marinha que juntou quase todos os maiores especialistas em cartografia medieval, onde o
objetivo era compreender qual o primeiro Mapa Náutico e a sua origem.
Surgiram no final do Sec. XIII os Portulanos, que crê-se serem os primeiros registos de uma Carta
Marítima.
Chamam-se portulanos, termo que tem origem no adjetivo italiano portolano, que significa “relativo a
portos” ou “coleção de direções de navegação”. São as primeiras cartas náuticas objetivas, baseadas nas
direções dadas pelas agulhas e nas distâncias estimadas observadas pelos pilotos e marinheiros, e não na
imaginação e no simbolismo dos eruditos medievais.
Neste género de Comício no museu da Marinha, foi debatida a hipótese dos Portulanos serem de
origem italiana o diretor de investigação do Museu de História de Barcelona, defendeu que a cartografia
náutica medieval nasceu na cidade de Génova (Itália). E que foi a partir deste porto mediterrânico “que se
difundiram os padrões cartográficos dos portulanos e a técnica de reprodução destas cartas náuticas,
desenvolvida por artesãos profissionais em ateliês especializados não apenas na sua reprodução como no
seu marketing”. Foi por isso “que os portulanos se tornaram relativamente baratos, muito difundidos por
várias camadas sociais e tecnicamente homogéneos no século XIV”. E surgiram certamente para apoiar o
comércio marítimo.
A famosa ‘Carta Pisana’ do Mediterrâneo é considerada o portulano conhecido mais antigo, mas não
se sabe ao certo a data em que foi desenhada nem o seu autor.
Foi encontrada na cidade de Pisa (Itália),e de momento encontra-se em França.
Vale apena salientar que as cartas Portulanas foram as primeiras a usar a Rosa Dos Ventos, destinada
à orientação dos navegantes.
A história relata que, num estágio mais elementar que se possa imaginar, a cartografia deve ter sua génese
no período do nomadismo, representada por mapas itinerários. Ao longo da história, têm sido descobertos
novos mapas de civilizações remotas. São mapas com detalhes topográficos, onde é representado além do
relevo e da hidrografia, também aspetos da organização social, como áreas de moradia, caça e cultivo
agrícola. Estes mapas possuem, de forma generalizada, grande escala.
Existem historiadores que acreditam, com base nos seus estudos, que a cartografia nesta época surge como
forma de contacto entre povos, e que surge antes da escrita.
Na figura 10 está representado o documento mais antigo do mundo, trata-se de um mapa da época de 2400
a.C feito em argila seca. Todavia, não é considerado uma Carta.
Contudo, nesta período começou-se a pensar na esfericidade da terra, claro subjetivamente, sendo que
surgiu também um sistema de coordenadas geográficas, estando assim no caminho certo do progresso da
geografia e da geodesia.
Houve uma grande evolução quando foi criada uma escola na Grécia denominada de Escola De
Alexandria, onde surgiram muitos avanços no que toca ao estudo da Terra. Nomeadamente, Eratóstenes
calculou a circunferência terrestre ajudando também Hiparco a criar um sistema de coordenadas
geográficas.
Contudo na era seguinte houve um grande regresso nestes desenvolvimentos com o surgimento dos terra
planistas.
Esta época da idade média foi sem duvida, um momento de trevas no que toca ao desenvolvimento
da ciência, uma vez que, todas as conquistas apresentadas na época anterior, foram como que esquecidas
dando enfase à possibilidade de a terra ser um disco, sendo que vários matemáticos ligados à igreja e ao
clero (na época, dominavam o mundo) acreditavam na teoria dos terra planistas, então a terra passou a ser
vista como um Anel que simbolizava a aliança com Deus.
Nesta época foram criados alguns mapas com esta teoria em baixo apresentados.
Apenas no Sec.XII tornou a haver progresso no que toca à cartografia, uma vez que, em terras Árabes
tornou-se a salientar os feitos da época Clássica , representando o conhecimento geográfico islâmico da
idade média.
Como consequência do comércio na região do Mar Mediterrâneo e da expansão árabe no
continente europeu, evidenciaram-se os contatos do mundo cristão com o mundo árabe. Esta nova
conjuntura constituiu no avanço e progresso cartográfico, o que resultou nas cartas portulanas
anteriormente faladas.
Figura 12- Mapa de Terra planismo Fonte (Wikipédia) Figura 13- Mapa Islâmico Fonte: Livro “The Maps”
Nesta época, aconteceu o tão famoso Renascimento. Que só veio ajudar no estudo do mundo, e
veio conduzir à liberdade de expressão e de ter novas ideias.
Surgiu a imprensa que impulsionou bastante os trabalhos cartográficos, ajudando no fabrico dos
mesmos.
Surgiu no nosso País, a Escola Sagres criada pelo Infante D. Henrique com o intuito de ajudar na
progressão dos estudos da navegação e da cartografia.
Nesta escola, a mando do Infante estavam os melhores técnicos da época, que em conjunto com os
equipamentos disponíveis na Escola Sagres estimaram que a Oeste havia a possibilidade de haver outro
continente.
Contudo, um dos pontos que vinha a demarcar a “cambalhota” na arte de cartografar, foi a obra
escrita pelo matemático e cartógrafo Português Pedro Nunes.
Em 1537 Pedro Nunes pública uma obra de grande importância para a Navegação, com resultados
surpreendentes, que abriram perspetivas no que toca à arte de navegar.
Discutia pela primeira vez a complexidade das propriedades geométricas das cartas náuticas e fez
propostas matemáticas relacionadas com as navegações de longa distância.
Em concreto, enunciou que a distância mais curta entre dois pontos à superfície da terra, não era feito
com o rumo constante como era a prática da época, mas sim numa estranha e nova curva em forma de
espirar em direção ao polo Norte. Nunes denominou-a de “linha de rumo”.
Porém, era necessário projetar a terra- que na altura já se conhecia que não era uma esfera perfeita
mas sim um elipsoide de revolução- com mais rigor, sabendo que era impossível eliminar as distorções
polares, mas era possível minimiza-las.
Há nela conservação da forma, direções e ângulos, mas a proporção da superfície é distorcida nos polos.