Você está na página 1de 28

Ferramentas pneumáticas

2 Ferramentas Pneumáticas

Editores
Os conteúdos desta publicação foram coordena-
dos com os departamentos técnicos internos;
refletem o último conhecimento técnico no
momento da impressão e referem-se a aplicações
gerais. Condições especiais podem aplicar-se às
áreas de aplicação especiais.
Os regulamentos pertinentes e instruções de
segurança aplicam-se ao manuseio das ferramen-
tas e máquinas descritas nesta publicação.
Nenhuma reclamação de responsabilidade pode
estar baseada nos conteúdos desta publicação.
Algumas passagens do texto contêm marcas
registradas protegidas. Elas, especificamente, não
são realçadas.
Reimpressão, cópia e tradução, também de par-
tes, requerem nossa autorização prévia por
escrito, menção da lista das fontes e estão sujei-
tas a alterações.
Suas observações e sugestões são sempre bem-
vindas.
Erwin Ritz, H de Holger. Schweizer

Referência da fonte:
Esta publicação contém partes de contribuições e
cortesia de ilustração de BOGE KOMPRESSOREN
Lechtermannshof 26 D-33739 Bielefeld
http://www.boge.de
Nós agradecemos sua permissão amável. Para
informação mais detalhada, nós recomendamos o
“Compêndio de Ar Comprimido” disponível de
BOGE.

Publicante:
Robert Bosch Limitada
Divisão Ferramentas Elétricas
Via Anhanguera km 98
CEP: 13065-900 – Campinas – SP
PT-RLA/ADV
http://www.bosch.com.br

Impresso no Brasil
1ª edição – Out/2008
Tradução: João A. Curado
6.008.FG6.418
Ferramentas Pneumáticas 3

Conteúdo

1. Ferramentas pneumáticas 4 5. Acessórios de sistema 19


Fonte de energia..................................................4 Unidades de manutenção...................................19
Transporte da energia..........................................4 Conexões............................................................20
Armazenamento de energia..................................4 Mangueiras.........................................................20
Simplicidade........................................................4 Pressão de trabalho...........................................20
Ergonomia............................................................4 Pressão do fluxo de ar........................................21
Segurança no manuseio.......................................4 Balancins............................................................21
Sobrecarga...........................................................4 Silenciadores......................................................22
Características de aquecimento...........................5
6. Segurança 23
2. Impulsão dos motores 5
Motores dinâmicos...............................................5 7. Manutenção 23
Motores de deslocamento positivo......................5
Motores lineares...................................................6 8. FAQ – 20 Perguntas mais freqüentes 24
Motores rotativos baseados no princípio de
deslocamento positivo.........................................6
Características de torque.....................................7
Ajuste da velocidade............................................8
Transmissão.........................................................8

3. Demanda de ar comprimido 9
Determinação da demanda de ar.........................9
Ferramentas pneumáticas..................................10
Consumo de ar comprimido para
ferramentas manuais (l / min.)...........................10

4. Ferramentas pneumáticas manuais 10


Pregadores e Grampeadores..............................11
Martelos demolidores........................................11
Desencrustadores..............................................11
Martelete de Impacto.........................................11
Furadeiras..........................................................12
Parafusadeira / Chaves de Impacto e
Chaves de Catraca Pneumáticas........................12
Tipos de Produtos..............................................13
Tipos e construções...........................................16
Ferramentas retas para desbaste.......................17
Retíficas retas....................................................17
Ferramentas verticais para desbaste.................18
Lixadeiras orbitais e excêntricas........................18
Esmerilhadeiras angulares.................................18
Serras.................................................................18
Tesouras faca e punção......................................18
4 Ferramentas Pneumáticas

Ferramentas pneumáticas Simplicidade


1 A construção e função de uma ferramenta pneu-
A decisão em favor de ferramentas pneumáticas mática são simples se comparadas a uma ferra-
requer informação sobre as diferenças principais menta elétrica. Por isso, elas são muito robustas
entre elas e outros tipos de ferramentas como, e menos suscetíveis a falhas.
por exemplo: as ferramentas elétricas. Ferramentas pneumáticas de movimento linear
Em comparação a outros tipos de ferramentas, as (marteletes) podem ser projetadas com compo-
ferramentas pneumáticas têm vantagens que as nentes mecânicos simples, como alavancas,
fazem particularmente ideais para certas áreas de excêntricos e similares.
aplicação.
Ergonomia
Fonte de energia Normalmente, as ferramentas pneumáticas são
Ar existe em abundância e está disponível em consideravelmente mais leves se comparadas às
todos os lugares. Em uma troca normal de pro- ferramentas elétricas. Esse ponto positivo pode
cesso, como é o caso de sistemas hidráulicos, ele ser notado particularmente no caso de furadei-
não é necessário. Isso reduz as despesas e a ras, parafusadeiras e chaves de impacto.
necessidade de manutenção e ainda otimiza o Elas não produzem e nem propagam aqueci-
tempo de trabalho. Ar comprimido não deixa para mento, visto que ferramentas pneumáticas não
trás impurezas como, por exemplo, as provenientes aquecem.
de defeito na tubulação; ele as carrega consigo.
Segurança no manuseio
Transporte da energia Ar comprimido é um meio seguro e livre de pro-
Ar comprimido pode ser transportado em tubula- blemas, seja em ambientes úmidos, seja sob
ções (rede) por longas distâncias. Isso favorece a temperaturas extremamente altas ou baixas.
instalação de uma central de geração de ar com- Ferramentas pneumáticas e/ou tubulações (rede)
primido, a qual fornece o ar necessário para os com vazamento de ar não interferem na segu-
pontos de consumo, com pressão de trabalho rança do operador e do local de trabalho. Sis-
constante (sistema fechado). Dessa forma, a tema de ar comprimido e seus componentes
energia proveniente do ar comprimido pode ser geralmente são pouco exigidos. Por conseguinte,
distribuída por longas distâncias. estes têm longa vida útil e um baixo índice de
Nenhuma linha de retorno de ar é necessária, já falha.
que a exaustão de ar é feita pela abertura de Em relação a fogo, explosão e riscos elétricos e
descarga. até mesmo com gás inflamável, as ferramentas
pneumáticas não oferecem riscos e são muito
Armazenamento de energia seguras, podendo ser manuseadas sem equipa-
Ar comprimido pode, sem dificuldades, ser arma-
mentos de proteção caros e volumosos. Até
zenado em reservatórios. Se um reservatório é
mesmo embaixo d’água as ferramentas podem
instalado em um sistema de fornecimento de ar
ser operadas, se devidamente equipadas/veda-
comprimido, o compressor somente começará a
das.
funcionar se a pressão do ar cair abaixo de um
valor crítico. Além disso, a reserva de pressão Sobrecarga
disponível no reservatório permite, ainda por As ferramentas pneumáticas e suas peças podem
algum tempo, a realização de um trabalho ini- sofrer sobrecargas sem danificar-se. Por isso, elas
ciado, após o sistema provedor de energia deixar são consideradas à prova de sobrecarga. Uma
de trabalhar. rede de ar pode até ser sobrecarregada pelo
Se as necessidades de desempenho das ferramen- consumo excessivo, ao contrário de uma rede
tas pneumáticas não forem muito altas, garrafas / elétrica. Se a pressão da rede cair por muito
tubos de ar comprimido transportáveis podem ser tempo, o trabalho já não poderá mais ser execu-
usados em lugares que não tenham o sistema de tado, porém, não há nenhum dano à rede, à
fornecimento de ar comprimido instalado. ferramenta ou às suas peças.
Ferramentas Pneumáticas 5

Características de aquecimento
1 Turbinas: princípio funcional
O ar comprimido se resfria quando é descompri-
mido. Isso significa que as partes do motor das
ferramentas pneumáticas se resfriam mais ou Turbina de fluxo radial

menos dependendo do sistema de ar. Essa é uma


das principais diferenças em relação às ferramen-
tas elétricas, as quais aquecem mais ou menos
durante o trabalho em função das perdas elétri-
cas. As ferramentas pneumáticas que são utiliza-
das em ambientes frios devem ser equipadas com
Fluxo de ar movendo-se radialmente
uma cobertura de plástico isolante. dentro do disco diagonal de lâminas

Turbina de fluxo axial

Impulsão dos motores 2


Justamente como os geradores de ar comprimido
(compressores), a impulsão dos motores das
ferramentas pneumáticas é dividida nas catego-

