Manual Ilustrado de Plantas Medicinais

Manual ilustrado de plantas medicinais
Moacyr Pezati Rigueiro

4á edição
PAULUS
NOTA DO AUTOR:
A pedido do Pe. Manoel Quinta, de iaulus
Editora, estava estudando a possibilidade da edição de um livro ou
manual de plantas medicinais confesso que com um certo grau de
ceticismo.
Talvez porque muitas fontes consultadas apresentasse as plantas
medicinais como "milagrosas", capazes de curar qualquer doença, mas
sem a documentação científica adequada.
Foi quando um acidente com água fervente queimou-me
parte do antebraço e do punho, com
queimaduras de segundo e terceiro graus. Sofri
alguns dias por não encontrar medicamento que
me tirasse a dor, até que, mais por conselho de
amigos e parentes que por própria convicção,
decidi experimentar usar óleo de oliva e pomada
de calêndula. Para minha surpresa, o alivio foi
quase imediato e os primeiros sinais de regeneração dos tecidos
começaram a surgir.
Vencido pela evidência, comecei a ter mais respeito por tais
plantinhas.
Como médico, jamais duvidei do poder
terapêutico das plantas, mas achava que plantas
medicinais fossem aquelas classicamente descritas
nos livros de Farmacologia, das quais sabia
de cor até os nomes científicos: Atropa bellesdonnes,
outras. Pude descobrir então que a maioria das
plantas medicinais não se encontra mesmo em
livros de farmacologia ou terapêutica (até porque
a maioria não foi ainda bem estudada, principalmente
no Brasil), mas sim nas florestas, nos
campos, nas hortas e jardins, em muitas drogarias,
mas principalmente nas "farmácias caseiras"
dos povos de todo o mundo. Essa universalidade
do uso de plantas medicinais foi o que mais me
chamou a atenção, pois, como se diz, não se pode
enganar muita gente por muito tempo.
De onde vem a fama de calmante da camomila,
por exemplo, senão da experiência dos povos
que há milênios a usam como tal?
Muitos são os que acham que o poder das
plantas está só na mente de quem as usa (efeito
placebo). Eles se esquecem de que estudos sérios
e recentes vêm confirmando dia após dia a presença
de princípios ativos nessas plantas usadas
pelo povo. E se esquecem também de que esse
efeito psicológico, desde que bem usado, é importantíssimo
também no uso de medicamentos
tradicionais. Que médico não teve pelo menos um
paciente que, por não acreditar no remédio, não
obteve melhora objetiva enquanto não houve a
substituição por outro, de mesmo princípio ativo,
cuja diferença fosse apenas na cor da cápsula ou
no sabor do veículo?
Talvez esse efeito psicológico seja maior com
o uso de plantas. E muito diferente fazer um chá
calmante, esquentando a água, separando a
planta, esperando esfriar um pouco, adoçando
com mel, sentindo o sabor e o aroma (mesmo que
pouco agradável algumas vezes!) a cada gole, do
que simplesmente engolir um comprimido com
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um pouco de água e ir deitar-se. Com a vida
agitada de nossos dias, principalmente nas grandes
cidades, a cura poderia iniciar-se com o plantio
de uma mudinha de hortelã ou melissa num
vasinho colocado najanela do apartamento. Quem
pode negar isso?
É importante notar que esse efeito psicológico é completamente
diferente do radicalismo, da mistificação. A verdade está no
equilíbrio, na ponderação. Apresentar as plantas como milagrosas por
um lado ou como inúteis por outra, seria faltar com a honestidade.
Devem ser apresentadas como forma auxiliar ou alternativa à
terapêutica tradicional, nas doenças que podem ser dessa maneira
tratadas. A fitoterapia não exclui o tratamento ou acompanhamento
médico; tem suas indicações, assim como têm indicação a cirurgia, a
fisioterapia, a acupuntura, a pscoterapia ou a homeupatia; as doenças
são diferentes, como são diferentes os doentes.
Este manual procura apresentar as plantas medicinais mais usadas,
indicando sempre os princípios ativos, as partes a serem usadas, as
propriedades medicinais e a maneira de preparar e usar cada uma
delas. Algumas plantas muito usadas foram omitidas, por não terem
sido encontrada referências aos princípios ativos, à dosagem ou à
maneira de usar. Acredito que as outras plantas apresentadas e
reconhecidas não só no Brasil, mas em outros países da europa, das
Américas ou da Ásia como medicinais, podem perfeitamente preencher
essas lacunas, de maneira mais segura.
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AS PLANTAS MEDICINAIS
Plantas medicinais são aquelas que podem
ser usadas no tratamento ou na prevenção de doenças.
Toda planta medicinal tem no mínimo um
princípio ativo, que é a substância responsável
pelo efeito curativo.
É interessante notar que para o efeito medicinal existir, deve estar
presente o princípio ativo, mas é também muito importante o que se
chama de fitocomplexo. Fitocomplexo é o conjunto de todas as
substâncias presentes na planta (vitaminas, sais minerais, resinas
etc.), e que agem juntamente com o princípio ativo, melhorando o
efeito. A explicação para essa melhora do efeito é que as demais
substâncias podem facilitar a absorção e o aproveitamento do princípio
ativo pelo organismo.
Por isso, no tratamento com plantas medicinais
tudo deve ser feito para preservar ao máximo
o fitocomplexo. Assim, algumas plantas não
podem ser fervidas, outras só podem ser colhidas
em algumas épocas do ano, de outras só se usam as flores e assim por
diante, sempre de maneira a não se perder o fitocomplexo ou de
aproveitá-lo da melhor forma possível.
É curioso saber que a palavra droga (sinônimo de remédio ou
medicamento) quer dizer "erva seca" e daí o nome de drogaria; na
verdade, muitos dos remédios tradicionais (alopáticos) são retirados
de plantas.
Apesar do homem usar plantas medicinais
desde milhares de anos antes de Cristo e muitas
delas serem conhecidas no mundo todo, ainda há
uma enorme quantidade de plantas sobre as
quais a Medicina sabe muito pouco ou mesmo
nada conhece; algumas são usadas por índios e
camponeses e, futuramente, talvez o tratamento
para muitas doenças hoje incuráveis venha dessas plantas.
Mas... as plantas podem realmente curar
doenças?
Nenhum médico duvida que sim. Pois, apesar de todo o progresso da
medicina, atualmente ainda uma série de medicamentos muito importantes
são extraídos ou derivados de substâncias retiradas de plantas. Os
exemplos são numerosos: a morfina, um dos mais poderosos remédios
contra a dor, é extraída da papoula (Papcsver somniferum; a atropina,
muito usada contra cólicas, é retirada da beladona (Atropcz
belladonna); a digitalina, que é um tônico para o
coração, é encontrada na dedaleira (Digitalzs
purpurecz); a aspirina, um derivado do ácido
saliclico encontrado no salgueiro ou chorão (Salzx
babyloniccz). Até mesmo a penicilina, um dos antibióticos mais usados,
é produzida naturalmente por fungos do gênero penscillium; os fungos
são vegetais como as plantas mais conhecidas e são representados pelos
cogumelos, pelos vários tipos de mofos ou bolores e pelos levedos
(fermentos) do pão e da cerveja, por exemplo.
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Alguns fungos podem causar doenças nas plantas, nos animais e no homem.
Qual é então a diferença entre o tratamento
tradicional da Medicina (alopatia) e o tratamento
com plantas?
A diferença é que a Medicina, depois de descobrir o princípio ativo de
uma planta, extrai e purifica esse princípio ou até mesmo consegue
passar a produzi-lo em laboratórios com técnicas cada vez mais
sofisticadas, de modo que dispõe da droga pura, sabendo exatamente,
por exemplo, quantos gramas do princípio ativo existe num comprimido
ou numa medida de xarope. Estudando então esse princípio ativo em
laboratórios, em milhares de testes com animais, pode saber muito bem
qual a dose ideal para o efeito desejado, se a droga tem alguma
contra-indicação (que perigos pode apresentar), quais são os efeitos
colaterais e mesmo qual a dose letal ou seja, a dose que pode causar a
morte por envenenamento.
Com as plantas é mais difícil saber exatamente esses detalhes
todos, pois ocorrem variações no teor do princípio ativo de acordo com
a quantidade de sol, de água e de cuidados que a
planta recebe. E comum no mesmo pomar, por
exemplo, uma laranjeira dar laranjas maiores e
mais doces que outra distante dela apenas alguns
metros. Mas ser diferente não significa ser pior
ou melhor...
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PLANTAS CURAM
QUALQUER, DOENÇA?
Dizer que sim é exagerar e mentir.
A resposta mais certa é dizer que depende da doença e do doente.
Depende da doença, porque para cada doença existe um tratamento
mais indicado. Explicando melhor:
- há doenças que não têm cura, como a raiva
ou hidrofobia, o tétano, a poliomielite (paralisia
infantil) e outras. Como não existe tratamento
nem com remédios nem com plantas, a Medicina
felizmente conseguiu desenvolver as vacinas,
que impedem que as pessoas fiquem doentes (as
pessoas ou os animais, como no caso da raiva. Os
cães vacinados não transmitem a doença, mesmo
que mordam alguém). Hoje em dia há uma doença
mais perigosa ainda, a AIDS, porque não tem
nem cura nem vacina, pelo menos por enquanto.
A única maneira de não ficar doente é evitando
contaminar-se com o sangue ou secreções dos
portadores do vírus, mesmo que estes ainda não
apresentem sintomas da doença.
- outras doenças só têm cura com um tratamento rigoroso e
tradicional, com antibióticos, como é o caso da tuberculose, da
hanseníase e da sífilis. Mesmo alguns tipos de câncer são curáveis com
tratamento agressivo (cirurgia, radioterapia e quimioterapia).
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Substituir esses tratamentos por plantas e chás pode ser extremamente
perigoso e até causar a morte do doente.
- há doenças que só podem ser tratadas com operações (cirurgias). São
exemplos a apendicite aguda, as hemorragias internas, as hérnias
encarceradas e alguns tipos de fraturas dos ossos.
Nesses casos, as plantas só podem ajudar na
recuperação, mas não diretamente na cura.
- várias doenças podem ter cura espontânea, mesmo sem tratamento
algum. É o caso da hepatite causada por vírus tipo A, algumas
diarréias, verrugas e aftas comuns da boca. O tratamento com plantas
ou remédios só pode acelerar a cura.
Depende também do doente, porque as pessoas são diferentes na forma
como reagem a um tratamento. O que é bom para um pode não ser para
outro. Por exemplo podem ser citadas as alergias; se a pessoa for
alérgica a uma planta, da mesma maneira que algumas são alérgicas à
penicilina, não adianta insistir no tratamento, que pode causar maior
mal que bem. Podem ser lembrados ainda os pacientes diabéticos. Alguns
conseguem controlar a doença somente com uma dieta alimentar, outros
precisam de dieta e remédios e outros precisam também de injeções de
insulina, porque o pâncreas não consegue mais
produzir insulina suficiente. Tentar tratar um desses pacientes que
precisam de insulina somente com plantas pode ser um risco de vida.
É muito importante saber que um tratamento
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não precisa excluir o outro. Com controle médico,
os pacientes que não podem deixar seus
remédios de uma hora para outra, podem iniciar
o tratamento com plantas e continuá-lo se isso
trouxer melhora.
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COMO RECONHECER livros plantas
É preciso ter muito cuidado para não confundir uma planta com outra e
acabar usando a planta errada. Trocar uma planta medicinal por outra
parecida e venenosa pode levar à morte.
Confundir plantas não é muito dificil, porque algumas são realmente
muito parecidas no tipo de folhagem, de flores e até no cheiro. Além
disso num país tão grande como o Brasil, a mesma planta pode ter mais
de um nome popular, conforme a região; por exemplo, a planta que no
sul do país é chamada de erva-cidreira, tem outro nome no norte ou no
nordeste.
Para evitar esses erros, os botânicos (cientistas que estudam os
vegetais) classificam as plantas em grupos e dão a cada uma um único
nome, que é o mesmo no mundo inteiro.
Essa classificação em grupos é feita de acordo com as semelhanças
entre as várias plantas. Um certo número de plantas semelhantes forma
uma Familia. Cada familia é formada por vários grupos menores,
chamados Gêneros. Cada gênero, por sua vez, agrupa várias espécies.
Algumas plantas, mesmo sendo da mesma espécie, mostram algumas
diferenças entre si, sendo portanto de variedades diferentes. toda
essa classificação termina por dar a cada planta um nome, ou melhor,
"nome e sobrenome"; é o chamado nome científico. Esse nome é sempre
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escrito em latim, com letras grifadas, sendo o primeiro nome o do
Gênero (letra inicial maiúscula) e o segundo o da espécie (letra
inicial minúscula).
Às vezes ainda há um terceiro nome, o da Variedade.
Para que se entenda melhor, tomemos como
exemplo a familia das Umbeliferas. Essa família
agrupa algumas plantas que dão flores e sementes
em umbelas (daí o nome da familia). Umbelas
são aqueles "cachos" parecidos com um guarda-chuva,
que podem ser vistos na erva-doce, no
anis, na salsa e em muitas outras plantas. Por
isso elas são da mesma familia.
Como outro exemplo, tomemos a hortelã e o
poejo. Elas são plantas da mesma familia, a das
labiadas. As duas pertencem também ao mesmo
gênero, o gênero Mentha. A única diferença é que
são de espécies diferentes, tendo portanto o segundo
nome ("sobrenome") diferente. A hortelã
chama-se Menthai crispa e o poejo Menthai
pulegium. Não existe outra planta com o mesmo
nome científico em nenhum lugar do mundo.
Não há dúvida de que isso tudo é muito complicado e que só mesmo um
botânico pode saber o nome científico, ou pelo menos a que familia uma
planta pertence. Mas também não há dúvida de que isto pode nos ajudar
a encontrar uma determinada planta em farmácias que vendem ervas.
É só conferir no pacote ou no frasco o nome
científico para ter certeza de que não estamos
comprando a planta errada. Na prática, é claro
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que todos sabem reconhecer o alho, a cebola, a
hortelã, a salsa, a arruda e o alecrim, que são
plantas cultivadas em qualquer horta, jardim ou
mesmo encontradas para vender nas feiras e
mercados. O problema é reconhecer as plantas
mais raras ou aquelas que não são cultivadas na
região onde se mora. Para isso são úteis os livros
de plantas, ou as revistas de hortas e jardins,
porque costumam trazer as fotografias ou os
desenhos de cada planta, com o nome científico
também. Quem se interessa pelo assunto em
pouco tempo estará familiarizado com os mais diversos
tipos de plantas, podendo facilmente reconhecer qualquer uma delas.
Se a pessoa vai colher a planta no campo, no jardim ou mesmo
comprá-la em qualquer lugar, se tiver a menor dúvida no
reconhecimento, é melhor não usar aquela planta.
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COMO COLHER E GUARDAR:
A maioria das plantas pode ser guardada
depois de secas por até um ano. Depois de um ano,
começam a perder suas qualidades.
Todo o cuidado é pouco quando lidamos com
a saúde. Se vamos usar as plantas como remédio,
é importante que sejam limpas e livres de bichos,
mofos ou venenos.
COLHEITA: Primeiro confira qual a parte da planta que deve ser usada
(folhas, flores,
flores, frutos, raízes, casca ou toda a planta), pois isso
pode definir em que época do ano será melhor
colher. Em geral, as folhas têm mais princípios
ativos (são mais concentrados) na época da
floração e as raízes na época do outono ou inver-
no, quando a planta tem menos folhas ou perde
todas (período de dormência da planta). As flores
devem ser colhidas assim que começarem a abrir.
A colheita deve ser feita de maneira a proteger
a planta o máximo possível, principalmente
se a pessoa vai colhê-la no campo, onde nasce
espontaneamente. Não arranque a planta toda
se for usar somente as flores ou as folhas. Deixe
algun.s brotos e ramos para que a planta possa
continuar seu crescimento. Se precisar arrancar
toda a planta, cuide para sempre deixar algumas
delas no local, para que possam multiplicar-se e
serem encontradas novamente no futuro. Muitas
plantas correm risco de desaparecer para sempre
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de um lugar se não forem protegidas. Espalhe
sementes ou plante galhos (caso a planta se
multiplique por galhos ou estacas). De preferência,
cultive suas plantas emjardins, vasos ou hortas,
pois é mais fácil ter certeza de que não estarão
poluídas e de que não serão destruídas totalmente.
Procure não cortar a raiz principal, senão a
planta morre; tente arrancar somente as raízes
laterais, menores.
Verifique sempre se o local não é irrigado com
água poluída, sé não há poluição de fábricas ou de
automóveis, como nas beiras de estradas, ou
perigo de envenenamento com agrotóxicos por
estar perto de roças e plantações.
Não colha plantas doentes ou com bichos.
Despreze as partes que pareçam muito sujas ou
comidas por insetos.
Não colha em dias chuvosos, úmidos; espere
o orvalho secar, porque a umidade facilita o
aparecimeto de mofos.
