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( 4) O Método Tópico emprega tópicos extraídos apenas do Antigo Testamento para organizar
uma discussão de sua teologia. Old Testament Theology de John McKenzie é o melhor exemplo
desse método.
( 8) Métodos "Críticos" Recentes de Teologia do Antigo Testamento. Essa é a mais nova categoria
de Hasel. Esse método é o de estudiosos como James Barr e John J. Collins, que não escreveram
uma teologia do Antigo Testamento e têm sérias dúvidas quanto ao futuro da disciplina.
( 9) O Método da Nova Teologia Bíblica. Esse método lida com o problema da relação entre o
Antigo e o Novo Testamento. Brevard Childs crê que é possível fazer uma teologia do Antigo
Testamento e uma teologia do Novo Testamento separadamente, juntando-as depois. Ele fez
uma teologia do Antigo Testamento e uma teologia bíblica separada. Childs insiste que só a
forma final do texto bíblico no cânon que temos agora é Escritura e autorizada.
Essas propostas de uma teologia canônica do Antigo Testamento procuram considerar com
seriedade a rica variedade teológica dos textos do Antigo Testamento em sua forma final, sem
forçar os testemunhos multiformes numa única estrutura, um ponto de vista não linear ou
mesmo uma abordagem composta de natureza limitada. Ela permite plena sensibilidade tanto
para as semelhanças como para as mudanças, bem como para o antigo e o novo, sem a mínima
distorção dos textos.
Por que tantos teólogos do Antigo Testamento usaram tal variedade de métodos para
apresentar a teologia do Antigo Testamento? Porque no próprio Antigo Testamento não se
insinua nenhum método inerente ou "natural " e porque cada teólogo do Antigo Testamento
aborda a tarefa de uma perspectiva diferente, além de poder ter alvos distintos.
SMITH. RALPHL Teologia do Antigo Testamento: história, método e mensagem. Pág. 72,73
O argumento do autor (Kaiser) é a favor da existência de um plano divino unificador, onde Deus
governa a história. A estimativa dos autores bíblicos quanto ao significado destas coisas, foi onde
se revelou o plano de Deus. Um plano não somente para a história, mas também para toda a
teologia bíblica. (p. 34)
O caminho tem de ser um tema indutivamente derivado, uma chave ou padrão de organização
que os sucessivos escritores do AT abertamente reconheceram. Se, conforme o argumento,
existe, no meio de toda a variedade e multiplicidade do texto, um centro para esta tempestade
de atividade, deve ser textualmente demonstrado que este é o “ponto de partida” do cânon e
textualmente confirmado no testemunho unido do cânon. (p. 35) -Gn.12.1-3; Ex 33.12-14; Sl
33.8-11;Is 14.24-27; Is 46.8-11; Mq 4.11,12
Quando Israel estava no ponto de ser uma nação, mais uma vez Deus repetiu essa promessa e
acrescentou uma segunda parte “Tomar-vos-ei por meu povo” (Êx 6.7). Assim, Israel ficou sendo
“filho” de Deus, seu primogênito (Êx 4.22), uma “propriedade peculiar” (Êx 19.5-6)
Outra fórmula achada em Gn 15.7 “Eu sou o Senhor que te tirei de Ur dos Caldeus”, foi expandida
para abranger uma obra de redenção ainda maior: “Eu sou o Senhor vosso Deus que vos trouxe
da terra do Egito” (achada 125 vezes no AT).
Ainda outra fórmula de Deus se anunciar era: “Eu sou o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”.
Todas as fórmulas deste tipo ressaltam uma continuidade entre o passado, o presente e o
futuro. São partes do único plano de Deus que avança e se desabrocha. (p. 36)
Diversidade ou Unidade?
A ênfase na diversidade dentro da Escritura é de tal modo generalizada hoje em dia que, para a
maior parte dos estudiosos da Bíblia, qualquer outra perspectiva não condiz com o estado atual
de desenvolvimento dessa disciplina.
