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N-7 REV.

B MAI / 98

TRATAMENTO DE
SUPERFÍCIE DE AÇO COM
FERRAMENTAS MECÂNICAS
Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Toda esta Norma foi alterada em relação à revisão anterior.

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto


desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela
adoção e aplicação dos itens da mesma.
Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser
CONTEC utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de
Comissão de Normas não seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-
Técnicas gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta
Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros
verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas


condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade
de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário
desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e
“aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática
SC - 14 Recomendada].
Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir
Pintura e Revestimentos
para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão
Anticorrosivos
Autora.
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão
Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a
proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas
durante os trabalhos para alteração desta Norma.
“A presente norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO
S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho –


GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para
informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 8 páginas


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PÁGINA EM BRANCO

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1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma tem por objetivo estabelecer as condições exigíveis de tratamento de
superfícies de aço com ferramentas mecânicas, para pintura.

1.2 Esta Norma somente se aplica a trabalhos iniciados a partir da data de sua edição.

1.3 Esta Norma contém somente Requisitos Mandatórios.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a
presente Norma.

PETROBRAS N-5 - Limpeza de Superfícies de Aço por ação físico-química;


PETROBRAS N-6 - Tratamento de Superfícies de Aço com Ferramentas
Manuais;
ISO 8501-1 - Preparation of Steel Substrates Before Application of
Paints and Related Products - Visual Assessment of
Surface Cleanliness - Part 1: Rust Grades and Preparation
Grades of Uncoated Steel Substrates and of Steel
Substrates After Overall Removal of Previous Coatings;
ASTM D 610 - Standard Test Method for Evaluating Degree of Rusting
on Painted Steel Surfaces.

3 DEFINIÇÕES

Para efeito desta Norma são adotadas as definições a seguir:

3.1 Tratamento de Superfícies de Aço com Ferramentas Mecânicas

Método de tratamento que compreende o emprego de ferramentas elétricas ou pneumáticas,


escovas de copo rotativo, lixadeiras ou esmerilhadeiras rotativas, pistoletes de agulha ou
outras ferramentas de impacto ou rotativas ou a combinação das mesmas. É exigida a remoção
de placas de ferrugem, ferrugem e tinta antiga soltas, bem como outros contaminantes
prejudiciais à pintura. Não se espera, porém que toda carepa, óxidos, ferrugem e tinta antiga
sejam removidas por este processo. É aceitável a permanência de oxidação ou pintura
firmemente aderida.

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3.2 Graus de Intemperismo e de Preparação

Os graus de intemperismo e de preparação de superfícies não pintadas, referidos nesta Norma,


estão reproduzidos na norma ISO 8501-1, por meio de uma série de padrões fotográficos. No
caso de superfícies pintadas, em função do grau de enferrujamento e da presença de falhas no
aço pintado, a norma ASTM D 610 as classifica coerentemente com o item 3.2.3.

3.2.1 Graus de Intemperismo de Superfícies de Aço Sem Pintura

Conforme a norma ISO 8501-1:

Grau A - superfície de aço completamente coberta de carepa de laminação intacta


e com pouca ou nenhuma corrosão;
Grau B - superfície de aço com princípio de corrosão e da qual a carepa de
laminação tenha começado a desagregar;
Grau C - superfície de aço da qual a carepa de laminação tenha sido eliminada
pela corrosão ou possa ser retirada por meio de raspagem, e que
apresente pequenos alvéolos;
Grau D - superfície de aço da qual a carepa de laminação tenha sido eliminada
pela corrosão e que apresenta corrosão alveolar de severa intensidade.

3.2.2 Graus de Preparação de Superfícies de Aço

Conforme a norma ISO 8501-1:

Grau St 2 - superfície de aço completamente raspada com raspador ou metal duro


e escovada manual ou mecanicamente com escova de aço,
esmerilhamento etc. O tratamento deve remover a carepa de laminação
solta, a ferrugem e qualquer material. A superfície deve ser limpa,
imediatamente, com aspirador, com ar seco e comprimido ou escova
de pelo. O aspecto deve corresponder às gravuras com designação
St 2. Esta limpeza não se aplica a superfícies que apresentam Grau A
de intemperismo original. Para as demais, os padrões de limpeza são:
BSt 2, CSt 2 e DSt 2;
Grau St 3 - superfície completamente raspada e escovada manual ou
mecanicamente com escova de aço, esmerilhamento, mas de maneira
muito mais minuciosa. A superfície deve ser tratada como em St 2,
mas de maneira muito mais rigorosa. Depois da remoção do pó, a
superfície deve apresentar brilho metálico claro. O aspecto deve
corresponder às gravuras com designação St 3. Esta limpeza não se
aplica a superfícies que apresentem Grau A de intemperismo original.
Os padrões de limpeza são: BSt 3, CSt 3 e DSt 3.

