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ISSN 1519-5228
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
RESUMO
Faz-se necessário uma visão do pensamento humano mais ampla e mais abrangente
daquelas aceitas pelos estudos cognitivos tradicionais, sendo inegável a influência da
Teoria de Jean Piaget que vê todo pensamento humano como uma luta pelo ideal do
pensamento científico.Tomamos a decisão de escrever o presente artigo a respeito das
"Inteligências Múltiplas", para enfatizar um número desconhecido de capacidades
humanas diferenciadas, variando desde a inteligência musical até a inteligência
envolvida
ABSTRACT
It’s necessary an ample point of view about humans thought comporing with that are
acceptable to the cognitive searches. It’s inevitable the influence of Jean Piaget Theory,
broaching all the human thought as fighting to the ideal scientific thought. With this note,
we decide to emphasize the unknown numbers of the human different abilities, since the
musical intelligence until the self-intelligence, studying the consequences in the
education.How it’s possible will try to show the background of the theory, defining "
intelligence", the research methods, a point of view of cognitive picture, the intelligence
relationed to genius and mental making. We can say the different human "intelligence"
guides to a new point of view in the education and the best way to understand each
intelligence is thinking about that they are together, with the possibility of the existence of
the different intellectual ability in different groups can change the function of the teacher.
O sucesso desse teste, porém, só tornou-se evidente nos Estados Unidos, quando na 1ª
Guerra Mundial, cerca de 1 milhão de recrutas foram selecionados através desse teste.
A insatisfação com o conceito de Q.I. e suas versões como o SAT (visões unitárias de
inteligência), levaram alguns estudiosos como Tarustone e Guilford a criticarem
seriamente esse conceito de inteligência.
Para Gardner não bastavam as críticas, ele acreditava que deveriam ser abandonados
os testes e suas correlações e partir para observar as fontes de informações mais
naturalistas a respeito de como as pessoas, no mundo todo, desenvolvem capacidades
importantes para seu modo de vida.
Em seu trabalho, Gardner procura os blocos construtores das inteligências utilizadas por
marinheiros, cirurgiões, feiticeiros, prodígios, sábios, crianças e artistas, enfim todos
aqueles que apresentam perfis cognitivos regulares ou circuitos irregulares em
diferentes culturas e espécies.
religiosos bem-sucedidos.
Considerações
Cada esboço foi feito embasado numa breve biografia de uma pessoa que demonstra
uma facilidade incomum naquela inteligência. Embora cada biografia ilustre uma
inteligência particular, não se pode dizer que na idade adulta as inteligências operam
isoladamente. Exceto em indivíduos anormais, as inteligências sempre funcionam
combinadas e, qualquer papel adulto sofisticado envolverá uma fusão de várias delas.
Inteligência musical
Exemplo: Yehudi Menuhin foi colocado por seus pais na Orquestra de São Francisco. O
som do violino o fascinou tanto que quis ganhar um em seu aniversário e quis também
fazer aulas com o prof. Louis. Conseguiu ambos e com apenas dez anos se tornou um
músico internacional.
Uma breve consideração desta evidência sugere que a capacidade musical é aprovada
em outros testes para uma inteligência. Por exemplo, certas partes do cérebro
desempenham papéis importantes na percepção e produção da música. Estas áreas
estão caracteristicamente localizadas no hemisfério direito. As evidências que apoiam a
interpretação da capacidade musical, como uma "inteligência" chegam de várias fontes.
Mesmo que a capacidade musical não tipicamente considerada como uma capacidade
intelectual, como a matemática. Ela se qualifica a partir dos critérios estabelecidos. Por
definição, ela merece ser considerada; e, tendo em vista os dados, sua inclusão está
empiricamente justificada.
Inteligência corporal-cinestésica
Exemplo: Babe, aos quinze anos jogava na terceira base. Quando num certo momento
ruim do jogo, Babe criticou-o lá da terceira base, até que o técnico sugeriu que ele
arremessasse. Babe hesitou e lançou, em seguida se tornou um batedor legendário.