Se a planta estiver muito empoeirada ou suj a
de terra, lave cuidadosamente com água limpa,
escorra bem e enxugue com um pano seco.
SECAGrEM: Para a secagem, primeiramente
separe cada tipo de planta. Depois de secas, é
mais dificil a separação. Coloque sobre uma tela
ou peneira, de plástico ou pano, evitando as de
metal, que podem enferrujar. Coloque par a secar
em local bem iluminado mas sem sol direto, bem
ventilado. Se necessário, cubra com outra tela
fina para impedir que o vento espalhe as plantas.
Procure deixar bem espalhadas as partes a serem secas, porque facilita
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a evaporação da água.
Em geral a secagem demora poucos dias, depen-
dendo do tipo de planta e do local. As folhas bem
secas tornam-se quebradiças. Não se esqueça de
proteger da poeira ou de qualquer coisa que possa
estragar ou contaminar as plantas (cheiro de
tintas, venenos, fumaças, calor intenso etc.).
Os frutos e raízes devem ser picados em
pedacinhos bem finos para facilitar a secagem,
porque contêm mais água que as folhas e flores.
NAMENTO: Depois de muito
bem secas, as plantas devem ser colocadas em
vidros muito bem limpos e secos, de preferência
escuros (porque a claridade destrói alguns prin-
cípios ativos) e muito bem fechados. Cole uma
etiqueta ou papel no vidro, como um rótulo, com
o nome da planta e a data em que foi colhida (pode
também escrever a data em que ela perde o valor,
ou seja, um ano depois de seca, e mesmo para que
serve aquela planta: isso facilita o uso). Verifque
sempre antes de usar a planta seca se não apare-
ceram bichos ou fungos (bolores), que podem ser
venenosos. Se estiver mofada, com cheiro dife-
rente do normal, não use: jogue fora e prepare
outra porção. Muzto cuLdc do com as crianças;
deixe sempre esses vidros (e todas as plantas e
remédios) em lugar onde não consigam pegar
sozinhas.
E importante marcar no rótulo se alguém da
casa não pode tomar preparados daquela planta
por causa de alergia ou de outra contra-indicação.
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COMO USAR AS P
MEDICINAIS
O preparo de qualquer medicamento feito
com plantas medicinais deve permitir preservar
ao máximo o fitocomplexo e principalmente o
princípio ativo. Por isso, preste sempre atenção
às receitas para não fazer chás das partes erra-
das da planta (usar raiz em vez de ilores, por
exemplo) ou ferver plantas que devem ser usadas
cruas.
Principais tipos de preparados
INFUSÃO: Para preparar uma infusão, ferva
a água e despeje sobre a planta a ser usada (a
planta deve estar bem cortada em pedacinhos,
para facilitar a extração dos princípios ativos).
Deixe em infusão por alguns minutos, em geral
10 minutos, depois coe ou filtre. Conforme a
planta, pode-se tomar quente ou fria, adoçada ou
não. Use sempre vasilhas de vidro temperado,
porcelana, louça ou cerâmica (barro), nunca use
alumLnzo. Durante o tempo de infusão, pode-se
deixar o recipiente tampado.
DECOTO: O decoto é outra maneira de pre-
parar plantas medicinais, mas que ao contrário
da infusão, exige que a planta seja fervida na
água durante algum tempo. Também não deve
ser feito em recipientes de alumüzio. Depoi de
ferver pelo tempo indicado, em geral deixa-se em
infusão por mais alguns minutos, para que a
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extração dos princípios ativos se complete. Então
coa-se ou filtra-se.
NIACERADO (TINTUR,A): Para preparar
uma tintura, a planta deve ficar alguns dias em
maceração (de molho) em um líquido, que pode
ser vinho, vinagre, óleo, aguardente, conhaque,
ou outra bebida alcoólica ou mesmo álcool puro.
As tinturas feitas em álcool não devem ser usa-
das para beber, porque o álcool comum pode ser
tóxico. Se for para tomar uma tintura, use um
bom aguardente ou vinho, se não encontrar álcool
puro de cereais para preparo de licores e
bebidas em farmácias. As tinturas são mais fortes
que as infusões e decotos, por isso são usadas
em doses menores. Evite dar às crianças, por ser
bebida alcoólica.
SUCO: O suco em geral é feito com a planta
ou frutos frescos. Esmague muito bem a planta e
então esprema fortemente com um pano limpo,
para retirar o líquido. Pode ser usado o liqui-
dificador ou a centrífuga, além dos espremedores
de frutas.
CUIDADOS: As infusões e os decotos devem
ser preparados de preferência na hora de tomar.
Mas você pode deixar pronta a quantia que é
usada num dia, guardando em local fresco e em
vasilhas bem fechadas. Não guarde por mais de
um dia. Para aplicar o suco de plantas frescas em
ferimentos, é preciso que elas estejam muito bem
limpas, para evitar infecções. Para matar
micróbios,você pode deixar as plantas de molho
por meia hora em água com vinagre (meio copo de
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vinagre por litro de água), enxaguando bem de-
pois com água limpa. Todo ferimento profundo,
principalmente com pregos, ferros e madeira,
pode causar o tétano. Procure imediatamente um
posto de saúde para ser vacinado. O mesmo deve
ser feito com mordidas de cachorro, que podem
causar a raiva. Não tente tratar picadas de aranhas,
escorpiões e cobras com remédios caseiros,
porque há risco de vida (o tratamento é feito com
o soro específco que combate o veneno de cada
bicho). Todo ferimento deve ser muito bem lavado
com água e sabão, mesmo que doa.
Para adoçar os preparados, use de preferên-
cia o mel de abelhas. Os dLabétzcos não devem
usar nem acçúcar nem mel; se não querem beber
sem adoçar, podem usar adoçantes naturais como
o steviosídeo ou os artificiais.
Para evitar que a água do decoto evapore
totalmente durante a fervura, mantenha a vasi-
lha tampada ou prepare uma quantidade maior
de cada vez, já que neste manuc l as receztas em
geral são przrcz uma dose só.
Essências, extratos fluidos e óleos de plantas
devem ser comprados em farmácias especializa-
das.
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COMO FAZER AS MEDIDAS
As medidas usadas neste manual de forma
abreviada são o grama (g) e o mililitro (ml).
Assim, 5g que dizer cinco gramas e l00m1 quer
dizer cem mililitros. Cada quilo tem mil gramas
e cada litro tem mil mililitros.
E difícil encontrar balanças que pesem pe-
quenas quantidades como um ou dois gramas. Se
você conseguir pesar l00g de uma planta muito
bem picada ou em pó, conseguirá "pesar" de
maneira aproximada as quantidades menores
que precisar.
Por exemplo, pese 100g da planta que vai
utilizar. Se dividir em duas partes iguais, terá duas
porções de 50g cada. Se dividir em 10 porções
iguais, terá 10 montinhos com lOg cada. Se divi-
dir a porção de 50g em 10 montinhos iguais, terá
dez porções de 5g cada. E se dividir um montinho
de lOg em cinco partes, terá cinco porções de 2g
cada. Dessa maneira, é possível obter pequenas
porções mesmo sem ter uma balança especial.
O mesmo você pode fazer com as medidas de
líquidos. Usando uma garrafa de refrigerante
litro ou um saquinho de leite, por exemplo, você
pode medir l.000m1. Basta encher o litro ou
saquinho com água e depois dividir em partes
iguais, usando copos ou outros recipientes que
você tenha em asa. Assi n, se você dividir em
duas partes iguais, terá duas medidas de 500ml
(meio litro). Se dividir em 10 partes iguais, terá
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10 medidas de l00ml. Você pode entáo fazer uma
marca no copo ou vasilha onde cabem os 100m1,
com tinta ou esmalte de unha, guardando como
medida; cada vez que precisar de apenas 100 ml,
é só encher de água a sua medida, sem neces-
sidade de repetir sempre a divisão em partes
iguais.
Outra maneira simples de fazer essas medi-
das, é usando colheres de café, de chá, de sopa ou
ainda copos e xícaras. Mas é menos conf ável
porque, dependendo da fabricação, uma xícara
ou colher de café, por exemplo, podem ser menores
ou maiores (compare xícaras de fabricantes di-
ferentes para ver como é difícil encontrar duas
iguais). Apesar disso, é muito prático e as dife-
renças não são tão grandes a ponto de causar
preocupações.
Assim: uma colher de café corresponde a 2 g.
uma colher de sopa corresponde a 5g.
uma xícara de café corresponde a 50m1.
uma xícara de chá corresponde a l00m1.
Dose de acordo com a idade
Neste manual, quando náo estiver especif-
cado, as receitas são destinadas a pessoas adul-
tas, ou seja, de 21 a 50 anos. Para as outras
idades, corrigir as doses de acordo com esta
tabela:
maiores de 50 anos : dar 3/4 da dose.
de 14 a 20 anos. dar 2/3 da dose.
de 10 a 14 anos. dar 1/2 da dose.
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de 5 a 10 anos : dar 1/4 da dose.
menores de 2 anos : dar 1/15 da dose.
Estes números indicam em quantas partes deve ser dividida a
dose e quantas partes devem ser tomadas. O primeiro número
representa sempre quantas partes são tomadas e o segundo número
em quantas partes você deve dividir. Assim, 3/4 significa que você
deve dividir a dose recomendada na receita em 4 partes e d ar ou
tomar somente 3 partes.1/8 significa dividir a dose em 8 partes e
tomar apenas uma.
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ABACATE
Persea americana
Familia: Lauráceas.
Partes usadas: folhas e caroço. O fruto, como
alimento, é rico em gorduras.
Princípios ativos: óleo essencial, mucilagem,
tanino, açúcares.
Propriedades medicinais:
diurético
elimina gases intestinais
anti-inflamatório (caroço).
Como usar: In fuso - 5g de folhas em l00ml de
água fervente, por 10 minutos. Tomar 3 vezes por
dia.
Macerado - macerar por uma se-
mana 3 caroços picados em 1 litro de álcool com 2
ou 3 pedrinhas de cânfora. Usar para massagear
áreas doloridas por causa de reumatismos ou
contusões. Cuidado, pois pode manchar as roupas.
ABACAXI
Ananas sativus, A. comosus.
Familia: Bromeliáceas.
Partes usadas: os frutos maduros.
Princípios ativos: bromelina, sais minerais,
vitaminas A, B e C.
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diurético
digestivo
expectorante
calmante da tosse.
Como usar: O suco pode ser usado à vontade.
Contra a tosse, tomar o suco quente adoçado
com mel.
ABOBORA
CucurbLta pepo
Familia: Cucurbitáceas.
Partes usadas: frutos maduros ou verdes como
alimento, sementes, flores e folhas novas, como
alimento também.
Princípios ativos: mucilagem, vitaminas A e
C, cucurbitina (sementes).
combate diarréia
laxante suave
alivia queimaduras
combate solitária (tênia).
Como usar: DzarréLa - cozinhar l00g de abóbora madura em um litro de
água até evaporar metade. Passar por peneira e temperar levemente com
sal ou açúcar. Tomar várias vezes por dia.
Laxante - Tomar o suco de uma
fatia de abóbora madura crua,adoçando a gosto, dia sim e dia não,
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durante um mês, de preferência pela manhã em jejum.
Queimaduras - amassar bem flores
e folhas limpas, aplicando o suco sobre as
áreas queimadas.
Sol i táriczs - descascar as sementes
cruas e esmagar muito bem com um pouco de
água e mel, até formar uma pasta. Tomar pela
manhã, apósl2 horas dejejum. Esperar 4 horas
e tomar um laxante (pode ser óleo de rícino).
adultos - 50 a l00g de sementes
crianças -10 a 40g de sementes.
Esse tratamento pode ser repetido por 3 ou 4 dias.
AGRIAO
Nasturtium off zcznale.
Familia: Crucíferas.
Partes usadas: folhas e flores cruas. Melhor
colher na época da floração.
Princípios ativos: óleo essencial, glicosídeos,
vitaminas A e C.
digestivo e estimulante para o fígado
combate tosse e bronquites
neutraliza em parte os efeitos do fumo
suaviza e tira manchas da pele.
Como usar: Suco fresco - tomar até 40g por
dia. Pode ser aplicado sobre a pele, deixando por
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15 minutos e depois enxaguando bem. Não tomar
sol nos dias que aplicar o suco.
Macerado - Deixar um punhado de
folhas e ilores num copo com água durante a noite. pela manhã, esmagar
muito bem e tomar em jejum.
AGRIMOMA
grzmonLa eupatorza
Familia: Rosáceas.
Partes usadas: folhas e flores.
Princípios ativos: óleo essencial, glicosídeo
amargo (eupatorina), tanino, goma, vitaminas
C e K.
combate as inflamações de mucosas (boca,
garganta, conjuntiva, estômago e intestinos)
cicatrizante de úlceras e feridas da pele
combate alergias e urticárias.
Como usar: Infuso - 5g de erva em l00m1 de
água fervente por 10 minutos. Tomar 3 vezes por
dia.
Decoto -10g de erva em l00ml de
água, fervendo durante 15 minutos. Esfriar e
filtrar, usando para bochechos, gargarejos e compressas.
Urtzcczricz - fazer um decoto como
descrito acima, deixando ferver até a água reduzir a um terço.
30
Esfriar, filtrar e dividir em duas
metades. Numa das metades, misturar 5g de mel
rosado (comprado em farmácias), espalhando
sobre as áreas afetadas. Deixar até passar a
irritação e coceira, enxaguando depois com a
outra metade sem o mel.
AIPO
Apzum grczveolens.
Familia: Umbelíferas.
Partes usadas: folhas, sementes e raízes.
Princípios ativos: apüna, glicosídeos, óleo es-
sencial, vitaminas A, B 1 e C.
diurético
combate a gota (ácido úrico)
combate gases intestinais
combate pedras na vesícula biliar.
Como usar: Gases -In fuso - 2g de sementes
em l00ml de água fervente por 10 minutos.
Tomar 3 vezes ao dia, depois das refeições.
Pedras ncz veszcula e rzns -Decoto
-ferver durante 10 minutos 2g de raizes em l00ml
de água. Filtrar e tomar 3 vezes por dia.
Diurétzco egota-Decoto-ferver
por 10 minutos 4g de raízes e folhas em l00m1 de
água. Filtrar e tomar 3 vezes ao dia.
31
ALCACHOFRA
Cynara scolymus
Familia*/: Compostas.
Partes usadas: folhas. As flores, mais usadas
na alimentação, têm menos princípios ativos.
Princípios ativos: cinarina, ácido caféico,
flavonóides, cinaropicrina, ortodifenóis
(coleréticos), taninos, mucilagem, vitaminas A e
C, enzimas.
facilita a produção de bile, com maior elim nação de
colesterol e ácidos biliares
previne pedras na vesícula
reduz o colesterol e triglicérides do sangue
diurético
depurativo
combate o diabetes
combate a gota (ácido úrico).
Como usar: Decoto - 3 a 4g de folhas em 100ml
de água, fervendo alguns segundos e deixando
em infusão por 15 minutos. Tomar 2 ou 3 vezes
por dia, antes das refeições.
Extrato fluido-de 100 a250gotas,
2 ou 3 vezes por dia.
Macerado - 5g de folhas em l00m1
de vinho, macerando durante 5 dias. Filtrar e
tomar u.m cálice pequeno 2 ou 3 vezes por dia.
Nota: O decoto é muito amargo, por isso muitos preferem o
macerado ou o extrato diluído em água.
32
ALECRIM
Rosmarinus of cinalis
Familia: Labiadas.
Partes usadas: folhas dos ramos não muito velhos
(ienhosos), colhidas de preferência na primavera.
Princípios ativos: borneol, pineno, canfeno,
cânfora, tanino, colina, ácidos orgânicos e princípios amargos.
estimulante
protetor do fígado
facilita produção e eliminação da bile
facilita a menstruação
digestivo
Como usar: Infuso - 3g em l00ml de água
fervente por 10 minutos. Tomar 2 ou 3 vezes por
dia.
Extrato fluido - 50 gotas, 3 vezes
por dia.
Macerado - 5g em l00m1 de vinho, durante 5 dias. Filtrar e
tomar um cálice pequeno 3 vezes por dia, depois das refeições.
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ALFACE
Lactuca sativa
Familia: Compostas.
Partes usadas: folhas.
Princípios ativos:lactucina, óleo essencial, sais
minerais, vitaminas A, B e C.
calmante
diurético
laxante suave.
Como usar: Infuso-folhas de meio pé de alface
picadas e fervidas rapidamente em um copo de
águ.a. Esfriar e tomar antes de deitar-se, adoçando
se quiser.
Suco fresco - de 20 a SOg de suco por
dia.
ALHO
Allzum satzvum
Familia: Liliáceas.
Partes usadas: os bulbos colhidos no verão.
Princípios ativos: óleo essEncial, glicosídeos,
alicina e garlicina (bactericidas), alüna (hipo-
tensor), ácido nicotínico, vitaminas B e C, sais
minerais.
abaixa a pressão arterial
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digestivo
combate diarréias (desinfetante)
expectorante.