“É difícil falar de um “centro” da Escritura nos dias de hoje, porque a rubrica “centro da Escritura”
vem quase sempre separada da expressão “unidade da Escritura”. Embora ambas estivessem
intimamente associadas na época da Reforma, o Iluminismo as separou. Na verdade, o “centro
da Escritura” praticamente substituiu a outrora perdida “unidade da Escritura”. (Gerhard
Maier)
Desse modo, na tentativa de voltar àqueles tempos pré-críticos (antes da ascensão do método
histórico-crítico de interpretação bíblica), sobretudo ao ambiente que vigorava na Reforma, o
autor defende um “centro” derivado do texto que estabelece, ao mesmo tempo, um paralelo
com a tese da “unidade da Bíblia”.
Os autores do Novo Testamento ensinaram que a doutrina do Messias, o Ungido de Deus, fora
preservada como testemunho da “promessa” feita por Deus. Contudo, ela surge primeiramente
em todas as partes do AT, embora sua presença ali se dê sob os mais diferentes nomes, ainda
que através de sinônimos (benção, descanso, semente, etc). (p. 13)
A teologia bíblica sempre se caracterizou por um tom fortemente diacrônico que insiste em
rastrear o desenvolvimento histórico da doutrina conforme ela se apresenta cronologicamente
na história de Israel e da Igreja. Portanto, embora tivesse de ser fiel às Escrituras na forma e no
método, bem como na substância, tinha de apresentar-se na ordem na qual Deus manifestou
sua revelação ao longo dos séculos ou décadas.
A melhor proposta para uma unidade encontra-se exatamente onde as Escrituras indicaram por
meio de reiteradas referências. O autor aponta que o candidato mais adequado à unidade ou
ao centro da manifestação de Deus é o “plano da promessa” de Deus conforme revelado nas
reiteradas referências encontradas em toda a Bíblia. O plano da promessa da teologia bíblica se
preocupa com uma palavra divina de promessa de alcance amplo. (p. 14)
Portanto, o plano da promessa não se resumiu apenas a uma palavra preditiva que ficou inerte
e em forma de palavra até ser finalmente cumprida em seu ponto final. Tratava-se, isto sim, de
uma palavra mantida ao longo dos séculos em uma série contínua de cumprimentos históricos
que serviram de sinal ou de adiantamento dado por uma palavra que ainda apontava para seu
cumprimento último ou final. Gn 3.15
A promessa divina feita aos patriarcas, Abraão, Isaque e Jacó, em Gênesis. Ela prosseguiu e foi
renovada na narrativa do Êxodo, enfatizando que a nova nação de Israel era filha de Javé e povo
seu, e que ela se tornaria um reino de sacerdotes e nação santa em benefício de toda a
humanidade. Dessa “semente” sairia o Messias de Deus para o mundo todo.
A mesma promessa é reafirmada e renovada com Davi ao ser-lhe dito que a ele e à sua
“semente” seriam dados um “trono”, uma “dinastia” e um “reino” (2Sm 7.16) que serviriam de
“lei/contrato para toda a humanidade” (2Sm 7.19).
Não é de espantar, portanto, que os autores do NT tenham entendido que o tema da promessa
não só fosse o centro unificador que lhes permitia compreender o AT, mas também o meio
através do qual era possível acompanhar o avanço e o desenvolvimento contínuos da meta-
narrativa da obra futura de Deus. (p. 15)
Definição:
O plano da promessa é a palavra declarada por Deus, primeiramente a Eva e depois ao
longo de toda a história, principalmente aos patriarcas e à linhagem de Davi, de que
Deus estaria continuamente, por meio de sua pessoa e em seus feitos e obras (em Israel e
através de Israel e, mais tarde, na igreja), realizando seu plano redentor como meio de
manter aquela palavra prometida viva para Israel e, dessa forma, para todos os que
viessem a crer subsequentemente. Todos os que pertenciam àquela semente da promessa
foram chamados a ser luz de todas as nações, para que todas as famílias da terra chegassem à
fé e à nova vida pelo Messias. (p. 16)
1) A doutrina do Messias Prometido aparece por toda a Bíblia e não apenas em algumas poucas
passagens isoladas.