Babe Ruth reconheceu seu "instrumento" imediatamente, em seu primeiro contato com
ele. Esse reconhecimento ocorreu antes de um treinamento formal.
Inteligência lógico-matemática
Exemplo: Com dez anos de idade T.S. Eliot criou uma revista chamada Fireside, da qual
era o único colaborador. Num período de três dias, durante as férias de inverno, ele
criou oito edições completas. Cada uma incluía poemas, histórias de aventuras, uma
coluna de fofocas e humor.
A inteligência lingüística foi comprovada nos testes empíricos. Uma área específica do
cérebro, chamada "Centro de Broca", é responsável pela produção de sentenças
gramaticais. Uma pessoa com dano nesta área pode compreender palavras e frases
muito bem, mas tem dificuldade em juntar palavras em algo além das frases mais
simples.
Inteligência espacial
Exemplo: A navegação nas Ilhas Caroline, nos mares do Sul, é realizada sem
necessárias. Ele não vê as ilhas enquanto navega, em vez disso, ele mapeia sua
objeto de um ângulo diferente; o jogo de xadrez. As artes visuais também utilizam esta
detalhes pequenos.
As populações cegas ilustram a distinção entre a inteligência espacial e a percepção
visual. A pessoa cega pode recorrer ao método indireto para reconhecer formas,
passando a mão no objeto que traduzirá na duração do movimento, que por sua vez é
representacional e exatidão.
Inteligência interpessoal
Exemplo: Com pouco treinamento em educação especial e quase cega, Anne Sullivan
iniciou a tarefa de instruir uma criança cega e surda de sete anos. Helen Keller
progrediu com incrível rapidez. A chave para o milagre da linguagem foi o entendimento
adulto experiente perceba as intenções e desejos de outras pessoas, mesmo que elas
os
escondam. O exemplo citado sugere que esta inteligência não depende da linguagem.
de problemas.
como exclusivos dos seres humanos. Um dos fatores é a prolongada infância dos
primatas, incluindo o estreito apego à mãe. Quando a mãe se afasta, o desenvolvimento
habilidades tais como caçar, perseguir e matar, nas sociedades pré-históricas exigia a
Inteligência intrapessoal
Exemplo: Woolf num ensaio intitulado A Sketch of the Cast, discute o algodão da
existência. Ela compara o "algodão" com três lembranças específicas de sua infância:
uma briga com seu irmão, ver uma determinada flor num jardim e ficar sabendo do
suicídio de um antigo visitante. Para a autora, todas as experiências trouxeram para ela
choques, ela procura uma explicação e atrás de cada um é uma revelação de algum
tipo,
é o sinal de alguma coisa real por trás das aparências e daí elas se tornam reais.
própria vida, a gama das próprias emoções, a capacidade de discriminar essas emoções
próprio comportamento.
mesmo. Uma vez que esta inteligência é a mais privada, ela requer a evidência a partir
da
dano na área inferior dos lobos frontais provavelmente produzirá irritabilidade ou euforia,
ao passo que um dano nas regiões mais altas provavelmente produzirá indiferenças,
forma de resolver problemas significativos para o indivíduo e para a espécie. Ela nos
O que impede que um teórico ambicioso construa uma nova "inteligência" para cada
Uma lista de 700 inteligências seria proibitiva para o teórico e inútil para o praticante.
inteligências que parecem constituir tipos naturais. Existem todas as razões para
esperarmos que cada tipo natural tenha vários subcomponentes. Por exemplo, a
A inteligência espiritual ou moral serve como uma candidata razoável para uma oitava
descrever as inteligências, nós estamos lidando com capacidades que podem ser
mobilizadas pelos valores de uma cultura, e não pelos comportamentos que são, eles
artísticas, e não vemos nada de errado nessa maneira de falar – pode servir como uma
lingüística.
linguagem de uma maneira comum, expositiva, ele não está utilizando a inteligência
lingüística de uma maneira estética. Se, por outro lado, a linguagem é utilizada
em galerias de arte.
pelo indivíduo e/ou pela cultura. Um indivíduo pode decidir se vai empregar a inteligência
mas Platão tentou eliminar a poesia de sua República. Claramente, então, o exercício de
A Perspectiva biopsicológica
que cada ato cognitivo envolve um agente que executa uma ação ou uma série de ações
algum dos domínios existentes numa cultura sendo a prodigiosidade uma forma extrema
perito são adequados somente depois que um indivíduo trabalhou por cerca de uma
são considerados uma novidade dentro do domínio embora acabem sendo reconhecidos
O termo gênio deve ser designado para aquelas pessoas ou trabalhos que não são só
universal.