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3.2.3 Graus de Intemperismo de Superfícies de Aço Pintadas

Conforme a norma ASTM D 610:

Grau 8 - pintura existente quase intacta;


Grau 6 - pintura de acabamento calcinada, podendo apresentar tinta “primer”
exposta. É admissível leve manchamento ou empolamento após o
tratamento das manchas. Menos de 1% da área deve se encontrar afetada
por corrosão, esfolamento ou tinta solta;
Grau 4 - pintura totalmente calcinada, empolada ou com manchas de oxidação,
tendo até 10% de sua superfície com corrosão, bolhas de oxidação, tinta
solta e pequena incidência de “pits” (corrosão puntiforme);
Grau 2 - Pintura totalmente calcinada, empolada ou com manchas de oxidação,
tendo até 33% de sua superfície com a corrosão, bolhas de oxidação, tinta
solta e pequena incidência de “pits” (corrosão puntiforme);
Grau 0 - intensa presença de corrosão, tinta sem aderência e formação severa de
corrosão por “pits” e alvéolos.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 O tratamento com ferramentas mecânicas deve ser usado para produzir uma superfície
para a aplicação da tinta de fundo, melhor do que aquela que é possível obter por meio de
emprego de ferramentas manuais (ver norma PETROBRAS N-6). Se for executada em
consonância com esta Norma, deve resultar um melhor desempenho da tinta aplicada.

4.2 É necessária precaução especial para que no uso das ferramentas mecânicas seja evitada a
formação de excessiva aspereza das superfícies, pois as arestas e rebarbas contribuem para a
falha prematura da pintura, em virtude de não poderem ser normalmente protegidas com uma
espessura adequada da tinta. Por outro lado, o excessivo escovamento da superfície pode
também ser prejudicial à pintura, pois a carepa aderida é facilmente polida a ponto de não
permitir a boa aderência da tinta.

4.3 A superfície tratada deve receber a aplicação da tinta de fundo especificada no menor
prazo possível e antes que o resultado do tratamento seja prejudicado pela exposição. É
recomendável aplicar a primeira demão da tinta de fundo no mesmo dia da limpeza.

4.4 Devem ser observadas as normas de segurança e procedimentos específicos


vigentes. Devem ser previamente eliminados os vapores em concentrações perigosas. Se a
superfície de aço se situar próxima de vapores e gases inflamáveis, devem ser usadas
ferramentas à prova de centelhas.

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Nota: O emprego de ferramenta à prova de centelhas reduz consideravelmente o rendimento


da operação.

4.5 O pessoal encarregado de executar o trabalho deve usar óculos de segurança, bem como
outros meios adequados de proteção, de acordo com as condições de trabalho.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 O procedimento a ser empregado na execução do trabalho de tratamento com ferramentas


mecânicas deve consistir na seguinte ordem de operações:

5.1.1 Remover terra, salpicos de cimento, compostos, sais, limo e qualquer outro contaminante
(salvo graxa e óleo) mediante a ação de escovas de fibra ou arame, pela raspagem, por
hidrojateamento, ou pela aplicação de soluções de limpeza alcalinas, com a condição de
secundar essa aplicação de enxagüamento com água doce neutra, ou pelo emprego de uma
combinação desses métodos.

Nota: Quando, excepcionalmente, existir a presença de corrosão em placa ou ferrugem


estratificada, é conveniente removê-la com o emprego de ferramentas manuais ou
mecânicas conforme as normas PETROBRAS N-6 e N-7. O objetivo desta remoção
prévia é facilitar a ação solvente em contaminantes como sais, óleos e graxas
escondidos pelas placas ou ferrugem estratificada.

5.1.2 Remover o óleo ou graxa pelo emprego de um dos seguintes métodos:

a) Para contaminações oleosas pequenas e localizadas:


- friccionar a superfície com panos ou escovas embebidas com solvente; a
limpeza final deve ser feita com solvente limpo e panos ou escovas limpos.
b) Para contaminações generalizadas ou em grandes áreas:
- empregar, preferencialmente, desengraxantes ou detergentes biodegradáveis
adequados, e posterior lavagem com a água doce neutra, em volumes suficiente
para remoção dos contaminantes.