EWL-D023/P
rias funcionais básicas:
33 Motores dinâmicos Fluxo de ar movendo-se axialmente
através das lâminas da hélice
33 Motores de deslocamento positivo
Porém, ao contrário dos compressores de ar
comprimido, nem todos os motores são úteis Motores de deslocamento positivo
para as ferramentas pneumáticas. Motores baseados no princípio de trabalho de
máquinas de deslocamento positivo podem ser
Motores dinâmicos
projetados em uma série de variantes. Uma típica
Motores que trabalham de acordo com o princí-
característica de máquinas de deslocamento
pio de “motorização dinâmica” são chamados
positivo é que a energia do fluxo do ar compri-
“turbinas”. Há duas variantes básicas:
mido pode ser convertida em movimento linear
33 Turbinas de fluxo axial
como também em movimento rotativo. Por isso,
33 Turbinas de fluxo radial
no caso de motores de deslocamento positivo
A característica básica para ambos os tipos de
para ferramentas pneumáticas é feita uma distin-
motores é que o fluxo de energia do ar compri-
ção entre:
mido é convertido exclusivamente em movimento
33 Motores lineares
rotativo do motor.
33 Motores rotativos
Motores dinâmicos são principalmente usados em
tipos especiais de ferramentas pneumáticas,
normalmente onde são necessárias altas velocida-
des, construção simples e pequenas peças, como
por exemplo, em pequenas ferramentas de des-
baste e lixamento para aplicação em indústria de
modelagem e/ou odontologia.
6 Ferramentas Pneumáticas

Motores lineares
3 Motor linear pneumático
Motores lineares convertem a energia do fluxo do
ar comprimido em movimento mecânico linear. As
1 Acessório 5 Canal de escape
duas mais importantes variantes de motores 2 Batedor 6 Impacto de trabalho
lineares são: 3 Propulsor 7 Retorno do impacto
4 Escape
33 Cilindros pneumáticos
1 2 6
33 Oscilações lineares Golpe de trabalho (início)
O fluxo de ar comprimido no
A característica essencial de distinção é o modo 3
cilindro arremessa o pistão
como elas são controladas. 4 para frente. A parte do cilindro
em frente ao pistão é aberta

33 Cilindros pneumáticos
5 6
Cilindros pneumáticos são os motores lineares Golpe de trabalho
mais simples. Em um cilindro fechado o pistão é 3 O ar comprimido arremessa o
pistão mais adiante, o escape
movido pelo ar comprimido (deslocado). O movi- 7 está fechado. A parte frontal
do cilindro em frente ao pistão
mento do pistão no cilindro é transferido para
é agora aberta pelo canal de escape
fora através de uma haste de ligação lacrada. em direção à válvula de transporte

Uma característica típica de cilindros pneumáti- 5 3


cos é que o movimento do pistão fora do cilindro Dá impacto e reverte o movimento.
O pistão colide com o acessório
é controlado através de elementos separados e gasta energia. A pressão atrás
4 do pistão sai pelo escape, a
(ex.: válvulas). válvula de transporte muda de direção
A típica aplicação de cilindros pneumáticos é na
movimentação de cargas e componentes.
5 6 3
Golpe de retorno
33 Motores de oscilações lineares A válvula permite ao ar fluir pelo
canal de escape; na frente do
Em princípio, motores de oscilações lineares são 7 4 cilindro o pistão volta. O pistão
EWL-D002/P

faz pressão na parte traseira do


cilindros pneumáticos, porém, o fluxo de ar no cilindro que faz a válvula de
cilindro é controlado no próprio cilindro através transporte mudar de direção
novamente
de válvulas adequadamente posicionadas.
Durante a operação, os motores de oscilação
linear produzem um movimento alternado auto- Motores rotativos baseados no
mático cuja freqüência pode ser
princípio de deslocamento positivo
determinada pelo desenho do motor e pela vazão
Motores rotativos convertem a energia do fluxo
do fluxo de ar.
de ar comprimido em movimento mecânico rota-
Marteletes de impacto, desencrustadores de
tivo. Motores rotativos baseados no princípio de
agulha, rebitadores e rebarbadores (cinzéis)
deslocamento positivo têm diferentes versões. As
pneumáticos são produtos que utilizam os moto-
mais importantes são:
res de oscilações lineares.
33 Motores de ar com pistões giratórios
33 Motores de ar com pistões alternados
2 Cilindro
A velocidade de trabalho necessária (medida no
4 1 2 3 5
fuso) da ferramenta nem sempre corresponde à
rotação do motor. Nesses casos, a velocidade do
motor para o fuso de trabalho é conseguida por
uma transmissão.

33 Motores de ar com pistão giratório


7 6 9 8 10
Motores com pistão giratório, também conheci-
1 Cilindro 6 Vedação do pistão
AT/VSZ 011.0

2 Pistão 7 Rolamento dos como motores de válvulas rotativas, consis-


3 Haste 8 Vedação
tem de uma carcaça cilíndrica que contém um
4 Base do cilindro 9 Vedação guia
5 Tampa do cilindro 10 Proteção rotor sob uma câmara excêntrica. O rotor tem
aberturas onde ficam posicionadas as palhetas
Ferramentas Pneumáticas 7

móveis. Na extremidade dianteira do rotor estão 33 Motores com pistões alternados


placas de vedação que vedam a carcaça cilíndrica Motores de ar com pistões alternados são relativa-
em ambas as extremidades. O posicionamento mente caros para ser construídos e têm alto custo
excêntrico do rotor no cilindro cria um espaço de de comercialização. Por isso, eles são raramente
trabalho em forma de foice dividido em câmaras usados para ferramentas pneumáticas manuais.
segmentadas. Com o movimento rotativo, essas Sua construção é similar a “motores de dois
câmaras, ficam individualmente vedadas, visto tempos”. Eles têm que ser construídos com mais
que as palhetas são pressionadas pela força de um cilindro para ligar por si próprios sem
centrífuga contra a parede do cilindro. O ar com- equipamentos auxiliares. Os cilindros são normal-
primido flui através dos canais de abertura e faz mente posicionados em forma de estrela. As
pressão nas câmaras fazendo o rotor girar. As aplicações típicas desses motores são em máqui-
aberturas e saídas de ar são posicionadas de nas para exploração de minas e veículos especiais.
acordo com a direção de rotação intencionada.
Para obter a velocidade de trabalho necessária, o Características de torque
motor é normalmente equipado com um sistema O motor de ar comprimido sempre tem caracterís-
de engrenagens planetárias. ticas de torque favoráveis para aplicações diferen-
Características como nível de torque e controle de tes. Com aumento de potência e diminuição da
velocidade fazem dos motores pneumáticos ele- velocidade, o torque aumenta até que seja atin-
mentos ideais para muitas e diversas aplicações. gido um máximo (até parar em ponto morto),
como utilizado nas chaves de impacto. O funciona-
4 Motor de pistão giratório mento do motor é possível até sua paralisação e
essa é a razão por que uma falha de motor por
4
1 Carcaça sobrecarga não é possível.
2 2 Rotor
1
3 Palhetas
3 4 Entrada de ar 5 Curva de características de um torque
5 Saída de ar

Fluxo de ar dentro da Torque de parada


5 Mmax
Torque de parada

câmara gira o motor


no sentido horário
Pmax
EWL-PN001/G

Movimento de rotação M P
contínuo, fluxo de ar
dentro da câmara seguinte Torque M 3-5%
Potência P
no no
= Velocidade n
2

A câmara passa pela


saída de ar e o ar escapa

EWL-D001/P
8 Ferramentas Pneumáticas

Ajuste da velocidade Regulagem de velocidade tem as seguintes


A regulagem da pressão do ar comprimido (via vantagens:
regulador de pressão) permite ajustar o torque de 33 Economia de ar durante o trabalho
parada da ferramenta. 33 Segurança – adequação da velocidade
A regulagem do volume de fluxo de ar via “estran- 33 Aumento da vida útil dos acessórios
gulamento” da válvula permite o ajuste da veloci- 33 Redução de ruído
dade da ferramenta. Um sensível regulador de 33 Maior desempenho do trabalho
velocidade assegura velocidade de trabalho 33 Qualidade de funcionamento aprimorada
quase constante e assim, por exemplo, em uma 33 Redução de custo com manutenção
operação de desbaste, a velocidade periférica do As características de desempenho de um motor
disco abrasivo pode ser mantida constante. de ar com pistão rotativo são muito favoráveis
A velocidade crescente faz os pesos do regulador (1 para ferramentas pneumáticas. Sua construção
e 2) ficarem em posição diferente da original; como simples, porém robusta, assegura uma maior vida
resultado, a válvula (3) reduz a entrada de ar. útil e reduz a possibilidade de defeitos. Outra
Se a velocidade estiver apropriada, a força da vantagem é sua insensibilidade a influências
mola (4) predomina sobre o peso dos regulado- externas como pó e umidade. Como a maioria das
res e a entrada de ar é aumentada novamente. ferramentas pneumáticas é equipada com moto-
res de pistão giratório, vamos descrever esse tipo
6 Controle de velocidade de motor em detalhes.