Na medida em que uma capacidade é valorizada numa cultura, ela pode contar com
uma
uma vaga atenção aos domínios que existem em sua cultura, e com uma sensibilidade
ainda menor à existência dos campos que julgam. Mesmo que o campo fique
para uma vida criativa (ou não-criativa) já podem estar sendo criadas, pois a criatividade
demografia.
foi determinada.
Aí chega-se a perguntas cruciais: O que pode ser feito para estimular o talento ? Que
modelos educacionais que são oferecidos às crianças pode demonstrar a direção que
elas poderão tomar, podendo ser encorajadas ou não para a perícia, criatividade, etc.
Em
Conclusão
Não existe nenhuma receita para a educação das inteligências múltiplas. A Teoria das
componentes, que não pode, de qualquer maneira legítima, ser capturada num simples
diferenciado. Todos os seres humanos normais possuem vários potenciais, mas por
tentar garantir que cada pessoa recebesse uma educação que maximizasse seu
potencial
intelectual, pois nenhum indivíduo pode dominar completamente nem mesmo um único
Logo, a Teoria das Inteligências Múltiplas não deve ser utilizada para ditar um curso de
estudos ou carreira, mas constitui uma base razoável para sugestões e escolhas de
matérias opcionais.
valores indispensáveis no momento atual e isso poderá ser obtido a partir de uma
aluno.
como Monet e Van Gogh, que, ao retratarem "girassóis", alcancem um resultado estético
tão diferente? Podemos dizer que, enquanto Monet retrata girassóis leves e brandos, os
de Van Gogh, tão belos quanto os de Monet exprimem a dor e o trágico?
Qual terá sido o papel da escola na formação desses cidadãos que se permitem usar,
abusar e brincar com as imagens, exprimir seus sentimentos e suas formas próprias de
ver a vida, sem cerimônia? Qual poderá ser o nosso papel, como professores, de abrir
as
humanas, sempre.
Rubens Alves
Bibliografia
Médicas, 1995.
GARDNER, Howard. A Criança pré-escolar :como pensa e como a Escola pode ensiná-
la.
luizpanisset@hotmail.com
Entrevista
publicada na edição nº 405, abril de 2010.
Todos são inteligentes e podem aprender
Em pleno século 21, tempo de significativas mudanças em nossa sociedade, buscamos compreender nossos
potenciais para aprender mais e melhor. Por isso, conversamos com o psicólogo norte-americano Howard Gardner.
Sendo o principal idealizador da Teoria das Inteligências Múltiplas, criada e aperfeiçoada desde 1985, ele nos
ajuda a entender que todos podemos aprender e, além disso, desenvolver aprendizagens a partir de diferentes
inteligências.
Howard Gardner,
psicólogo norte-americano, professor de Educação e Psicologia na Universidade de Harvard e de Neurologia na Universidade de
Boston.
Mundo Jovem: Entre as inteligências destacadas, há alguma que seja privilegiada pela sociedade?
Howard Gardner: Através de diferentes períodos da história, diferentes inteligências foram valorizadas. A
inteligência naturalista era tremendamente importante quando vivíamos mais perto da natureza. Então, quando
surgiu a capacidade de ler e escrever, a inteligência linguística se tornou hegemônica.
Hoje em dia, penso que a atenção recai sobre as inteligências pessoais. Tanto o entendimento de outras pessoas
(o que em uma sociedade diversa e globalizada é importante), mas também a inteligência intrapessoal (entender a
si mesmo), porque hoje nós precisamos tomar muitas decisões sobre como nós vivemos a nossa vida.
