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Batateria

(Uma bateria elétrica de batatas)


Objetivo
Estudar o funcionamento das células voltáicas e associações em série. Uma batata cortada
pela metade, duas plaquinhas de cobre e duas plaquinhas de zinco, permitem a confecção
de uma batateria capaz de acionar um relógio digital por, pelo menos, dois meses. Com
certos 'cuidados', os quais comentaremos, esse tempo de uso pode ser estendido para cerca
de quatro meses.
Apresentação
Os modernos relógios digitais a cristal de quartzo requerem uma baixíssima intensidade de
corrente elétrica para seu funcionamento. Se você tiver um bom microamperômetro poderá
constatar que ela será algo como 1,5 x 10-6 A sob tensão elétrica (d.d.p.) de 1,35 V. É devido
a isso que tais relógios podem funcionar com as minúsculas baterias 'botões' que geram
uma f.e.m. entre 1,2 a 1,4 volts, notadamente as baterias com células de mercúrio.
Os experimentos a seguir aproveitam-se dessa propriedade inerente aos circuitos
eletrônicos --- funcionarem com baixíssimas intensidades de corrente elétrica.
O que faremos, essencialmente, será construir 'baterias' a partir de duas 'células voltáicas'
que produzirão, cada uma, 0,6 a 0,7 V. Dois eletrodos distintos (plaquinhas de cobre e zinco)
serão introduzidos em meias-batata (ou quiabo, ou limão, ou abacaxi, etc.) e associados em
série de modo a constituírem uma bateria [associação de duas pilhas primárias (células
voltaicas)].
Fazendo uma pilha primária
Corte uma batata pela metade. Corte duas chapinhas, uma de cobre outra de zinco, com
cerca de (2 x 4) cm. Qualquer espessura das chapinhas entre 1 e 2 mm servirá; essas
chapinhas serão os eletrodos da pilha primária.
Solde em cada uma dessas plaquinhas um fio de cobre flexível (cabinho 22) com cerca de
20 cm de comprimento (descasque as extremidades e estanhe-as --- passe solda!). Espete
as plaquinhas na meia-batata (bem perpendicular à superfície cortada) deixando para fora
apenas cerca de 1 cm e separada por cerca de 0,8 cm. Não deixe as plaquinhas se
encontrarem dentro da meia-batata! Veja a ilustração:

Fazendo a 'batateria'
Essa pilha de meia-batata apresentará força eletromotriz (f.e.m.) de cerca de 0,7 V, o que
pode ser constatado mediante um bom voltômetro (resistência interna grande) conectado
aos dois fios indicados acima. Como iremos necessitar de cerca de 1,4 V para acionar o
relógio digital deveremos construir uma bateria a partir de duas dessas pilhas primárias e
associando-as 'em série', como se ilustra:

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Ηλεκτρισμός
Preparando o relógio
Qualquer relógio digital que utilize uma bateria botão poderá ser usado. O que utilizei é um
"CITIZEN - CRYSTON LC". A primeira coisa a fazer é remover a tampinha em forma de disco
do alojamento da bateria botão. Retire a bateria 'pifada'. Olhe bem para essa bateria e
repare que o "corpo" dela corresponde ao pólo positivo enquanto que o "botão superior"
corresponde ao pólo negativo. Veja dentro do local de alojamento dessa bateria as duas
lâminas de contato, uma que encosta no pólo positivo da bateria e outra que encosta no
pólo negativo. Solde nessa pequenas lâminas dois pedaços de cabinho 22, um vermelho
ligado na 'lâmina positiva' e um preto ligado na 'lâmina negativa'.

O fio que vem da plaquinha de cobre da 'batateria' deve ser ligado ao fio vermelho do
relógio e o fio que vem da plaquinha de zinco da 'batateria' deve ser ligado ao fio preto do
relógio.
Pronto! O relógio já deve estar funcionando. Eis as ilustrações de minha montagem:

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Ηλεκτρισμός
À esquerda a proteção de madeira para a montagem; numa divisão foi feito o orifício para
inserir o relógio, na outra foi colocado um pires 'quadrado' para conter as meias-batatas. À
direita um destaque da montagem. Abaixo, detalhes da parte posterior da montagem.

