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Quando é necessário o plano de Rigging?

Publicado em 19 de julho de 2010 por admin

As empresas contratantes de serviços envolvendo içamento


de cargas com guindastes encontram, em geral, certas dificuldades em estabelecer parâmetros e critérios técnicos
que possam justificar a necessidade de um plano de rigging para esta tarefa. Tais dificuldades independem da
natureza do serviço, que pode ser um simples descarregamento de caminhão ou até mesmo uma operação
complexa, envolvendo a mobilização de mais de um guindaste e com elevado grau de risco.

O planejamento do serviço tem a sua importância, pois, além de possibilitar a seleção do equipamento mais
adequado e da melhor estratégia de içamento, também fornece dados que servem para a compra de suprimentos
como materiais necessários à mobilização e preparação da máquina e acessórios, de forma a se evitar imprevistos,
retrabalho e estabelecendo parâmetros de segurança operacional.

O plano de rigging deve ser elaborado por um profissional capacitado, incluindo a memória de cálculo, os
projetos de dispositivos, os desenhos demonstrativos de todas as fases de içamento, as posições mais críticas e as
folgas previstas em relação as interferências. Nele deve constar, de forma imprescindível, as seguintes
informações técnicas:

Configuração do guindaste: lança, raio de operação, tipo de moitão, passadas de cabo, contrapesos,
posicionamento das sapatas jib e etc.Capacidade bruta do guindaste: conforme valores das tabelas de cargas
e digrama de içamento do guindaste

Velocidade do vento: máxima permitida para operação do guindaste com carga. este cálculo é feito através de
uma tabela padrão no qual se classifica determinados tipos de designação do vento como: vento parado, aragem,
brisa e etc; e normalmente demarcado no plano como beaufort; nome dado ao tipo de vento da tabela de
velocidade através de classificação por números, ex.: Beaufort 6 é designado como Vento leve e atua entre 10,8 e
13,8 m/s ou 39 e 49 km/h

força na sapata: força máxima atuando na sapata do guindaste com mais esforço,onde, o guindaste em
operação transmite forças consideráveis ao solo, através das sapatas, originadas pelo peso do guindaste, do
contrapeso adicinal e pela carga bruta, uma vez determinada a força aplicada na sapata e a resistência do solo, o
rigger pode então calcular a área de suporte que deve ser construida para a operação. É fundamental que sempre
se considere as medidadas da sapata mais próxima ao centro de giro do guindaste, caso o peso do guindaste não
seja conhecido através do catálogo do fabricante adotar o seguinte cálculo: P= NE X 12,00 t (onde P (Peso do
guindaste), NE (número de eixos) e 12,00 é o valor brasileiro atribuido à tonelagem de carga exercida por eixo em
veículos rodoviários pesados.

Porcentagem de utilização do guindaste: classificação em porcentagem da utilização do guindaste na


operação em questão; para se fazer este cálculo basta utilizar a seguinte fórmula: CGB / CPB x 100 = Carga bruta,
dividido pela Capacidade bruta x 100. assim se obtem um valor numerico em porcentagem de utilização do
guindaste, que deve ser respeitado principalmente contra a limitação do fabricante, do LMI do guindaste e
normas ISO e DIN.

Layout completo da operação: desenho técnico feito à mão ou através de softwares como o Autocad da
Autodesk, impresso em folhas tipo A1, implementando no desenho o equipamento bem como seus acessórios,
interferências e sua carga, normalmente se faz o plano de rigging com o desenho em perfil e topo, podendo variar
em alguns casos, hoje em dia já se aplica e desenvolve-se planos de rigging em 3D digitalmente.

Relação de eslingas e acessórios com detalhes da montagem das amarrações, tipos de cintas e cabos,
dimensionando-as e estabelecendo os tipos de terminais adaptáveis a acessórios complementares como manilhas.

Identificação do guindaste: Marca, modelo, capacidade nominal e série; é fundamental a escolha correta do
equipamento pois este é o mentor da operação e é fundamental que seja estabelecido com conhecimento técnico.

