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Será que o futuro da imprensa passa pelas aplicações para tablets como o

iPad?

Sendo estas já uma realidade, interessa saber quais as repercussões ao


nível das “edições em papel”. Serão estas afectadas ao ponto de deixarem
de existir?

Talvez, mas a muito longo prazo.

Como referiu Henrique Monteiro, Director do Expresso, numa entrevista ao


Briefing: “Os jornais não vão acabar. Não vão é existir tantos. Vão ser
menos e diferentes. E não necessariamente em papel” (ver vídeo da
entrevista).

Claro que o iPad (ver estatísticas sobre o seu lançamento) e toda a sua
magnífica experiência de utilização vem tornar as coisas mais fáceis e
apressar editores e publicitários a efectivar canais de comunicação
ajustados ao novo suporte. Mas estamos ainda no início da “revolução”.
Há que reinventar tudo: desde o design gráfico aos modelos de negócio
(assinaturas, comercialização dos espaços publicitários).

Também parece evidente que só os títulos dirigidos às classes sociais


mais elevadas e a determinados nichos, terão edições tablet (ex: Time
Magazine, New York Times, Wired Magazine, etc.).

http://www.youtube.com/watch?
v=avM3Aor7Ptg&feature=player_embedded

De acordo com os últimos estudos realizados, que apontam para uma


quebra das audiências televisivas para os novos media (internet, mobile), e
que sugerem que existe uma maior procura de informação online, será de
prever que estes suportes se tornem cada vez mais o centro das atenções
dos agentes de comunicação. Nos EUA a internet é já o 3º meio mais
popular para a obtenção de notícias (segundo o estudo How internet and
cell phones users have turned news into a social experience, do Pew
Research Center’s Project for Excellence in Journalism).

http://www.youtube.com/watch?
v=wwFbwHaP5tE&feature=player_embedded

Claro que em Portugal, apesar de todos os avanços ao nível dos acessos


internet, utilização de plataformas móveis (smartphones) e também de um
previsível êxito do iPad, a morte anunciada da edição em papel levará
mais uns anos. Aqui os agentes económicos envolvidos terão um papel
preponderante neste atraso.

http://www.youtube.com/watch?v=ntyXvLnxyXk&feature=player_embedded

Contrariamente ao que já é uma realidade nos EUA, existe ainda em


Portugal uma grande desconfiança nestes novos canais de comunicação.
Esta é sem duvida potenciada pela falta de estudos e de números que
justifiquem uma maior aposta nestas novas aplicações com um
consequente crescimento do investimento publicitário.

O Futuro está a chegar!

por: João Faria (2010)

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