Transmissão
2 3 O dimensionamento de motores pneumáticos
requer a definição de conceitos. Embora grandes
motores tenham valores de torque mais altos,
pelas suas grandes dimensões eles são inadequa-
dos para movimentar ferramentas pneumáticas,
as quais são pequenas e ergonomicamente proje-
tadas. Conseqüentemente, pequenos motores
EWL-PN 003/G

4 2
pneumáticos precisam funcionar em altas veloci-
2 Reguladores
3 Válvula
dades e alcançar uma boa relação de peso x
4 Mola de retorno potência. A alta velocidade do motor é então
reduzida através de engrenamento secundário
para obter a velocidade de saída exigida, assim o
torque aumenta em proporção à razão de redução
da transmissão.
Curva de características de um motor a ar
7 Os tipos de transmissões convencionais são:
com e sem controle de velocidade
33 sistema de coroa e pinhão
33 sistema planetário

com controle de velocidade


sem controle de velocidade 8 Tipos de engrenagens
Torque de parada

Mmax Torque de parada

M Pmax
Coroa / pinhão
EWL-PN002/G

Torque M
Potência P
EWL-GET001/G

n no no
Velocidade
Controlada Não controlada Planetário
Ferramentas Pneumáticas 9

33 Sistema de coroa e pinhão tabelas são valores médios. Cálculos mais exatos
Sistema de engrenamento entre coroa e pinhão requerem informações contidas nas documenta-
representa o tipo de transmissão mais simples e ções técnicas dos fabricantes.
requer só poucos componentes. Seus eixos são
posicionados em paralelo. Podem ser conectadas Determinação da demanda de ar
várias fases de transmissão em série, as quais Para determinar a demanda de ar comprimido de
resultam em diferentes velocidades em diferentes uma linha de ferramentas pneumáticas, não é
sentidos de rotação. Se existir uma diferença con- suficiente só somar os valores de consumo de ar
siderável entre os diâmetros das duas engrena- comprimido de cada ferramenta. Os seguintes
gens de uma fase, a engrenagem menor é cha- fatores têm uma influência decisiva na definição
mada de pinhão e a maior é chamada de coroa. do consumo total de ar comprimido:
O sistema de coroa e pinhão é barato, mas ele 33 Período médio de funcionamento
requer relativamente muito espaço. Cada par de 33 Fator de simultaneidade
engrenagens tem somente alguns dentes em
33 Período médio de funcionamento (individual)
contato direto e as transmissões de alto torque
A maioria das ferramentas pneumáticas nunca
requerem o uso de grandes dentes nas engrena-
trabalha intermitentemente – sempre há um
gens.
período de interrupção. Isso depende das neces-
33 Sistema planetário sidades de cada trabalho: ligar, desligar e ligar
As versões mais básicas de sistemas de engrena- novamente.
mento planetário consistem em uma engrenagem Para obter resultados representativos é necessá-
central (sol), uma engrenagem de ligação (aliança) rio determinar o período médio de funcionamento
e as demais engrenagens planetárias montadas ao (ED). Para determinar o período médio de funcio-
redor. O posicionamento do sistema é coaxial; namento das ferramentas (ED), usa-se a seguinte
embreagens e freios na engrenagem de ligação fórmula:
(aliança) ou o grupo das engrenagens planetárias
permitem a aplicação de diferentes velocidades de ED = Tempo de trabalho efetivo x 100
transmissão através do interruptor. 60 min.
O sistema de engrenagens planetárias sempre
tem vários dentes e engrenagem em contato
Exemplo:
durante a operação. Para valores de torques
Uma parafusadeira tem uso efetivo durante 25
comparáveis, o sistema de engrenagens planetá-
minutos no curso de uma hora.
rias pode ser dimensionalmente menor que o
O período médio de uso efetivo (ED), nesse, caso
sistema convencional de coroa e pinhão. Embora
é de 41,6%.
mais caro, esse tipo de transmissão é quase
Os períodos médios de funcionamento (uso
sempre usado em ferramentas pneumáticas pelas
efetivo) ED de algumas ferramentas de ar compri-
razões mencionadas.
mido freqüentemente usadas estão informados
na tabela. Estes valores estão baseados em expe-
Demanda de ar comprimido riência geral e podem diferir substancialmente
caso a caso. 3
É freqüentemente difícil determinar o consumo
total de ar comprimido utilizado por todas as Período médio
Tipo de ferramenta
de funcionamento
ferramentas conectadas a uma única rede de ar,
Rebarbadores 30%
devido à falta de especificações individuais das
ferramentas. Furadeiras 30%
Importantes dados (aproximados) para a defini- Parafusadeiras 25%
ção da demanda de ar comprimido de ferramen-
Lixadeiras 40%
tas individuais estão especificados nas tabelas
seguintes.
O consumo de ar comprimido especificado nas
10 Ferramentas Pneumáticas

33 Fator de simultaneidade Consumo de ar comprimido para


A experiência mostra que na maioria das opera- ferramentas manuais (l / min)
ções que usam diversas ferramentas pneumáti- Média de consumo de ar comprimido a uma
cas, nem todas as ferramentas são usadas ao pressão de funcionamento de 6 bar.
mesmo tempo. Normalmente, os trabalhos são
executados temporariamente e, então, as ferra- Tipo de ferramenta Consumo de ar (l/min)
mentas envolvidas nesse processo estarão ligadas Martelo demolidor 700 ... 3.000
em tempos diferentes. A proporção de tempo Martelete de
200 ... 400
durante o qual teoricamente todas as ferramentas impacto
são usadas simultaneamente é denominada de Martelete rebitador 200 ... 700
“fator de simultaneidade” e entra no cálculo junto Martelete rebarbador 200 ... 700
com o período médio de funcionamento das
Desencrustador 100 ... 250
ferramentas – ED, como um fator que reduz a
demanda de ar. Pregador / Pinador 50 ... 300

Grampeador 10 ... 60
Nº de ferramentas Fator de simultaneidade
Furadeira de impacto 400 ... 3.000
1 1,00
Furadeira 200 ... 1.500
2 0,94
Parafusadeira 180 ... 1.000
3 0,89
Retífica reta 300 ... 3.000
4 0,86
Esmerilhadeira
250 ... 700
5 0,83 vertical
Esmerilhadeira
6 0,80 300 ... 700
angular
7 0,77 Serra tico-tico 300 ... 700
8 0,75 Tesouras faca e
400 ... 900
punção
9 0,73

10 0,71

12 0,68
Ferramentas pneumáticas
4 14 0,66

16 0,63 manuais
Nota: dados médios obtidos por experiência O grupo de ferramentas pneumáticas contém
quase todos os tipos de ferramentas básicas em
Ferramentas pneumáticas
similaridade com as ferramentas da linha elétrica.
O consumo de ar das ferramentas pneumáticas
Além disso, o grupo de ferramentas pneumáticas
varia e depende em grande parte do tipo de
também contém máquinas grandes para uso em
ferramenta e seu tamanho específico.
exploração de minas e construção de túneis.
A tabela seguinte contém valores médios e apro-
No decorrer desta publicação, descreveremos
ximados para o consumo de ar comprimido de
alguns tipos mais usuais de ferramentas pneumá-
algumas ferramentas pneumáticas selecionadas.
ticas manuais, que são:
Ferramentas pneumáticas normalmente requerem
33 Pregadores e grampeadores
uma pressão de ar para funcionamento de 6 bar.
33 Martelos demolidores
Dependendo do campo de aplicação e potência
33 Desencrustadores
de saída, outros valores de pressão de trabalho
33 Furadeiras de impacto
podem ser aplicados. Para cálculos precisos, é
33 Furadeiras
necessário considerar os valores de consumo de
33 Parafusadeiras
ar específicos contidos nos catálogos dos fabri-
33 Esmerilhadeiras
cantes.
33 Serras
33 Tesouras faca e punção
Ferramentas Pneumáticas 11

Pregadores e grampeadores
9 Ferramentas de impacto
Pregadores e grampeadores são equipados com
cilindros pneumáticos que usam um pino batedor

EWL-D037/P
para introduzir os pregos, pinos e grampos na
peça de trabalho.
Pregadores e grampeadores pneumáticos são
usados em processos de larga escala nos quais
economia de tempo e produção são fatores
importantes. Áreas típicas de aplicação são Martelete rebatedor

indústria moveleira e artefatos de madeira, como:


fabricação e reforma de móveis, embalagens,
pallets e também na construção civil.