Recomenda-se ainda a visitar o local da operação, para que se possa verificar as condições previstas durante a
operação, tendo em vista a dinâmica da obra. O plano de rigging deve ser inserido na proposta técnica da empresa
prestadora de serviços, a qual servirá para analise quanto à segurança e relação custo / benefício, possibilitando
uma contratação comercial adequada.Algumas empresas exigem a elaboração do plano somente para a
movimentação de cargas acima de certo peso, ou então conforme o bom senso ou avaliação subjetiva do
profissional contratante.
No histórico de acidentes com operação de guindastes, entretanto encontramos muitas ocorrências envolvendo
máquinas de grande porte para o içamento de cargas relativamente pequenas,Nesse sentido, os profissionais
envolvidos devem formalizar uma avaliação técnica da operação levando em conta vários fatores que implicam
certo grau de risco, tais como:Peso da carga, Volume da carga, Geometria da carga, Altura do içamento, valor da
carga, Interferências na operação (Linhas de energia elétrica, pipe-racks, edificações e etc.), complexidade da
operação (numero de fases envolvidas, de guindastes e etc.)

Esta relação de itens pode ser adaptada e ampliada, conforme o perfil e a política de segurança da empresa,
adotando-se uma nota para cada um deles conforme sua grandeza. A somatória final das notas servirá para
determinar a necessidade ou não de elaborar um plano operacional. Tais procedimentos representam uma
tentativa de formalizar uma avaliação técnica baseada e parâmetros controláveis, substituindo os impasses
gerados por decisões pessoais, ta comuns atualmente nestes tipos de serviços.

Texto: Osvaldo Biltoveni revista  m&t


Adaptação: Marcelo Cunha®
A Seguir segue um modelo de plano de Rigging para se ter uma base de como voce deverá dispor seu desenho no
papel, em muitos casos como os mais antigos estes desenhos eram feitos a mao, em papel quadriculado com a
utilizaçao de compassos, réguas e etc..Hoje em dia os rigger´s utilizam o software denominado “AutoCAD”, uma
ferramenta inteligente e expressivamente precisa, para desenvolver e criar seus desenhos, é importante e
fundamental que o Rigger se atualize e se habitue a utilizar esta ferramenta pois em muitos empreendimentos ele
é necessário e em alguns casos obrigatório.
Modelo de um plano de rigging para simples análise
Formato PDF
OBS: 20% dos Layers do plano foram desabilitados no AutoCad para facilitar a interpretaçao do desenho
Link: http://www.rigger.com.br/modelo_PR.pdf
Para criaçao e desenvolvimento de planos de Rigging sao utilizados normas como a NR 18 e outras mais que
poderao posteriormente ser postadas nesse site.
É necessário tambem que o profissional tenha participado e aprovado no curso de RIGGER, normalmente
ministrados por escolas em todo o brasil, o importante é que o candidato procure se certificar que o curso
ministrado é certificado nos orgaos correspondentes e que possua instrutores habilitados, os cursos podem ser
feitos nas escolas ou no local dos trabalhos, o tempo pode variar de 1 semana à 3 meses de cursos, dependendo da
aplicaçao.

Marcelo Cunha

Plano Rigger na execução de projetos


Publicado em 19 de agosto de 2010 por admin

A utilização do Plano Rigging dá mais segurança nas operações envolvendo içamento e movimentação de
cargas com guindastes

Garantia de segurança na execução de projetos e redução dos custos operacionais. Estes são apenas alguns
benefícios do Plano Rigging para as empresas contratantes de serviços envolvendo içamento e movimentação de
cargas com guindastes. Obrigatório e fundamental tanto nas pequenas quanto nas grandes empresas, ele
determina as limitações de içamento por meio de estudos e cálculos das condições de operação.

Entre as especificidades do Plano Rigging, destaca-se o “esboço de operação”, em que são utilizados tabelas de
cargas de guindastes; certificados de cabos e cintas; laudos de adequação do solo; e indicadores de meteorologia.
Também são feitos testes de sobrecarga de equipamentos e acompanhamento de engenharia civil e mecânica.

Marcelo Cunha, que é gerente operacional da Transervice, localizada em São José dos Campos, em São Paulo,
destaca a importância do Plano Rigging. “Através do projeto, sabemos de dados importantes para a execução do
serviço. Sem ele, os engenheiros de campo e mestre de obras ficam sem orientação para aplicar, na prática, os
projetos de construção, manutenção e remanejamento de cargas diversas”, explica.

Empregado desde o final da década de 70, quando os governos contratavam empresas de movimentações de
cargas para a construção de pontes, usinas e grandes obras, o Plano Rigging era elaborado no intuito de garantir
êxito nas operações, bem como provar – a partir de cálculos – os índices de segurança e fatores de risco.

Muito utilizado pelas grandes empresas, como mineradoras, refinarias, siderúrgicas, construção civil, parques
eólicos, entre outras, o gerente operacional ressalta a resistência das pequenas montadoras industriais na
elaboração do projeto.

