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NAVEGAÇÃO VISUAL

PILOTO PRIVADO
Israel Miler
MÉTODOS DE NAVEGAÇÃO
Navegação visual ou por contato:
• O piloto mantém constante contato visual com o terreno e através de
pontos de referências na superfície.
NAVEGAÇÃO ESTIMADA
• O piloto realiza cálculos para determinar o tempo estimado
em cada um dos pontos (waypoint) da rota.
• Instrumentos utilizados:
• Bússola, velocímetro e relógio.
NAVEGAÇÃO CELESTIAL
• Utiliza-se de corpos celestes como referência para determinar
sua posição.
• Instrumento utilizado:
• Sextante
RÁDIO NAVEGAÇÃO
• Equipamento que captam ondas de rádio emitidas por
estações em terra que auxilia o piloto a determinar a posição
da aeronave.
• Receptores VOR e ADF
NAVEGAÇÃO ELETRÔNICA
• A posição da aeronave é calculada através de
equipamentos eletrônicos, capazes de determinar o seu
posicionamento de uma forma mais acurada e rápida.
NAVEGAÇÃO POR SATÉLITE
• GPS – Global Positioning System
• Sistema composto por uma rede de 24 satélites em órbita da Terra, o
que determina de forma precisa a posição geográfica.
A TERRA E A NAVEGAÇÃO AÉREA
A forma da Terra
CÍRCULOS MÁXIMOS E MENORES
• Círculo Máximo
• Quando uma esfera é dividido em partes
iguais.

• Círculo Menor
• Quando uma esfera é dividida em partes
desiguais.
MOVIMENTOS DA TERRA
• Rotação
• 23 horas, 56 minutos e 4,09 segundos
• Dia e Noite
TRANSLAÇÃO
• 365 dias e 6 horas
• Estações do ano
MERIDIANOS
• Semicircunferência (180°) de um
círculo máximo, limitado pelos polos.
• Todos eles cruzam a linha do
Equador num ângulo de 90°.
MERIDIANO DE GREENWICH – 0°
• Conhecido como o 1º Meridiano.
• Passa sobre a localidade de Greenwich, no
observatório Real, nos arredores de Londres.
• Por convenção, divide o globo terrestre em
Oriente e Ocidente.
• Permite medir a Longitude.
MERIDIANO 180° OU
LINHA INTERNACIONAL DA DATA
• É o antimeridiano do meridiano de
Greenwich
• Marca o ponto no qual ocorre a
mudança de Data.
• A linha atravessa o Oceano Pacífico:
• A leste é um dia a mais do que a oeste.
Leste Oeste
PARALELOS
• São linhas que passam
paralelamente à Linha do
Equador.
• Variam de 0° (Linha do Equador) a
90° (Polo Norte e Sul).
LATITUDE - N/S
• É a distância em graus medida entre qualquer ponto na
superfície terrestre e a Linha do Equador, que corresponde ao
paralelo de 0º.
LONGITUDE – W/E
• Distância em graus de qualquer ponto da Terra em relação
ao Meridiano de Greenwich.
COORDENADA GEOGRÁFICA
• Cruzamento da Latitude e Longitude em um ponto.
• A localização é dada pelo sistema de graus, minutos e
segundos.
• Ex. [ 52°20´36´´N ] [ 120°45´23´´W ]

• Graus: Latitude até 90° e longitude até 180 °


• Minutos: até 59
• Segundos: até 59
• Os graus de Latitude serão representados por dois dígitos (ex. 10°09´S).
• Os graus de Longitude serão representados por três dígitos (ex.
001°54´W).

Atenção:
Os minutos e os segundos não poderão exceder 59.
Ex:
• 10°02´78´´S -> 10°03´18´´S -> sempre que exceder 59 deve-se subtrair 60
para converter os segundos em minutos, ou, os minutos em graus.
Veja outro exemplo.
• 006°90´E -> 007°30E -> os 90´ foram convertidos em 1° e 30´ para que a
coordenada fosse expressa de forma correta.
PLOTAGEM DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
Intervalo de1° (grau)

10´ (minutos)
RESPOSTA

Ponto A (09°10´S - 035°50´W)

Ponto B (09°30´S - 035°40´W )

10´ (minutos)
CÁLCULOS ENVOLVENDO LATITUDES E
LONGITUDES

SOMA: tanto na soma quanto na subtração as operações de graus,


minutos e segundos devem ser realizadas separadamente, e quando
for preciso, uma poderá completar a outra, realizando a conversão.

Inicia pelos segundos


Veja os exemplos abaixo:
SUBTRAÇÃO:
DIVISÃO: veremos a divisão por 2, que será a mais utilizada por nós. É importante
transformar graus, minutos e segundos em números pares antes de dar início a
operação.
DIFERENÇA DE LATITUDE (DLA)
• Mesmo hemisfério:
• Subtrair
• Hemisférios diferentes:
• Somar
LATITUDE MÉDIA (LM)

Transformar em n°s
Lembre-se que para latitudes no mesmo hemisfério pares
você deve SOMAR e depois DIVIDIR o resultado por 2!
LATITUDE MÉDIA EM HEMISFÉRIOS
DIFERENTES
• Subtraia a maior latitude pela menor, e divida o resultado por dois.
É importante ressaltar, que a latitude média receberá a letra (N ou S)
da maior latitude.
COLATITUDE
• É a distância angular, a partir do Equador, entre uma determinada
latitude e o polo mais próximo.
• O cálculo é bastante simples, basta subtrair a latitude por 90°.
LONGITUDE
• Diferença de longitude (DLO)

Calcule a diferença entre as longitudes A (062°34´E) e B (126°11´E).

