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Depois de cruzar a sua informação de hoje com a que presta através do jornal Comércio
de Alcântara diria que a senhora se contenta com pouco.
Diz ter sido um ano duro, com muito trabalho em prol da freguesia, mas em boa
verdade a nossa freguesia regrediu claramente e está mais feia e mais suja. Há muito
tempo que não se via Alcântara tão cinzenta, tão suja e esburacada.
Em nossa opinião depois da Junta ter tido a confirmação dos protocolos, deveriam ter
feito um plano de intervenções por forma a que logo que chegassem as verbas se
pudessem iniciar as obras e as reparações, pois algumas delas esperam há largos meses.
Até nesta Rua dos Lusíadas, onde está a sede da Junta são muitos os buracos nos
passeios conforme vos poderei mostrar em suporte fotográfico, para além de outras
situações que enviei à Junta e estão em posse dos membros desta Assembleia.
Naturalmente que com tanto trabalho que refere ter tido , a senhora presidente não
tenha ainda tido tempo de responder às perguntas que por terem ficado por responder na
ultima Assembleia e por sugestão do senhor presidente da mesa, acabei por enviá-las
por escrito no passado dia 8 de Dezembro.
Mas ainda sobre as novas competências nos CAFs, gostaria hoje de perguntar se a Junta
informou os pais encarregados de educação que passou a ter essa responsabilidade e se
tem alguma estratégia para que as famílias tenham uma palavra a dizer sobre as
diferentes matérias que norteiam estas actividades. Penso que mais do que desgastar a
palavra família, seria de lhes explicar como é que estas valências vão funcionar e como
se pode garantir práticas de proximidade e participação dos primeiros interessados
nestas duas valências. Mais um exemplo bem recente: Os pais e encarregados de
educação das crianças que estão a frequentar o CAF da Raul Lino foram informados por
telefone no ultimo dia de aulas que essas actividades seriam desenvolvidas na Escola de
Santo Amaro, sem mais explicações. Decreta e manda publicar.
Quando votámos favoravelmente o protocolo era no pressuposto que de facto sob a
gestão da Junta a relação de proximidade podia ser efectiva, mas o que se verifica é que
mais parece uma empresa ( de mau exemplo) a funcionar , quer na relação com as
famílias, quer no projecto que continua por existir e os CAF mais parecem depósitos de
crianças por falta de orientação pedagógica , bem como ainda na relação com os
funcionários que continuam à espera de saber a modalidade contratual, sendo curioso
como é que alguns pensam que é uma empresa que faz a gestão dos CAF. Mas não vou
para já aprofundar a minha reflexão, reservando-me para comentários a fazer depois de
receber as respostas às questões colocadas por escrito.
Sobre a iluminação de Natal, gostaria de dizer que se compreendem os argumentos da
senhora presidente, mas parece-nos que a fatia foi desequilibrada. Recordo que um dos
objectivos da iluminação de Natal é apoiar o comércio animando as ruas onde se
concentram parte desses estabelecimentos e por outro lado criar uma ambiente festivo e
de confiança. O pequeno comercio em Alcântara atravessa um fortíssima crise e creio
que teria sido importante dar-lhes esse conforto. Já nem discuto o que está instalado em
meia dúzia de locais da freguesia nem meço o impacto, pois o que pretendo salientar é a
necessidade do executivo e desta Assembleia tomarem consciência da situação que
atravessam os comerciantes na freguesia.