Como usar: Deve ser usado cru, pois o calor
inativa os princípios ativos.
Infuso - amassar 1 ou 2 dentes de
alho e deixar em um copo com água durante a
noite. Beber no dia seguinte em duas vezes.
Mczcerczdo - macerar por 7 dias
50g de alho em aguardente, conhaque ou vodca.
Tomar 20 gotas em meio cálice de água, 2 ou 3
vezes por dia.
Nota: Melhor não usar se tiver alguma dermatite, irritação
do estômago ou intestinos. Altera o sabor do leite materno
e dá cólicas no recém-nascido. Tem a desvantagem de deigar
cheiro forte no hálito por muito tempo.
ALUE UEN TE
Physalzs c lkekengz
Familia: Solanáceas.
Partes ueadas: frutos maduros, frescos ou secos.
Secar à sombra ou no forno, em calor moderado.
Princípios ativos: fisalina, alcalóides e vitami-
na C (mais que o limão).
diurético (elimina ácido úrico e oxalato).
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Como usar: 6 a 15 frutos frescos por dia ou 50 a
100g de suco por dia.
Decoto - 2 a 6g de frutos em
100ml de água, deixando ferver por 5 minutos e
depois em infusão mais 10 minutos. Tomar 4 ou-
5 vezes por dia.
Macerado - 5g em l00m1 de vinho,
durante 10 dias. Filtrar e tomar um cálice peque-
no 2 vezes por dia.
Prunus domestzca
Familia: Rosáceas.
Partes usadas: Os frutos frescos ou secos.
Princípios ativos: açúcares, vitaminas A, B l,
B2, C, pectina, celulose.
Propriedade medicinais:
laxante suave, bem tolerado atê por crianças
pequenas, por não ser irritante.
Como usar: Frutos frescos ou secos à vontade.
Pode-se deixar 3 ameixas secas em um copo com
água durante a noite e no dia seguinte, emjejum,
tomar a água e comer as ameixas. Os doces e as
geléias também podem ser usados.
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AMo
Morus nigra
Familia: Moráceas.
Partes usadas: frutos e folhas colhidas no verão.-
Princípios ativos: adenina, asparagina, glicose,
carbonato de cálcio e um hipoglicemiante ainda
não identif cado.
combate diabetes
combate inflamações da boca e garganta.
Como usar: Fazer bochechos e gargarejos com o
suco fresco dos frutos várias vezes ao dia.
diabetes - in fuso -10g de folhas em l00ml de
água. Ferver por alguns segundos e deixar em
infusão 10 minutos. Tomar 3 vezes ao dia.
Extrato fluzdo- 20 a 40 gotas, 3 vezes
ao dia em um pouco de água
ANGELICA
Angelica archangelica
Familia: Ranunculáceas.
Partes usadas: raízes de plantas com 2 anos de
idade. Essa planta morre depois que dá flores.
Lavar as raízes, cortar em pedacinhos, secar à
sombra e depois guardar em lugar bem seco,
dentro de vidros.
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Princípios ativos: óleo essencial (felandreno)
angelicina, resina, tanino e ácidos orgânicos.
digestivo
antiácido
estimulante.
Como usar: In fuso - 2g em l00ml de água, até
ferver e deixar em infusão por 15 minutos.
Extrato fluzdo - 40 gotas por vez.
Macerado - 5g em l00ml de vi ho
branco por 10 dias. Filtrar e tomar 1 cálice pe-
quéno.
Todos os preparados devem ser tomados 3 vezes
por dia
Nota: Em doses mais altas é tóxica e pode causar alergias.
PLmpLnella anisum
Partes usadas: sementes.
Princípios ativos: anetol, ácido anísico, aldeído
anísico, cimeno, resinas, mucilagem, pectina,
colina, açúcares e amido.
combate cólicas e dores gastrintestinais
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desinfetante intestinal
aumenta a produção de leite materno
Como usar: Infuso - 2g em l00m1 de água
fervente por 10 minutos.
Extrato fluido - 5 a 15 gotas por
vez.
Essência - 3 gotas por vez.
Todos os preparados são tomados 3 vezes por dza,
após as re fezções.
Nota: Altas doses são tóxicas, por isso deve-se tomar cuida-
do com o uso da essência, que é mais forte, principalmente
para crianças. Para estas é melhor sempre usar o infuso.
Illzcium verum
Familia: Magnoliáceas.
Partes usadas: frutos colhidos ainda verdes de
árvores com 10 anos de idade, deixando-se secar
ao sol até tomarem cor acastanhada.
Os princípios ativos, as propriedades medicinais
e a maneira de usar são os mesmos do anis comum.
ARNICA
Arnica montana
Familia: Compostas.
Partas usadas: flores ou rizoma (caule subterrâneo)
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Princípio ativos: arnicina, taninos, ácido
caféico.
alivia contusões, equimoses e hematomas
Como usar: Tinturc - macerar lOg de flores em 100ml de álcool
60 graus (57g de álcool comum com 43ml de água) durante 10 dias.
Usar para massagens nas áreas afetadas, diluindo
1 colher da tintura em um copo de água. Pode
usar a tintura preparada em farmácias.
Nota: Cuidado com os olhos, boca, feridas e a pele delicada
das crianças, porque é irritante. Nunca usar internamente.
AR, ROZA
Oryza satzua
Familia: Gramíneas.
Partes usadas: sementes.
Princípios ativos: amido, proteínas, vitaminas
B1, B2 e E, sais minerais.
prisão de ventre (arroz integral)
diarréias
Como usar: O arroz Lntegral é rico em vitaminas
e pode ser usado em substituição ao arroz comum
nas refeições.
Diarréia: gua de arroz - cozinhar muito bem
7 colheres de arroz comum em 1 litro de água com
um pouquinho de sal ou açúcar. Usar à vontade`
40
para previnir a desidratação. A papa ou mingau
de arroz também podem ser usados como alimentos nos casos de diarréia.
ARRUDA
Ruta graveolens
Familia: Rutáceas.
Princípios ativos: rutina, tanino, resina,
limoneno, óleo essencial.
digestivo
facilita a menstruação.
Como usar: Infuso - 2g em 100 ml de água
fervente, deixando em infusáo por 10 minutos.
Tomar 2 vezes por dia.
Extrato f ZuLdo - de 6 a 25 gotas, 2
ou 3 vezes por dia. I,
Nota: Não usar durante a gravidez. Não ultrapassar as
doses indicadas.
Curiosidade: a arruda espanta ratos de locais infestados,
por causa do cheiro forte que não suportam.
ARTEMISIA
Artemisia vulgaris
Familia: Compostas.
Partes usadas: folhas e ilores. Secar à sombra.
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Principio ativos: óleo essencial, princípios
amargos, ts nino e ácido málico.
digestivo
calmante
combate cólicas
fervente, deixando em infusão por 10 minutos.
Tomar 2 ou 3 vezes por dia.
Nota: Melhor não usar a planta fresca, que é um pouco tóxica.
Curiosidade: A planta ou a essência podem ser usadaa para espantar
traças de armários e gavetas.
ASPARGO
Aspargus o fficLnalzs
Partes usadas: as raízes colhidas no outono. Os
brotos são comestíveis, muito usados em saladas
e sopas.
Princípios ativos: saponinas, asparagina,. áci-
dos orgânicos, sais de potássio e taninos.
diurético (elimina cloreto).
Como usar: Decoto - 6 a lOg de raízes em
100m1 de água. Ferver durante 10 minutos e
deixar em infusão mais 10 minutos. Tomar sem
açúcar, 3 vezes ao dia, longe das refeições.
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Macerado - 5g de raizes em l00m1
de vinho tinto por 10 dias. Filtrar e tomar 3 vezes
por dia, um cálice pequeno.
Extrato fluido - de 40 a 100 gotas,
2 ou 3 vezes ao dia.
AVEIA
Avena satiua
Partes usadas: sementes e palha (folha e
caules secos).
Princípios ativos: trigonelina, amido, vitami-
nas B l, B2 e B6.
diurético
combate inflamações intestinais
alimento energético e reconstituinte, ótimo para
crianças, idosos e convalescentes.
Como usar - Dzurético e contra gota -Decoto
- ferver 40g de aveia em 1 litro de água durante
meia hora. Filtrar e tomar várias vezes ao dia,
sendo uma vez emjejum e outra antes de dormir.
Contra inflamação intestinal e diarréias, usar
farinha de aveia para preparar mingaus e sopas.
Nota: O extrato de sementes de aveia ajuda na desintoxicação
quando se deseja parar de fumar, por ser a trigonelina
semelhante quim.icamente à nicotina.
Para deixar a pele sedosa, aplicar uma máscara feita com
43
farinha de aveia, leite e 2 colheres de óleo de amêndoa doce.
Misturar bem para fazer uma pasta, deixando sobre a pele
durante 15 minutos.
AZEDA E A FDA-MIÚDA
Rumex acetosa (azeda)
umex acetosella (azeda-miúda)
Familia: Poligonáceas.
Partes usadas: folhas colhidas durante a
floração e raízes colhidas durante o outono.
Princípios ativos: rumicina (glicosídeo), vitamina C em grande
quantidade, ácido oxálico, oxalato de potássio, açúcares e celulose.
diurético
anti-inflamatório (boca e garganta).
Gomo usar: In fuso - 2 ou 3g de folhas ou raízes
em 100m1 de água fervente, deixando em infusão
por 10 minutos. Tomar 2 ou 3 vezes por dia.
Decoto antzznflamatório - ferver
durante 15 minutos 5g de raízes em l00m1 de
água. Usar para fazer bochechos e gargarejos,
para curar aftas e outras inflamações, como
gengivites.
Nota: Está proibida para todos que têm pedras de oxalato
nos rins.
As folhas mais novas podem ser misturadas em saladas ou preparadas
como espinafre. A diferença entre as duas plantas é somente o tamanho;
não diferem nas qualidades medicinais. São europeias, mas podem ser
cultivadas no Brasil.
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AZEDINHA (TREVO-A DO)
Oxczlzs acetosellc
Familia: Oxalidáceas.
Princípios ativos: vitamina C, oxalato de
postássio e ácido oxálico.
diurético
digestivo.
Como usar: Infuso - 5g de folhas frescas ou
secas em l00m1 de água fervente, deixando-se
em znfusão por 10 minutos. Tomar 2 ou 3 vezes
por dia. As folhas podem ser usadas em saladas.
Nota: As pessoas que têm pedras de ogalato nos rins
estão proibidas de usar esta planta.
BABOSA
Aloe vera
Partes usadas: folhas frescas, de onde se extrai
o suco.
Princípios ativos: mucilagem, tanino, aloína,
resinas, óleo essencial.
tonifica e previne queda de cabelos.
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Como usar: Aplicar o suco fresco no couro cabeludo com leves
massagens, deixando agir por 1 hora e depois enxaguar com água morna.
Nota: Não usar para uso interno porque pode ser tóxica
mesmo em doses baixas.
BANANA
Musc parczdisiaca.
Familia: Musáceas.
Partes usadas: os frutos.
Princípios ativos: fruto verde: tanino e amido.
Os frutos maduros são muito ricos em açúcares
(por isso devem ser evitados pelos diabéticos) e
vitaminas (A, B 1, B2, B5, B6, PP, E, C e U ou fator
anti-úlcera).
combate úlceras do estômago e duodeno
combate diarréias.
Como usar: Cortar as banc nas verdes descas-
cadas em fatias bem finas, deixando secar ao sol.
Depois de bem secas, triturar para fazer um pó
fino. Usar até 300g desse pó por dia, puro ou
misturado com leite e mingaus.
BARDANA
Arctzum lappa
Familia: Compostas.
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Partes usadas: raízes colhidas no outono do primeiro ano da planta ou
na primavera do segundo ano. As folhas são colhidas antes da floração.
Princípios ativos: óleo essencial, inulina,
mucilagem, lapatina, tanino, ácido clorogênico, um
antibiótico semelhante à penicilina, sais de cálcio,
magnésio e potássio, vitaminas do grupo B.
combate o diabetes
diurético
depurativo
facilita a produção de bile
combate espinhas, furúnculos e dermatites.
Como usar: Decoto - ferver durante 10 minutos 4g de raízes secas e
deixar em infusão por mais 10 minutos. Tomar 3 vezes ao dia, entre as
refeições.
Contrcz gotc : Decoto - ferver por
5 minutos 6g de raízes e deixar em infusão por
mais 10 minutos. Beber até 2 litros durante o dia
todo, entre as refeições.
Macerado - deixar 4g de raízes
em 100m1 de vinho branco durante 5 dias. Filtrar
e beber um cálice pequeno, 3 vezes ao dia.
Extrato fluzdo: 1 colherinha de
café, 2 ou 3 vezes ao dia, entre as refeições.
Pele - aplicar as folhas frescas
amassadas ou usar um decoto de folhas frescas
ou secas, feito como o de raízes.
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BATATA
Solanum tuberosum
Partes usadas: os tubérculos. Não usar os que
estiverem brotando ou os que têm cor esverdeada.
Princípios ativos: tanino, proteína, carboi-
drato, solanina em quantidade mínima,
acetilcolina, vitaminas B 1, B2, B5, B6, PP, biotina,
ácido fólico, C, K e E.
antiácido
combate úlceras do estômago e duodeno.
Como usar: Suco fresco - tomar meio cálice de
4 a 5 vezes por dia, durante 1 mês.
Nota: A coloração esverdeada ou o início do brotamento dos
tubérculos é sinal do aumento da quantidade de solanina,
que é venenosa. Por isso não se deve usar esses tubérculos
para a extração do suco.
BERINGELA
Solc num melongena
Partes usadas: Casca dos frutos maduros, retirada com um pouco da
polpa.
Princípios ativos: ácido clorogênico, ácido
caféico, aminoácido, substância semelhante à
cinarina, vitaminas A, B e C.
48
protetor do hgado
elimina o colesterol do sangue
depurativo.
Como usar: Decoto - 5g de casca em 100ml de
água, deixando ferver durante 5 minutos e depois
15 minutos em infusão. Tomar 3 vezes ao dia.
Macerado - 5g em l00ml de vinho
tinto por 10 dias. Filtrar e tomar um cálice
pequeno, 3 vezes por dia.
Extrato fluzdo - de 40 a 80 gotas
por vez, 3 vezes por dia.
BOLDO-DO-CHILE
Peumus boldus
Familia: Monimiáceas.
Princípios ativos: óleo essencial (ascaridol),
boldina (alcalóide), boldoglicina.
facilita a eliminação da bile
diminui o reflexo de blefarospasmo (tic de piscar o olho) diurético.
Como usar: In fuso - 2g de folhas em 100ml de água fervente, deixando
em infusão por 20 minutos. Tomar 3 vezes ao dia, antes das refeições.
49
Extrato fruido - de 10 a 30 gotas por vez, 3 vezes ao dia, antes das
refeições.
Macerado - 3g de folhas em 100ml de vinho tinto durante 5 dias.
Filtrar e tomar um cálice pequeno antes das refeições, 3 vezes por dia.
Nota: O boldo verdadeiro é planta nativa do Chile, Bolívia e Peru, não
estando aclimatada no Brasil. As plantas brasileiras que são chamadas
de boldo, como o Coleus bczrbatus, que tem folhas recobertas por
pelos, não possuem as propriedades medicinais do boldo. O princípio
ativo mais importante é a boldina, que fluidifica a bile, diminuindo
sua densidade e viscosidade. Exerce também efeito calmante sobre o
sistema nervoso simpático e é responsável pela inibição do reflexo de
blefarospasmo (contração rápida dos músculos que fecham os olhos).
É melhor usar o extrato fluido ou o vinho medicinal, porque os
princípios ativos são mais solúveis no álcool que na água.
BOLSA-DE-PASTOR
Capsella bursa pastoris
Partes usadas: folhas e ilores, frescas ou secas,
que se conservam até 1 ano.
Princípios ativos: burserina, óleo essencial,
tanino, colina, tiramina, acetilcolina e ácido
búrsico.
combate hemorragias
regulador da menstruação
50
Extrato fluido - 20 gotas, 2 ou 3
vezes ao dia.
Macerado - lOg em 100ml de vinho, durantes 10 dias. Filtrar e tomar um
cálice pequeno, 2 ou 3 ve zes ao dia.
Nota: É planta ind.iana aclimatada no Brasil.
CALENDULA
Calendula of Zcinalzs
Familia: Compostas.
Partes usadas: as flores, secas à sombra e
guardadas em vidros, em lugar bem seco e escuro.
Princípios ativos: óleo essencial, caroteno,
calendulina, mucilagem
facilita a menstruação, aliviando dores
cicatrizante de feridas
alivia queimaduras.
Como usar: Infuso - 5g de flores em l00ml de
água fervente, deixando por 10 minutos. Tomar
3 vezes ao dia.
Extrato fluido -10 a 30 gotas, 2 ou
3 vezes ao dia.
Pomada - 6g de extrato ou tintura
misturados muito bem com 10g de óxido de zinco,
lOg de lanolina e lOg de vaselina. Aplicar nas
lesões da pele 3 vezes por dia. Existem pomadas
prontas nas farmácias de ervas.