Lembre-se que para longitudes no mesmo hemisfério você deverá SUBTRAIR!


DLO EM HEMISFÉRIOS DIFERENTES

A diferença de longitude em hemisférios diferentes será calculada


através da soma entre ambas as longitudes

Calcule a diferença entre as longitudes A (076°20´W) e B (062°34´E).


EXCEÇÃO À REGRA
• O cálculo de diferença de longitude em hemisférios diferentes deve ser
realizado somando as duas longitudes, porém, quando o valor obtido for
superior a 180°,deveremos subtrair o valor encontrado por 360°.
• Fazemos esta operação para obtermos a menor distância possível entre as
duas longitudes envolvidas.

• Ex: Calcule a diferença entre as longitudes A (145°12´W) e B (126°30´E).


LONGITUDE MÉDIA (LOM)
• LOM no mesmo hemisfério:
• Some ambas as longitudes e divida o resultado por dois.

Ex: Calcule a longitude média entre as longitudes A (126°11´E) e B (062°34´E).

Transformar em n°s
pares
LOM EM HEMISFÉRIOS DIFERENTES
• Para o cálculo entre longitudes de hemisférios diferentes, você deverá
subtrair a maior longitude pela menor, e dividir o resultado por dois.

Ex: Calcule a longitude média entre as longitudes A (076°20´W) e B (062°34´E).

Transformar em n°s
A longitude média receberá a letra (W ou E) da maior longitude. pares
ANTIMERIDIANO
• É o meridiano que está localizado exatamente no lado oposto (180°)
ao meridiano considerado. O cálculo é bastante simples, basta
subtrair a longitude por 180°.

Ex: Calcule a antimeridiano da longitude A (062°34´E).


Mudar o
Hemisfério
ORIENTAÇÃO SOBRE A
SUPERFÍCIE DA TERRA
• Orientação
Para saber o sentido que devemos ir, temos que nos orientar de
alguma forma, ou seja, devemos ter alguma referência que nos
faça ter a certeza de que estamos no sentido correto.
• Sol
• Estrelas
• Bússola
• Direção
• Precisamos definir a direção exata da rota ou seja, o Rumo.

• Analisaremos duas formas de se definir a direção, a rosa-dos-


ventos e o sistema de graus direcionais.
ROSA-DOS-VENTOS
GRAUS DIRECIONAIS
• Mas e se a direção que devemos
adotar ficar entre N e NNE?
• O cientista grego Hiparco (190-
126 a.C), através de seus
trabalhos na época alexandrina
introduziu a divisão do círculo em
360°, cada um divisível em 60
minutos de 60 segundos.
• O norte (N) é o azimute 0°, e as
demais divisões têm o norte
como referência.
LEITURA DE DIREÇÃO NA CARTA DE
NAVEGAÇÃO
• - as direções lidas em qualquer meridiano serão sempre em
relação ao norte verdadeiro.
• - as direções são lidas no sentido horário, tendo o norte
verdadeiro como referência.
MERIDIANO
PARALELO
PASSO A PASSO
1. Plotar os pontos de origem e destino, para que
seja possível estabelecer a rota de ligação
entre ambos.
2. Estabelecer o sentido da rota.
3. Com o auxílio de um transferidor iremos
encontrar a direção da rota, para isso
deveremos posicioná-lo, ou centralizando-o
em relação a um meridiano ou em relação a
um paralelo que cruze a rota estabelecida.
4. Como em todas as cartas o norte é para
cima, devemos posicionar o transferidor
também nesta posição.
5. Após posicionarmos o transferidor num
meridiano ou num paralelo, iremos ler a
indicação da direção correspondente a rota,
para tal, é muito importante que saibamos o
sentido da rota, sob pena de se obter uma
direção no sentido oposto ao que desejamos.
6. A direção encontrada em graus direcionais foi
de 207°.
UNIDADES DE MEDIDA
Unidades de medida de distância
• Quilômetro
• Milha terrestre
• sigla é ST (Statute Mile)
• Milha náutica
• sigla é NM (Nautical Mile)

Abaixo a correlação entre as unidades de medida de distância.


• 1nm = 1852m ou 1,852km
• 1nm = 1,150st
• 1st = 1609m ou 1,609km
UNIDADES DE MEDIDA DE VELOCIDADE
• O cálculo da velocidade é a razão entre a distância
percorrida e o intervalo de tempo.
• Portanto, uma aeronave que se desloca a uma velocidade
de 80kt, percorre em 1 hora a distância de 80 milhas náuticas.
Há três unidades de medida de velocidade:
• Km/h = quilômetro por hora
• Mi = milha terrestre por hora Correlação entre as unidades de
medida de velocidade.
• Kt = milha náutica por hora
1kt = 1,852km/h
1kt = 1,15mi/h
1mi/h = 1,609km/h
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01) 60nm equivalem a quantos 03) 888nm equivalem a quantos
quilômetros? quilômetros?
• a) 111km • a) 479km
• b) 32km • b) 555km
• c) 180km • c) 1.420km
• d) 30km • d) 1.644km
02) 1.222km equivalem a quantas milhas 06) 43nm equivalem a quantas milhas
náuticas? terrestres?
• a) 2.263nm • a) 79st
• b) 1.955nm • b) 37st
• c) 763nm • c) 49st
• d) 659nm • d) 55st
RESPOSTAS
• 1- A
• 2–D
• 3–D
• 4–C
OBTENÇÃO DA DISTÂNCIA EM UMA
CARTA AERONÁUTICA

Partida

Cada minuto equivale


a 1 milha náutica

Destino

1° = 60’, logo 1° = 60 nm e 1’ = 1nm


Equivalência válida nos Meridianos e
no Equador.
OBTENÇÃO DA DISTÂNCIA ATRAVÉS DA
DIFERENÇA DE LATITUDE E LONGITUDE

• 1 – Encontrar a DLA e DLO dos referidos pontos.