Martelos demolidores
Martelos demolidores são movidos por um motor
Martelo rompedor
de oscilação linear que coloca o acessório (pon-
teiros e cinzéis) em movimento de impacto contra
a superfície a ser trabalhada. Dependendo de seu
tamanho, os martelos demolidores são usados
para quebrar e demolir ou como os marteletes
rebarbadores para processamento em metal. Em Martelete desencrustador

comparação com martelos demolidores elétricos


de potências comparáveis, os martelos pneumáti-
cos se distinguem pelo tamanho relativamente Martelete de Impacto
pequeno de suas peças. Marteletes pneumáticos de impacto classe 2 kg
são projetados mecanicamente de acordo com o
Desencrustadores sistema de impacto eletropneumático convencio-
Desencrustadores são movidos por um motor de nal e têm capacidade e desempenho semelhantes
oscilação linear que atua sobre um jogo de agu- aos elétricos. O movimento de impacto não é
lhas de aço. diretamente gerado por ar comprimido, mas por
Quando as agulhas tocam a superfície de traba- um sistema pneumático de impacto que inclui
lho, partículas dessa superfície se soltam e são um pistão convencional com mecanismo motriz
eliminadas. Desencrustadores de agulha são mecânico. Nesse casos, e se comparado com os
principalmente usados para limpeza de superfí- marteletes elétricos, somente o motor é substitu-
cies como: desenferrujar e remover camadas ído por um motor pneumático.
velhas de tinta, retirar materiais sedimentados e Campo de aplicação diferenciado para marteletes
também remover borra de cordões de solda. pneumáticos são ambientes de trabalho molhados.

10 Martelete de impacto
EWL-D032/ P
12 Ferramentas Pneumáticas

Furadeiras
12 Furadeira pneumática de 2 velocidades
Comparadas às furadeiras elétricas de mesma
categoria, as furadeiras pneumáticas são mais
leves e menores. Por isso, elas são preferidas 4 2

pelas indústrias. Tipicamente, elas são do tipo 5


“pistola” para melhor empunhamento e segu- 10
6
rança. Trancos ocorridos pelo travamento das
3
brocas são mais bem assimilados e controlados
7
por esse tipo de formato. Furadeiras retas são uti-
lizadas para perfurações de pequenos diâmetros 9
e em casos particularmente esporádicos.
Furadeiras pneumáticas são equipadas com uma
1a veloc. (baixa) controlada
ou duas velocidades fixas que podem ser selecio- 1 Entrada de ar 7 Broca 8
1
nadas pela posição do seletor. 2 Abertura de controle 8 Saída de ar
3 Direcionador centrífugo 9 Velocidade 1
Furadeiras com regulador de velocidade são 4 Motor com pistão rotativo 10 Válvula da 1a velocidade
5 Engrenamento planetário 11 Velocidade 2
preferidas porque isso as torna mais versáteis
6 Mandril 12 Válvula da 2a velocidade
(mais aplicações) e assegura maior vida útil,
entre outras vantagens. Na 1a velocidade, o fluxo de ar vai da 1a válvula (10) via a
abertura de controle (2) para o motor (4). Com aumento
A faixa de potência mais comum varia de 200 a da velocidade, o direcionador (3) move-se para trás e estreita
a abertura de controle (2). Menos ar comprimido flui para
700 watts e em termos de velocidade a variação o motor (4) e a velocidade cai.
está entre 400 e 6.000 rotações por minuto Na 2a velocidade, o fluxo de ar vai da 2a válvula (12)
diretamente para o motor (4). O fluxo de ar total
(min-1). está constantemente disponível.

11 Furadeira pneumática
12

11

Tipo reta

EWL-D049/P
2a velocidade (alta) controlada
EWL-D042/P

Tipo pistola

Parafusadeira / Chaves de impacto e


Chaves de catraca pneumáticas
Parafusadeira, chave de impacto e chave de
catraca pneumática formam o maior segmento de
ferramentas pneumáticas.
Elas são utilizadas principalmente em indústrias
de produção em série.
Além disso, elas também são utilizadas no setor de
serviços como: oficinas mecânicas e de manuten-
ção em geral (principalmente do setor automobilís-
tico), concessionária de veículos, borracharias e
empresas afins, instaladores de som, transforma-
dores de veículos, e tantos outros.
Essas ferramentas pneumáticas diferem das
demais em relação ao princípio de funcionamento
e desenho. Pela grande variedade de possíveis
Ferramentas Pneumáticas 13

condições de uso em parafusamentos, este seg- 33 Parafusadeira c/ sistema “standstill”


mento necessita de muitos tipos diferentes de O termo “standstill” refere-se ao princípio de o
produtos. motor ficar em “ponto morto” ao término do
Tipos de produtos parafusamento, sendo que o torque realizável
Diferentes tipos de parafusadeiras, chaves de depende da potência do motor e da velocidade
impacto e de catraca, cada qual com princípios de saída (momento). Uma embreagem não é
de trabalho diferentes, são utilizados pelos usuá- necessária nesse caso. Parafusadeiras com sis-
rios com desempenho adequado para cada tipo tema “standstill” podem somente ser construídas
particular de aplicação. Os princípios de funcio- em ferramentas cujo motor pode ser parado sem
namento mais importantes são: danos, como no caso de motores pneumáticos.
33 Parafusadeira c/ sistema “standstill” O torque é ajustado estrangulando a entrada de
33 Parafusadeira c/ torque “shut-off” ar e pode ser mantido tanto quanto necessário
33 Parafusadeira c/ limite de torque com efeito positivo durante a colocação dos
33 Parafusadeira hidropneumática parafusos. Por outro lado, quando se atinge o
33 Chaves de impacto torque desejado, a reação contrária dessa opera-
33 Chaves de catraca ção é transferida completa e diretamente para a
ferramenta e, conseqüentemente, para o usuário
13 Parafusadeira pneumática reta na forma de torque restante (tranco). É por esse
motivo que as parafusadeiras de parada por
contato só podem ser utilizadas para operações
1
com valores de torque relativamente baixos.
2

3
4 Parafusadeira c/ sistema “standstill”
8 15
função e princípio de trabalho
5
1 Entrada de ar
6 2 Alavanca liga/desliga Motor Motor
7
3 Motor ligado parado
4 Engrenagens planetárias
EWL-D050/P

5 Embreagem de esferas
6 Porta-bits
7 Bit
8 Saída de ar

Girando Ponto morto

Esses princípios de trabalho estão disponíveis em M


diferentes formatos e combinações.
0.5 1.0 t
14 Chave de catraca em aplicação Progressão de torque
EWL-VST011/G

0.5 1.0 t
Progressão da força de tensão na montagem
EWL-D045/P
14 Ferramentas Pneumáticas