Diferentemente, há 100 anos atrás, as pessoas simplesmente faziam o que seus pais e avós haviam feito.
Howard Gardner: Eu sou muito conservador na adição de inteligências. Tenho um conjunto de oito critérios para o
que conta como uma inteligência, e, a menos que eu esteja convencido de que eles foram satisfeitos, eu não
adicionaria nenhuma. Em 25 anos, eu só adicionei uma inteligência, a naturalista. E ela sempre existiu - eu só não a
havia reconhecido. E uma com a qual estou brincando agora é a que eu chamei inteligência existencial. Estou
procurando evidências de que há partes do cérebro que lidam com fenômenos que são grandes ou pequenos demais
para serem percebidos, como questões existenciais.
Mundo Jovem: As escolas ainda têm a tendência de tratar todos os alunos da mesma maneira?
Howard Gardner: Tradicionalmente, as escolas focaram-se muito em inteligências linguísticas e lógicas. E são muito
boas em educar pessoas que as dominam. A grande diferença na educação hoje é que o propósito mudou, de
simplesmente selecionar os que já são bons estudantes, em favor de tentar atingir aqueles que podem não ser tão
bons em linguagem e lógica. Esse é um desafio que a maioria das sociedades encontrou neste ponto.
Mundo Jovem: O que é ideal: identificar as inteligências mais latentes em uma criança e procurar desenvolvê-
las melhor, ou procurar desenvolver todos os tipos de inteligência em todas as crianças?
Howard Gardner: Primeiro de tudo, esta é uma questão sobre valores e, então, não há uma resposta científica para
ela. É uma questão de qual sistema de valores você tem. Algumas pessoas valorizam mais liberdade, outras
valorizam foco e disciplina. O meu próprio sistema de valores aponta que, quando as crianças são pequenas, nós
devemos expô-las a diversas experiências e encorajá-las a usar as inteligências ou aptidões que de outra forma não
utilizariam.
Pessoalmente, penso que devemos nos especializar na medida em que nós envelhecemos. Se você é bom em
algo, as outras pessoas podem sempre ajudá-lo no que você não é tão bom, porque você pode ajudá-las no que elas
não são tão boas. Mas nós não queremos que todos sejam especializados. Nós queremos, por exemplo, que o líder de
um país saiba escolher pessoas especializadas, que tenham as habilidades que ele não tem. Então, é uma mistura
complexa.
Mundo Jovem: Como o professor pode agir quando percebe que alunos estão com dificuldades na escola?
Howard Gardner: Nós precisamos fazer uma distinção entre usar certas inteligências e ser bem-sucedido em tarefas
e habilidades. Não interessa o tipo de inteligência que você usa, desde que tenha sucesso na tarefa que é
importante. Então, o desafio para o professor é encontrar maneiras diferentes de facilitar o sucesso naquelas tarefas
designadas, e não assumir que ele só pode ser alcançado de uma única maneira.
Somente como exemplo, eu acho que é muito importante as pessoas entenderem a respeito de estatísticas, que
provavelmente são mais importantes do que álgebra e geometria (já que muitos estudam álgebra e geometria e
nunca as usam), mas todos usamos as estatísticas, quer saibamos disso ou não. Então o desafio é descobrir quantas
maneiras existem para fazermos alguém bom em estatísticas. Eu estou certo de que há muitas maneiras, usando
muitos tipos diferentes de inteligências e de combinações de inteligências.
Mundo Jovem: Você considera importante que se façam testes em crianças para descobrir que tipos de
inteligências estão mais latentes nelas?
Howard Gardner: Não. Se uma criança está indo bem, ajoelhe, agradeça e deixe-a em paz. Se uma criança está
tendo problemas, então nós devemos entender quais são essas dificuldades, e isso pode incluir alguns testes de
inteligências múltiplas. Em geral, fazemos testes demais e avaliações de menos. Os testes somente dão um
instrumento a ser divulgado em jornais, mas sem utilidade em sala de aula. Avaliação é quando o professor faz algo
para ver como seus estudantes estão indo e muda a maneira como ensina, para ajudar esses estudantes. É o que
precisamos: de testes formativos, não somativos.