Análise do circuito
A tensão elétrica útil (U) entre os terminais de cada pilha primária, pode ser expressa em
termos de sua f.e.m. (E), de sua resistência interna (r) e da corrente de intensidade i que
por ela circula, assim : U = E - r.i , mostrando, claramente, que a tensão útil depende da
intensidade da corrente elétrica solicitada (i).
Em circuito aberto, um bom voltômetro (Rv,int--> conectado aos eletrodos fornece Uaberto= E,
pois iaberto = 0. Um bom amperômetro (Ra,int-->0) conectado diretamente entre os eletrodos
(curto-circuitando a pilha), fornece Icc = E/r, uma vez que Ucc = 0. Da leitura da f.e.m. E
(via voltômetro) e da corrente de curto circuito icc (via amperômetro) obtemos: r = E/icc .
Para nossa montagem esse valor resultou ao redor dos 3 000 ohms e E = 0,7 V.
Para as duas pilhas em série, formando nossa batateria teremos Ebat. = 1,4 V e rbat. = 6 000

Sob d.d.p. útil de 1,2 V, teremos i = (Ebat.- U)/r = (1,4 - 1,2)/6000 = 3 x 10-5 A, que são
suficientes para o funcionamento do relógio digital.
Como dissemos, como eletrólito podemos usar limão, abacaxi, pepino, uvas, cebolas etc. e,
como eletrodos podemos usar os pares cobre/zinco, magnésio/ferro, alumínio/cobre, prego
zincado/cobre etc. Para cada par deve-se testar, antes de ligar no relógio, qual a polaridade
obtida (sob risco que 'queimar' o cristal de quartzo) para a bateria. Por exemplo, se for
usado eletrodos de magnésio e de ferro, o magnésio será o terminal negativo e o ferro o
terminal positivo. Calculadoras e jogos eletrônicos também funcionam com tais baterias
'culinárias'. Eis abaixo uma 'tomateria'; uma bateria de tomates!

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Ηλεκτρισμός
Mais teoria
As reações nas células voltáicas são:
catodo: Zn <==> Zn2 + 2e
anodo: 2H+ + 2e <==> H2
A F.E.M. da reação vem expressa por: E(Zn,Zn2,2H+,H2) = Eo + (RT/nF).ln([Zn2+]/[H+]2). O
eletrodo de cobre opera apenas como coletor de elétrons, podendo ser substituído por
platina ou outro metal inerte.
Corrente elétrica

Uma rampa com pregos pode servir de modelo para a corrente elétrica e
resistência elétrica dos materiais. No topo da rampa inclinada, no centro, são
liberadas pequenas bolas de plástico. As bolas descem a rampa lentamente.

Condutores e isolantes

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Ηλεκτρισμός
Monte um circuito usando 50 cm de fio fino, uma pilha e um soquete com
uma lâmpada de 1,5V. Desencape as extremidades dos fios. Junte as duas
extremidades descobertas dos fios e verifique se o circuito funciona. Separe
novamente as extremidades e encoste-as em vários objetos: borrachas,
chave, colher, copo de vidro, clips, papel, giz, madeira, água pura, água mais
sal, suco de limão, vinagre. Faça uma tabela e registre nela os resultados
obtidos.

Bexigas Carregadas

Objetivo
Mostrar a existência de cargas elétricas e suas propriendades.
Contexto
Alguns materiais apresentam, sob determindas condições, fenômenos elétricos que
podemos explicar usando um modelo teórico.
Estes fenômenos são observados pelo homem desde a antigüidade. E desde então
houveram vários modelos que foram propostos para tentar explicar a sua origem.
O modelo que melhor explicou tais fenômenos é o modelo de cargas elétricas, que é
usado até os dias de hoje. Este modelo prevê a existência de dois tipos de cargas
elétricas, uma carga de sinal positivo e outra de sinal negativo.
Para explicar os fenômenos elétricos que eram observados, foi proposta a lei da
atração e repulsão: cargas elétricas de mesmo sinal se repelem entre si e cargas
elétricas de sinais opostos se atraem entre si. Veja o esquema das leis de atração e
repulsão na figura abaixo.