33 Parafusadeira com controle de torque e situações especiais com demanda variada de


embreagem “shut-off” torque. Exemplos típicos de aplicação são parafu-
Parafusadeiras com controle de torque e embrea- samento em chapas metálicas com parafusos
gens de função “shut-off” têm o mesmo princípio Teks ou com parafusos autoperfurantes e parafu-
de funcionamento de uma embreagem de catraca. sos para madeira.
Aqui o torque também é limitado por um ajuste Com a desativação da embreagem “shut-off”,
de embreagem tipo “balancim” ou “roldana”. torna-se possível retirar parafusos enferrujados e/
A diferença da embreagem de catraca é que as ou com forte torque de fixação. A desativação da
metades da embreagem permanecem separadas embreagem “shut-off” também significa que a
depois do primeiro desengate. Como resultado, total ação do torque residual (tranco) tem ação
não há nenhuma dependência de torque pelo sobre o usuário. Por isso, os valores de torque
tempo de parafusamento. Geração de ruído e uso predefinidos não podem ser muito altos.
de embreagem são muito reduzidos. Porém, a
33 Parafusadeira com controle de torque e
exigência construtiva é bastante alta e por isso
embreagem de catraca
têm alto custo. Elas são principalmente utilizadas
Parafusadeiras com controle de torque e embrea-
em parafusamentos que requerem maior precisão
gem de catraca são os tipos de parafusadeiras
de torque.
mais comuns, pois a embreagem de catraca pode
A embreagem automática com sistema “shut-off”
ser ajustada.
é ajustada com base em ensaios prévios e, após o
Quando a mola da embreagem atingir o torque
atingimento das especificações de torque, ela é
definido, as metades da embreagem serão sepa-
então fixada naquela posição. Isso assegura que a
radas pela inclinação dos balancins, roldanas ou
regulagem definida não possa ser modificada
esferas. Enquanto a parafusadeira estiver em
pelo operador durante a aplicação.
operação e pressionada sobre o parafuso, picos
de torque tão altos quanto o torque prefixado
Parafusadeira c/ sistema “shut–off”
16 agem sobre o parafuso, o que é bom para a fixa-
função e princípio de trabalho
ção total do parafuso.
Sistema Sistema Intervalos de golpes curtos ou longos da catraca
girando desengatado
têm uma influência limitada no nível de torque,
visto que os impactos rotativos aumentam ligeira-
mente o torque.
Se adequadamente construídas, as embreagens
de catraca são relativamente baratas, suficiente-
mente precisas e de pouco desgaste. O momento
M
de desengate não pode ser fixado tão alto quanto
você gostaria, visto que é transferido ao usuário
t
Progressão de torque através da máquina. Se o torque de retorno fica
muito alto, o processo de parafusamento fica
FM desconfortável ou muito duro de agüentar. Por
EWL-VST008/G

isso as parafusadeiras com controle de torque via


t(s) embreagem de catraca têm um torque máximo de
0,1 0,2 0,3
Progressão da força de tensão na montagem aproximadamente 30 Nm.

33 Parafusadeiras de impulso
33 Parafusadeira com controle de torque c/
Parafusadeiras de impulso são ferramentas mecâ-
embreagem “shut-off bypass”
nico-hidráulicas. Estas geram torque intermitente
Parafusadeiras com controle de torque c/ embre-
justamente como as chaves de impacto. Porém,
agem “shut-off bypass” aumentam o campo de
em comparação com as chaves de impacto, os
aplicação desse tipo de ferramenta. O alto torque
impactos não são transferidos pelos balancins da
atingido pelo sistema “shut-off bypass” permite o
embreagem. Ao contrário, cada impacto é gerado
ajuste manual do torque para parafusamento em
por compressão de pistão onde uma quantidade
Ferramentas Pneumáticas 15

de óleo é comprimida em uma câmara ajustável de 33 Chave de impacto rotativa


uma unidade de impacto com circulação de óleo. Chaves de impacto rotativas são equipadas com
Um parafuso externo regula a pressão da câmara. uma massa isolada de impacto que mesmo no
Sua construção especial, apesar do alto custo, caso de altos torques não provoca praticamente
oferece mais precisão e menos ruído que as nenhum retorno no usuário. O torque tira o efeito
chaves de impacto e atingem torque aproximado de impacto pelo impacto, o qual é acompanhado
de até 50 Nm. caracteristicamente por um alto ruído. O torque
da chave de impacto rotativa é construtivamente
33 Parafusadeiras hidropneumáticas com
predeterminado.
função “shut-off”
A limitação do torque acontece pelo número de
Esta versão de parafusadeira hidropneumática é
impactos rotativos (freqüência de impactos) ou
equipada com embreagem “shut-off” automática
por limitação de elementos (barras de torção)
baseada na força centrífuga. Elas são ideais para
colocados entre o fuso e o soquete. Em termos
processo de parafusamento que requer alta precisão
práticos, o máximo torque possível está limitado
e o aperto subseqüente não é recomendado.
pela força de impacto e pelo tamanho da
máquina.
Embreagem de catraca
17 Ferramentas pneumáticas manuais podem alcan-
Função e princípio de trabalho
çar torque até 2.000 Nm.
Sistema Sistema
girando desengatado
Embreagem de catraca
19
Função e pricípio de trabalho

Sistema Sistema
girando desengatado
M

t
Progressão de torque

FM
M
EWL-VST007/G

t(s)
0,1 0,2 0,3 t
Progressão da tensão na montagem
Progressão de torque

FM
EWL-VST 009/G

Parafusadeira hidropneumática
18
Função e princípio de trabalho
t(s)
1 2 3 4
Sistema Sistema Progressão da tensão na montagem
puxando acelerando

t
0,1 0,2 0,3 0,4
Progressão de torque

FM
EWL-VST 010/G

t(s)
0,1 0,2 0,3 0,4
Progressão da tensão na montagem
16 Ferramentas Pneumáticas

33 Chaves de catraca 33 Ferramentas tipo reta


São normalmente usadas em áreas de serviço e Ferramentas do tipo reta são normalmente utiliza-
tendem a substituir as chaves de catraca manu- das para pequenos parafusamentos em mecâni-
ais. Chaves de catraca operam em baixa veloci- cas de precisão ou em lugares de difícil acesso ou
dade e são recomendadas para o aperto de para- estreitos e estão disponíveis nas seguintes cate-
fusos de até M 10 com torques máximos de gorias:
aproximadamente 60 Nm. 33 20 watts
33 120 watts
20 Chave de catraca 33 180 watts
33 400 watts
Nas categorias de potências superiores, o torque
oferecido normalmente é limitado a valores entre
0,06 Nm e 20 Nm, isso para evitar torques residu-
ais (trancos) desagradáveis e potencialmente
prejudiciais para os usuários. Essas limitações de
torque são feitas via embreagem de catraca ou
com sistema ponto morto (standstill).
EWL-D034/P

33 Ferramentas com punho central


Ferramentas com o punho centralizado permitem
aplicação de torques mais altos, visto que os
torques residuais (trancos) podem ser mais bem
21 Chave de impacto absorvidos. Valores de torque entre 1,2 Nm e
35 Nm são comuns e estão disponíveis nas
seguintes categorias:
33 180 watts
33 400 watts
Devido ao princípio de funcionamento, as parafu-
sadeiras de impulso têm um torque residual.
Aqui, torques de até 60 Nm são possíveis, tam-
bém, para ferramentas menores.
EWL-D031/ P

Chaves de impacto são geralmente equipadas


com punho central. Embora torques de 50 Nm a
2000 Nm sejam comuns, elas têm torque residual
relativamente baixo, devido ao seu princípio de
funcionamento.

Tipos e construções 33 Ferramentas angulares


Por razões ergonômicas e aplicações muito com- Ferramentas angulares são usadas em lugares
plexas e freqüentes, as ferramentas pneumáticas estreitos e onde ferramentas retas ou com punho
de aperto estão disponíveis em diferentes tipos e central não podem ser usadas.
construções como: Parafusadeiras angulares consistem em uma
33 Ferramentas retas parafusadeira reta com cabeçote angular. Seu
33 Ferramentas com punho central longo corpo garante manuseio seguro, mesmo
33 Ferramentas angulares com torques altos. Elas são encontradas com
Devido ao seu princípio funcional e ao torque potências de 180, 370, 400 e 740 watts e seus
residual (trancos) produzidos por alguns dos torques variam de 1,5 Nm a 110 Nm.
modelos, essas ferramentas têm que ser selecio-
nadas cuidadosamente pelo usuário conside-
rando a categoria de desempenho e o trabalho a
ser executado.
Ferramentas Pneumáticas 17

Por essa razão, as retíficas e esmerilhadeiras


22 Ferramentas pneumáticas de aperto
pneumáticas são principalmente usadas para
aplicações industriais em geral. As ferramentas
pneumáticas de desbaste se agrupam em duas
categorias principais: retas e angulares. Ao con-
trário das ferramentas elétricas, as ferramentas
Reta pneumáticas de desbaste de formato angular
formam um segmento bastante secundário.