52
Nota: Para tratamento das menstruações dificeis, iniciar a
tomada do infuso ou extrato uns 10 dias antes de cada
menstruação.
O mesmo infuso pode ser usado para aplicar na pele, para
melhorar espinhas e amaciar as mãos, por exemplo.
A pétalas amarelas (na verdade são flores) servem para
colorir licores, doces ou mesmo queijos.
A tintura diluída em água combate calos. Aplique várias
vezes por dia com ajuda de gaze ou compressa. Para fazer a
tintura em casa, macere por 5 dias 20g de flores em 72m1 de
álcool comum (95%) e 28ml de água. Usar somente para
pomada ou calos, e não internamente.
CAMOM.A (camomila-comum
e camom la-romana)
Anthemis nobzlLs (romana)
Matrzcaria chamomzlla (comum)
Familia: Compostas.
Partes usadas: flores colhidas antes de se abrirem
totalmente, secas à sombra, nunca ao sol.
Princípios ativos: óleo essencial (camazuleno,
bisabolol, farneseno, sesquiterpenos), glicosídeos
amargos, glicosídeos (apigenina, quercetol, pa-
lustrina), cumarina, um glicosídeo espasmolítico
ainda não identif cado, além de ácido angélico e
ácido veleriano na camomila-romana.
calmante, combate a insônia
combate cólicas e dores de estômago e intestino
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cicatrizante, antünflamatório e antialérgico
combate dores de reumatismos e nevralgias.
Como usar: Infuso - de 5 a lOg em l00ml de
água fervente, durante 15 minutos. Filtrar e
tomar 3 vezes ao dia.
Extrato fluido - de 14 a 24 gotas, 3
ou 4 vezes por dia.
Macerado - lOg em 100m1 de vinho
branco durante 5 iias. Filtrar e tomar um
cálice pequeno, 3 vezes por dia.
Essência - de 2 a 4 gotas, 3 vezes
por dia.
Tintura oleosa - 20g em l00ml de
óleo de oliva, esquentando em banho-maria durante 2 horas, em fogo bem
baixo. Filtrar e usar para massagens nas áreas doloridas.
doloridas.
Nota: A camomila-romana é mais forte que a comum, de
maneira que podem ser usadas doses menores nos preparados,
com o mesmo efeito. Assim, pode-se usar:
3g para o infuso
10 a 20 gotas de extrato fiuido
5g para o vinho medicinal
lOg para a tintura oleosa.
Todos os princípios ativos são encontrados em maior quantidade
nas fiores, mas é dificil encontrar à venda ervas secas
representadas exclusivamente por tlores. Sempre existem
ramos e folhas, o que "enfraquece" um pouco a qualidade
medicinal da planta. Isso pode ser contornado aumentando-se
um pouco a dose, sem exagero, já que só é tóxica em
grandes doses.
O infuso pode ser usado para clarear e dar reflexos dourados
aos cabelos, servindo para enxaguá-los depois de lavados.
54
CANELA
Cznnamomum zeylanicum
Partes usadas: cascas dos ramos de árvores com
mais de cinco anos, secas.
Princípios ativos: óleo essencial, aldeído cinâmico, mucilagem,
tanino, açúcares.
digestivo
tônico estimulante
combate a tosse e a gripe
facilita a menstruação.
Como usar: In fuso - de 2 a 5g de canela em pó
em 100ml de água fervente, deixando-se em infu-
são por 15 minutos. Tomar 3 vezes por dia.
Macerado - 5g de canela em l00ml
de vinho, podendo-se juntar algumas folhas de
hortelã, macerando por 5 dias. Filtrar e tomar
um cálice pequeno antes das refeições.
Nota: Se ao invés de canela em pó for usada canela em
pedaços, é melhor deixar ferver alguns minutos antes de
deixar em infiisão, para que os princípios ativos possam
dissolver-se na água.
55
Cânfora
Laurus camphora
Partes usadas: parte sólida da essência obtida
por destilação da planta. (em geral é vendida em
farmácias na forma de pedrinhas ou cubinhos).
Princípios ativos: óleo essencial (cânfora).
alivia coceiras da pele
alivia dores de reumatismos ou contusões
Como usar: Dissolver algumas pedras de cânfora
em 1 litro de álcool, usando para fazer massagens
leves nas áreas doloridas ou de prurido.
Alcool aromátLco - macerar em um
litro de álcool uma mistura de lavanda, hortelã,
alecrim, sálvia, folhas de laranjeira e umas pedras
de cânfora, durante 10 dias. Filtrar e usar para massagem.
Nota: Pode ser irritante para peles sensíveis, principalmente
de crianças. Nesse caso, diluir menor quantidade de
cânfora ou acrescentar mais álcool. Evite esfregar a pele
porque pode aumentar a irritação.
CAPUCHINHA
Tropaeolum majus
Familia: opeoláceas.
Partes usadas: folhas frescas ou secas, llores e
botões.
56
Princípios ativos: sais minerais e vitamina C.
combate brónquites
expectorante, anticatarral
combate queda de cabelos.
Como usar: In fuso - 2g de folhas em 100ml de água fervente, durante
10 minutos. Tomar 3 ou 4 vezes por dia ou usar como loção no couro
cabeludo.
Nota: As folhas e fiores podem ser usadas misturadas em
saladas. Os botões das flores são ótimos como tempero,
devendo ser colocados para macerar no vinagre.
CARDO-MARIANO
Szlybum marianum
Familia: Compostas.
Partes usadas: sementes secas à sombra.
Princípios ativos: silimarina, tiramina, óleo
essencial, princípios amargos.
Protetor das células do figado
facilita a produção e a eliminação da bile.
Como usar Decoto - 3g em l00m1 de água,
deixando ferver por 5 minutos e depois em infusão
por mais 15 minutos. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia.
Nota: Está indicado no tratamento de hepatites agudas ou crônicas,
cirroses, fígado gorduroso e nas alterações causadas pelo álcool.
A silimarina é comprovadamente um protetor da célula hepática, por
57
estabilizar membranas, evitando a degeneração hitrópica e a esteatose.
CARDO-SANTO
Cnzcus benedictus
Familia: Compostas.
Partes usadas: A planta toda, colhida antes que
as flores se abram totalmente, seca à sombra.
Princípios ativos: cnicina, óleo essencial, tani-
no, mucilagem, sais minerais, resinas e flavo-
nóides.
digestivo
depurativo
combate a febre
combate vômitos da gravidez (em pequenas doses)
facilita a produção da bile.
fervente, durante 10 minutos. Tomar 2 ou 3 vezes por dia.
Extrato fluido - 50 gotas, 2 ou 3 vezes por dia.
Macerado - lOg em 100ml de vinho, durante 5 dias. Filtrar e
tomar uma colher de sopa 2 ou 3 vezes ao dia, antes das refeições.
Nota: Dosea elevadas causam queimação do tubo gastrin-
testinal. Não usar se tiver doenças dos rins, gastrites ou
úlceras.
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CAlfUETA
Baccharzs trimera
Familia: Compostas.
Partes usadas: ramos secos ao sol.
Princípios ativos: óleo essencial, flavonóides,
saponinas e resinas.
digestivo
protetora do gado
combate o diabetes
diurético.
Como usar: In fuso - 5g em l00m1 de água
fervente durante 10 minutos. Filtrar e tomar 2 ou
3 vezes ao dia, antes das refeições.
CARVALHO
uercus robur
Familia: Fagáceas.
Partes usadas: casca de ramos com idade de 3
ou 4 anos, colhida de preferência no outono.
Princípios ativos: tanino, princípios amargos,
quercina, quercitrina, pectina, resinas.
anti-hemorrágico
antünflamatório
combate febres
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combate diarréias e inflamações intestinais
combate dores de garganta, gengivites e aftas
combate enurese noturna (perda de urina) de
crianças
combate suor excessivo dos pés.
Como usar: Decoto - 5g de casca em l00m1 de
água, deixando ferver por 5 minutos e depois em
infusão por 10 minutos. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia,
entre as refeições. Ou usar para fazer bochechos,
gargarejos e para deixar os pés imersos durante 15
minutos a meia hora, em água quente.
Extrczto fluzdo - de 20 a 40 gotas
em um pouco de água, 2 ou 3 vezes ao dia.
Macerado - 3g em 100ml de vinho
tinto durante 7 dias. Filtrar e tomar uma colher
3 vezes ao dia, entre as refeições.
Nota: A árvore pode ser cultivada no sul do Brasil.
CASCAR A-SAGR,ADA
Rhczmnus purshzcznc
Familia: Ramnáceas.
Partes usadas: córtex (casca).
Princípios ativos: glicosídeos antraquinônicos
(emodina, barbaloína, aloe-emodina), tanino.
digestivo
facilita a eliminação da bile
laxante e purgante.
60
Como usar: E melhor usar as preparações vendidas em farmácias.
Extrato f Zuido -Laxante - de 15
a 30 gotas
Purgante - de 35 a 70 gotas
Nota: Todos os preparados são tomados em dose única.
A planta é nativa dos Estados Unidos e Canadá
CASTANHA
Castanea satzva
Familia: Fagáceas.
Partes usadas: folhas colhidas entre outubro e
novembro, secas à sombra.
Princípios ativos: fitosterina e tanino.
Propriedades medicinais: combate a tosse.
Como usar: In fuso - 5g em l00m1 de água fervente, durante 20 minutos.
Extrato f luido - de 20 a 30 gotas,
Nota: Pode ser cultivada no sul do Brasil
CAVALINHA
Equisetum arvense
Familia: Equisetáceas.
Partes usadas: toda a planta, colhida no verão.
Princípios ativos: vários alcalóides (equisetina),
61
princfpios amargos, tanino, silica, equisetonina,
sais de potássio, de ferro, de manganês e de
magnésio.
diurético
combate hemorragias
combate anemias, fraqueza
ajuda na recuperação de fraturas.
Como usar: Decoto - Planta fresccz - de 5 a
lOg en 100ml de água, deixando ferver por 30
minutos e depois em infusão por 10 minutos.
Crianças podem tomar uma colherinha de café, 2
vezes ao dia. Adultos podem tomar até 200ml por
dia.
Plantc seccz - 2g em 100m1 de
água, da mesma forma que descrito acima.
Contra hemorragias pode-se usar a planta fres-
ca amassada ou o pó da planta seca sobre o
ferimento ou no nariz que sangra.
CEBOLA
Allzum cepa
Partes usadas: bulbos colhidos antes da floração,
porque perdem grande parte do poder medicinal
quando florescem. Usam-se frescos.
Princípios ativos: óleo essencial, enzimas
(diastases que se perdem com o calor), glicoquinina
(hipoglicemiante), sais minerais e vitaminas B e C.
62
combate o diabetes
combate a pressão alta
diurético
antisséptico intestinal e urinário digestivo.
alivia picadas de insetos e estanca hemorragias.
Como usar: Suco fresco - tomar de 3 a 5
colheres por dia.
Decoto - 4g de cebola em l00ml de
água. Ferver rapidamente e deixar em infusão
por 30 minutos. Tomar 3 vezes por dia.
Extrato f Zuido - de 25 a 100 gotas,
Macerado - 5g de cebola em l00m1
de vinho branco, durante 5 dias. Filtrar e tomar
uma colher de sopa, 2 ou 3 vezes por dia. Contra
picadas de insetos e hemorragia, aplicar o suco
fresco nas lesões.
Nota: O efeito hipoglicemiante (contra diabetes) é comprovado, sendo
mais lento e mais duradouro que o da insulina.
CENOURA
Daucus carota
Partes usadas: as raízes.
Princípios ativos: pectina, celulose, açúcares,
caroteno, vitaminas A, B 1, B2 e C.
63
combate a tosse e a rouquidão
combate diarréias
alivia queimaduras
ajuda a cicatrizar feridas
Como usar: Contra tosse - cozinhár l00g de
cenoura em um pouco de água, amassando depois
com um garfo na própria água de cozimento.
Adoçar com mel e beber quente.
Contra Diarréia - cozinhar 200g de cenoura em meio litro de água
durante 40 minutos.
Amassar na própria água de cozimento e comer à
vontade.
O suco de cenoura crua pode ser usado à vontade
contra diarréias.
Queimaduras e ferLmentos - ralar muito
bem a cenoura crua e aplicar sobre as lesões com
auxilio de uma gaze ou pano, deixando agir por
longo tempo, trocando o curativo 3 ou 4 vezes por
dia. Serve também contra queimaduras do sol.
Nota: O suco ou a cenoura ralada deixam a pele macia e sedosa.
Algumas cenouras misturadas à comida de vacas ou cabras dão uma cor
mais forte e um aroma agradável ao leite, principalmente se for usado
para fabricar queijos e manteiga.
CENTAUREA
Centaurea cycznus
Familia: Compostas.
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Princípios ativos: centaurina, mucilagem, tanino, princípios amargos,
ácido fosfórico e magnésio.
ante inflamatório (olhos, boca e garganta).
diurético
combate reumatismos.
Como usar: Antünflamcztório-Infuso-5g de
flores secas em 100ml de água fervente, durante
8 minutos. Filtrar e usar para fazer compressas
nos olhos, bochechos e gargarejos.
Reumatismo, Diurético - Decoto
5g de folhas secas em 100ml de água, deixando
ferver durante 15 minutos. Deixar esfriar e de-
pois filtrar. Tomar um copo, 2 vezes ao dia.
Nota: O infuso é tônico para a pele, principalmente para
pele oleosa.
CENTAUREA-MENOR
Centaurium erytrczea
Familia: Gencianáceas.
Partes usadas: tlores secas em local quente e
guardadas em vidros.
Princípios ativos: eritrocentaurina, fitosterina,
resina, óleo essencial.
digestivo
depurativo
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aumenta o apetite
combate fraqueza e anemias.
Como usar: Infuso - 3g em 100ml de água fervente, durante 10 minutos
Tomar 3 vezes por dia, antes das refeições.
Macerado - 4g em l00ml de vinho, durante 5 dias. Filtrar e tomar um
cálice pequeno 3 vezes ao dia, antes das refeições.
Nota: O uso é desaconselhado para pessoas que tenham gastrites ou
úlceras.
CIIICÓRIA (ALMEIRÃO, ESCAROLA)
CzchorLum zntybus
Familia: Compostas.
Partes usadas: folhas colhidas na primavera,
antes da floração. Raízes de plantas com 1 ou 2
anos, col zidas no outono.
Princípios ativos: inulina, princípios amargos,
latucina, cicorina, sais minerais, mucilagem e
ácidos orgânicos (esteárico, acético e
dicafeiltartárico nas folhas).
digestivo
depurativo
diurético
facilita a produção de bile.
Como usar: In fuso - 3g de folhas em l00m1 de
água. Ferver por alguns segundos e deixar ein
66
infusão por 15 minutos. Tomar 2 ou 3 vezes ao
dia, antes das refeições.
Decoto - 4g de raízes em 100m1 de
água. Ferver durante 5 minutos e deixar em
infusão por 15 minutos. Tomar como o infuso.
Macerado - 5g de raízes em 100ml de vinho branco, deixando durante 10
dias. Tomar um cálice pequeno como o infuso.
Extrato fZuido - de 30 a 60 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia, antes das
refeições.
As folhas podem ser usadas à vontade, em sala-
das ou outros pratos.
COCO
Cocos nuci fera
Familia: Palmáceas.
Partes usadas: os frutos
cípios ativos: polpa: açuc Água:
nares e óleoz.
sais minerais e açúcares.
combate desidratação
digestivo
diurético
laxante suave (leite).
Como usar: A cguc de coco pode ser usada à
vontade.
Leite - umc: colher pequencz tomada em jejum, puro, com leite ou sucos.
67
COENTRO
Coriandrum scztLvum
Partes usadas: sementes maduras, secas.
Princípios ativos: coriandol, geraniol e borneol.
combate cólicas de estômago e intestinos.
Como usar: Infuso - 2g em 100ml de água fervente, durante 10 minutos.
Macerado - 3g em 100ml de vinho branco por 5 dias. Tomar um cálice
pequeno, como o infuso.
Extrato fluido - de 30 a 40 gotas. Tomar como o infuso.
Essência - de 1 a 3 gotas. Tomar como infuso.
COMINHO
CumLnum cymznum
Partes usadas: sementes maduras e secas.
Princípios ativos: ciminaldeído, pineno, cimol, felandreno.
68
combate cólicas
estimula a produção de leite materno.
Como usar: Infuso - 2g em 100ml de água fervente, por 10 minutos.
Macerado - 3g em 100ml de vinho branco durante 5 dias. Filtrar e tomar
um cálice pequeno, como o infuso.
Extrato fluido - de 15 a 20 gotas. Tomar como o infuso.
Essência - de 3 a 4 gotas. Tomar como o infuso.
Nota: As sementes (frutos) do cominho são alongada, ovais, mas reta, e
não curva como as do cominho-armênio.