A ideia básica do conceito de aliança é de que havia no paraíso uma “aliança de obras”, em que
a salvação era ganha sob a condição de obediência perfeita. Quando Adão e Eva pecaram, essa
oferta foi rescindida e em seu lugar foi oferecida uma “aliança de graça/redenção” como dom
gratuito de Deus.
De acordo com esse ponto de vista, a nação de Israel, por causa da desobediência e de sua
incapacidade de manter (o que se supõe que seja) a aliança condicional que Deus havia
celebrado com ela, perdeu a parte que lhe cabia na aliança e foi alijada dela, sobretudo como
nação, exceto pelos judeus que creem e foram então enxertados na igreja. (p. 23)
De acordo com esta maneira de interpretar o texto, Israel não cumpriu sua parte no que se
acreditava ser uma aliança bilateral, portanto, as bênçãos originalmente oferecidas aos israelitas
foram transferidas e concedidas à igreja, que crê.
A teologia dispensacionalista crê que havia dois povos distintos na Bíblia (Israel e a igreja), com
duas identidades, destinos e programas (um programa terreno e outro celestial). Aqui a
promessa (epangelia) feita a Israel é unilateral e incondicional com base na graça de Deus e não
na obediência da nação.
Essa perspectiva sustenta que há apenas um “povo de Deus” (ainda que esse grupo único possa
apresentar numerosos aspectos) e um “programa de Deus” (também com numerosos aspectos,
todos eles sob o mesmo termo abrangente).
A Aliança da Substituição. Um contrato condicional ou bilateral que pode ser anulado. Israel não
cumpriu sua parte nos termos da aliança e foi substituído pelo corpo de crentes, que hoje é a
igreja.
A Supra-aliança. É a base para a teologia aliancista. Vê Israel e a igreja como um mesmo e único
dado na história da raça humana.
A Dupla Aliança. O povo judeu não precisava do evangelho salvífico de Jesus Cristo, porque tinha
uma aliança exclusiva com Abraão.
A Aliança Renovada. Concorda com a posição aliancista, segundo a qual o plano de salvação na
Escritura é único e há um único “povo de Deus”. Contudo, nesse programa único e povo único,
há distinções ou aspectos diversos que podem ser estudados sem que seja necessário separá-
los.
O plano da promessa de Deus, além disso, debruça-se sobre os conteúdos das alianças
veterotestamentárias, em vez de se deter na configuração e na forma da aliança, tampouco se
preocupa com nomenclaturas. De acordo com essa perspectiva, o conteúdo de cada uma das
alianças e promessas das Escrituras foi preservado e paulatinamente enriquecido, ampliado e
agregado a um corpo de verdades fundacionais que se encarregam do ônus principal da
mensagem e do plano de Deus.
Ela fez tudo isso sem abrir mão das promessas de Deus à nação antiga de Israel e sem fechar a
porta aos gentios no momento mesmo em que enxertava todos os crentes, judeus e gentios, na
mesma oliveira.
Sob esse aspecto, a nova aliança (Jeremias 31.31-34) é tida como uma “aliança renovada”. Esse
plano de Deus iniciado em Gênesis 3.15 com a promessa de um herdeiro, a “semente”,
prosseguiria até incluir a herança de uma “terra” e o legado do evangelho, no qual todas as
nações seriam abençoadas. Esse plano e unidade são descritos em sua grande metanarrativa
abrangente que perpassa toda a Bíblia. (p. 29)
Gênesis 1-11 fornece o contexto mais amplo, universal e cósmico para o plano da promessa de
Deus em sua totalidade. O escopo desses capítulos iniciais da Bíblia dão fortes indicações de que
a atenção de Deus se volta para o mundo inteiro, mesmo antes de anunciar o papel que os
patriarcas e sua descendência desempenhariam ao levar adiante a missão para “todas as
famílias da terra”.