23 Ferramentas retas de desbaste

Com punho central

Angular A

De impulso
C

Chave de impacto A Potência 50 W e rotação de 50.000 a 80.000 min-1


com torques médios B Potência 400 W e rotação de 15.000 a 30.000 min-1

C Potência 450 W e rotação de 20.000 min-1

D Potência 2.500 W e rotação de 2.500 min-1


EWL-D040/P

Retíficas retas
EWL-D046/P

Chave de impacto Retíficas retas formam o maior segmento de


com altos torques
ferramentas pneumáticas de desbaste. Motor e
fuso da ferramenta são posicionados em linha,
sendo que a própria carcaça funciona como a
empunhadeira da ferramenta.
Considerando que o torque residual da ferra-
Ferramentas retas para desbaste menta pode ter um efeito negativo nas mãos do
Ferramentas pneumáticas para desbaste são
usuário por causa da área reduzida de empunha-
relativamente pequenas e reconhecidas pela sua
mento, a potência de saída normalmente é limi-
excelente força de trabalho.
tada a valores abaixo de 500 watts.
Motores pneumáticos podem alcançar velocida-
As retíficas retas podem ter velocidades muito
des extremamente altas, as quais só podem ser
altas (até aproximadamente 85.000 min-1) e suas
alcançadas por motores elétricos com ajuda de
pequenas dimensões são ideais para mecânicas
transmissões. O potencial de bloqueio de segu-
de precisão como também confecção e modela-
rança das ferramentas pneumáticas é um aspecto
gem em geral. Retíficas retas são quase exclusiva-
de segurança importante durante a execução do
mente utilizadas com pontas abrasivas e permi-
trabalho.
tem a utilização com uma só mão.
18 Ferramentas Pneumáticas

Ferramentas verticais para desbaste Esmerilhadeiras angulares


Ferramentas verticais para desbaste são utiliza- Esmerilhadeiras angulares formam um segmento
das para desbastes mais rústicos e são operados de ferramenta relativamente pequeno.
em posição vertical. Motor e fuso são posiciona- Sua construção e formato são semelhantes às
dos em linha e os pontos de empunhamento esmerilhadeiras angulares elétricas e têm potên-
ficam posicionados lateralmente na carcaça do cia de aproximadamente 500 watts. As esmerilha-
motor ou centralizados no formato de pistola. deiras angulares pneumáticas são utilizadas onde
Ferramentas verticais de grande potência são o alto desempenho é a característica mais impor-
equipadas com dois pontos de empunhamento. tante para o trabalho.
Até mesmo nessa modalidade de ferramentas os
torques residuais muito altos podem ser domina- 25 Esmerilhadeiras e lixadeiras pneumáticas
dos seguramente. As categorias de desempenho
dessas ferramentas variam de 400 a 3.500 watts.

24 Esmerilhadeiras verticais para desbaste

Esmerilhadeira angular

Punho tipo pistola

Lixadeira excêntrica

Punho duplo lateral

EWL-D036/P

Lixadeira oscilante
EWL-D041/P

Serras
No segmento de serras, principalmente as serras
tico-tico e a serra para espumas estão no topo
das ferramentas pneumáticas manuais. Suas
Lixadeiras orbitais e excêntricas características de construção assemelham-se às
Lixadeiras orbitais e excêntricas são versões de serras elétricas sendo que somente o motor
ferramentas verticais. elétrico é trocado pelo motor pneumático. Serras
Elas se assemelham às ferramentas elétricas em circulares também estão disponíveis, porém
construção e formato, mas, comparativamente às somente para aplicações especiais.
ferramentas pneumáticas, podem ser utilizadas
também em áreas molhadas. A aplicação típica Tesouras faca e punção
dessas ferramentas é em geral na área automo- As tesouras faca e punção são principalmente
tiva (funilaria e pintura), porém com alta aplicabi- utilizadas para aplicações de estruturas metálicas
lidade também em empresas que trabalham com e no setor metalúrgico de chapas. As funções e
acabamento de fibra. características construtivas desses produtos
assemelham-se aos produtos elétricos, porém as
mangueiras de conexão de ar comprimido são
Ferramentas Pneumáticas 19

relativamente mais robustas que os cabos com


27 Unidade de manutenção
plugue das versões elétricas e, portanto, ofere-
cem menor risco de danos quando em contato 2
com quinas e rebarbas das chapas metálicas.

26 Ferramentas pneumáticas de corte


4

EWL-D024/P
Serra tico-tico 1
3
1 Filtro e condensador
2 Redutor de pressão
3 Lubrificador
4 Válvula de regulagem

Tesoura punção 33 Válvula “stop”


A válvula “stop” é utilizada para interromper o
fornecimento de ar das ferramentas pneumáticas
quando houver necessidade de efetuar a limpeza
do condensador ou do filtro, bem como para
Tesoura faca preencher o reservatório de óleo.

33 Filtro
EWL-D052/P

O filtro retém substâncias e resíduos provenien-


tes do sistema de fornecimento de ar comprimido
como, por exemplo, partículas de ferrugem, e a
água condensada.

33 Redutor de pressão
O redutor de pressão ajusta a pressão de entrada
Acessórios de sistema proveniente do sistema de ar (compressor e 5
Há uma larga gama de acessórios de sistema tubulação) à pressão necessária da ferramenta.
disponível para as ferramentas manuais pneumá-
33 Lubrificador
ticas, os quais são indispensáveis para suas
O lubrificador adiciona uma quantidade especí-
aplicações práticas. Esses acessórios são:
fica de óleo ao ar comprimido que passa por ele,
33 Unidades de manutenção
com a finalidade de este lubrificar o motor das
33 Conexões
ferramentas pneumáticas.
33 Mangueiras
33 Balancins
28 Unidade de manutenção
33 Silenciadores

Unidades de manutenção
A unidade de manutenção se compõe de:
33 Válvula de regulagem
33 Filtro com condensador
33 Redutor de pressão
33 Lubrificador
EWL-PN004/G

A unidade de manutenção está conectada ao sis-


tema de ar (tubulação) por uma torneira e permite
a conexão de uma ou diversas ferramentas.
20 Ferramentas Pneumáticas

Conexões A quantidade de ar comprimido na mangueira


Conexões são utilizadas entre a linha de forneci- depende de seu comprimento e pode ser bas-
mento de ar (mangueira) e a ferramenta pneumá- tante considerável. Quando a conexão é aberta, o
tica. As distinções entre elas são: volume de ar é liberado repentinamente, provo-
33 Conexões fixas cando uma forte ação mecânica e incontrolável
33 Conexões de encaixe sobre a mangueira, a qual pode atingir violenta-
mente o operador, provocando sérios acidentes.
33 Conexões fixas Por outro lado, o forte e estridente ruído provo-
Conexões fixas são utilizadas principalmente em cado pela liberação repentina do ar não é
linhas onde as ferramentas serão utilizadas em somente desconfortável, mas pode provocar a
locais permanentes. perda de audição.
Por esses motivos, recomenda-se obrigatoria-
33 Conexões de encaixe
mente a despressurização da linha de ar compri-
Conexões de encaixe (engate rápido) permitem
mido. Esse procedimento consiste no fechamento
desconectar a ferramenta das mangueiras de
do sistema de alimentação de ar através da vál-
forma rápida e simples sem o uso de ferramentas
vula da unidade de manutenção e na subseqüente
adicionais. Elas comumente são utilizadas para se
ligação da ferramenta pneumática por um
obter maior flexibilidade e mobilidade das ferra-
pequeno espaço de tempo até que a ferramenta
mentas.
consuma o ar comprimido restante na mangueira.
As conexões de encaixe (engate rápido) facilitam
Por questões de princípios e para a segurança
seu uso pelo operador e, por esse motivo, são
dos operadores, todos os trabalhos que necessi-
freqüentemente utilizadas. Por outro lado, as
tarem de mangueiras com diâmetros de 16 mm
conexões de encaixe podem oferecer risco ao
ou de comprimento superior a 3 metros devem
operador, visto que estas podem ser desconecta-
ser realizados usando-se niples de segurança
das das ferramentas mesmo sob pressão.
para controle da descarga de ar comprimido.
O risco é provocado, geralmente:
33 Pela energia mecânica do ar comprimido
Mangueiras
sobre a mangueira
Mangueiras são as conexões flexíveis entre a
33 Pelo ruído gerado pelo escape do ar compri-
ferramenta pneumática e a tubulação de ar
mido
(rede). Devido à queda de pressão por perdas de
No momento em que a conexão de encaixe é
fluxo (perdas de fricção), as mangueiras de ali-
desconectada da ferramenta, a pressão de traba-
mentação não devem ser muito longas. O compri-
lho ainda é alta dentro do sistema de forneci-
mento de 10 metros não deveria ser excedido na
mento de ar (tubulação e mangueira).
maioria dos casos. Os diâmetros nominais das
mangueiras para cada comprimento são especifi-
29 Conexões de engate rápido
cados conforme o consumo de ar das ferramen-
3 tas. Se mangueiras mais longas forem usadas, o
diâmetro nominal da mangueira deve ser apro-
1 priadamente maior para assegurar que a pressão
3
2 do fluxo de ar requerida pela ferramenta seja
3 2 atingida.
1
4
4 Pressão de trabalho
2
A pressão de trabalho em um sistema de ar com-
primido tem uma especial influência no desempe-
EWL-D021/P