COMINHO-ARMÊMO (COMINHO-DOS-PRADOS, ICARAVIA,
Partes usadas: sementes maduras e secas.
Princípios ativos:limoneno, carvona, carveol e dudrocarveol.
combate gases intéstinais
combate cólicas
estimula a produção de leite materno.
69
usar: Infuso - 2g em l00m1 de água
fervente por 10 minutos. Tomar 3 vezes por dia,
após as refeições.
branco durante 5 dias. Filtrar e tomarum cálice
Essência - de 3 a 6 gotas. Tomar
como o infuso.
CONFREI
Symphytum officznale
Familia: Borragináceas.
Partes usadas: as raízes colhidas no outono,
cortadas em pedaços e secas ao sol. Guardar em
local bem seco. As folhas podem ser usadas, mas
são menos ricas em princípios ativos.
Princípios ativos: alantoína, mucilagem, tanino,
consolidina, asparagina, colina, inulina. As
folhas têm alcalóides (sinf to-cinoglosina)
cicatrizante ajuda curar úlceras e gastrites.
Como usar: Aplicar o pó das raízes sobre as feridas.
Decoto -Para uso interno - 5g em
100ml de água. Ferver por 5 minutos e deixar por
mais 15 minutos em infusão. Tomar 3 vezes ao dia.
Para uso externo - fazer o deco-
to da mesma maneira descrita acima, usando lOg
70
de raízes. Usar para aplicar nas feridas, 3 vezes
por dia, com gaze ou compressas. NÃO BEBER.
Pomadcz - 2g de extrato íluido
com SOg de lanolina. Misturar muito bem e aplicar
3 vezes por dia nas lesões. Há pomadas prontas
para o uso em farmácias.
Nota: Os alcalóides encontrados nas folhas são tóxicos para
o figado. Evitar comer ou usar as folhas, principalmente as
mais novas, para fazer preparados para uso interno. O efeito
cicatrizante é comprovado e é devido à alantoína, que
estimula a proliferação celular.
Brassica olerczcea
Partes usadas: folhas frescas.
Princípios ativos: vitaminas A, B l, B2, B6, PP,
ácido pantotênico, ácido fólico, C, K, E, D, além de
sais minerais, resinas, proteínas, vitamina U ou
fator protetor de mucosas, enxofre e mucilagem.
cicatrizante de úlceras
depurativo.
Como usar: Suco fresco - 2 ou 3 copos por dia,
durante as refeições.
Salada - 200g de couve por refei-
ção, crua e picada em tiras muito finas, tempera-
das somente com azeite de oliva. Fazer este
tratamento durante 4 semanas.
71
Nota: O efeito cicatrizante é devido à presença da vitamina
U ou fator protetor de mucosas, vitamina I e enxofre, sendo destruido
pelo calor. Fazer o suco na hora de tomar, usando
centrífuga, liquidificador ou amassando e espremendo as
folhas frescas.
CRAVO-DA-INDIA
Eugenia caryophyllata
Familia: Mirtáceas.
Partes usadas: botões florais colhidos antes de
abrirem, secos.
Princípios ativos: óleo essencial (eugenol).
digestivo
combate gripes e tosses
combate mau-hálito
àlivia dor de dente.
Como usar: Decoto - 2g em l00m1 de água,
deixando ferver por 5 minutos e em infusão por
mais 10 minutos. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia.
Contra mau-hálito e dor de dente, fazer um
decoto com 10g de cravos, usando para fazer
bochechos. Pode-se usar o óleo de cravo para
aplicar sobre o dente dolorido.
Nota: Não béber o decoto muito forte porque pode causar
irritação no estômago.
72
DENTE-DE-LEÃO
Taraxacum officLnale
Familia: Compostas.
Partes usadas: raízes colhidas no outono.
Princípios ativos: princípios amargos (taraxina
e taraxicina), sais minerais, carotenóides, ftos-
teróis, colina, tanino.
digestivo
diurético
depurativo
facilita produção e eliminação da bile.
Como usar: Decoto - de 5 a 15g de raízes em
100ml de água, deixando ferver por 5 minutos e
depois em infusão por 15 minutos. Tomar 2 ou 3
vezes, antss das refeições.
Macerado -10 em 100ml de vinho
tinto, por 10 dias. Filtrar e tomar um cálice
pequeno, como o decoto.
Nota: Evitar o uso nos casos de irritação de estômago ou
intestino. As folhas podem ser usadas em saladas.
ENDRO
Anethum graveolens
Partes usadas: sementes secas.
Princípios ativos: óleo essencial (limoneno,
anetol, carvona).
73
combate gases, cólicas intestinais.
Como usar: Infuso - 2g em 100ml de água
fervente durante 10 minutos. Tomar 3 vezes ao
dia, depois das refeições.
Macerado - 4g em 100m1 de vinho
branco, durante 5 diaa. Filtrar e tomar como o
infuso.
Extrato fluzdo - de 20 a 40 gotas.
Tomar como o infuso.
Essência - de 3 a 10 gotas. Tomar
como o infuso.
ERvA-CIDREIRA
Cymbopogon citratus
Partes usadas: folhas frescas ou secas.
Princípios ativos: óleo essencial (citral, geraniol, mirceno),
saponina, cimbopogona e cimbopognolol.
calmante
combate febre
alivia dores (de estômago, barriga e cabeça)
digestivo
sedativo da tosse.
74
fervente por 10 minutos. Tomar 3 vezes ao dia.
durante 5 dias. Filtrar e tomar um cálice pequeno
2 vezes ao dia.
Nota: Esta planta pode ser usada como repelente de insetos
em armários e gavetas. Ver Melissa.
ERVA-DOCE
Foenzculum vulgare
Partes usadas: sementes (frutos) maduras e
secas à sombra, além da raiz.
Princípios ativos: óleo essencial (anetol,
felandreno, limoneno, estragol, pineno), açúcares,
mucilagem. A raiz contém ácido caféico e
ácido clorogênico.
combate cólicas
estimula a produção de leite materno
digestivo
diurético (raiz).
Como usar: Infuso - 2g em 100ml de água
fervente por 10 minutos. Tomar 2 ou 3 vezes ao
dia, depois das refeições.
Extrato f luido - de 15 a 25 gotas.
Tomar como o infuso.
75
Essência - 5 gotas. Tomar como o
infuso.
Decoto - 5g de raízes em l00m1 de
água. Ferver durante 2 minutos e deixar em
infusão mais 10 minutos. Tomar 3 vezes ao dia.
Nota: Doses mais altas que as indicadas são irritantes para
as mucosas.
E SPINI IR,A-SANTA
Maytenus Llicifolicz
Familia: Celastráceas.
Princípios ativos: óleo éssencial, tanino, ácido
clorogênico, amirina.
combate úlceras e gastrites
diurético
cicatrizante.
Como usar: Infuso - 5g de folhas secas em 100 ml de água fervente.
Deixar por 10 minutos.
Tomar 2 ou 3 vezes ao dia.
Extrato f Zuido - tomar uma colher
de chá em um pouco de água 3 vezes ao dia.
O infuso pode ser usado para aplicar em feridas
com ajuda de gaze ou compressa.
76
ESPINHEIRO-BRANCO
Crategus oxyacantha
Familia: Rosáceas.
Partes usadas: flores e frutos. Colher as flores
antes de abrirem totalmente e os frutos não
muito maduros. Deixar secar à sombra ou usar
frescos.
Princípios ativos: glicosídeos (crategina),
flavonóides (quercitrina, quercitina, iperosídeo,
vitessiramnosídeo), ácido clorogênico, óleo es-
sencial, vitamina C nos frutos.
combate taquicardia e palpitações
alivia angina do peito
calmante
combate cólicas.
Como usar: In fuso - 5g de flores em l00ml de
água fervente por 15 minutos. Tomar 2 ou 3 vezes
ao dia.
Decoto - 2g de frutos em l00m1 de
água, deixando ferver por alguns segundos e
depois em infusão por mais 15 minutos. Tomar 2
ou 3 vezes ao dia.
Nota: Os frutos podem ser consumidos frescos ou usados para fazer
doces e geléias. É planta européia que pode ser cultivada no Brasil.
77
EUCALIPTO
Eucalyptus globulus
Partes usadas: folhas colhidas no verão, evitando-se os dias muito
quentes.
Princípios ativos: óleo essencial, cineol ou eucaliptol, pineno,
canfeno, eucazuleno, flavonóides, álcool isoamilíco, tanino, resina.
combate o diabetes
combate gripes, asma e bronquites
expectorante
abaixa febres
combate infecções urinárias, vaginais e uterinas
desinfetante de vias urinárias, intestinos e pulmões.
Como usar: Infuso - de 2 a 5g em l00m1 de
água fervente por 15 minutos. Tomar 3 vezes ao dia.
Extrato fluido - de 45 a 160 gotas por dia, divididas em 2 ou 3
tomadas ao dia.
Essência - de 5 a 20 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
Nota: Doses mais altas podem causar coceiras e dermatites.
78
FENO-GREGO
Trigonella foenum graecum
Familia: Leguminosas.
Partes usadas: sementes bem maduras. Pode-se usar a farinha.
Princípios ativos: trigonelina, fitina, lecitina,
mucilagem, ferro, fosfatos e óleo essencial.
combate anemias
estimula a produção de leite materno
fortificante.
Como usar: Decoto - de 6 a 12g em l00m1 de
água, deixando ferver por 10 minutos e depois em
infusão por mais 10 minutos. Tomar 2 ou 3 vezes
ao dia.
Extrato f Zutdo - de 25 a 50 gotas.
Tomar como o decoto.
Macerado - 5g em l00m1 de vinho
branco por 10 dias. Tomar um cálice pequeno, 2
ou 3 vezes ao dia.
Nota: Tem sabor desagradável, mas que pode ser melhorado com essência
de limão ou de hortelã. A farinha pode ser usada à vontade, com mel
ou geléias para melhorar o sabor.
79
GENCIANA
Genciana lutea
Familia: Gencianáceas.
Partes usadas: raízes de plantas com 2 anos de
idade, colhidas na primavera ou no outono, bem
limpas mas não lavadas.
Cortam-se em pedaços pequenos para secar rapidamente ao sol.
O poder medicinal é muito instável, podendo
desaparecer após algum tempo de estocagem.
Por isso aconselha-se usar logo que seque ou
então usar preparados de farmácias, que vêm
estabilizados.
Princípios ativos: glicosídeos amargos
(genciopicrina, gentisina, genciomarina), mucilagem, tanino e óleo
essencial.
digestivo
depurativo
combate fraquezas e anemias.
Como usar: Decoto - 3g em l00ml de água,
fervendo durante 2 minutos e deixando em infu-
são por 20 minutos. Tomar 3 vezes ao dia, antes
das refeições.
por 10 dias. Filtrar e tomar um cálice pequeno 3
vezes ao dia, antes das refeições.
Extrato fluido - 45 gotas, 2 ou 3
vezes ao dia, antes das refeições.
80
Nota: É planta européia, aclimatada ao Brasil. Há outras
espécies que também têm valor medicinal. Não deve ser
confundida com o veratro, chamado de fior-da-verdade
(Veratrum album), que é venenoso. A genciana tem raiz
amarela e o veratro escura, enegrecida; as flores também
são diferentes.
GENGIBRE
ZzngLber officinale
Familia: Zingiberáceas.
Partes usadas: o rizoma (caule subterrâneo).
Princípios ativos: óleo essencial, zingerona.
digestivo
estimulante
combate tosse e rouquidão.
Como usar: Decoto - 2 a 5g em 100ml de água,
fervendo por 2 minutos e deixando em infusão
por 10 minutos. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia.
GERAMO
Pelargonium odoratLssimum e outras espécies
Familia: Geraniáceas.
Princípios ativos: óleo essencial (geraniol, ci-
tronelol)
81
cicatrizante
combate úlceras e gastrites
combate inflamações intestinais
estanca hemorragias.
Essência - de 4 a 6 gotas, 3 vezes ao dia, com açúcar ou diluída em um
pouco de água.
Pode ser usada pura ou diluída para aplicar sobre
feridas, com auxilio de gaze ou compressas.
GINSENG
Panax gLnseng
Familia: Araliáceas.
Partes usadas: pó das raízes de plantas com 6
anos de idade ou mais.
Princípios ativos: ginsenosídeo (saponina),
princípios amargos, glicosídeos, fitoestrogênios, tanino, mucilagem,
óleo essencial, resinas, vitaminas B1 e B2, enzimas.
estimulante e fortificante
afrodisíaco (estimula desej sexual).
Como usar: Pó - até 2g por dia, divididos em
3 ou 4 vezes.
vezes por dia.
82
por 10 dias. Filtrar e tomar um cálice pequeno,
depois das refeiçóes.
Nota: É planta originária da China e Coréia, não se
aclimatando bem em outras regiões. Usa-se o pó ou extrato,
de preferência importados desses países, porque parece que
as plantas de outras regiões seriam menos eficazes.
GIRASSOL
Helzanthus c nnuus
Familia: Compostas.
Partes usadas: sementes maduras, folhas e flores ("pétalas" amarelas).
Princípios ativos: lecitina, colesterina, fitina,
ácido linolêico, albumina. Fitosterina, tanino,
ácido eliântico e açúcares nas flores e folhas.
calmante
combate dores de cabeça e enxaqueca
combate a tosse
diurético (folhas e flores)
abaixa febres (folhas e flores).
Como usar: Como diurético e contra febre.
In fuso - 5g de folhas ou flores em
100ml de água fervente durante 10 minutos.
Sementes - torrar e moer as sementes e usar como se fosse caffé,
83
preparando infusão com 3g de pó para 100ml de água fervente.
Filtrar e tomar 2 vezes ao dia.
GOIABA
Pszdium guayaucz
Princípios ativos: tanino, mucilagem, eugenol.
Os frutos são ricos em vitamina C.
Propriedades medicinais: combate diarréias.
Como usar: Decoto - 5g em 100m1 de água.
Ferver durante 15 minutos e deixar esfriar, be-
bendo uma xícara a cada 3 horas.
GUACO
Mzkcznza glomerata
Familia: Compostas.
Partes usadas: folhas frescas ou secas.
Princípios ativos: guacosídeo, resina, tanino, óleo essencial, saponina.
expectorante
combate tosses
combate asma e bronquites
combate reumatismos.
Como usar: n fuso - 2 ou 3g em l00m1 de água
fervente por 10 minutos. Tomar 2 vezes por dia.
84
Decoto - 2 ou 3g em l00ml de
água, deixando ferver por 5 minutos. Tomar 2
vezes por dia.
Macerado -4g em l00m1 de vinho,
durante 10 dias. Filtrar e tomar um cálice peque-
no 2 vezes por dia.
Extrato f Zuido -1 colher de café, 2
vezes por dia.
GUARANÁ
Pczullinic: cupcznia
Familia: Sapindáceas.
Partes usadas: pó das sementes torradas.
Princípios ativos: xántina (cafeína), mucilagem, pectina, saponina.
estimulante e tônico geral
combate dores de cabeça e enxaqueca
afrodisíaco (estimulante do desejo sexual).
Como usar: Pó - tomar uma colher de café em
um pouco de água, 2 vezes por dia.
HERA
Hedera helix
Familia: Araliáceas.
Partes usadas: folhas colhidas de preferência
no verão.
85
Princípios ativos: saponosídeos (hederina, hederagenina,
hederacosídeo), flavonóides, ácidos clorogênico e caféico, estrógeno.
expectorante.
Como usar: Infuso-6g em l00ml de água fervente por 10 minutos.
Extrato fluzdo - de 3 a 5 gotas por dia.
Nota: Não aumentar as doses. Não usar outras partes da planta que não
sejam as folhas, pois são venenosas, principalmente os frutos.
HORTELÃ
Mentha pLperztc:, M. crLspcz
Familia: Labiadas.
Princípios ativos: óleo essencial (mentol,
pineno, mentona, limoneno, cânfora, menteno),
tanino, resina, pectina, enzimas.
digestivo
estimulante e tônico geral
combate cólicas
86
Macerado - 5g em 100m1 de vinho,
vezes ao dia, às refeições.
Extrato fluido = de 20 a 50 gotas, 3 vezes ao dia.
Nota: Pode causar insônia se for tomado antes de deitar.
LARANJA
Citrus aurantzum, variedade amarga
Familia: Rutáceas.
Partes usadas: casca dos frutos não muito maduros, sem a parte branca.
linalol, geraniol), princípios amargos (aurancia-
marosídeo,esperiosídeo, isoesperiosídeo, ácidos
esperidínico e auranciamarínico), resinas amargas,
mucilagem, ácido cítrico, ácido málico,
flavonóides. O fruto é rico em vitamina C.
digestivo
combate cólicas de estômago e intestinos
combate acidez do estômago
aumenta o apetite.
Como usar: In fuso - 5g em 100m1 de água
fervente por 15 minutos. Tomar 3 vezes ao dia, antes das refeições.
87
Macerada-5g em l00ml de vinho
tinto por 10 d.ias. Filtrar e tomar um cã.lice
Extrato fluido - 30 gotas, como o fluido.