A marca distintiva de Gn 1-11 acha-se na “benção” de Deus expressa nas alianças com Adão,
Noé e Abraão. Foi ele quem prometera “abençoar” todos os seres criados, no princípio da
narrativa pré-patriarcal (1.22,28), posteriormente em diversos pontos estratégicos no
desenrolar da narrativa (5.2; 9.1), e na conclusão a essa primeira sessão da Bíblia (12.1-3).
Assim, o plano da promessa de Deus começou com o uso do tema de bênção ou “abençoar”
como um dos termos que assinalavam a introdução do plano da promessa de Deus. Isso assegura
a unidade, parâmetros e centro da teologia de Gênesis 1-11, mesmo não usando o termo
“promessa”, que se tornaria a designação predileta nos tempos neotestamentário.
O padrão dos eventos nos onze capítulos está tão estreitamente entrelaçado que não pode ser
deixado de lado pelo exegeta ou teólogo. Quanto à estrutura, exibem a justaposição da dádiva
divina da benção com a revolta do homem. A palavra divina de bênção é o ponto inicial de todo
o tipo de aumento e de domínio legítimo; segue após a tragédia central da seção – o dilúvio – e
termina na seção transicional de Gn 12.1-3, coma bênção do próprio evangelho (Gl 3.18).
A Palavra de criação
Assim como o mundo, a teologia desta seção começa pela palavra de um Deus pessoal que se
comunica. Por dez vezes, o texto reitera esta declaração introdutória: “E disse Deus”. A criação,
portanto, é descrita como o resultado da palavra dinâmica de Deus (Salmo 33.6, 9). Deus iniciou
o processo da criação a partir do nada mais do que sua própria palavra.
Homem e mulher compartilhavam da dádiva mais sublime já dada a qualquer das ordens da
criação: a imagem de Deus. É somente no NT que o conteúdo desta imagem ficará mais clara (Cl
3.10, Ef 4.24) – Conhecimento, justiça e santidade. No conteúdo de Gênesis, o conteúdo exato
desta imagem é menos específico.
Para testar a obediência do homem e a sua livre decisão de seguir seu Criador, Deus colocou a
árvore do conhecimento do bem e do mal no jardim do Éden, proibindo Adão e Eva de comer
do seu fruto. A árvore representava a possibilidade de o homem rebelar-se contra a palavra de
Deus.
É necessário acrescentar outro fator antes que se possa entender a teologia da queda. A
serpente, aquela criatura que era “o mais astuto de todos os animais do campo” (Gn 3.11),
também estava presente no jardim. O NT identifica essa serpente com Satanás (Rm 16.20, 2Co
11.3, 14; Ap 12,9; 20.2).
O enganador conseguiu, porém, impor o seu logro, e a mulher sucumbiu à forte pressão e
argumentação astuta do próprio tentador. A primeira tragédia do fracasso de três
personalidades selecionadas pelo autor para reflexão teológica montou o cenário para uma
nova palavra de bênção divina. Se haveria de vir alguma bênção de algum lugar, seria da parte
de Deus.
Foi uma palavra profética de juízo e de libertação, dirigida à serpente (3.14,15), à mulher (v. 16)
e ao homem (v. 17-19). Em cada caso, foi declarada a razão da maldição: Satanás ludibriou a
mulher, a mulher escutou a serpente, e o homem escutou a mulher – Ninguém escutou a Deus!
(p. 41)
O sentimento da presença de Deus era tão íntimo que, quando se traziam as ofertas ao Senhor,
era o próprio Senhor que inspecionava o homem. (4.4-6) e depois a oferta. Deus atribuía mais
valor à condição do coração do ofertante do que à oferta que este trazia.
A bênção do plano da promessa de Deus para a humanidade continuou de fato. Uma evidência
daquela bênção se vê na genealogia dos dez homens mais significativos do período
antediluviano registrados em Gn5. Eram frutíferos e se multiplicavam.