• 2 – Transformar estes valores em distância (Nm)
• 3 – Aplicar a fórmula do Teorema de Pitágoras
• (a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa)
• X² = A² + B²
EXEMPLO:
Encontrar a distância em milha náutica entre as posições A (15°20´S/040°08´W) e B
(02°04´S/062°20´W).
• calcular a diferença de latitude entre os pontos, cálculo este que você já conhece muito
bem, então teremos:
• 15°20´ - 02°04´ = 13°16´
• calcular a diferença de longitude entre os pontos, cálculo este que você já conhece
muito bem, então teremos:
• 062°20´ - 040°08´ = 022°12’
• após obtermos a DLA e DLO, iremos convertê-las em distância na unidade de milhas
náuticas, logo:
• DLA: 13°16´ -> 13 x 60 = 780 -> 780 + 16 = 796nm
• DLO: 22°12´ -> 22 x 60 = 1320 -> 1320 + 12 = 1332nm
• Com base nestes dois valores aplicaremos o Teorema de Pitágoras:
X² = A² + B²
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
• 01) Qual a menor distância, em milhas náuticas (nm), entre asposições A
(22°20´N/033°00´E) e B (22°20´N/037°00´W)?
• a) 4.200nm
• b) 64nm
• c) 7.778nm
• d) 3.688nm

• 02) Qual a menor distância, em quilômetros (km), entre as posições A


(28°37´S/071°37´W) e B (28°37´S/108°23´E)?
• a) 10.800km
• b) 20.000km
• c) 300km
• d) 5.687km
• 03) Qual a menor distância, em milhas náuticas (nm), entre as posições A
(00°08´S/176°00´E) e B (00°08´S/173°00´W)?
• a) 1.220nm
• b) 20.940nm
• c) 660nm
• d) 9.556nm

• 04) Qual a menor distância, em quilômetros (km), entre as posições A


(04°41´S/155°07´W) e B (03°21´N/155°07´W)?
• a) 482km
• b) 892km
• c) 422km
• d) 1.852km
RESPOSTAS
• 01- A
• 02 – B
• 03 – C
• 04 – B
TIPOS DE ROTAS
• Rota Ortodrômica:
• Orto: “Reto” / Dromos: “Caminho”

• É caracterizada por ser a menor distância entre a origem e o


destino, porém, esta rota corta os sucessivos meridianos em
ângulos diferentes.
• Necessária a mudança constante de rumo.
• Rota Loxodrômica:
• Loxo: “Direção constante” / Dromos: “Caminho”

• Loxodromia é a linha que intercepta os vários meridianos em


ângulos constantes, é mais conveniente do que a rota
ortodrômica, porém é mais longa.
• Uma maior diferença entre as duas rotas se dará principalmente
em latitudes elevadas e em rotas de grande distância.
MAPAS E CARTAS
• Mapa:
• Representação geográfica da superfície curva e esférica do
planeta Terra, sobre uma superfície plana numa determinada
escala.
• Mais simplórias e generalizadas, com menos detalhes sobre a
área representada.
• Carta:
• É um mapa com finalidade especial, destinado geralmente, à
navegação ou a outra atividade técnica ou científica.
• Permitem a avaliação mais precisa de distâncias, direções e
a localização plana, geralmente em média ou grande
escala.
PROJEÇÕES
• Origem das projeções:

GEO

• Gnomônica: ponto de vista da projeção é no centro da esfera. Este tipo


de origem é a mais utilizada (exemplo: projeções Mercator e Lambert).
• Estereográfica: ponto de vista da projeção é no lado oposto ao ponto
de tangência.
• Ortográfica: ponto de vista da projeção é no infinito.
TIPOS DE PROJEÇÕES
• Projeção cilíndrica: Origem é Gnomônica

• Distorções próximas ao meio do cilindro, ou seja, nas latitudes


mais baixas são pequenas, e a deformação das superfícies
localizadas nas altas latitudes são maiores.
PROJEÇÃO CÔNICA
Origem é Gnomônica

• É denominada de cônica, porque a superfície terrestre é projetada


sobre um cone que é posteriormente planificado.
• Capaz de representar apenas um hemisfério ou uma parte dele.
• São mais utilizadas para a representação cartográfica de áreas de
altas latitudes.
PROJEÇÃO PLANA OU AZIMUTAL
Projeção azimutal gnomónica

• É a projeção da superfície terrestre num plano a partir de um


determinado ponto de vista, ou tangente.
• O ponto de tangência se torna o centro dessa representação
cartográfica, e as áreas próximas a esse ponto apresentam
pequenas deformações, porém, as mais distantes são
bastante distorcidas.
• As cartas baseadas nas projeções cilíndricas e cônicas são
amplamente utilizadas na navegação aérea, principalmente porque:
preservam a forma, minimizando as distorções
preservam a relação angular (projeção conforme)
mantêm uma razoável constância da escala por toda a carta
CARTA MERCATOR

• Foi apresentada em 1569 pelo cartógrafo Gerardus Mercator.