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Ηλεκτρισμός
Os materiais em seu estado fundamental são neutros; a somatória de suas cargas
elétricas é nula.
É por isso que os fenômenos elétricos só podem ser observados em determinadas
condições, ou seja, para que haja repulsão ou atração entre dois ou mais materiais é
preciso que a somatória de suas cargas não seja nula. Isso quer dizer que é preciso que
hajam cargas positivas ou negativas em excesso no material.
É possível fazer com que um material que está neutro fique carregado elétricamente.
Para isso basta fornecer ou retirar algumas cargas elétricas neste material, fazendo
com que ele fique com uma carga líquida positiva ou negativa. Este processo é
chamado de eletrização.
Há vários métodos de eletrização que são empregados, de forma que cada método é
usado dependendo do resultado que se quer obter.
A eletrização só se dá entre materiais isolantes, pois os materiais condutores não tem a
capacidade de reter cargas elétricas, pois elas escoam pelo material.
Já os materiais isolantes não permitem que as cargas se movimentem em seu interior.
Neste experimento, para demonstrarmos a existência de cargas elétricas, utilizaremos
do método de eletrização por atrito.
Esta eletrização é feita com dois materiais de características elétricas diferentes. Um
deve ter mais facilidade para receber cargas negativas, estes materiais são chamados
de eletronegativos e o outro deve ter mais facilidade para doar cargas negativas, estes
são chamados de materiais eletropositivos. Assim quando estes materias são atritados
as cargas negativas migram de um material para o outro.
Ao afastá-los um deles terá recebido cargas elétricas negativas, se tornando um
material eletrizado negativamente. E o outro se tornará um material eletrizado
positivamente, pois ao doar cargas negativas, ficou com excesso de cargas positivas
em seu interior. Como mostra a figura abaixo.

Podemos a partir daqui compreender como se dá a repulsão e a atração entre


materiais carregados.
Para que haja repulsão entre dois materiais, eles devem estar carregados com a
mesma carga. Ao serem aproximados haverá uma força de repulsão entre eles que se
opõe à aproximação. Veja a figura abaixo.

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Ηλεκτρισμός
Para que haja atração entre dois materiais é preciso que eles estejam carregados com
cargas elétricas de sinais opostos ou que um deles esteja carregado e o outro neutro.
A atração entre um material carregado e outro neutro é mais comum, pente e papel
por exemplo, e pode ser explicado utilizando-se da idéia da formação de dipolos
elétricos, fenômeno comumente citado como "separação de cargas".
O átomo neutro torna-se um dipolo elétrico quando os centros de carga positiva e
negativa se separam. Isto acontece quando ele é submetido à ação de outras cargas
elétricas.

Se um material tem uma superfície eletrizada e se aproxima de um material neutro


elétricamente, os átomos do material neutro se tornarão dipolos elétricos (polarização)
na região de aproximação.
Por exemplo se aproximarmos um material eletrizado negativamente de um material
neutro, as cargas negativas em excesso do material eletrizado vão atrair as cargas
positivas dos átomos da região de aproximação e consequentemente vão repelir as
cargas de sinal negativo destes átomos.
Isso faz o átomo assumir uma nova distribuição espacial na forma de um dipolo, como
se fosse um íma, positivo de um lado e negativo de outro. Como mostra a figura
abaixo.

Note que o material continua neutro, pois o número de cargas continua o mesmo. A
atração é favorecida devido a formação dos dipolos.
Idéia do Experimento

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Ηλεκτρισμός
Se atritarmos uma bexiga com os cabelos ela se eletrizará, pois a bexiga é um material
isolante e se eletriza por atrito.
É importante ressaltar que para se conseguir uma boa eletrização, a bexiga e os
cabelos devem estar limpos e secos.
Para verificarmos a existência de cargas podemos fazer um experimento simples com
duas bexigas.
Um primeiro teste é a verificação da repulsão entre elas. Eletrizamos as duas bexigas
por atrito com os cabelos. Assim, as duas bexigas receberão o mesmo tipo de carga
dos cabelos e ao proximarmos uma da outra elas se repelirão. Note que para garantir
que as bexigas irão se eletrizar com as mesmas cargas, elas devem ser do mesmo
material e serem eletrizadas no mesmo cabelo. E para se garantir que elas irão se
repelir as áreas de aproximação devem ser as mesmas áreas que foram eletrizadas.
Veja a figura abaixo.