1
nho e segurança das ferramentas conectadas a
3
1 Conexão ele. Em geral, ferramentas pneumáticas requerem
2 Niple
3 Mangueira pressão de trabalho de 6 bar. Porém, como a
4 Tubulação pressão da corrente de ar comprimido tende a
cair por perdas de fricção no sistema assim como
Ferramentas Pneumáticas 21

nas conexões, unidades de manutenção, junções Balancins


e mangueiras, o sistema de ar comprimido tem Balancins são usados para segurar a ferramenta
que ter uma pressão mais alta, a qual é reduzida pneumática ao alcance do usuário e aliviar, ao
na entrada da ferramenta pela unidade de manu- mesmo tempo, o peso de máquina. Tipicamente
tenção até que a pressão de fluxo de ar estipu- as ferramentas pneumáticas (normalmente para-
lada em 6 bar seja alcançada pela ferramenta fusadeiras) estão suspensas na área de produção
pneumática durante o trabalho. por esses balancins.
A força elástica dos balancins pode ser ajustada
Pressão do fluxo de ar para corresponder ao peso da máquina e permitir
A pressão do fluxo de ar é definida como a pres-
o seu movimento no sentido vertical com pouco
são do ar medida diretamente na saída da ferra-
esforço. O fio de sustentação enrola-se para
menta se esta estiver em trabalho, modo em que
dentro dos balancins adequadamente. Como
a ferramenta alcança seu consumo de ar mais
resultado, o usuário faz pouca força vertical para
alto.
puxar/operar a ferramenta e a fadiga/cansaço é
No caso de ferramentas sem controle de veloci-
significantemente reduzida por isso.
dade, isso é feito normalmente com a ferramenta
ligada e com o motor pneumático girando com a
31 Balancim para linha de montagem
mais alta rotação, visto que é nesse momento que
ele alcança seu consumo de ar mais alto.
O indicador de pressão deve ser conectado dire-
tamente à ferramenta para medir a pressão do
fluxo. Então, o redutor de pressão da unidade de
manutenção é utilizado para regular a pressão da
entrada de ar na ferramenta enquanto esta esti- 1

ver funcionando, até que atinja o valor de pressão


do fluxo de ar exigida. 2

30 Medição da pressão do fluxo de ar

3a
EWL-D030/P

2
1 Balancim
1 2 Fio de sustentação
3b 3 Ferramenta pneumática

1 Mangueira de conexão
2 Medidor de pressão
EWL-D026/P

3a Ferramenta em ponto morto


(s/ controle de velocidade)
3b Ferramenta na maior velocidade
(c/ controle de velocidade)
22 Ferramentas Pneumáticas

Silenciadores
Ferramenta pneumática com silenciador
Após atravessar o motor, o ar descomprimido sai 33
integrado e mangueira de escape
da ferramenta pneumática com certa velocidade,
gerando ruído estridente característico. Durante
trabalhos contínuos ou em linhas de produção
com muitas ferramentas pneumáticas sendo
usadas ao mesmo tempo, esse ruído pode causar 4
muito desconforto e ser nocivo à saúde dos
ouvidos. Por isso, na maioria dos casos os silen- 2
ciadores são utilizados.
Eles são integrados internamente ao punho tra-
seiro da ferramenta ou colocados externamente.
Consegue-se uma eficiente redução de ruído,
canalizando o ar de saída por um tubo de escape 3
separado, que diminui o efeito do ruído e guia o
ar de descarga para longe do local de trabalho.
1

Ferramenta pneumática com silenciador


32
integrado
1 Ferramenta pneumática

EWL-D048/P
2 Mangueira de entrada de ar
3 Silenciador integrado
4 Mangueira de escape
1
(efeito de silenciador adicional)
EWL-D047/P

1 Ferramenta pneumática
2 Mangueira de entrada de ar 4 2
3 Silenciador integrado
4 Mangueira de escape
Ferramentas Pneumáticas 23

Segurança Perda de energia por vazamento na rede de


ar comprimido 6
O princípio de trabalho das ferramentas pneumá- Vazamento Perda de ar Demanda de
ticas faz com elas sejam muito seguras e as mais (ø mm) a 8 bar (I/Sec) energia (kWh)
adequadas para a maioria dos trabalhos. Natural- 1 1,2 0,6
mente, todas as normas de qualidade e segurança
1,5 2,5 1,3
também são consideradas no desenvolvimento
2 4,3 2,0
das diferentes ferramentas rotativas, de impacto
e de corte, correspondentes às suas funções 3 10 4,4
primárias. A diferença das ferramentas eletrica- 4 18,3 8,8
mente motorizadas encontra-se na manipulação
5 28,3 13,2
do ar comprimido.
Num sistema de ar comprimido, especialmente
nos compressores de ar, mas também na tubula-
ção da rede e mangueira, são armazenados consi-
deráveis volumes de ar sob alta pressão. Se não
usada corretamente, de acordo com as instruções
de segurança, essa forma de energia pode ser
liberada abruptamente e, certamente, causar
sérios acidentes. Então é absolutamente necessá-
rio seguir todas as normas e medidas de segu-
rança aplicáveis para sistemas de ar comprimido.

Manutenção
7
As manutenções de sistemas de ar comprimido
devem ser realizadas em intervalos regulares. Isso
se aplica especialmente à rede de ar.
A verificação de vazamentos pode ser feita moni-
torando-se a vazão de ar do compressor com as
ferramentas conectadas à rede desligadas e
então calculando-se esse volume. Vazamento de
ar na rede pode consumir muita energia e ser um
fator de custo importante!
Os maiores problemas relativos a ferramentas
pneumáticas são, sem dúvida, causados por
sujeira e por condensação no ar comprimido e,
por isso, uma atenção especial deve ser dedicada
à limpeza do ar e suas particularidades.
Filtros (inclusive os filtros das ferramentas pneu-
máticas!) devem ser limpos periodicamente e
substituídos, se necessário. Ferramentas pneu-
máticas com lubrificação com névoa de óleo têm
que ter seus reservatórios de óleo sempre cheios,
bem como a dosagem na unidade de manutenção
ajustada/monitorada periodicamente.
24 Ferramentas Pneumáticas