• Esta projeção cilíndrica conforme representa os meridianos e
paralelos em segmentos de reta perpendiculares entre si, e os
meridianos são equidistantes.
• As rotas loxodrômicas são representadas nesta projeção através
de linhas retas, o que facilita a leitura do rumo da navegação.
CARTA MERCATOR
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Os paralelos e os meridianos são • deformação excessiva nas altas
representados por linhas retas. latitudes.
• facilidade em identificar os • impossibilidade de representação
pontos cardeais. dos polos.
• facilidade em plotar um ponto • A escala muda a medida que se
nesse tipo de carta. aproxima das altas latitudes.
• Áreas e formas são fieis à
realidade.
CARTA LAMBERT
• Idealizada por Johann Heinrich Lambert no Século XVIII.
• É a projeção cônica mais utilizada em navegação, principalmente
na navegação aérea.
• A rota loxodrômica é representada por uma curva.
• Na carta Lambert a origem da projeção também é gnomônica.
CARTA LAMBERT

VANTAGENS DESVANTAGENS

• escala de latitude constante, o • difícil construção.


que possibilita a medição da
distância em qualquer meridiano. • a plotagem de coordenadas
geográficas é mais difícil.
• facilidade para a plotagem de
marcações radiogoniométricas. • rota loxodrômica é representada
por uma curva.
• uma linha reta representa com
grande precisão um círculo • a plotagem da posição não é tão
máximo (rota ortodrômica). simples quanto na carta Mercator.

• A escala é constante.
MACETE

ROTAS L O L O
CARTAS L L M M
LINHAS ( I I )

ROTAS: Loxodrômica e Ortodrômica


CARTAS: Lambert e Mercator
LINHAS: Curva e Reta
ESCALA DAS CARTAS
• A escala de uma carta é definida como a relação entre um
valor gráfico, na carta, e o valor real correspondente, na
superfície da Terra.
• Por exemplo, uma carta cuja escala é de 1:1.000.000 (1cm na
carta equivale a 1.000.000cm, ou 10km, na superfície da Terra)
indica que a área da carta é 1.000.000 vezes menor do que a
área real.
TIPOS DE ESCALAS
• Gráfica:
• A escala é representada por um segmento de reta graduada
em diversas unidades de medidas de distância, como a milha
náutica, quilômetro e milha terrestre.
• Fracionaria ou Numérica:
• A escala é representada por uma fração matemática, cuja
unidade mais utilizada é o centímetro (cm).

• Temos o exemplo da escala fracionária da carta WAC, que


sempre será de 1:1.000.000, ou seja, 1cm equivale a
1.000.000cm ou 10km na superfície terrestre.
INTERPRETAÇÃO DAS CARTAS WAC
(WORLD AERONAUTICAL CHART)
• A WAC é composta essencialmente de uma base geográfica sobre
a qual são adicionadas as informações aeronáuticas, tais como:
auxílios-rádio, aeródromos, espaços aéreos condicionados,
altitudes máximas de quadrícula (MEF), etc..

Duas características importantes sobre a WAC, que são o padrão


ICAO:
• Todas WAC são padronizadas com a escala 1:1.000.000
(1cm =10km = 5,39nm).
• A WAC é uma projeção cônica conforme de Lambert.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1 - Escala, em cartografia, é a relação matemática entre as dimensões reais do objeto e a
sua representação no mapa. Assim, em um mapa de escala 1:50.000, uma cidade que tem
4,5 Km de extensão entre seus extremos será representada com
• a) 9 cm.
b) 90 cm.
c) 225 mm.
d) 11 mm.

2 - Considerando que a distância real entre Yokohama e Fukushima, duas importantes


localidades, onde serão realizadas competições dos Jogos Olímpicos de Verão 2020 é de
270 quilômetros, em um mapa, na escala de 1:1.500.000, essa distância seria de

a) 1,8 cm
b) 40,5 cm
c) 1,8 m
d) 18 cm
e) 4,05 m
3 - Escala gráfica, segundo Vesentini e Vlach (1996, p. 50), "é aquela que expressa
diretamente os valores da realidade mapeada num gráfico situado na parte
inferior de um mapa". Nesse sentido, considerando que a escala de um mapa
está representada como 1:25000 e que duas cidades, A e B, nesse mapa, estão
distantes, entre si, 5 cm, a distância real entre essas cidades é de:
• a) 25.000 m
b) 1 .250 m
c) 12.500 m
d) 500 m
e) 250 m
4 - A escala cartográfica define a proporcionalidade entre a superfície do terreno
e sua representação no mapa, podendo ser apresentada de modo gráfico ou
numérico.