“Empresas de pequeno porte acham o Plano Rigging inviável, pois acreditam ser um custo desnecessário e
incompatível. Já no exterior, principalmente na Europa ocidental, América do Norte e Ásia oriental, o recurso é
aplicado 100% em todas as categorias de empresas. Se bem elaborado, o plano prevê redução total de falhas das
antigas metodologias”, destaca Cunha.

Além disso, o Plano Rigging contribui, ainda, na otimização do serviço, ao mesmo tempo em que reduzir os custos
operacionais do serviço. Isso porque é capaz de indicar apenas o que será necessário para o trabalho, evitando o
envio de suprimentos extras para a realização do trabalho, bem como a mobilização de máquinas e equipamentos
desnecessários.

Dicas para quem deseja entrar no ramo

Com o aumento da demanda por serviços de içamento de cargas e, consequentemente, por mão de obra
especializada para a elaboração do Plano Rigging, torna-se necessário formar profissionais capazes de atender
com eficácia esta demanda.

Com isso, trabalhadores de diferentes áreas – como gerentes operacionais, engenheiros, técnicos, orçamentistas,
projetistas, operadores de guindastes, supervisores, engenheiros e técnicos de segurança – envolvidos direta ou
indiretamente nas operações de içamento e movimentação de carga precisam se qualificar.
Há cinco anos, o gerente operacional da Transervice, Marcelo Cunha, se especializou e trabalha no planejamento
das operações com guindastes. Segundo ele, que luta pelo reconhecimento da profissão, é preciso buscar escolas
certificadas e com professores capacitados.

“Criei um site (www.rigger.com.br) com dicas e informações sobre o trabalho Plano Rigging no Brasil. O objetivo
é fortalecer o material nacional e auxiliar indiretamente na capacitação de novos profissionais que vão atuar
diretamente nas grandes obras que estão surgindo no país com a construção de estádios, portos e usinas”,
destaca.

Segundo Cunha, o próximo passo é oficializar a profissão junto ao governo brasileiro e órgãos competentes.
“Entramos com um pedido no Ministério do Trabalho para a criação do CBO (Classificação Brasileira de
Ocupações) com nome Rigger. Mesmo com muitos profissionais atuando no Brasil, infelizmente a função ainda
não é reconhecida”, lamenta.

Curso Rigger começa em setembro em SP e MG

Com a carência da oferta de cursos de capacitação no Espírito Santo, é preciso buscar qualificação em outros
estados da região Sudeste. Em setembro, acontece em São Paulo e Minhas Gerais, o curso de Rigger, voltado para
profissionais envolvidos em operações relacionadas com içamento e movimentação de cargas.

O curso será realizado entre os dias 13 e 17 e conta com uma carga horária de 40 horas. No curso, os participantes
aprendem as técnicas corretas para a realização da atividade de uma maneira mais eficaz e segura. Informações
no telefone (31) 4063-6033 ou no (11) 3262-4159.

Paricia Arruda – Jornalista


Jornal Empresarial ALL

Sobre admin
Rigger Projetista em CAD, Especialista em assuntos relacionados a movimentaçao e transportes cargas por meio de guindastes,
atuante em uma empresa locadora de guindastes no Brasil, colaborador da divulgaçao gratuita de assuntos derivados a
guindastes e planejamento de operaçoes Rigging,fundador da comunidade Rigger no orkut, Fundamentador da criaçao do CBO
para Rigger no Brasil. Contato: marcelo@rigger.com.br
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4 respostas a Plano Rigger na execução de projetos


1. tiago disse:

21 de agosto de 2010 às 12:35

venho salientar o que o Marcelo disse nesta entrevista sobre a necessidade da criação de um CBO para a função
de rigger e seus derivados (Encarregado de rigger, supervisor de rigger, projetista rigger etc…) pois isto vem
gerando muitos problemas em partes contratuais, por exemplo; Estou trabalhando no complexo industrial de
SOAPE no Pernanbuco para a construção da refinaria da Petrobrás, minha empresa é uma contratada de um
consórcio que esta construindo a faixa de dutos que liga o porto a refinaria, minha função da empresa é
supervisor de Rigger, para a elaboração do PPRA(Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) indicamos todas
as funções que a empresa possui para aquele contrato, e temos que indicar os CBO’s de todas as funções, perante
esse requisito da contratante não pude da entrada na minha documentação pois minha função não existia CBO,
então tive que mudar meu registro em carteira para desenhista técnico para conseguir atender os requisitos. Caso
existisse tal registro não teria que passar por esse transtorno todo. e outro bom motivo para tal cadastro é criação
de um piso salarial para a categoria, pois nas obras temos o que chamo de defasagem do nome rigger, pois dão
este nome para qualquer ajudante que da sinal para o guindaste. Onde quero chegar é que um ajudante de mov.
de carga intitulado na obra como rigger ganha um “x”, já um rigger formado e com conhecimento técnico irá
rebaixar muito seu salário pois ambas as funções tem o mesmo nome, e certas empresas não tem essa visão.
Fecho então este comentário agradecendo o Marcelo pela iniciativa deste processo e me colocando a disposição
para qualquer duvida que venha surgir e ajudar caso queira montar uma comissão de análise técnica para
movimentação de carga.

