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Distúrbios alimentares

Atualmente, os distúrbios alimentares, que compreendem a anorexia, a bulimia e o


transtorno do comer compulsivo, estão alcançando níveis epidêmicos e são responsáveis
por grande número de mortes entre todos os distúrbios psíquicos conhecidos. Em cada
grupo de 10 pessoas doentes uma se suicida ou morre em virtude de parada cardíaca ou
desnutrição (Ciência Hoje,2000). As causas dos distúrbios alimentares são múltiplas,
incluindo fatores genéticos, ambientais e comportamentais. A pressão de uma sociedade
cada vez mais competitiva, o estresse e experiências de vida traumáticas, associadas ao
culto do corpo perfeito têm levado muita gente, a maioria mulheres, a maltratar seu
organismo, seja passando fome ou comendo em excesso. Veja, a seguir, a descrição
detalhada de cada um destes distúrbios.
Anorexia nervosa
Caracterizada pela recusa voluntária à ingestão de alimentos e pela preocupação do
doente em manter-se excessivemente magro. Afeta principalmente mulheres
adolescentes e pode levar à morte por inanição ou parada cardíaca. A maioria das
pessoas anoréxicas evita alimentar-se em público, contabiliza as calorias das refeições,
faz exercícios compulsivamente e mantém o peso corporal muito abaixo do desejado. O
grande perigo está no fato de o anoréxico enxergar-se de forma distorcida, achando-se
sempre gordo. Uma das conseqüências desse distúrbios é o aparecimento de atrofias
irreversíveis no córtex cerebral. Na mulher, além da perda de peso, pode ocorrer
amenorréia (ausência de menstruação) e no homem, impotência.
Compulsão alimentar
Caracteriza-se pela vontade irresistível de ingerir uma grande quantidade de alimentos até
o limite do desconforto físico. Por causa dos embaraços dessas "farras alimentares"
constumam ser feitas a sós e costumam ser seguidas de sentimento de culpa e
depressão. Pessoas com o transtorno do comer compulsivo constumam ser obesas, uma
vez que seu ganho calórico é muito superior ao gasto. Além disso, esses doentes têm
propensão a diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.
Bulimia nervosa
Assim como o comedor compulsivo, o doente de bulimia nervosa
passa por surtos de ingestão excessiva de alimentos, mas,
temendo engordar e para compensar os exageros, força uma
"desintoxicação" por meio de vômitos, diuréticos e laxantes. Os
bulímicos exercitam-se compulsivamente e, em geral, mantêm o
peso corporal em uma faixa normal. Esse distúrbio pode causar
insuficiência cardíaca, desgaste no esmalte dos dentes devido ao
ácido clorídrico do vômito, inflamação no esôfago, desinteresse
sexual e, em casos extremos, ruptura do estômago. Os
transtornos alimentares são processos crônicos e complicados e
sua cura não costuma ser rápida ou milagrosa. Por isso, quanto
mais cedo se descobre um transtorno alimentar, mais chance de
sucesso tem o tratamento que envolve o trabalho de médicos,
nutricionistas e psicólogos. Além da orientação nutricional,
terapias de grupos ou familiar podem ser úteis, desde que
aliados à motivação, persistência e investimento por parte do
doente e seus familiares.

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