Para verificarmos a atração entre dua bexigas, eletrizamos por atrito uma bexiga com
os cabelos, e aproximamos esta de uma bexiga neutra.
Devemos observar neste caso uma atração quando se aproxima a bexiga eletrizada da
bexiga que está neutra. As cargas da superfície da bexiga neutra se rearranjarão em
dipolos fazendo com que as bexigas se atraiam. Veja figura abaixo.

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Ηλεκτρισμός
Com os testes deste experimento, podemos mostrar a existência de cargas elétricas
bem como suas propriedades de atração e repulsão.
Tabela do Material.
Item Observações
Bexig Encontradas em lojas para festas, bazares,
as supermercados etc.
Montagem
• Para fazer a atração entre as bexigas.
○ Encha duas bexigas de forma que elas fiquem firmes e pequenas.
○ Atrite uma delas no cabelo de uma pessoa. Atrite toda a superfície da bexiga no
cabelo.
○ Aproxime a bexiga eletrizada da bexiga neutra.
• Para fazer a repulsão entre as bexigas.
○ Encha duas bexigas de forma que elas fiquem firmes e pequenas.
○ Atrite as duas bexigas no cabelo de uma pessoa. Atrite toda a superfície das
bexigas no cabelo.
○ Solte lentamente uma das bexigas sobre uma mesa e aproxime dela a bexiga
que ficou na mão.
Comentários
• Ao encher a bexiga ela deve ficar o menor possível, mas também deve ficar cheia o
suficiente para que fique firme.
• Ao atritar a bexiga com os cabelos, a bexiga e os cabelos devem estar limpos e secos.

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Ηλεκτρισμός
• Ao atritar a bexiga com os cabelos vá girando a bexiga, para que toda a sua superfície
fique eletrizada.
• Dê preferência para modelos pequenos de bexigas, pois ficam firmes e pequenas
depois de cheias.
PÊNDULO ELETROSTÁTICO

Material:

• Canudo de refrigerante
• Fio de seda
• Papel alumínio
• Fita durex
• Copo de cafezinho
• Gesso e pó
• Grampo de papel

Construção:

• Corte o canudo com um comprimento em torno de 8 cm.(peça A)


• Use um canudo inteiro para como peça B.
• Corte 3 cm de canudo. (peça C)
• Corte o papel alumínio em forma de uma circunferência de raio em torno de 1,5 cm.
(peça E)
• Fure o fundo do copo de cafezinho e coloque o grampo de papel. Em seguida coloque
gesso e água mexendo e deixe secar. ( base do pêndulo)
• Encaixe a peça A na peça B usando para isso a peça C. O conjunto ficara em forma de
L.
• Fure a peça E (circunferência) e amarre o fio de seda entre a mesma e o braço menor
da peça L.
• Encaixe o conjunto montado na base.

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Ηλεκτρισμός
Eletrização:
• Eletriza-se um canudo de refrigerante.
• Aproxime o canudo do disco do eletroscópio sem tocar.Obseva-se que o disco eletrizou-
se com carga contrária à do canudo, pois sofre atração ao encostar o canudo eletrizado
nas suas proximidades do mesmo.( eletrização por indução)
• Encoste o canudo eletrizado na superfício do disco. Observa-se que o mesmo ficou
novamente eletrizado pois sofre repulsão ao encostar em suas proximidade o canudo
carregado.
• Encostando-se o dedo na superfície do disco o mesmo descarrega ficando neutro. Isso
se dá devido ao excesso de elétrons que escoam para aterra no caso do disco
carregado negativamente, pois há excesso de elétrons. No caso do disco está
carregado positivamente, há falta de elétrons, ao se ligar o disco à terra, elétrons
escom da terra em direção ao disco de maneira a neutralizar o mesmo.

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Ηλεκτρισμός
Garrafa de Leyden

Material
Frasco cilíndrico de vidro ou acrílico; tampa de madeira ou acrílico; vareta de latão; esfera de
latão; papel alumínio.
Nota: Um pote plástico com tampa pode substituir o frasco cilíndrico.

Montagem

Com a mão envolvendo o alumínio da parte externa, aproxime a esferinha da cúpula do


gerador de Van de Graaff, em funcionamento. Observe acentuadas faíscas entre a esfera da
garrafa e o domo do gerador.