LAVANDA
Lavandula angustifolza
Familia: Labiadas.
Partes usadas: as flores colhidas antes de abrirem totalmente, secas
ao sol.
Princípios c,tivos: óleo essencial (acetato de
linalil, limoneno, pineno, geraniol, timol,
hidoxicumaria), tanino, princigios amargos e saponina.
calmante
combate tosse e asma
combate cistites e inflamações das vias urinárias
facilita produção e eliminação da bile combate enxaqueca.
Como usar: n fuso -5g em 10flm1 de água
fervente gor 10 minutos. Tomar 3 vezea ao dia,
entre as refeições.
Extrato fluido - de 20 a 30 gotas, tomar como o infuso.
Essência - de 3 a 6 gotas, tomar
como o infuso.
Macerado - lOg em l00ml de ôleo
de oliva, deixando macerar por 3 ou 4 semanas,
ou então esquentando em banho-maria por 1
hora e deixando macerar por mais 7 dias. Tomar
5 gotas, como o iz fuso.
Nota: Evitar o uso pmlongado. Pode ser usada para perfumar roupas nas
gavetas e armários se colocada em saquinhos de pano.
LIMÃO
Atrus lzmonum
Familia: Rutáceas.
terpenos, glicosideos), ácido cltrico e vitamina G.
combate gripes
combate inflamações da boca e garganta
digestivo
Como usar: O suco de limão pode ser tomado
puro ou diluf do em água, após as refeições, po-
dendo ser adoçado.
In fuso - colocar algun as fatias de
limão com casca em 100ml de água fervente.
Deixar por 10 minutos, esfriar e tomar antes das
refeições.
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LINHO
Lznum usztatissimum
Familia: Lináceas.
Partes usadae: sementes secas.
Principios ativos: mucilagem, óleo (ácidos
linolênico, lir .ólico, olêico, isolinoléico, esteárico),
lecitina, linamarlna, resina, tanino.
protetor das mucosas
laxante
combate inflamações de vias urinárias e do trato gastrintestinal.
Como uear: In fuso - 2g em l00ml de águia,
deixando ferver apenas 1 minuto e depois em lnfusão
por mais 10 minutos. Tomar 3 vezes ao dia.
CSleo - tomar 1 colher antes das
refeições. Como laxante, tomar de 30 a 104g em
dose única (adultos).
Macerado - 3 colheres de sopa em 1
litro de água, macerando durante a noite. Tomar 1
xicara, 3 ou 4 vezes ao dia ou um copo pela manhã
em jejum, como laxante leve.
Pode-se usar meio copo de água para macerar 1 ou 2
colheres de café de sementes por 2 a 4 horas, bebendo
só o lfquido ou engolindo as sementes também.
Nota: Não usar a farinha de linho nem triturar, moer ou
esmagar as sementes, que assim tornam-se tóxicas. Se
ingeridas inteiras, não sofrem digestão, deixando de liberar
a lineina, protefna venenosa para o ser humano.
94
LOSNA
Artemzsia: absinthLum
Familia: Compostas.
Princípios ativos: óleo essencial, absintona ou
tujona, tujol, azuleno, felandreno, pineno,
absintina (princfpio amargo), resinas e ácidos orgânicos.
digestivo
combate a febre
facilita eliminação da bile
Como usar: Infuso - lg em 100m1 de água,
aquecendo até ferver e deixando em infusão por
15 minutos. Tomar 2 vezes ao dia.
Extrato fluido -10 gotas, 2 vezes
ao dia.
vezes por dia, antes das refeições.
Nota: Doses altas podem ser tóxicas para o gado, rins e estômago.
Podem também causar convulsões, por isso não se aconselha o uso da
essência. A losna torna o leite amargo, por isso as mulheres que
amamentam devem evitar usá-la.
91
LOURO
Laurus nobzlis
Partes usadas: folhas, colhidas o ano todo, especialmente no inverno.
Princípios ativos: óleo essencial.
digestivo
estimulante
combate gases intestinais.
Como usar: In fuso - 5g em 100ml de água fervente por 10 minutos,
tomando 2 ou 3 vezes ao dia, depois da refeições.
LUPULO
umulus lupulus
Familia: Urticáceas.
Partes usadas: o pó retirado das flores femini-
nas (lupulina)
Principios ativos: óleo essencial (humuleno e
mirceno), resina, flavonáides, esterôis e
estrógenos, antibióticos, ácido tânico e princípios
amargos (humulol e ácido lupolinico).
digestivo
calmante
depurativo
sedativo do desejo sexual (antiáf'rodisíaco).
92
por 8 dias. Tomar um cálice pequeno 3 vezes por dia.
ou 3 vezes por dia.
Nota: planta européia que pode ser cultivada no sul do
Brasil. É planta chamada dióica, porque tem as flores femininas
e n a sculinas separadas em plantas diferentes. As
flores femininas eão as que têm valor medic nal, pois produzem
a lupulina, usada em medicina e na fabricaçáo da oerveja. As
flores maduras são colhidas e secas à sombra. Depois de secas
despreadem o pó rio em lupulina. Se colocado na água, o pó
fica boiando, enquanto que sujeiras e poeira v o para o fundo.
Altas doses causam náuseas e vómitos.
Malus domestica
Familia: Rosáceas.
Principios ativos: óleo essencial, pectina, açúcares, vitaminas A, B2 C.
calmante
laxante suave.
Como usar: Calmante -Infuso: colocar um quarto de uma maçã madura, com
casca, cortado em pedacinho, em um copo de água fervente. Deixar até
esfriar, adoçar se quiser e beber antes de deitar-se.
93
Laxante - cozinhar 4 maças sem
casca e sem sementes em 1 litro de água, juntan-
do uma fatia de casca de limão. Adoçar com 2
colheres de mel. Tomar 1 ou 2 colheres depois das
refeições.
MALVA
Malva sylvestres
Althea rosea
Familia: Malváceas.
Partes usadas: folhas e flores oolhidas antes de
abrirem totalmente. Usam-se também as raízes de
Althea (malva-de jardim), colhidas de plantas com
2 anos de idade, de preferênci.a no outono, secas.
Princípios ativos: Mal va - mucilagem, glicose,
oxalato de cálcio, resina, pectina, malvina (£lores).
Althea - mucilagem, asparagina, açúcares, tanino, lecitina,
fitosterol, betaina, amido.
protetor das mucosas
combate inflamações dos tratos urinário e gastrintestinal.
Decoto - 5g em l00ml de água,
fervendo por 1 minuto e deixando em infusão
durante 15 minutos. Tomar 3 vezes ao dia.
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Extrato fluido -1 colher de café, 3 vezes ao dia, em um pouco de água.
MAMONA
Ricinus communzs
Familia: Euforbiceas.
Partes usadas: o óleo comprado em farmácias.
Princípios ativos: óleo ricinoléico.
laxante ou purgante.
Como usar: De 2 a lOg de óleo como laxante (adultos)
de 8 a 10g de óleo como purgante para crianças
de 20 a 40g como purgante para adultos.
Nota O óleo de rícino tem sabor muito desagradável, mas
hoje pode-se encontrar nas farmácias óleos sem sabor ou com
sabor de frutas ou menta. Não usar nunca nenhuma parte da
planta, nem extrair o óleo em casa, porque a mamona possui
substâncias muito venenosas, que podem causar a morte
(riana e ricinina). Evitar o uso prolongado como laxante.
MANGERICÃO
Ocymum basilLcum
Familia: Labiadas.
Princípios ativos: óleo essencial (cineol, estragol, linalol),
tanino, saponina.
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digestivo
calmante
combate inflamações da boca e garganta
combate gases e cólicas intestinais
calmante da tosse.
Como usar: Infuso 5g em 100ml de água fervente por 10 minutos.
Tomar 3 vezes ao dia.
Decoto - 20g em l00ml de água,
fervendo por 10 minutos. Usar para bochechos e
gargarejos.
Nota: O mangericão é repelente de insetos, bastando esfregar na pele
algumas folhas para manter longe mosquitos, pernilongos e outros
insetos.
l L UJ'Á
Passzflora zncczrnata, P. coerulea
Familia: Passifloráceas.
Partes usadas: folhas e flores. Os frutos sáo
usados para sucos.
Princípios ativos: alcalóides (armano, armol,
armina), passiflorina, flavonóides, pectina,
tosteróis.
calmante
combate cólicas gastrintestinais.
Como usar: O suco de maracujá pode ser usado
à vontade.
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In fuso - 5g em 100ml de água
fervente por 10 minutos. Tomar 3 vezes ao dia, a
última antes de deitar.
Extrato fl uido - de 10 a 20 gotas, 2
vezes ao dia. Máximo de 40 gotas por dia.
Mirabzlzs jalapa
Familia: Nictagináceas.
Partes usadas: flores e folhas.
Princípios ativos: açúcares, alcalóides, trigo-
nelina.
cicatrizante
alivia coceira de alergias e urticárias.
Como usar: Decoto -10g em 100ml de água,
deixando ferver por 15 minutos.
Usar para lavar os ferimentos.
MELISSA
Melissa of ZcznalLs
Familia: Labiadas.
Princípios ativos: óleo essencial (citral,
citronelal, geraniol), mucilagem, tanino, sapo-
nina, resina, princípios amargos, cânfora.
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digestivo
calmante
combate dores de cabeça e enxaquecas
estimula produção da bile
combate infecções virais (gripe, herpes, caxumba, varicela).
Como usar: In fuso - 2 ou 3g em l00m1 de água
fervente por 10 minutos.
Macerado - de 3 a 5g em l00ml de
vinho por 5 dias. Tomar um cálice pequeno, 2 ou
3 vezes ao dia.
Essência - de 2 a 4 gotas, 2 ou 3
vezes por dia em um pouco de açúcar.
Nota: O nome melissa em grego significa abelha, tendo sido
dado a esta planta porque atrai as abelhas durante a
floração. O mel produzido com seu néctar tem aroma e sabor
muito bons. No Brasil,há uma planta da faznilia das Ver-
benáceas, a Lippia geminata, chamada popularmente de
melissa ou falsa-melissa, que pode ser usada da mesma
maneira que a melissa verdadeira; as folhas são muito
parecidaa, mas são mais grossas e o caule lenhoso.
MII.-FOLHAS
Achzllea millefolzum
Familia: Compostas.
Partes usadas: llores e folhas próximas das flores.
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Princípios ativos: cineol, azuleno, aquileína,
tanino, ácido aquiléico.
digestivo
calmante
combate hemorragias
cicatrizante de feridas
facilita menstruação
combate cólicas intestinais
ajuda combater enurese noturna de crianças
(perda de urina durante o sono).
Como usar: Infuso - 5g em 100m1 de água
por 10 dias. Tomar um cálice pequeno 2 ou 3 vezes
ao dia.
Extrato f ZuLdo -1 colher de café 3 vezes ao dia.
Para ferimentos-aplicar o infuso
com ajuda de gaze ou compressas, ou aplicar
diretamente as flores e folhas limpas e esmagadas
sobre as lesões.
MILHO
Zea mays
Partes usadas: o cabelo do milho, que é parte
das flores femininas presentes nas espigas. Deve
ser colhido assim que as pontas começarem a secar, sendo então
99
colocado para secar completamente ao sol. Guardar em local bem seco.
Princípios ativos: saponina, tanino, ácidos
oléico, palmítico e esteárico, fitosteróis, alantoína,
betaína, sais minerais e açúcares.
diurético
combate inflamações urinárias
cicatrizante.
Como usar: Infuso - 10 g em 100 ml de água fervente por 20 minutos.
Decoto - 5g em l00ml de água.
Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão
por mais 5 minutos. Tomar 3 vezes ao dia.
Extrato fluzdo - tomar 1 colher de
café 3 vezes ao dia.
Como cicatrizante, aplicar o decoto ou infuso nas
feridas com ajuda de compressas ou gaze.
MORANGO
Fragczria vesca
Familia: Rosáceas.
Partes usadas: o rizoma (caule), folhas e frutos.
O rizoma se colhe após a maturação dos frutos e
as folhas na primavera.
Princípios ativos: fragarina, tanino, resina,
pectina, mucilagem, sais minerais; os frutos são
100
ricos em vitamina, C, B 1, B2, cálcio, ferro e fósforo.
diurético
depurativo
combate' a gota (ácido úrico)
combate a diarréia,
Como usar: Infuso - 5g de folhas ou raízes em 100 ml de água fervente
por 10 minutos. Tomar 3 ou 4 vezes por dia.
Os frutos podem ser usados à vontade.
NÓZ
Juglans regia
Familia: Juglandáceas.
Partes usadas: folhas sem o pecíolo (cabos) colhidos no verão.
Princípios ativos: tanino, juglona, óleo essencial princípios amargos.
depurativo
combate a diarréia
combate a diabetes.
Como usar: Infuso-4g em 100ml de água fervente, por 10 minutos.
Tomar 3 ou 4 vezes por dia.
Macerado - 5g em l00m1 de vinho, por 8 dias. Filtrar e tomar um cálice
pequeno, 3 vezes por dia, antes das refeições.
101
Extrato fluido -1 colher de café, 3 ou 4 vezes por dia.
Nota: É planta européia que pode ser cultivada no sul do Brasil.
OLIVEIRA
Olea europaea
Familia: Oleáceas.
Partes usadas: folhas e o óleo extraído dos frutos (azeitonas).
Princípios ativos: oleuropeína, olivamarina, tanino, óleo essencial,
ácidos graxos, colina, saponinas e resinas.
combate a febre
depurativo
combate o diabetes
estimula eliminação da bile (óleo)
digestivo
dilata os vasos sangüíneos, inclusive as coronárias, evitando a angina.
Como usar: Infuso-5g de folhas em 100ml de água. Ferver rapidamente e
deixar em infusão por 10 minutos. Tomar 3 vezes por dia, antes das
refeições.
Óleo - tomar uma colher pequena antes das refeições.
102
Nota: O óleo é muito usado em culinária pelo agradável sabor.
Atualmente há óleos sem colesterol, o que diminui o risco de
arteriosclerose com o uso prolongado. Pode ser usado também para
aliviar queimaduras e como curativo para feridas.
O efeito sobre a pressão arterial é devido ao poder vasodilatador da
oliveira, sendo que o uso regular e prolongado pode diminuir o risco
de angina e infartos do coração.
ORÉGANO
Origanum vulgczre
Familia: Labiadas.
Princípios ativos: óleo essencial (timol, ter-
pineno, cimol).
digestivo
combate bronquites e tosse
combate gases e cólicas intestinais.
Como usar: Infuso - 5g em l00m1 de água fervente por 10 minutos.
PÀRIETÁRIA
Parietaria ocinalis
Partes usadas: folhas colhidas no verão, frecas ou secas.
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Princípios ativos: sais minerais (potássio e
enxofre), mucilagem, ilavonóides.
diurético
combate iz lamações da bexiga (cistites)
depurativo
expectorante
combate asma e bronquites
alivia queimaduras e ferimentos.
Como usar: Suco fresco -10g de suco, de 2 a 4 vezes ao dia.
In fuso-5g em l00ml de água fervente por 10 minutos.
Sobre queimaduras e ferimentos, aplicar o infuso
com compressas ou então as folhas frescas limpas
esmagadas.
Pode ser usada em saladas.
PICÃO
Bzdens pilosa
Familia: Compostas.
Partes usadas: toda a planta.
Princípios ativos: tanino, mucilagem, flavonóides, fitosteróis,
poliacetilenos e hidrocarbonetos.
combate o diabetes
diurético
cicatrizante de feridas, desinfetante
104
combate diarréias
Como usar: Infuso - 5g em 100ml de água fervente por 10 minutos.
Decoto - 5g em 100ml de água, deixando ferver por 3 minutos.
Tomar 3 vezes por dia ou usar para aplicar nos ferimentos com ajuda de
compressa ou gaze.
A planta fresca esmagada pode ser usada sobre ferimentos.
Nota: É usada popularmente para combater a interícia, em chás ou
banhos, não havendo comprovação experimental sobre esse efeito, ao
contrário do que ocorre com o efeito hipoglicemiante, já bem observado
em experiência com animais de laboratório.
POEJO
Mentha pulegLum
Familia: Labiadas.
Princípios ativos: óleo essencial (mentol, limoneno, pulegona)
digestivo
combate tosse e rouquidão.
Como usar: Infuso - 5g em 100ml de água fervente por 10 minutos.
Tomar 3 vezes por dia, após as refeições.
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UASSIA
uassia amara
Familia: Simarubáceas.
Partes usadas: madeira em pedaços ou em pó.
Princípios ativos: princípios amargos (quassina,
neoquassina), resina, óleo essencial, pectina,.
digestivo
depurativo
combate febres
vermífugo (oxiúrus).
Como usar: Decoto - lg em l00m1 de água.
Ferver por 5 minutos e deixar em infusão por 15
minutos. Tomar 3 vezes por dia antes das refeições.
por 10 dias. Filtrar e tomar uma colher pequena
(café) 2 ou 3 vezes por dia, antes das refeições.