FAQ – 20 Perguntas mais 5. Quais são os critérios fundamentais para a


8 instalação de um sistema de ar comprimido?
freqüentes O desenho/instalação de um sistema de ar
comprimido deve considerar, acima de tudo,
1. Quais são as propriedades/características
os seguintes critérios: a pressão necessária
de um compressor de pistão?
para o sistema, a demanda requerida de ar
As propriedades/características de um com-
comprimido no sistema, a capacidade de
pressor de pistão são: alta eficiência, possibi-
produção de ar do compressor, a rede (tubu-
lidade de gerir alta pressão, ser de pequenas
lação) do sistema.
dimensões, possibilidade de construção com
diferentes princípios (multicilindro, de vários 6. O que é a pressão de trabalho?
estágios), baixo custo. Pressão de trabalho é a pressão mínima
necessária que deve estar disponível para o
2. Quais são as propriedades/características
funcionamento das ferramentas conectadas
de um compressor de pistão helicoidal?
ao sistema de ar. Devem ser levadas em conta
As propriedades/características de um com-
as possíveis perdas por vazamento e perdas
pressor de pistão helicoidal são: fluxo contí-
durante o fluxo de fornecimento de ar.
nuo de ar, compressão final de baixa tempera-
tura, possível compressão sem óleo, menor 7. O que é a pressão do fluxo de ar?
geração de ruído, possibilidade de constru- A pressão do fluxo de ar é a pressão disponí-
ção com princípio de vários estágios, ideal vel no sistema com a ferramenta ligada e em
para geração de altos volumes de ar, alto trabalho, momento em que o consumo de ar
custo. é mais alto. A ferramenta pneumática
somente atingirá o desempenho esperado se
3. Por que o ar comprimido deve ser filtrado?
a pressão do fluxo de ar estiver no valor
O ar de entrada pode conter sujeira e pó.
mínimo especificado pelo fabricante (normal-
Dependendo do tipo de compressor, o ar
mente 6 bar).
comprimido pode conter também partículas
de óleo provenientes do lubrificador do com- 8. O que define a demanda de ar comprimido
pressor. Dessa forma, o ar comprimido deve em um sistema pneumático?
ser filtrado/limpo, eliminando-se esses com- Os fatores determinantes para se definir o
ponentes/impurezas. consumo de ar comprimido em um sistema
pneumático são: demanda de ar comprimido
4. Por que é necessário secar o ar comprimido?
das ferramentas, período médio em que cada
O ar atmosférico sempre contém certo
ferramenta está em operação, fator de simul-
volume de vapor d’água. Mas a água, ao
taneidade, perdas de ar no sistema, reservas,
contrário do ar, não é compressível e assim o
taxa de erro de cálculo. A demanda de ar
vapor d’água se condensa após a compressão
comprimido exigida pelas ferramentas conec-
e esfriamento do ar comprimido. A condensa-
tadas ao sistema tem que ser corrigida pelos
ção da água pode causar corrosão e mau
fatores de período médio em que cada ferra-
funcionamento da tubulação da rede, onde
menta está em operação e de simultaneidade.
estão conectadas as ferramentas e, por isso,
Os fatores de perdas, reservas e erros de
deve ser removida (“secada”). Por isso são
cálculo têm que ser acrescentados a essa
instalados secadores nos sistemas de forneci-
definição.
mento de ar comprimido.
Ferramentas Pneumáticas 25

9. O que é o período médio de funcionamento? 12. Quais são as vantagens dos motores
Normalmente, nem todas as ferramentas pneumáticos com controle de velocidade?
pneumáticas estarão em operação ao mesmo A regulagem de velocidade de uma ferra-
tempo. Devido a interrupções entre diferentes menta pneumática tem as seguintes vanta-
aplicações, elas são ligadas e desligadas de gens: economia de ar em baixas velocidades,
tempos em tempos de acordo com a necessi- baixa velocidade para aplicações específicas,
dade. exigência reduzida do pistão/motor, baixa
Essa variação depende do tipo de ferramenta. geração de ruído, alto rendimento de traba-
Ferramentas de desbaste normalmente traba- lho, melhor qualidade de funcionamento. Por
lham durante períodos mais longos de tempo, essas razões, o usuário deveria preferir ferra-
ferramentas de aperto (ex.: chaves de mentas pneumáticas com regulagem de
impacto) normalmente têm paradas mais velocidade.
longas. O valor médio de operação convertido
13. Quão alta é a demanda de ar comprimido
para o período de horas durante o qual a
para ferramentas pneumáticas?
ferramenta está ligada é chamado de
O consumo de ar das ferramentas pneumáti-
“período médio de funcionamento”.
cas varia e depende em grande parte do tipo
10. O que é o fator de simultaneidade? de ferramenta (aplicação) e seu tamanho.
A experiência mostra que, se um grande Para cálculos precisos, o usuário deve usar os
número de ferramentas está instalado em valores de consumo de ar específicos de cada
uma linha, nem todas são utilizadas ao ferramenta, os quais normalmente são infor-
mesmo tempo, sendo que a maioria das mados nos catálogos dos fabricantes.
operações são feitas uma após a outra e
14. O que são ferramentas pneumáticas de
independentemente do tempo de cada uma.
impacto?
A proporção de tempo em que, teoricamente
O grupo de ferramentas pneumáticas de
todas as ferramentas estão simultaneamente,
impacto inclui: grampeadores, pregadores,
ligadas é conhecida e denominada como
pinadores, martelos demolidores, rebarbado-
“fator de simultaneidade” e entra no cálculo
res, rebitadores, desencrustadores (de agu-
junto com o “período médio de funciona-
lhas). Grampeadores, pregadores e pinadores
mento” como um fator redutor da demanda
são movidos por cilindros de ar comprimido.
de ar.
Já os martelos demolidores, rebarbadores,
11. Quais são as características dos motores rebitadores e desencrustadores têm o
pneumáticos de pistão giratório? impacto produzido por pistões de movimen-
Motores pneumáticos de pistão giratório tos lineares.
convertem a energia do fluxo de ar compri-
15. Quais são as diferenças entre furadeiras e
mido em movimento mecânico rotativo. A
parafusadeiras pneumáticas e suas similares
velocidade rotativa e o torque dependem do
elétricas?
volume da câmara e do fluxo de ar compri-
As diferenças mais importantes a favor das
mido. Seu formato simples e construção
ferramentas pneumáticas são: suas dimen-
compacta fazem do motor pneumático de
sões (comparando ferramentas de mesma
pistão giratório, apesar da pouca exigência,
categoria); resistência à sobrecarga – a ferra-
um ótimo motor para ferramentas pneumáti-
menta pode ser “forçada até parar”, durante o
cas.
trabalho, sem conseqüências negativas; não
sofrem ou produzem aquecimento durante o
trabalho; não há perigo de choque elétrico
mesmo em ambientes molhados.
26 Ferramentas Pneumáticas

16. Quais tipos de ferramentas pneumáticas 20. Qual é a regra mais importante para con-
para aperto existem? serto e manutenção de sistemas de ar com-
De acordo com seus vários propósitos e primido?
aplicações, existem muitos tipos de ferramen- A princípio, o sistema e/ou as partes a serem
tas pneumáticas para aperto. As mais impor- consertadas devem ser despressurizadas
tantes são: parafusadeira de parada, parafu- antes de iniciar o conserto ou manutenção do
sadeira com parada automática, sistema.
parafusadeira com limite de torque, parafusa-
deira hidro-pneumática, chaves de impacto,
parafusadeira de encosto, chaves de catraca.
Esses tipos têm diferentes formatos, como:
as retas, com punho central tipo pistola e as
angulares.

17. Quais tipos de ferramentas pneumáticas de


desbaste existem?
As ferramentas pneumáticas de desbaste são:
retíficas retas, esmerilhadeiras verticais e as
esmerilhadeiras angulares. No grupo das
ferramentas pneumáticas de desbaste, as
retíficas retas com tamanho reduzido são
predominantes. As esmerilhadeiras verticais
são usadas, principalmente, pelo seu desem-
penho superior, para trabalhos de metalurgia
grosseira (fundições), enquanto as esmerilha-
deiras angulares, assim como as elétricas,
podem ser usadas no segmento metalúrgico
em geral.

18. Quais acessórios de sistema são indispensá-


veis para ferramentas pneumáticas?
Os acessórios de sistema para ferramentas
pneumáticas são, principalmente: unidade de
manutenção, junções, balancins, mangueiras
e conexões. Tais acessórios de sistema são
indispensáveis.

19. Quais medidas de segurança são necessá-


rias para ferramentas pneumáticas?
Ar comprimido contém energia armazenada
que deve ser manuseada cuidadosamente
como, por exemplo, uma bateria carregada. A
abertura de recipientes com pressão e linhas
de ar pode provocar a liberação repentina
daquela energia. Naturalmente, os mesmos
regulamentos e normas de segurança aplica-
das às ferramentas elétricas também se
aplicam à ferramentas pneumáticas.
Robert Bosch Limitada
PT–RLA/ADV
Via Anhangüera, km 98
Campinas — SP
13065-900

SAC Grande São Paulo (11) 2126–1950


SAC Demais localidades 0800 70 45446
www.bosch.com.br
www.bosch.com.br/br/ferramentas_pneumaticas

09/2008
6 008 FG6 418

Você também pode gostar