A escala numérica correspondente à escala gráfica apresentada é:


a) 1:184 500 000.
b) 1:615 000.
c) 1:1 845 000.
d) 1:123 000 000.
e) 1:61 500 000.
GABARITO
• 1–A
• 2–D
• 3–B
• 4-E
DIVISÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO
IDENTIFICAÇÃO DA WAC
IDENTIFICAÇÃO DA WAC
• Da esquerda para a direita temos:
• cartas adjacentes: são as cartas WAC que dão continuidades
a esta carta.
• localização da carta: identificação da área de cobertura
desta carta.
• identificação da carta: dados de identificação da carta
como: nome da área de cobertura, estados que estão
contidos na área, número de identificação da WAC, escala,
edição e a data da compilação.
LEGENDA DA WAC
• Legenda referente ao Relevo
• Legenda de construções:
• Legenda de informações aeronáuticas:
DETALHES DA WAC
MEF - (MAXIMUM ELEVATION FIGURES)
VALORES DAS ELEVAÇÕES MÁXIMAS

Para maior
segurança,
sempre voar
1.000 pés
acima do
valor
apresentado.
• Obstáculos verticais e
pontos de referência
• Informações magnéticas:
PROAS E RUMOS
• Definições:
• Proa: é a direção do eixo longitudinal da aeronave, ou seja, a
direção para onde o nariz da aeronave está apontado.
• Rota: é a projeção na superfície da Terra, da trajetória prevista ou
percorrida por uma aeronave.
• Rumo: é a direção da trajetória (rota) expressa em graus em relação
ao norte. A rota coincidirá com o rumo quando a correção de
deriva for realizada corretamente.
• Deriva: é o ângulo formado entre a proa e a rota, no sentido do
vento.
• Correção de deriva: é o ângulo formado entre a proa e o rumo, no
sentido contrário ao vento.
INFLUÊNCIA DO VENTO
MAGNETISMO TERRESTRE
• Os polos magnéticos não coincidem com os polos verdadeiros ou
geográficos.
• O polo norte magnético, em 2005, estava localizado
aproximadamente na coordenada 78°18’N/104°11’W
• O polo norte verdadeiro está localizado na latitude 90°N.
• Atualmente a diferença entre ambos os polos norte, magnético e
verdadeiro, é de aproximadamente 720nm.
• A diferença angular entre o norte verdadeiro e o norte
magnético é chamada de Declinação Magnética (Dmg).
• Numa carta aeronáutica os meridianos são em relação
ao norte verdadeiro, porém a bússola da aeronave
aponta sempre para o norte magnético.
• É necessário realizar algumas correções para que a
aeronave voe na rota pré-determinada.
• Para neutralizarmos esse erro, as cartas de navegação
exibem as linhas isogônicas, ou seja, de mesma
variação magnética, para que durante o planejamento
possamos calcular o rumo magnético até o nosso
destino.
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA
• É o ângulo formado entre o norte verdadeiro (ou geográfico) e o
norte magnético.
• A declinação magnética (Dmg) é expressa em graus, e recebe a
designação leste (E) ou oeste (W) para indicar de que lado o
meridiano magnético está em relação ao meridiano verdadeiro.
• As cartas aeronáuticas informam nas áreas nela representadas, o
valor da declinação magnética.
• Linhas Isogônicas: são linhas que unem pontos de mesma
declinação magnética.
• Linhas Agônicas: são linhas que unem pontos onde a declinação
magnética é nula (0°).
Proa Verdadeira (PV)
Proa Magnética (PM)
• Numa carta aeronáutica, como por exemplo, uma WAC ou ENRC, a
declinação magnética é expressa conforme ilustrado na figura
abaixo.
• Neste exemplo, a Dmg equivale a 09°W, ou seja, o norte magnético
está localizado 9° a oeste do norte verdadeiro.
DECLINAÇÃO E RUMO
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA MÉDIA
• Vamos supor que durante o voo, a rota traçada cruze as Dmg de
15°W, 16°W e 17°W, portanto ao fazer a média destas três Dmg,
obteremos a declinação magnética média equivalente a 16°W, Dmg
esta que deverá ser utilizada nos cálculos de navegação.
INCLINAÇÃO MAGNÉTICA
• Inclinação magnética é o ângulo, num plano vertical, entre o
componente horizontal e o campo magnético da Terra, num
determinado ponto.
• A componente horizontal (H) é zero nos polos magnéticos e
alcança máximo valor no Equador magnético.
• A componente vertical (Z) é zero no Equador magnético e
alcança máximo valor nos polos magnéticos.
• A componente horizontal (H) é a responsável pela orientação
da agulha magnética da bússola.
• Como o seu componente horizontal diminui a medida que a
latitude aumenta (tornando-se nulo no polo magnético), o
desempenho da agulha magnética fica prejudicado nas altas
latitudes (maiores que 60º).
DESVIO BÚSSOLA
• Outros campos magnéticos podem provocar um desvio da agulha
magnética contida na bússola, e consequentemente um erro na
indicação da direção.
• Portanto, o desvio bússola (DB) é definido como o ângulo entre o
norte magnético (NM) e o norte bússola (NB), medido em graus a
leste ou oeste do norte magnético.
CONSTRUÇÃO DA CALUNGA OU PÉ-
DE-GALINHA
• É uma técnica muito utilizada para definir a direção da proa e
rumo da aeronave.
• CONCEITOS:
• Proa: é a direção do eixo longitudinal da aeronave, ou seja, a
direção para onde o nariz da aeronave está apontado.
• Proa verdadeira (PV): é o ângulo formado, no sentido horário,
entre o norte verdadeiro (NV) e o eixo longitudinal da
aeronave.
• Proa magnética (PM): é o ângulo formado, no sentido horário,
entre o norte magnético (NM) e o eixo longitudinal da
aeronave.
• Proa bússola (PB): é o ângulo formado, no sentido horário, entre o norte
bússola (NB) e o eixo longitudinal da aeronave.
• Rumo: é a direção da trajetória (rota) expressa em graus em relação ao
norte. A rota coincidirá com o rumo quando a correção de deriva for
realizada corretamente.
• Rumo verdadeiro (RV): é o ângulo formado entre o norte verdadeiro (NV) e a
linha traçada da rota planejada.
• Rumo magnético (RM): é o ângulo formado entre o norte magnético (NM) e
a linha traçada da rota planejada.
• Rota: é a projeção na superfície da Terra, da trajetória prevista ou percorrida
por uma aeronave.
• Deriva: é o ângulo formado entre a proa e a rota, no sentido do vento.
• Correção de deriva: é o ângulo formado entre a proa e o rumo, no sentido
contrário ao vento.
• Declinação magnética (Dmg): é o ângulo formado entre o norte verdadeiro
(ou geográfico) e o norte magnético.
*DB = Desvio de Bússola