Extrato f Zuzdo - de 10 a 20 gotas,
tomar 2 ou 3 vezes ao dia, antes das refeições.
Nota: Não usar durante a gravidez.
QUEBRA-PEDRA
Phyllanthus nzruri
Familia: Euforbiáceas.
Partes usadas: toda a planta, de preferência
fresca.
106
Princípios ativos: ácido ricinoléico, princípios
amargos, tanino, mucilagem, flavonóides (quer-
citina).
diurético
combate o diabetes.
Como usar: Decoto - 5g em l00m1 de água.
Ferver por 15 minutos e deixar em infusão mais
10 minutos. Tomar 3 vezes ao dia.
UELIDOMA
Chellzdonzum majus
Familia: Papaveráceas.
Partes usadas: folhas e flores, secas à sombra.
Pode-se usar a raiz. Toda a planta tem um látex
(leite) amarelo-alaranjado, cáustico.
Princípios ativos: alcalóides (quelidonina, que-
leritrina, sanguinarina e protopina), mucilagem,
resina, óleo essencial.
combate cólicas do intestino e vesícula biliar
combate angina do peito
combate doenças do fígado (hepatites, icterícia,
colangites, esteatose) e da vesícula
elimina verrugas da pele.
Como usar: In fuso -1 ou 2g em 100m1 de água
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por 8 dias. Filtrar e tomar um cálice pequeno 2 vezes por dia.
Extrato fluido - de 20 a 50 gotas, 2 vezes por dia.
Verrugas - aplicar o "leite" diariamente nas lesões
Nota: Evitar contato com os olhos. Não ultrapassar as doses
recomendadas.
QUININA
CLnchona succLrubra
Familia: Rubiáceas.
Partes usadas: casca da árvore ou pó.
Princípios ativos: alcalóides (quinina, qui-
nidina, cinconina e cinconidina), ácido quínico e
ácido quinóvico, tanino, ácido caféico, óleo essencial, goma, amido.
digestivo
estimulante
combate febre
combate malária (desaconselha-se o uso caseiro).
Coma usar: Decoto - 2g em l00ml de água.
minutos. Tomar 2 vezes ao dia, antes das refeições.
por 7 dias. Tomar um cálice pequeno 2 vezes ao dia.
Extrato fluzdo - 5 gotas, 2 ou 3
vezes ao dia.
108
Nota: Não usar na gravidez. Não usar doses maiores que as indicadas,
pois seria tóxico para o coração, fígado, sistema nervoso, olhos e
ouvidos. Não tratar malária com remédios caseiros, mas procurar um
médico. É interessante notar que apesar do surgimento de drogas
sintéticas, a quinina continua a ser usada no tratamento da malária,
porque os parasitas não desenvolvem resistência contra ela, ao
contrário do que ocorre com as substâncias sintéticas.
ROSA-CANINA
Rosa canina
Familia: Rosáceas.
Partes usadas: folhas, pétalas das flores e frutos maduros sem sementes.
Princípios ativos: tanino, resina, pectina, ácidos
citrico e málico, alem de vitaminas C, Bl, B2,
PP, A e K, principalmente nos frutos.
anteinflamatório (pele e mucosas)
combate a diarréia
diurético
vitamínico (frutos).
Pode-se usar para fazer bochechos, gargarejos ou
para aplicar sobre ferimentos.
Maceracdo - 5g em 100ml de vinho
por 5 dias. Filtrar e tomar um cálice pequeno, 2
ou 3 vezes por dia.
Para aproveitar melhor as vitaminas, podem
109
ser usados os frutos frescos amassados, 4 ou 5 por dia.
Nota: A rosa-canina tem esse nome porque na antigüidade era usada para
tratar mordidas de cães raivosos. Outras
espécies de rosa, principalmente as selvagens, são usadas
como medicinais, cosméticas ou como alimento, para fazer doces,
geléias e licores. As pétálas são colhidas. das flores logo que abrem,
podendo ser secas à sombra. As folhas devem ser colhidas no verão.
Rheum offzcznale
Familia: Poligonáceas.
Partes usadas: rizoma (caule) colhido no outo-
no.
Princípios ativos: reína, rapontina, tanino,
reosmina e ácidos orgânicos.
digestivo
laxante.
Como usar: Decoto - 2g em 100m1 de água.
Extrato fluido
dzgestivo - de 3 a 10 gotas
lacxante - de 15 a 25 gotas
purgante - de 50 a 70 gotas.
110
SABUGUEIRO
Sambucus nzgra
Familia: Caprifoliáceas.
Partes usadas: casca, folhas e flores secas. A
planta fresca pode ser tóxica.
Princípios ativos: tanino, alcalóides (sam-
bucina), flavonóides, glicosídeos e sais minerais
(potássio).
diurético
combate gripes, tosses e bronquites
combate reumatismos
faz suar.
Como usar: Infuso - lOg em 100ml de água
Decoto - 8g de folhas ou casca, ou
5g de frutos maduros, em l00ml de água. Ferver
por 10 minutos e deixar em infusão por 10 minutos.
Macerado - lOg em l00m1 de vinho branco por 5 dias.
Tomar 3 vezes ao dia, um cálice pequeno.
Extrato fluido - de 50 a 100 gotas,
tomar 3 vezes ao dia.
Nota: É muito usado no Brasil contra o sarampo e catapora, mas não há
referências experimentais ou científicas que confirmem ou excluam esse
efeito.
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SALSA
Petroselinum satLvum
Partes usadas: folhas colhidas na primavera ou
outono e raiz de plantas com 1 ano de idade,
cortada em pedaços e seca.
Princípios ativos: apiol, miristicina, apiosídeo,
vitaminas C e A e princípio estrogênico.
diurético
Como usar: A raiz tem maior efeito diurético
que as folhas.
Decoto - 5g em l00ml de água.
Ferver por 5 minutos deixar em infusão por 10
Extrato fluzdo - de 70 a 76 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
por 10 dias. Tomar um cálice pequeno, 2 ou 3 vezes ao dia.
Contra hemorragias, aplicar o suco fresco das
folhas amassadas nas feridas ou no nariz.
Nota: Não usar durante a gravidez.
112
ssAn
Smilax ornata
Partes usadas: raízes colhidas no outono.
Princípios ativos: saponinas (parrilina, esmi-
lasaponina), resinas amargas, óleo essencial,
oxalato de cálcio, açúcares.
diurético
Como usar: Decoto - de 6 a 10g em l00ml de
água. Ferver por 10 minutos e deixar em infusão
por 10 minutos. Tomar 3 vezes ao dia, antes das refeições.
Extrato fluido - de 40 a 150 gotas, 3 vezes ao dia.
Nota: Evitar o uso se tiver pedras de oxalato nos rins.
Salvia offzcLnalis
Familia: Labiadas.
Partes usadas: as folhas e as flores.
Princípios ativos: óleo essencial (salviona,
salveno, pineno, cineol, borneol, cânfora),
picrossalvina, tanino, colina, flavonóides,
mucilagem; cálcio, ferro, vitaminas B 1 e C, estrona.
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digestivo
estimulante
desinfetante (boca, garganta, feridas)
combate o diabetes
combate cólicas gastrintestinais
diminui suor excessivo
alivia sintomas da menopausa.
Como usar: Infuso - 5 a lOg em l00m1 de água
fervente por 10 minutos. Tomar 2 ou 3 vezes por
dia, ou usar para gargarejos e bochechos.
Extrato fluido - de 20 a 60 gotas, 2 ou 3 vezes por dia.
por 6 dias. Filtrar e tomar um cálice pequeno 2 ou 3 vezes por dia.
O pó das folhas ou as folhas frescas esmagadas
podem ser usados para massagear a gengiva ou
para escovar os dentes, deixando o hálito agradável.
Um infuso bem forte ou o óleo de sálvia podem ser usados em
ferimentos ou massagens, mas somente para uso externo.
Nota: O nome dessa planta originou-se do verbo salvar, pois sempre se
acreditou ser capaz de curar quase todas as doenças. Mesmo sendo tão
benéfica, não deve ser usada continuamente por muito tempo, porque
então pode apresentar efeitos tóxicos. É um ótimo tempero.
114
SENE
Cassia aculi folia, C. angusti folia
Princípios ativos: aloemodina, resina, catartina, senosídeos,
mucilagem, óleo essencial.
Propriedades medicinaia:
laxante.
Como usar: In fuso - 2 ou 3 g em l00ml de água
fervente por 15 minutos. Tomar em jejum ou à
noite.
Extrato fluzdo-Laxante-20gotas.
Purgante- 50 a 60 gotas.
TAMARINDO
Tamarindus indica
Partes usadas: a polpa dos frutos maduros.
Princípios ativos: ácidos orgânicos (tartárico,
málico, cítrico, acético, lático), goma, açúcares,
pectina.
laxante.
Como usar: Pode-se usar a polpa em geléia ou
refrescos.
115
Decoto - 2g em 100ml de água. Fer-
ver por 20 minutos. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia.
TANCHAGEM
Plantago mazor, P. lanceolada, P. medLa
Familia: Plantagináceas.
Princípios ativos: mucilagem, glicosídeos (aucubina), tanino, ácidos
orgânicos e enzimas (invertina, e emulsina).
depurativo
diurético
combate tosses e bronquites (anticatarral)
combate diarréia
cicatrizante
estanca hemorragias
alivia queimaduras.
Como usar: Infuso -5g em 100m1 de água por
10 minutos. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia.
Decoto - 5g em l00m1 de água.
Ferver por 10 minutos e deixar 10 minutos em
infusão. Tomar 5 vezes ao dia contra diarréia. As
folhas lLmpas e frescas, esmagadas, são aplicadas
sobre feridas para estancar hemorragias e como
cicatrizante. Também podem ser usadas sobre
queimaduras.
116
TOMILHO
Thymus vulgaris
Familia: Labiadas.
Partes usadas: ramos mais novos, de preferência floridos.
Princípios ativos: óleo essencial (timol, carvacrol,
cimol, borneol, linalol), tanino, resina,
serpilina (princípio amargo), flavonóides e ácido
ursólico (antibiótico).
expectorante
desinfetante de vias respiratórias e intestinos
estimulante
vermífugo (áscaris, oxiúrus, ancilóstoma e tênia).
Como usar: Infuso - 3 a 5g em l00ml de água fervente por 10 minutos.
Tomar 3 ou 4 vezes ao dia, entre as refeições.
Extrato fluido -1 colher de café, 3 ou 4 vezes ao dia.
Nota: Evitar tomar bebidas alcoólicas enquanto é feito o tratamento
com tomilho, porque aumentam muito a absorção pelo organismo.
TRIGO
Triticum vulgare
Partes usadas: farelo de trigo ou grão integral
117
Princípios ativos: fibras.
regulariza o funcionamento do intestino
Como usar: De 2 a 4 colheres de farelo de trzgo
por dia, misturado a sopas, sucos ou leite.
Nota: Pode-se uaar o trigo de fazer quibe, que é mais
facilmente encontrado que o integral, para fazer sopas.
Deixar de molho na água algumas horas antea de usar para
que amoleça. É aconselhável também substituir a farinha
comum pela farinha integral para fazer pão. O uso regular
e prolongado traz melhores resultados que o uso esporádico.
TUSSILAGEM
Tussilago farfara
Familia: Compostas.
Partes usadas: flores colhidas antes de abrirem
totalmente ou as folhas, colhidas sem os pecíolos (cabinhos).
Princípios ativos: mucilagem, tanino, inulina,
sais minerais (potássio e zinco).
sedativo da tosse
expectorante
combate bronquites, laringites, asma.
Como usar: In fuso - 5g de ilores em 100m1 de água fervente por 10
minutos. Tomar 3 ou 4 vezes ao dia, entre as refeições.
118
Decoto - 5 a lOg de folhas em l00m1 de
água; ferver por 1 minuto e deixar em infusão por
10 minutos. Tomar 3 vezes ao dia, entre as refeições.
Extrato fluido - tomar 5g por vez, 2 ou 3 vezes ao dia.
URTIGA
Urtzca dLoLca
Partes usadas: os ramos cortados a cerca de 10
centímetros do solo, no verão, secos à sombra.
Princípios ativos: urticosídeo, secretina, taninos, sais minerais,
vitaminas C e A, acetilcolina, histamina, óleo essencial, ácido
fórmico, ácido acético.
diurético
depurativo
Como usar: Decoto - 5g em l00m1 de água.
minutos. Tomar várias vezes por dia.
Extrato fluido -1 colher de café 2 ou 4 vezes por dia.
Nota: Os brotos podem ser usados em sopas ou outros pratos, como o
espinafre.
119
VERBENA
Verbena of Zcznalzs
Familia: Verbenáceas.
Princípios ativos: glicosídeo (verbenalina),
princípios amargos, emulsina, óleo essencial
(limoneno, geraniol, verbenona), tanino, mucilagem.
digestivo
diurético
depurativo
combate dor de cabeça
combate reumatismos e nevralgias.
Como usar: Infuso - 2g em l00m1 de água fervente por 5 minutos.
Tomar 2 ou 3 vezes por dia, depois das refeições.
Contra reumatismos, nevralgza e dor de cabeça-Fazer um
infuso com 10 g de verbena em 100 de água fervente por 15 minutos.
Usar como compressa nas áreas doloridas, várias vezes ao dia.
120
ESTAS TAMBÉM SÃO EXCELENTES TEMPEROS:
Sugestões para o uso culinário:
aipo - saladas, sopas.
alecrim - carnes, molhos.
alho - quase todos os pratos salgados.
anis e anis-estrelado - licores, doces, sopas, carnes e peixes.
canela - doces, carnes.
capuchinha - saladas.
cebola - quase todos os pratos salgados.
coentro - carnes, picles, lingüiças.
cominho e cominho-armênio - licores, pães, biscoitos, queijos, molhos.
cravo - carnes e doces.
endro - peixes, saladas, molhos, conservas.
erva-doce - bolos (principalmente de fubá), biscoitos, carnes, molhos.
gengibre - molhos, carnes, doces, bolos e biscoitos.
hortelã - molhos, saladas, carnes.
limão - carnes, saladas, molhos, doces e cremes.
louro - molhos, carnes.
mangericão - molhos, carnes.
melissa - saladas, molhos.
oliva - molhos, pães, saladas e quase todos os pratos salgados.
121
orégano - molhos, carnes, saladas, pizza.
salsa - molhos, saladas, sopas, carnes e peixes.
sálvia - pães, carnes e molhos.
tomilho - queijos, carnes e molhos.
Experimente colocar as plantas de sua preferência de molho no
vinagre ou no óleo por alguns dias e depois usar para temperar seus
pratos. O aroma e o sabor se conservam bem no óleo e vinagre. Deixe
para colocar as plantas nos molho ao final da fervura, pois muito
tempo de calor pode fazer desaparecer o aroma.
PLANTAS VENENOSAS
Algumas plantas cultivadas em jardins possuem conhecidamente
princípios ativos medicinais, mas devido ao perigo do uso caseiro,
principalmente em crianças e pessoas enfraquecidas, podem ser
consideradas VENENOSAS.
Somente um médico pode determinar com segurança a dose certa para o
uso. Como existem em farmácias remédios mais seguros com os mesmos
princípios ativos (atropina, por exemplo), o uso caseiro deve ser
evitado.
Em caso de ingestão de partes dessas plantas ou de chás e remédios
feitos com elas, procurar imediatamente um médico, principalmente em
se tratando de crianças, pois há risco de morte por envenenamento.
122
BELADONA
Atropa belladonna. Familia: Solanáceas.
DEDALEIRA
Digitalzs purpurea. Familia: Escrofulariáceas.
ERvA-DE-SANTA-MARIA
Chenopodium ambroszozdes. Familia: fuenopodiáceas.
ESPIRRADEIRA
Nerium oleander. Familia: Apocináceas.
PAPOULA
Papaver somniferum. Familia: Papaveráceas.
TROMBETEIRA
Datura suaveolens. Familia: Solanáceas.
ATENÇÃO:
Nunca use plantas que não conheça.
Nunca aumente a dose de uma receita mesmo conhecendo a planta.
Mesmo que não seja venenosa, doses altas podem ser tóxicas.
Nunca use internamente plantas ou remédios recomendados para uso
externo.
Não use plantas doentes, com bichos ou mofas, nem plantas de lugares
poluídos. Não use venenos ou inseticidas nas plantas que serão usadas
para remédios ou alimentação.
Deixe sempre remédios e plantas medicinais longe das crianças, para
evitar acidentes de envenenamento.
123
PRINCIPAIS INDICAÇÕES
PARA O USO DAS PLANTAS MEDICINAIS
AFRODISIACO: Ginseng, guaraná.
ALERGIAS: Agrimônia, camomila, maravilha.
ANEMIAS: Cavalinha, centáurea-menor, feno-grego, genciana, rosa-canina.
ANGINA DO PEITO: Oliveira, quelidônia.
ANTIAFRODISÍACO: Lúpulo.
ASMA: Eucalipto, guaco, lavanda, parietária, tussilagem.
