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Depois de cruzar a sua informação de hoje com a que presta através do jornal Comércio
de Alcântara diria que a senhora se contenta com pouco.
Diz ter sido um ano duro, com muito trabalho em prol da freguesia, mas em boa
verdade a nossa freguesia regrediu claramente e está mais feia e mais suja. Há muito
tempo que não se via Alcântara tão cinzenta, tão suja e esburacada.
Em nossa opinião depois da Junta ter tido a confirmação dos protocolos, deveriam ter
feito um plano de intervenções por forma a que logo que chegassem as verbas se
pudessem iniciar as obras e as reparações, pois algumas delas esperam há largos meses.
Até nesta Rua dos Lusíadas, onde está a sede da Junta são muitos os buracos nos
passeios conforme vos poderei mostrar em suporte fotográfico, para além de outras
situações que enviei à Junta e estão em posse dos membros desta Assembleia.

Está afixado no placard desta Junta uma informação da CML anunciando o


condicionamento do transito na Rua Jau entre os dias 20 e 30 de Dezembro para uma
obra de remodelação do piso, com alguma profundidade. Não é pelo facto de ainda não
ter começado que vou falar neste caso, pois a situação climatérica pode justificar,
(esperando naturalmente que voltem a anunciar a nova data), mas para pedir à senhora
presidente se foi ouvida e se a opção dessa remodelação foi feita apenas pela CML.
E pergunto isto pois se havia que decidir uma intervenção, julgo que tínhamos em
Alcântara outras artérias em situação mais grave. Confesso que faço um esforço por me
convencer que esta prioridade nada tenha a ver com o facto da Rua Jau ser uma via
quase obrigatória para se chegar ao Hotel Pestana e que as viaturas de luxo que por ali
passam se sintam de tal forma incomodadas que tivessem conseguido esta decisão.

Naturalmente que com tanto trabalho que refere ter tido , a senhora presidente não
tenha ainda tido tempo de responder às perguntas que por terem ficado por responder na
ultima Assembleia e por sugestão do senhor presidente da mesa, acabei por enviá-las
por escrito no passado dia 8 de Dezembro.

Mas ainda sobre as novas competências nos CAFs, gostaria hoje de perguntar se a Junta
informou os pais encarregados de educação que passou a ter essa responsabilidade e se
tem alguma estratégia para que as famílias tenham uma palavra a dizer sobre as
diferentes matérias que norteiam estas actividades. Penso que mais do que desgastar a
palavra família, seria de lhes explicar como é que estas valências vão funcionar e como
se pode garantir práticas de proximidade e participação dos primeiros interessados
nestas duas valências. Mais um exemplo bem recente: Os pais e encarregados de
educação das crianças que estão a frequentar o CAF da Raul Lino foram informados por
telefone no ultimo dia de aulas que essas actividades seriam desenvolvidas na Escola de
Santo Amaro, sem mais explicações. Decreta e manda publicar.
Quando votámos favoravelmente o protocolo era no pressuposto que de facto sob a
gestão da Junta a relação de proximidade podia ser efectiva, mas o que se verifica é que
mais parece uma empresa ( de mau exemplo) a funcionar , quer na relação com as
famílias, quer no projecto que continua por existir e os CAF mais parecem depósitos de
crianças por falta de orientação pedagógica , bem como ainda na relação com os
funcionários que continuam à espera de saber a modalidade contratual, sendo curioso
como é que alguns pensam que é uma empresa que faz a gestão dos CAF. Mas não vou
para já aprofundar a minha reflexão, reservando-me para comentários a fazer depois de
receber as respostas às questões colocadas por escrito.
Sobre a iluminação de Natal, gostaria de dizer que se compreendem os argumentos da
senhora presidente, mas parece-nos que a fatia foi desequilibrada. Recordo que um dos
objectivos da iluminação de Natal é apoiar o comércio animando as ruas onde se
concentram parte desses estabelecimentos e por outro lado criar uma ambiente festivo e
de confiança. O pequeno comercio em Alcântara atravessa um fortíssima crise e creio
que teria sido importante dar-lhes esse conforto. Já nem discuto o que está instalado em
meia dúzia de locais da freguesia nem meço o impacto, pois o que pretendo salientar é a
necessidade do executivo e desta Assembleia tomarem consciência da situação que
atravessam os comerciantes na freguesia.

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