Note que sempre que a Dmg for leste (E), você deverá subtrair o valor da Dmg ao da PV, para
obter a PM. E quando a Dmg for oeste (W), você deverá somar o valor da Dmg ao da PV, para
obter a PM.
EXEMPLO:
EXERCÍCIOS:
• Exercício 1: Dados: PV=260°, PM=291° e DB=3°E, calcule a
Dmg e a PB.
• Exercício 2: Dados: Dmg=17°W, DB=0° e PB=020°, calcule a PV
e a PM.
• Exercício 3: Dados: PV=359°, Dmg=3°W e DB=2°E, calcule a PM
e a PB.
• Exercício 4: Dados: Dmg=5°E, PM=025° e PB=023°, calcule a PV
e a DB.
• Exercício 5: Dados: Dmg=3°W, PM=001° e DB=2°W, calcule a
PV e a PB.
FATOR VENTO DENTRO ESQUEMA

*DR = Deriva
*CD = Correção de Deriva
• Exercício 1: Dados: Dmg=5°W, DB=1°W, PV=095° e RV=100°, calcule a
PM, PB, DR, CD e RM.
• Exercício 2: Dados: PV=230°, Dmg=3°E, DB=2°E e DR=-3°, calcule a PM,
PB, RV, RM e CD.
• Exercício 3: Dados: Dmg=3°W, DB=1°E, PB=140°, RV=134°, calcule a
PV, PM, DR, CD e RM.
• Exercício 4: Dados: Dmg=4°E, DB=1°W, PM=092° e RV=100°, calcule a
PV, PB, DR, CD e RM.
• Exercício 5: Dados: PV=315°, Dmg=3°E, DB=3°E e RV=320°, calcule a
PM, PB, RM, DR e CD.
• Exercício 1: Dados: Dmg=5°W, DB=1°W, PV=095° e RV=100°,
calcule a PM, PB, DR, CD e RM.
• Exercício 2: Dados: PV=230°, Dmg=3°E, DB=2°E e DR=-3°,
calcule a PM, PB, RV, RM e CD.
• Exercício 3: Dados: Dmg=3°W, DB=1°E, PB=140°, RV=134°,
calcule a PV, PM, DR, CD e RM.
• Exercício 4: Dados: Dmg=4°E, DB=1°W, PM=092° e RV=100°,
calcule a PV, PB, DR, CD e RM.
• Exercício 5: Dados: PV=315°, Dmg=3°E, DB=3°E e RV=320°,
calcule a PM, PB, RM, DR e CD.
TEMPO E FUSOS HORÁRIOS
Relação tempo-longitude
• Em um dia a Terra efetua uma rotação completa de 360°, ou seja,
temos 360° de longitude em 24 horas, o que equivale a 15° por hora.
Portanto, a Terra gira exatos 15° a cada hora (15° x 24 = 360°).
FUSO HORÁRIO
• Na Conferência de Roma, em 1883, se optou por dividir a
circunferência da Terra em 24 fusos horários (ou zonas de tempo)
de 15° cada, e para cada região localizada dentro de um
determinado fuso passou a se adotar a mesma hora.
• No ano seguinte, na Conferência de Washington (EUA), adotou-se o
meridiano de Greenwich como ponto zero de referência para os
fusos, já que a maioria das cartas geográficas da época era
inglesa e utilizava esse meridiano como o central.
• A nomeação do meridiano é proveniente do Observatório
Astronômico Real, localizado em um distrito de Londres chamado
Greenwich.
• Para facilitar a identificação dos fusos horários, foi estabelecida uma sequência
numérica e alfabética para cada fuso, sendo o meridiano de Greenwich a
referência. Portanto, determinou-se que o meridiano de Greenwich é o fuso zero
(Z) ou a Hora Universal Coordenada (UTC).
FUSO HORÁRIO NO BRASIL
LINHA INTERNACIONAL DE MUDANÇA
DE DATA
TIPOS DE HORAS
Hora Universal Coordenada (UTC)
• A hora UTC (Coordenated Universal Time) é também conhecida
como Hora Z (Zulu), em referência ao indicativo do fuso zero do
meridiano de Greenwich, e veio a substituir a hora GMT (Greenwich
Mean Time).
• UTC é a hora do meridiano zero, ou do meridiano de Greenwich,
adotada como a hora padrão em qualquer fuso, e amplamente
utilizada na aviação.
• No momento do preenchimento do plano de voo ou durante uma
comunicação com o controle de tráfego, deverá ser informada
unicamente a Hora Z.
HORA LOCAL (HLO)
• É a hora específica de cada ponto na superfície da Terra,
tendo como referência o meridiano no qual tal ponto está
localizado.