Cuidado! A carga elétrica acumulada na garrafa é considerável, não toque na


esfera!

Se você tiver uma lâmpada para “flash” (de uma máquina fotográfica), pode “acendê-la”
ligando-a entre a esferinha e o alumínio externo. Lâmpadas néon também ionizam com essa
descarga. Experimente descarregar o capacitor através de uma lâmpada incandescente.

Nota: Em sala de aula já 'dei' choque em 100 alunos, simultaneamente, com uma dessas
garrafas eletrizadas. Os 100 alunos previamente avisados (nenhum usando marca-passo) dão
as mãos fazendo uma fila. A fila se curva de modo que o primeiro e o último fiquem perto da
garrafa; um põe a mão no alumínio da parte externa e o outro toca a esfera ... e 100 gritam e
pulam simultaneamente!

Gira-Gira

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Ηλεκτρισμός
Material
* Duas latas de refrigerante (nas ilustrações, cobrimos os nomes, para evitar merchandising);
* um copo plástico comum para refrigerante (desses de festinhas de aniversário);
* uma caneta esferográfica comum (sem o clique de apertar);
* 30 cm de papel alumínio (de cozinha);
* 2 clipes metálicos para papel;
* aparelho de cola à quente (ou cola comum, se você não se importa de esperar secar);
* fita adesiva e fios conectores com garras jacarés, para a fonte.

Montagem

Visão geral da montagem


Comecemos pelo rotor:
a) passe cola, camada fina, em toda lateral externa do copo plástico e cubra com a folha de
papel alumínio. Com uma colher vá alisando as regiões onde aparece enrugamentos. Recorte
os excessos deixando apenas toda superfície lateral do copo revestida de alumínio. Aguarde
secagem.
b) com uma lâmina bem afiada recorte duas tiras do alumínio, de ambos os lados do copo, de
largura de cerca de 1,5 cm. Desse modo o copo ficará com dois setores distintos (e isolados)
de cobertura de alumínio, conforme ilustramos.

Gira Cd

Material
Disco de cd-rom, desmetalizado; dois bastões isolantes e um metálico; duas pontas
metálicas; uma base isolante; fonte de alta tensão (acima de 40 kV).

Montagem

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Ηλεκτρισμός
O disco isolante pode ser facilmente obtido a partir de um cd-rom desmetalizado. Essa
desmetalização pode ser conseguida mediante o uso de um bobina de Tesla, todavia, a
aplicação direta de ácido clorídrico (HCl) produz melhores resultados. A fragmentação da
parte aluminizada do cd-rom pode ser conseguida introduzindo-se esse cd-rom num
microondas ajustado para 3 segundos em potência total. Retirada essa cobertura metálica, o
cd-rom torna-se um excelente disco isolante para vários experimentos de eletrostática. A
coluna central pode ser adaptada a partir de uma caneta esferográfica, usando a esferazinha
como apoio no pivot.

Uma base de acrílico é a mais indicada para o projeto; uma sugestão de acabamento é
ilustrada abaixo:

O dispositivo requer uma fonte de alta tensão, com algumas dezenas de quilovolts (40 a 90
kV); um antigo gerador de alta tensão para pintura eletrostática pode ser usado com sucesso.
Outras fontes de alta tensão são apresentadas na Sala 03 e Sala 11 desse site.

Funcionamento
O funcionamento desse motor resume-se no seguinte: Cargas elétricas são depositadas sobre

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Ηλεκτρισμός
uma região do disco isolante através da ponta metálica. As cargas dessa região são atraídas
pela ponta de polaridade oposta, arrastando consigo o disco e promovendo sua rotação ao
redor do eixo central. A inerente simetria da montagem pode resultar numa certa dificuldade
para a 'partida' do motor; ligeiro empurrão ou mesmo a colocação das pontas metálicas de
modo a atuarem mais 'tangencialmente' resolvem essa dificuldade. Após essa hesitação
típica de partida, uma vez iniciada a rotação, o disco pode adquirir velocidades bastante
elevadas.