BRONQUITES: Agrião, capuchinha, eucalipto, guaco, era, malva, orégano,
parietária, sabugueiro, tanchagem, tomilho, tussilagem.
CABELOS: Babosa, camomila, capuchinha.
CALMANTE: Alface, artemisia, camomila, erva-cidreira,
espinheiro-branco, girassol, lavanda, lúpulo, maçã, mangericão,
maracujá, melissa, mil-folhas.
CALOS: Calêndula.
CICATRIZANTE: Agrimônia, calêndula, camomila, cenoura, confrei,
espinheira-santa, gerânio, maravilha, mil-folhas, milho, oliveira,
picão, tanchagem.
CISTITES: Eucalipto, lavanda, linho, malva, milho, parietária.
COLESTEROL: Alcachofra, beringela, dente-de-leão.
124
CÓLICAS E GASES INTESTINAIS: Abacate, aipo, alho, angélica, anis,
anis-estrelado, artemísia, cálamo-aromático, camomila, coentro,
cominho, cominho-armenio, endro, erva-cidreira, erva-doce,
espinheiro-branco, gengibre, hortelã, laranja, louro, mangericão,
maracujá, melissa, mil-folhas, orégano, poejo, quelidônia, sálvia.
DESIDRATAÇÃO: Coco (água).
DESINFETANTES : Cebola-zntestinos e vzc s
urinarias
Eucalipto - intestinos, vias urináric s e pulmões
Sálvia - bocc , gargantcz e feridas.
Tomilho - zntestznos e pulmões.
DEPURATIVO OU DESINTOXICANTE: Alcachofra, bardana, beringela,
cardo-santo, centaurea-menor, chicoria, couve, dente-de-leão,
genciana, losna, morango, noz, oliveira, parietária, quassia,
tanchagem, urtiga, verbena.
DIABETES: Alcachofra, amora, bardana, carqueja, cebola, eucalípito,
noz, oliveira, picão, quebra-pedra, sálvia.
DIARREIA: Abóbora, alho, arroz, banana, carvalho, cenoura, goiaba,
jabuticaba, morango, noz, picão, rosa-canina, tanchagem.
DIGESTIVOS: Abacaxi, agrião, alecrim, alho, angélica, arruda,
artemísia, azedinha, cálamo-aromático, canela, cardo,santo, carqueja,
cáscara-sagrada, cebola, centáurea-menor, chicória, coco,
cravo-da-india, dente-de-leão, erva-cidreira, erva-doce, genciana,
gengibre, hortelã, laranja, limão, losna, lúpulo, louro, mangericão,
125
melissa, mil-folhas, oliveira, orégano, poejo, quassi, quina,
ruibarbo, sálvia, verbena.
DIURETICOS: Abacate, abacaxi, aipo, alcachofra, alface, alquequenje,
aspargo, aveia, azeda e azeda-miuda, azedinha, bardana, boldo-do-chile,
carqueja, cavalinha, cebola, centáurea, chicória, coco, dente-de-leão,
erva-doce, espinheira-santa, girassol, milho, morango, parietária,
picão, quebra-pedra, rosa-canina, sabugueiro, salsa, salsaparrilha,
tanchagem, urtiga, verbena.
DOR DE CABEÇA: erva-cidreira, girassol, guaraná, lavanda, melissa,
verbena.
DOR DE DENTE: Cravo-da-índia.
ENURESE NOTURNA OU PERDA DE URINA: carvalho, mil-folhas.
ESTIMULANTES, TÔNICOS: Alecrim, angélica, canela, gengibre, ginseng,
guaraná, hortelã, louro, quina, rosa-canina, sálvia, tomilho.
EXPECTORANTES: Abacaxi, alho, capuchinha, eucalípito, guaco, era,
parietária, tanchagem, tussilagem.
FEBRE: Cardo-santo, carvalho, erva-cidreira, eucalípito, girassol,
losna, oliveira, quassia, quina.
FERIDAS: ver cicatrizantes e hemorragia.
FÍGADO E VESÍCULA BILIAR: Agrião, aipo, alcachofra, alecrim, bardana,
beringela, boldo-do-chile, calêndula, cardo-mariano, cardo-santo,
carqueja, cáscara-sagrada, chicória, dente-de-leão, lavanda, losna,
melissa, oliveira, quelidônia.
126
FUMANTES - agrião, aveia.
GASES INTESTINAIS: ver cólicas.
GASTRITES E ULCERAS: Angélica, banana, batata, cálamo-aromático,
confrei, couve, espinheira-santa, gerânio, laranja.
GOTA (ACIDO URICO): Aipo, alcachofra, alecrim, alquequenje, aveia,
bardana, limão, milho, morango, salsa, salsaparrilha, urtiga.
HEMORRAGIA: Bolsa-de-pastor, carvalho, cavalinha, cebola, gerâneo,
mil-folhas, picão, salsa, tanchagem.
INFLAMAÇÕES: Boccz egarganta -agrimônia, amora, azeda e azeda-miuda,
carvalho, centáurea, limão, malva, mangericão.
Intestinos - agrimônia, aveia, carvalho, gerânio, linho, malva,
rosa-canina.
Olhos - agrimônia, centáurea.
Pele - ver alergias e cicatrizantes.
Reumatismos - abacate, arnica, camomila, cânfora, centáurea, guaco,
sabugueiro, verbena.
Vias urinárias-eucalipto, lavanda, linho, malva, milho, parietária,
rosa-canina.
LAXANTES: Abóbora, alface, ameixa, arroz, cascara-sagrada, coco,
linho, maçã, mamona, ruibarbo, sene, tamarindo, trigo.
LEITE MATERNO (aumentar): anis, anis-estrelado, cominho-armênio,
erva-doce, feno-grego.
MAU-HALITO: Cravo-da-índia, sálvia.
MENOPAUSA: sálvia.
127
MENSTRUAÇÃO: Alecrim, arruda, artemísia, bolsa-de-astor, calêndula,
camomila, canela, erva-doce, hera, losna, melissa, mil-folhas,
orégano, salsa, sálvia.
PEDRAS NOS RINS OU NA VESÍCULA BILIAR: ver diuréticos ou fígado.
PELE: Agrião, aveia, bardana, cenoura, centáurea.
PICADA DE INSETOS: Cebola, mangericão.
PRESSÃO ALTA: Alho, espinheiro-branco, milho, oliveira.
QUEIMADURAS: Abóbora, calêndula, cenoura, oliveira, parietária,
tanchagem.
REUMATISMOS: ver inflamações.
RINS: ver diuréticos.
SUOR: para aumentar - sabugueiro.
para diminuir - carvalho e sálvia.
TAQUICARDIAS E PALPITAÇÕES: Espinheiro-branco.
TIC DOS OLHOS (BLEFAROSPASMO): Boldo-do-chile.
TOSSE: Abacaxi, agrião, canela, castanha, cenoura, cravo-da-índia,
erva-cidreira, gengibre, girassol, guaco, era, lavanda, malva,
mangericão, orégano, poejo, sabugueiro, tussilagem.
ÚLCERA: ver gastrite.
VERMES: Abóbora, quássia, tomilho.
VESICULA BILIAR: ver fígado.
128
VIRUS: Melissa.
VOMITOS: Cardo-santo.
CUIDADOS COM A ALIMENTAÇÃO
Uma alimentação sadia e equilibrada afasta muitas doenças.
Nosso corpo precisa de proteínas, açúcares,
gorduras, sais minerais, vitaminas e fibras. Uma
alimentação variada oferece as quantidades certas
de cada nutriente que precisamos. Não adianta
comer muito, mas sim comer bem. Quem come
muita carne porque acha que é importante comer
bastante proteínas, pode não deixar lugar nas refeições
para os cereais, frutas e verduras, que têm
menos proteínas mas são igualmente indispensá-
veis para nossa saúde. A dieta equilibrada deve
conter um pouco de cada tipo de alimento.
Em geral, todos os alimentos contêm um
pouco de cada grupo de nutrientes, mas cada um
é mais rico em algum deles. Assim, podem ser
basicamente agrupados da seguinte maneira:
Alimentos ricos em proteínas: carnes, leite,
ovos, peixes.
Alimentos ricos em açúcares: mel, frutas, e
todos os alimentos ricos em amido (arroz, milho, trigo, aveia, batata,
batata-doce, mandioca, canjica, farinhas e maisena).
Alimentos ricos em gordura: óleos, manteiga,
nozes e castanhas, amendoim, coco, creme de leite.
129
Alimentos ricos em vitaminas e sais minerais:
frutas, verduras (principalmente frescas) e
cereais integrais. Estes alimentos também são
ricos em fibras.
É mais saudável uma alimentação natural,
sem alimentos industrializados (com corantes,
conservantes etc), com poucos doces, pouco açúcar
refinado, poucas frituras e alimentos muito
gordurosos, dando-se preferência às carnes magras
e evitando-se o sal, que em geral é usado em
excesso e contribui para o aumento da pressão
arterial. Deve-se ter muito cuidado para cozinhar
ou assar carnes, porque se são mal passadas
podem transmitir verminoses. O mesmo cuidado
se deve ter para lavar frutas e verduras, já que
também podem transmitir doenças se estiverem
contaminadas.
As pessoas que têm diabetes, gota, colesterol
ou triglicérides altos no sangue, que sofrem de
úlceras ou gastrites ou que têm pedras nos rins
ou na vesícula biliar, assim como aquelas que
precisam emagrecer devem seguir dietas especiais
orientadas pelo médico, que vai aconselhar ou
proibir determinados alimentos de acordo com as
necessidades de cada um.
130
CUIDADOS COM AS DIARRÉIAS
Em geral as diarréias são autolimitadas,
isto é, após a eliminação das toxinas ou bactérias
que as causaram, elas cessam. Por isso, os cuidados,
que devem ser tomados são para evitar a
desidratação, principalmente nas crianças pequenas,
e para diminuir o número de evacuações,
evitando comer alimentos laxantes.
Para evitar a desidratação, dar muitos líquidos ao doente, se
necessário o soro caseiro.
Evitar alimentos com bagaço ou cascas, como o
feijão, laranj a, verduras ou alimentos muito ricos em açúcares para
evitar fermentação. Dar preferência aos chás, caldos e sopas.
Evitar tomar medicamentos como antibióticos
ou outros que fazem diminuir as evacuações
ou aumentam a consistência das fezes, pois podem
dar a falsa impressão de cura ou reter ainda
mais as toxinas dentro do intestino, prolongando
a doença.
Diarréias com muco (catarro) ou sangue
são chamadas disenterias, e devem ser tratadas
por médicos.
131
CUIDADOS COM QUEIMADURAS
As queimaduras podem ser de três graus:
primeiro grau: o local queimado fica
vermelho, mas não há formação de bolhas.
segundo grau: existe formação de bolhas.
terceiro grau: há destruição da pele,
expondo os tecidos subcutâneos.
A gravidade de uma queimadura depende
mais da extensão da superfície queimada do que
propriamente do grau da queimadura, ou seja, é
mais grave uma queimadura muito grande de
segundo grau do que uma pequena de terceiro
grau. As grandes queimaduras exigem tratamento
hospitalar, por isso não se deve demorar
para procurar assistência médica.
Pequenas queimaduras de primeiro e segundo
graus podem ser tratadas em casa. Assim
que houver queimadura, esfrie o local com água
fria Se for queimadura com líquidos quentes,
que molharem a roupa, retire-as imediatamente
para que o calor não continue queimando a pele.
Não fure as bolhas, porque aquele líquido que
contêm ajuda a recuperação da pele. Só aplique
plantas em queimaduras de primeiro grau ou de
segundo grau se as bolhas não estiverem estouradas,
para evitar infecçóes. Não use pasta de
dente ou outrns materiais. As queimaduras de
terceiro grau devem ter tratadas por médicos.
Nos casos de queimaduras grandes, principalmente
em crianças, dê bastante líquidos
132
para o queimado, porque há risco de desidratação.
Para cobrir as áreas queimadas, use panos
ou gase limpos, embebidos em vaselina líquida
ou azeite de oliveira limpo.
COMO PR,EVEMR A DESIDRATAÇAO
A desidratação é a perda excessiva de água
pelo organismo e em geral aparece em casos de
diarréias acompanhadas de vômitos ou em doentes
graves que não se alimentam nem bebem
água suficiente. E muito perigosa, principalmente
para crianças pequenas e no tempo de calor,
podendo causar a morte. A pessoa desidratada
fica com a boca e a pele secas.
A desidratação pode ser prevenida dando-se
muitos líquidos para o doente, como água,
sucos, caldos e sopas. Caso o doente vomite muito,
procure um serviço médico para que possa receber soro pela veia.
Soro caseiro contra desidratação
1 litro de água fervida e fria
meia colher de chá de sal
2 colheres de sopa de açúcar ou mel
Dar muitas vezes por dia, como se fosse
água. O soro é lmportante porque repõe o sal que
também é perdido pelo suor, diarréia e vômitos,
além de fornecer energia contida no açúcar ou no
mel. Cuidado para não deixar o soro muito salgado.
133
Ele deve ter o mesmo gosto da lágrima. Nos
postos de saúde existem preparados em pó ou em
comprimidos para o soro ser feito em casa. Pode-se
usar também a água de arroz e a água de coco
como se fossem soro.
CUIDADOS COM A FEBR,E
A febre não é uma doença, mas um sinal que
aparece em muitas doenças diferentes. Por isso
não basta simplesmente abaixar a febre, mas
deve-se investigar qual a sua causa. Pode ser um sinal de simples
resfriado, de pneumonia ou de outras infecções graves.
A febre alta pode ser perigosa, principalmente em crianças.
Para abaixar a febre
deixar o doente descoberto e com pouca roupa, mesmo que esteja frio.
dar banho com água morna, quase fria, ou fazer compressas de água fria
sobre todo o corpo.
dar bastante água, sucos e outros líquidos.
Nota: Se com esses cuidados a febre não abaixar, procure logo um
médico.
134
CUIDADOS COM HEMORRAGIAS
As pequenas hemorragias de ferimentos
podem ser controladas apertando-se bem a ferida
por alguns minutos. Para usar alguma planta,
certifique-se de que esteja muito limpa, para não
causar infecções.
As hemorragias do nariz podem ser controladas sentando-se e
levantando-se bem a cabeça.
Apertar o nariz durante uns 10 minutos ou aplicar
o suco das plantas com ajuda de gaze ou algodão,
em forma de chumaço que deve ser enf ado na
narina que sangra, tendo o cuidado de deixar
uma parte para fora, para facilitar a retirada
depois.
ATENÇÃO: se a hemorragia não parar,
procurar imediatamente um hospital. Em caso
de ferimento sangrante de braços ou pernas,
enquanto o doente é levado para o médico, amarrar
uma faixa ou um torniquete bem apertado,
para diminuir o sangramento; desapertar a cada
15 ou 20 minutos, para não impedir a circulação
do sangue.
135
CUIDADOS COM FERnVIENTOS
Lavar cuidadosamente todos os ferimentos
com água e sabão, retirando toda a sujeira, para
evitar infecções. Se for usar alguma planta, certifique-se
de que estej a muito bem limpa, pois
plantas sujas podem acabar por causar mais mal
do que bem.
Ferimentos profundos ou causados por objetos
sujos, enferrujados, devem também ser
muito bem lavados, mas é necessário procurar
um centro de saúde para receber a vacina contra
o tétano.
Mordidas de cães, gatos ou morcegos trazem
o perigo da contaminação com o vírus da raiva.
Procure sempre o centro de saúde o mais rápido
possível, depois de lavar o ferimento com água e
sabão. Sempre que possível, observar o animal
por no mínimo ).0 dias.
Picadas de aranhas, escorpiões e cobras
não devem nunca ser tratadas com remédios
caseiros. Procure sempre um médico o mais rápi-
do possível, pois o tratamento deve ser feito com
soros específicos.
136
O uso de plantas medicinais é assunto polêmico.
Há os que não acreditam no poder terapêutico das
plantas e aqueles que as usam como absolutamente
milagrosas, capazes de curar qualquer doença. Entre esses dois
extremos, perdura o uso racional e equilibrado que a humanidade vem
fazendo delas há milhares de anos em todas as partes do mundo.
A verdade sem dúvida está no meio termo, longe
dos exageros, como tem provado a própria Ciência que
a cada dia comprova efeitos terapêuticos de plantas há
muito tempo reconhecidas como medicinais pelo povo.
Vale lembrar que também a Medicina tradicional
sempre usou e ainda usa muitas drogas extraídas de plantas.
Este pequeno manual ilustrado explica de maneira
simples e acessível aos leitores o uso de mais de cem
plantas medicinais, indicando os princípios ativos, as
propriedades medicinais e a maneira de preparar
cada uma delas.
O autor é médico formado pela Escola Paulista de
Medicina em 1985. Mestre em Anatomia Patológica,
é professor assistente do Departamento de
Anatomia Patológica da Escola Paulista de Medicina e patologista da
Casa de Saúde Santa Marcelina, em São Paulo.

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Moacyr Pezati Rigueiro

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