Agradeço

Tiago Fernandes Lopes


Sup. De Rigging

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2. Cristovao de Souza disse:

25 de agosto de 2010 às 20:02

Senhores e senhoras
Meu nome é Cristovão de Souza, sou diretor Técnico da SERTECH Treinamentos e gostaria de parabenizar o
Marcelo Cunha por sua iniciativa, também gostaria de parabenizar Patrícia Arruda pela excelente matéria.

E complementando o que já foi dito o mais complicado em um plano de rigging não é sua elaboração, seus
cálculos, desenhos, relatórios e sim conscientizar os envolvidos da importância do uso desta ferramenta, pois “um
trabalho só pode ser seguro se for bem feito”.

Eu acredito que a única forma de se atingir segurança permanente é através da capacitação de qualidade e por
isto estamos trabalhando para levar a capacitação a todas as principais cidades do Brasil com um conteúdo de
qualidade á valores justos.

Já passamos por Curitiba, Cubatão, Santos, Araçatuba e nossos próximos cursos serão em Belo Horizonte em
Setembro, em Outubro em São Paulo, em Novembro em São Luis posteriormente teremos em Vitória, Fortaleza,
Salvador, Recife, Porto Alegre e outras cidades.

E com relação ao que foi dito pelo Tiago, também estamos trabalhando na criação CBCOG Comissão Brasileira de
Certificação de Operadores de Guindaste e Afins, tendo esta comissão o objetivo de unir profissionais que
queiram contribuir para a melhoria da qualidade da mão de obra no Brasil e o reconhecimento dos profissionais
da área.

Desde já gostaria de deixar aqui o meu contato para quaisquer esclarecimentos, dúvidas ou consulta.

Cristovão de Souza
(41)9938-4777 – cristovao@sertechbrasil

Ou da empresa
SERTECH Treinamentos
http://www.sertechtreinamentos.com.br
sertechtreinamentos@sertechtreinamentos.com.br
Curitiba – (41) 3236-1057 / São Paulo – (11) 4063-4946
Rio de Janeiro – (21) 4063-8988 / Belo Horizonte – (31) 4063-6033

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3. Deodoro Denites disse:

25 de agosto de 2010 às 23:27

Como eu disse em resposta anterior, é de grande valia esta iniciativa, e como o Tiago eu muitas veses passei por
constragimentos quando alguem chamava por um rigger.
Quando trabalhei na Locar fui registrado como Supervisor de Operações e entre outros já fui, Encarregado de
Remoções, Téc em Remoções Industrial, etc.
Trabalho na Replan sob contrato a dois anos e meio, na primeira empresa SEEBLA fui registrado como Mecanico
de Manutenção Senior.
Hoje trabalho para a Niplan Engenharia e sou registrado como Sup. Tec. em Eletromecânica.
Mas eu me intitulo, Tec. em Movimentação de Cargas.
Fui responsável por todos os estudos para Mov. de Cargas no REVAMP 2o1o e agora estou no projento de
ampliação do ETA, ETDI e ETC.
Levei muito tempo para tirar este estiguima de rigger. Ainda hoje tenho brigado com alguns que me pedem um
desenho de rigger eu digo que o correto e Plano de RIGGING ou Plano para Mov. de Cargas.
Será bom quando nos tivermos unanimidade quanto a correta momenclatura proficinal.
E como Brasileiro pesso aos senhores que desde já comecem a adotar nomes como; Tec. em Mov, de Cargas,
Alxiliar em Mov. de Cargas, Sinalisador alxiliar de guindaste ou nomes igualmente sugestivos.
Abraços a todos

Deodoro denites
Técnico em Mov. de Cargas
Email.:denites@hotmail.com
ID.: 2*33916
PABX 19 3874-1957
MOVEL 11 8158-8965
http://www.niplan.com.br

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4. Ricardo disse:

20 de outubro de 2010 às 19:23

tou fasendo curso de rigger e precisava de umas dicas obg ajudou bastante o site abraços…

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