Mini - Gerador de Van Der Graff

Material

1 lata de refrigerante vazia (sem a tampa superior)


1 prego pequeno ou eixo de aço (cerca de 4 cm)
1 fita de borracha (vermelha ou laranja) de 1,5 cm (largura) x 20 cm (comprimento)
1 fusível de vidro 500 mA, comum em equipamento eletrônico
1 pequeno motor DC para 1,5 ou 3,0 volts ('extraído' de um carrinho de brinquedo)
2 pilhas e seu porta-pilhas
1 conexão "T" de PVC, 3/4", marrom (para instalações hidráulicas)
1 luva de PVC de 3/4"
20 cm de tubo de PVC marrom de 3/4"
20 cm de fio de luz, flexível, diâmetro 2 ou 3 mm
40 cm de fio encapado (cabinho 22) flexível
1 base de madeira de (2 x 10 x 15) cm
1 pedaço de lápis comum
Cola quente ou cola para tubos PVC
Furadeira, broca, serra, alicate, tesoura, fita adesiva, flanela etc.

Visual do material
Vejamos um visual geral de parte desse material que, à primeira vista, pode parecer algo
complicado mas que, na verdade, poderá ser reunido facilmente em um par de horas.

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Ηλεκτρισμός
Montagem
Vamos começar a coisa de baixo para cima. Para tanto, dê uma boa lixada na placa de
madeira de (2x20x20) cm, que será a base de apoio do nosso GVDG e marque o centro dessa
tábua.
Corte 6 cm de tubo de PVC de 3/4" e fixe-o bem perpendicularmente ao centro dessa tábua.
Poderá usar cola quente, superbonder ou qualquer outra técnica que permita a boa fixação
desse tubinho (1) na base de madeira. Uma boa opção é colar no tubinho um plugue
(tampão) de 3/4" e aparafusar esse plugue na base; eis, à esquerda, o visual dos
componentes dessa opção (que é a por mim adotada) :

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Ηλεκτρισμός
Esse tubinho (1) é quem sustentará o GVDG e permitirá sua remoção para trocar a correia
(ilustração acima, à direita) e outros eventuais ajustes (para tanto bastará retirar a conexão T
que será encaixada nesse tubinho).

Preparemos a unidade motora. Para tanto separe, com um serra de dentes finos, um cilindro
de lápis de cerca de 2 cm de comprimento. Esse cilindro será o rolete inferior do gerador e
deverá ser recoberto com uma camada de tecido (pode ser de feltro, pano de guarda-chuva,
cetim etc.); basta passar um pouquinho de cola do cilindro e enrolar o pano (depois de seco
faça os cortes para retirar as rebarbas).
Espete esse cilindro de toco de lápis no eixo do motor (use um 'nadinha' de cola se não
conseguir uma boa fixação); para isso empurre o grafite para fora. Esse motor + rolete
deverá ser fixado no 'pé do T" da conexão de PVC de 3/4" (ele deverá ficar fixado, bem firme,
nesse orifício central da conexão; use fita isolante ao redor do motor para ajustar seu
diâmetro ao diâmetro interno do T ou outra técnica).
Eis como estamos:

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Ηλεκτρισμός
O próximo passo é fazer a escova inferior do gerador. Para tanto, com furadeira e broca, faça
um furo na lateral da conexão T, imediatamente abaixo do rolete, suficiente para passar o
plástico que recobre o fio de luz, flexível, de 2 ou 3 mm de diâmetro. Descasque cerca de 1
cm numa extremidade desse fio e espalhe os fiozinhos internos desse fio fazendo uma
espécie de vassourinha da largura do rolete inferior do gerador; corte esse fio flexível numa
extensão de uns 10 cm; espete esse fio de dentro do T para fora, de forma que a vassourinha
fique bem sob o rolete --- sem encostar nele! Cole o fio no orifício para bem fixá-lo na posição
devida (ou use fita adesiva para prende-lo).
Estamos algo assim:

A seguir, deveremos cortar outro pedaço de tubo de PVC de 3/4" que será encaixado no
buraco superior da conexão T o qual suportará, por sua vez, a luva de PVC de 3/4", que
conterá o rolete superior e o prego, onde girará a tira de borracha. Corte o tubo de água de
3/4" para que fique com cerca de 6 cm de comprimento (lixe para ajusta-lo na conexão T e
luva). Com a broca e furadeira faça um furo que atravesse de lado a lado, ao longo do
diâmetro, a luva de PVC, a uns 1,5 cm da extremidade superior (o diâmetro desse furo deve
permitir, com certa folga, a passagem do prego). Inicialmente usei um prego 12x12, depois
troquei por um eixo de aço. Eis à, esquerda das ilustrações abaixo, os novos componentes da
montagem e, à direita a visão dos trabalhos até o momento:

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Ηλεκτρισμός
Agora é hora de ajustar a correia, ou seja, a tira de borracha, que deve passar pela polia
inferior (toco de lápis recoberto com feltro) e pelo prego (sem estar demais apertada a ponto
de travar o funcionamento do motor). Desse arranjo deverá sair o comprimento adequado da
correia. Um tubinho de plástico rígido recobrindo o prego, permitirá um deslizar mais suave
para a correia. Deve-se dar preferência para um tubinho de vidro retirado de um fusível já
queimado (veja notas abaixo). Para retirar as partes metálicas desse fusível basta aquecer
fortemente as extremidades metálicas (com a ponta de um soldador) e puxa-las com alicate.

Logo acima do prego (coisa de 3 mm) deverá ser feito outro orifício na lateral da luva (no lado
'perpendicular' ao eixo) para passar o fio da escova superior, do mesmo modo que foi feito
com a escova inferior. A extremidade livre desse fio, do lado de fora da luva de PVC, deverá
encostar no interior da lata de refrigerante (a lata de refrigerante é uma das opções para
fazer a cúpula do mini-gerador de Van de Graaff).
Estamos assim:

Nota 1: O rolete superior pode ser feito do mesmo pedaço de lápis usado para fazer o rolete
inferior. Corte um pedaço de 2 cm e retire a mina de grafite.
Nota 2: A tira de borracha amarela tem 1,5 cm de largura e as extremidades foram coladas
diretamente uma contra a outra (sem superposição), usando cola epoxi -- superbonder, marca
registrada da Loctite. Use fita adesiva 'durex' para segurar juntas as extremidades, na fase de
colagem.

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Ηλεκτρισμός
Nota 3: Na foto acima não mostramos a escova superior. Não vá esquecer dela! Veja foto
abaixo.
Nota 4: A tira de borracha (já em forma de correia) é enfiada pela luva e abraça a polia
inferior; a seguir será sustentada pelo prego (e pelo tubo de vidro ou rolete superior). Usando
o tubo de vidro, o prego servira de mancal e usando o cilindro de lápis a luva servirá de
mancal para o eixo de aço.

Retire a tampa superior da lata de refrigerante (cuidado com as rebarbas). Eu,


particularmente, uso de uma lixadeira vertical para extrair essa tampa superior. Basta
encostar a 'boca' da lata na lixadeira e 'comer' cerca de 1/2 mm do material. Depois ... lixa
d'água.

Vamos 'fixar' a lata (cúpula) na nossa 'torre'. O diâmetro externo da luva de 3/4" é de cerca
de 3 cm e o diâmetro da boca da lata de refrigerante é coisa de 5,2 cm, logo, 5,2 cm - 3 cm =
2,2 cm. Metade disso será a folga entre a boca da lata e a luva. Vamos preencher isso com
'quadradinhos' de borracha (dessa comum, de apagar os erros feitos à lápis). Assim, para
ficar um pouco apertado, você vai precisar de 4 'quadradinhos' de borracha de 1,2 cm para
colocar entre a borda interna da boca da lata e a luva.
E, finalmente, nosso mini-gerador de Van de Graaff!

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Ηλεκτρισμός
Agora é só colocar para funcionar. Coloque duas pilhas no porta-pilhas e ligue aos fios
vermelho e preto do motor. O ideal é usar uma fonte de alimentação ajustável de 0 --- 6 ou 0
-- 12 VDC e ajustar a tensão para o melhor ponto de funcionamento. Ligue a escova inferior,
fio branco da foto acima, num ponto de terra (pode ser o mesmo terra da fonte de
alimentação) como, por exemplo, uma janela metálica.

O 'esquema' do mini-gerador, para que você possa explicar o funcionamento em sua Feira de
Ciências é:

Divirta-se! Ah! não esqueça de cobrir o rolete inferior com flanela (usei aquele tecido verde
típico de mesa de bilhar).

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Ηλεκτρισμός

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