A segunda crise do mundo veio com a subversão, levando um populacho desregrado a praticar
a iniquidade. Em meio à benção divina “quando os homens começaram a multiplicar-se na terra”
(6.1), surgiu o acúmulo da maldade “O Senhor viu que a perversidade do homem tinha
aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e
somente para o mal”(6.5). Mais uma vez há de surgir o tema da expulsão, mas de maneira muito
mais trágica e definitiva (6.7).
“Noé, porém, encontrou graça aos olhos do Senhor” (6.8), porque era “homem justo e íntegro
em sua geração” (v. 9). Assim, o segundo maior tempo de necessidade da terra, haveria de
receber o alívio, tal como em Gn 3.15, com a operação da salvação da parte de Deus. Havia um
remanescente justo.
A iniquidade forçando a intervenção divina não era uma sorte inevitável alocada a todos os
homens agora que a queda era fato consumado. Existiram homens justos. Considere Enoque.
Ele andou com Deus por 300 anos (5.22). Deus ficou tão satisfeito com a vida de obediência e fé
que ele “não foi mais visto” na terra, “Deus o havia tomado” (v. 24). A revelação daquele fato
sempre ficaria disponível se os homens quisessem meditar sobre as suas implicações.
Noé era daquela estirpe, a bênção divina “frutificai, multiplicai-vos e enchei a terra” foi repetida
novamente, dessa vez dirigida a Noé, à sua esposa, aos seus filhos, às suas esposas e a toda a
criatura vivente (8.17; 9.1,7). Neste ponto, Deus acrescentou a sua aliança especial com a
natureza. Ele manteria “plantio e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” sem
interrupção, enquanto durasse a terra (8.22)
O conteúdo dessas promessas formava uma “aliança eterna entre Deus e todos os seres viventes
de toda carne que há sobre a terra” (9.8,11,16) simbolizada pelo arco no céu. Junto a essa nota
da bênção da parte de Deus havia a sua promessa “Não tornarei a amaldiçoar a terra por causa
do homem” (8.21), lembrança de uma maldição semelhante pronunciada contra a terra em Gn
3.17. (p. 44)
A palavra de julgamento e de salvação atingiu seu ponto mais alto em acontecimento que se
seguiu à segunda crise da terra. Veio através de Noé, depois de ficar sabendo o que seu filho
Cam lhe fizera enquanto estava dormindo, pesadamente sob o efeito do vinho (Gn 9.25-27).
Deus prometeu a Sem uma bênção especial. Ele mesmo habitaria entre os povos semíticos.
Assim, Sem seria aquele através de quem a “semente” prometida anteriormente haveria de vir.
A terceira e última crise que atingiu a terra durante esse período da mistura de bênção e
maldição foi o esforço conjunto feito pela raça humana para organizar e conservar a sua unidade
em redor de algum símbolo arquitetônico. “Vamos construir uma cidade, com uma torre que
alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra”
(11.4).
Deus mais uma vez interveio com uma palavra de bênção. Essa palavra foi o clímax de todas as
outras bênçãos pronunciadas durante a narrativa pré-patriarcal. Cinco vezes seguidas, Gênesis
12.1-3 repetiu a palavra “bênção”. Abraão (descendente de Sem) seria abençoado e por meio
desta bênção, ele haveria de ser uma bênção para todas as nações da terra.
A promessa portanto era universal e a participação nela seria apenas limitada à resposta da fé,
assim como foi condicionada pela fé de Abraão. Dessa forma, a terceira crise da terra foi mais
uma vez resolvida pela palavra de graça do mesmo Deus que tratou do pecado de modo justo.
Os fatores teológicos achados em cada crise que perpetuaram o juízo divino foram os
pensamentos, imaginações e planos de um coração maligno (3.5,6; 6.5; 8.21; 9.22; 11.4). A
palavra salvadora de Deus, no entanto, era suficiente para cobrir toda falha dos mortais. Junto
aos temas de pecado-julgamento veio uma palavra nova, com respeito a uma “semente”, uma
raça entre a qual Deus habitaria, e a bênção daquilo que futuramente Paulo chamaria de “boas
novas” do evangelho oferecidas a cada nação sobre a face da terra (Gl 3.6-9).