5.1.3 Remoção de toda a tinta não aderida e toda a ferrugem solta ou não aderente, pelo
emprego de um dos métodos descritos nos itens 5.1.3.1, 5.1.3.2 e 5.1.3.3. Grandes áreas de
tinta antiga bem aderida, embora removíveis pelos meios prescritos nesta Norma, só devem ser
removidas se expressamente exigido.

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5.1.3.1 Emprego de escovas de arame de aço rotativas, do tipo radial ou do tipo em forma de
copo, de tamanho adequado, que possam entrar em todos os vãos acessíveis, ângulos, juntas e
cantos. O arame de aço das escovas deve ser suficientemente rígido para que possa tratar a
superfície. As escovas devem ser mantidas livres de excesso de resíduos e devem ser
substituídas por outras novas logo que se tornem deficientes para o trabalho. A superfície deve
ser tratada, porém não polida de modo a prejudicar a aderência da tinta a ser aplicada.

5.1.3.2 Tratamento pelo emprego de ferramentas de impacto movidas mecanicamente, tais


como pistoletes de agulha ou marteletes picadores, descascadores rotativos, descascadores de
pistão simples ou múltiplos, ou outras ferramentas de impacto similares. Os gumes de tais
ferramentas devem ser mantidos em boas condições de eficiência.

5.1.3.3 Esmerilhamento pelo emprego de rebolos ou lixas movidas mecanicamente. Os


materiais abrasivos ou lixas devem ser substituídos por outros novos logo que se tornem
deficientes para o trabalho.

5.2 No caso do preparo de superfície para repintura, deve ser removida toda a tinta solta e
não aderida. As arestas da camada de tinta antiga remanescente, devem ser desbastadas de
modo que a pintura se apresente lisa após a repintura. A tinta antiga que for deixada sobre a
superfície metálica deve encontrar-se de tal modo aderida, que não possa ser levantada
mediante a introdução de uma espátula cega sob a mesma.

5.3 Toda escória e salpicos de soldagem devem ser removidos com raspagem manual ou pelo
emprego de ferramentas mecânicas de impacto; as áreas assim tratadas devem ser, em seguida,
escovadas com escovas de arame de aço.

5.4 Todas as partes acessíveis de todos os componentes da estrutura de aço que se encontrem
parcialmente encobertos, devem ser tratadas. No caso de obras novas, devem ser tratadas
antes da montagem as partes que posteriormente venham a tornar-se inacessíveis. Caso
existam áreas inacessíveis para fins de tratamento com ferramentas mecânicas, mas que sejam
acessíveis por ferramentas manuais, o tratamento deve ser executado conforme a norma
PETROBRAS N-6.

5.5 Todos os rebites, fendas, junções, cordões de solda e reentrâncias devem ser
convenientemente tratadas mediante o emprego de escovas de aço, picadeiras afiadas, martelos
descascadores, rebolos ou lixadeiras movidas mecanicamente, ou pela combinação desses
meios.

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5.6 Depois de terminado o tratamento com ferramentas mecânicas, devem ser removidas da
superfície a poeira e outras matérias estranhas. Para esta remoção devem ser utilizadas
escovas, aspirador e ar comprimido. Se houver ainda presença de quantidades prejudiciais de
graxa ou óleo, limpar conforme norma PETROBRAS N-5.

5.7 Devem ser tomados cuidados especiais com ferramentas mecânicas pneumáticas que usem
óleo no ar comprimido para lubrificação de suas partes móveis. O ar de descarga pode estar
direcionado para a superfície em tratamento, eventualmente contaminado-a com óleo.
Pequenas contaminações localizadas podem ser limpas com solventes orgânicos. Grandes áreas
devem ser limpas com detergentes biodegradáveis e desengraxantes conforme a norma
PETROBRAS N-5 e, a seguir, novamente tratadas com ferramentas que não contaminem a
superfície com óleo.

6 INSPEÇÃO

6.1 Todo o trabalho deve ser inspecionado pelo usuário ou seu representante. O inspetor deve
verificar todas as etapas conforme as exigências desta Norma.

6.2 O aspecto final da superfície de aço deve corresponder à um dos padrões especificados no
item 3.2.2.

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