Mundo Jovem: Como se pode desenvolver as mentes de crianças em escolas de poucos recursos financeiros?
Howard Gardner: Para responder a essa pergunta, eu trago uma história. Quando eu estudei educação na China, há
25 anos, fizemos um experimento. Pedimos a crianças dos Estados Unidos e da China que desenhassem uma figura de
como é estar em casa à noite. Na China, o mais comum era a criança desenhar a si mesma fazendo a lição de casa,
com um dos pais sentado ao lado dela. Absolutamente nenhum estudante norte-americano fez esse desenho. A
maioria das crianças desenhou a si mesma sozinha no quarto, com o rádio ligado... Então, a questão é: quão bem
você usa os seus recursos? E num tempo midiático, todos têm acesso ao rádio, à televisão e, cada vez mais, a
computadores... Como você usa isso? O que é moderado pelos pais? Que uso é feito desses recursos?
É claro que é ótimo ter dinheiro, mas os EUA têm mais dinheiro que a maioria dos países e os seus sistemas de
educação e de saúde não funcionam. O Japão e a Alemanha foram devastados pela Segunda Guerra Mundial e dentro
de 25 anos eram as economias líderes nas suas regiões do mundo. Eu não sou especialista em história do Brasil, mas
penso que apenas recentemente se fez uso apropriado dos recursos brasileiros, e é por isso que hoje falamos sobre
os países do BRIC (grupo dos principais países emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China).
Mundo Jovem: Como se pode interpretar o século 21 a partir dessa teoria e a educação?
Howard Gardner: A mente e o cérebro evoluem muito lentamente, através de milhares de anos, não de centenas de
dias. Nosso cérebro e nossa genética não são muito diferentes de povos que viviam há 40 mil anos. Mas é claro que o
que acontece no mundo afeta o modo como usamos essas capacidades humanas. Então, por exemplo, a inteligência
naturalista evoluiu de saber distinguir plantas, animais e nuvens, e agora é usada pela sociedade de consumo, para
saber qual marca de tênis ou automóvel comprar. É o mesmo cérebro, mas usado para propósitos muito diferentes.
Mundo Jovem: É possível antecipar as principais transformações cognitivas para a próxima geração?
Howard Gardner: Haverá um problema de as pessoas se aprofundarem nos assuntos, porque a internet promove um
efeito poça d’água, que é ampla, mas rasa. Também precisamos descobrir quando a ação multitarefa é vantajosa e
quando é desvantajosa, e então desencorajar o uso dessa habilidade multitarefa quando não for vantajosa.
A questão de assumir riscos e da criatividade está meio nebulosa no momento. Os novos meios de comunicação
parecem promover a criatividade e a assunção de riscos, mas nós ainda não temos isso na prática. A ética das novas
mídias é um território completamente desconhecido, como o Velho Oeste. Ninguém ainda sabe como isso vai se
acomodar.
Opondo-se ao conceito de inteligência geral, Gardner mostra que todos os indivíduos são inteligentes, mas de
maneiras diferentes, e que suas inteligências serão reforçadas, desenvolvidas ou não, dependendo dos estímulos que
receberem do ambiente e da cultura que os cercam. Sendo assim, algumas inteligências são relativamente
independentes das outras e podem ser modeladas, combinadas numa multiplicidade de maneiras de serem
adaptadas pelos sujeitos e por suas culturas.
A inteligência existencial ainda está em processo de investigação. Abrange a capacidade de refletir sobre
questões fundamentais da existência. Seria característica de líderes espirituais e pensadores filosóficos.
Sugestão de Leitura:
- GARDNER, Howard. Cinco mentes para o futuro. Editora Artmed.
Esta entrevista foi realizada de maneira coletiva, antes da conferência que Gardner apresentou no seminário Fronteiras do
Pensamento, em Porto Alegre, RS.