• Para o cálculo da HLO leva-se em consideração a relação
entre o movimento da Terra e o tempo.
• Por exemplo, se a HLO em Greenwich (000°) é igual a 1200hs,
qual será HLO na longitude 005°W?
• Com base na relação entre arco de longitude e tempo (onde
1° é igual a 4 minutos), teremos a HLO naquele ponto igual a
1140hs.
HORA LEGAL (HLE)
• Cada país, ainda que tome como base a sua localização
geográfica, tem a liberdade de instituir seu conjunto de horas
legais, levando em conta suas peculiaridades e aspectos
políticos.
• A referência da hora legal (HLE) é a lei estabelecida por cada
país.
HORA DA ZONA (HZ)
• A hora da zona (Zone Time) é baseada no fato do Sol se
mover a uma razão de 15° a cada hora.
• Cada faixa de 15° de longitude corresponde a uma
determinada zona de fuso, a hora no meridiano central nestas
faixas é denominada de hora da zona (HZ).
• As demais faixas são caracterizadas pelos seguintes
meridianos centrais: 015°, 030°, 045°, 060°, 075°, 090°, 105°,
120°, 135°, 150°, 165° e 180° (este último dividido em duas
faixas de 7°30´).
• Para obter a hora da zona de um determinado ponto, é
necessário saber dentro de qual faixa ele se enquadra, e o
horário correspondente àquela faixa.
HORÁRIO BRASILEIRO DE VERÃO (HBV)
• Instituir a hora especial de verão consiste em adicionar 1 hora
à hora legal (HLE) do país, por um determinado período do
ano.
• O objetivo tem por fim, aproveitar a luz natural o máximo
possível durante os dias mais longos do ano, no período
primavera-verão.
CÁLCULOS ENVOLVENDO HORAS
• Cálculos envolvendo hora UTC
• Lembre-se:
• UTC = HLE +/- Tempo do Fuso (+ para W / - para E)
• no meridiano de Greenwich a UTC = HLE = HLO
• para longitudes a leste (E), HLO e HLE maiores que UTC
• para longitudes a oeste (W), HLO e HLE menores que UTC
EXERCÍCIOS
• Exemplo 1: Quando a HLO na posição 45°N/000° é 1200hs,
qual será a hora UTC?
• Exemplo 2: Qual a HLO na posição 53°30´N/007°15´E, quando
a hora UTC é 1300Z?
• Exemplo 3: Qual a HLO na posição 16°27´S/107°45´W, quando
a hora UTC é 1300Z?
• Exemplo 4: Qual a hora UTC na posição 08°44´S/122°45´E,
quando no meridiano de Greenwich a HLO é igual a 1845hs?
• Exemplo 1: Quando a HLO na posição 45°N/000° é 1200hs, qual
será a hora UTC?
• Resolução: a latitude é desprezada nos cálculos envolvendo
horas, portanto, como a longitude 000° é a mesma do meridiano
de Greenwich, a HLO será igual a UTC.
• Resposta: hora UTC é igual a 1200Z.
• Exemplo 2: Qual a HLO na posição 53°30´N/007°15´E, quando
a hora UTC é 1300Z?
• Resolução: primeiro devemos converter o arco de longitude
em tempo: 7° = 28 minutos -> 15´ = 1 minuto -> 28 + 1 = 29
minutos.
• Como a longitude é para E, deveremos somar este valor
encontrado a hora UTC: 1300 + 29 = 1329hs.
• Resposta: HLO é igual 1329hs.
• Exemplo 3: Qual a HLO na posição 16°27´S/107°45´W, quando a
hora UTC é 1300Z?
• Resolução: a lógica é semelhante a da questão acima, primeiro
devemos converter o arco de longitude em tempo: 107°45´ = 7
horas e 11 minutos
• Como a longitude é para W, deveremos subtrair este valor
encontrando a hora UTC: 1300 - 0711 = 0549hs.
• Resposta: HLO é igual 0549hs.
• Exemplo 4: Qual a hora UTC na posição 08°44´S/122°45´E,
quando no meridiano de Greenwich a HLO é igual a 1845hs?
• Resolução: como a hora UTC é igual a HLO no meridiano de
Greenwich, então a hora UTC será igual a 1845Z.
• Resposta: UTC é igual 1845Z.
CÁLCULOS ENVOLVENDO HORA LOCAL (HLO)

• Nos problemas em que for informado a HLO de um ponto, e


for solicitado a HLO em outra longitude, você deverá
encontrar a diferença horária entre estes pontos. Para isso
você deverá:
• - para longitudes em hemisférios diferentes: somar as duas
longitudes.
• - para longitudes em hemisférios iguais: subtrair uma longitude
pela outra.
EXERCÍCIOS
• Exemplo 1: No meridiano 090°W a HLO é 0300, portanto, qual
é a HLO na longitude 045°E?
• Exemplo 2: No meridiano 105°E a HLO é 1230hs, portanto, qual
é a HLO na longitude 015°E?
• Exemplo 3: No meridiano 165°W a HLO é 0215hs, portanto,
qual é a HLO na longitude 045°W?
• Exemplo 1: No meridiano 090°W a HLO é 0300, portanto, qual
é a HLO na longitude 045°E?
• Resolução: Como as longitudes estão em hemisférios distintos,
deveremos somar ambas as longitudes. O resultado desta
soma deverá ser convertido em tempo. O tempo obtido
deverá ser adicionado (pois o meridiano que desejamos obter
a HLO é para E) à HLO do meridiano inicial, o qual já
possuímos a hora. Então teremos:
• 090° + 045° = 135° ->135° = 9 horas -> 0300 + 0900 = 1200hs
• Resposta: a HLO na longitude 045°E será igual a 1200hs.
• Exemplo 2: No meridiano 105°E a HLO é 1230hs, portanto, qual
é a HLO na longitude 015°E?
• Resolução: Como as longitudes estão em hemisférios iguais,
deveremos calcular a diferença entre ambas as longitudes. O
resultado obtido deverá ser convertido em tempo, e em
seguida subtraí-lo (pois o meridiano que desejamos obter a
HLO está a W do meridiano 105°E)ao valor da HLO do
meridiano que já possuímos a hora. Então teremos:
• 105° - 015° = 90° -> 090° = 6 horas -> 1230 - 0600 = 0630hs
• Resposta: a HLO na longitude 015°E será igual a 0630hs.
• Exemplo 3: No meridiano 165°W a HLO é 0215hs, portanto, qual é
a HLO na longitude 045°W?
• Resolução: Como as longitudes estão em hemisférios iguais,
deveremos calcular a diferença entre ambas as longitudes. O
resultado obtido deverá ser convertido em tempo, e em seguida
somá-lo (pois o meridiano que desejamos obter a HLO esta a E)
ao valor da HLO do meridiano que já possuímos a hora. Então
teremos:
• 165° - 045° = 120° -> 120° = 8 horas -> 0215 + 0800 = 1015hs
• Resposta: a HLO na longitude 045°W será igual a 1015hs.
CÁLCULOS ENVOLVENDO HORA DA ZONA (HZ)
• A hora da zona está relacionada ao meridiano central de faixas de
longitude de 15°. Portanto, para saber a faixa em que um determinado
ponto se encontra, deveremos dividir a longitude do ponto por 15.
• Quando o resto do resultado obtido pela divisão for igual ou menor que
7°30’, o valor da divisão corresponderá exatamente a hora do tempo do
fuso.
• Quando o resto do resultado obtido pela divisão for maior que 7°30’, o
valor obtido deverá ser somado a 1 hora, para se obter a hora do tempo
do fuso.
• Exemplo 1: A HZ na longitude 095°W é 0100hs. Qual a HLO nesta
longitude?
• Resolução: primeiramente deveremos encontrar o meridiano central da
faixa da longitude 095°W. Para isso, deveremos dividir a longitude por 15,
então teremos:
• 095 : 15 = 6 horas -> desta divisão sobraram 5°, como este valor é inferior
a 07°30´, o meridiano central desta faixa será 090° (15 x 6 = 90).
• Agora que sabemos o meridiano central, deveremos calcular a
diferença horária entre as longitudes 095°W e 090°W.
• 95° - 90° = 5° -> 5° = 20 minutos
• Após encontrarmos a diferença horária entre as duas longitudes,
pegaremos esse valor e subtrairemos (pois o meridiano que desejamos
obter a HLO é para W) ao valor da HZ daquela faixa.
• 0100 - 0020 = 1240hs
• Resposta: a HLO na longitude 095°W será igual a 1240hs.
• Exemplo 2: A HZ na longitude 083°E é 2200hs. Qual a hora UTC?

• Resolução: primeiramente deveremos encontrar o meridiano central da faixa da


longitude 083°E. Para isso, deveremos dividir a longitude por 15, então teremos:

• 083 : 15 = 5 horas -> desta divisão sobraram 8°, como este valor é superior a
07°30´, deveremos adicionar 1 horas, logo o meridiano central desta faixa será
090° (15 x 6 = 90°). O 6 corresponde a 5 horas + 1 hora (adicional).
• Agora que sabemos o meridiano central, deveremos calcular a diferença
horária entre as longitudes 090°E (meridiano central da faixa) e 000° (meridiano
de Greenwich).
• 90° - 000° = 90° -> 90° = 6 horas
• Após encontrarmos a diferença horária entre as duas longitudes, pegaremos
esse valor e iremos subtraí-lo (pois o meridiano de Greenwich é para W) ao valor
da HZ daquela faixa.
• 2200 - 0600 = 1600hs
• Resposta: a UTC será igual a 1600Z.
• Exemplo 3: A hora UTC é igual a 0300Z. Qual a hora da zona na longitude
124°E?
• Resolução: primeiramente deveremos encontrar o meridiano central da faixa
da longitude 124°E. Para isso, deveremos dividir a longitude por 15, então
teremos:
• 124 : 15 = 8 horas -> desta divisão sobraram 4°, como este valor é inferior a
07°30´, o meridiano central desta faixa será 120° (15 x 8 = 120).
• Agora que sabemos o meridiano central, deveremos calcular a diferença
horária entre as longitudes 120°E (meridiano central da faixa) e 000°
(meridiano de Greenwich).
• 120° - 000° = 120° -> 120° = 8 horas
• Após encontrarmos a diferença horária entre as duas longitudes, pegaremos
esse valor e somaremos (pois o meridiano 120°E é para E) à hora UTC.
• 0300 - 0800 = 1100hs
• Resposta: a HZ será igual a 1100hs.

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