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AGRUPAMENTO de ESCOLAS

Escola Básica 2,3

Exma. Sra. Presidente da


Comissão de Coordenação da Avaliação de Desempenho do
Agrupamento de Escolas -

Francisco José Santana Nunes dos Santos, professor do grupo de recrutamento 260 do QND do
Agrupamento de Escolas - , tendo sido nomeado relator no processo de avaliação do desempenho
docente regulado pelo Decreto Regulamentar 2/2010, vem expor a V. Exa. o seguinte:

A legislação aplicável ao processo de Avaliação de Desempenho Docente - DL75/2010, DR 2/2010


e Despacho ME 16034/2010 - não faz qualquer distinção no que se refere à distribuição das quotas
de mérito entre avaliados, relatores, coordenadores e membros da Comissão de Coordenação da
Avaliação de Desempenho.

II

Dessa forma o requerente concorre às mesmas quotas de mérito que os colegas que, por força da
nomeação supracitada, irá avaliar e/ou assistir a aulas.

III

Acresce que da leitura atenta e cuidadosa dos instrumentos elaborados pela CCAD, a que V. Exa.
preside, bem como do teor dos descritores enunciados no Despacho ME 16034/2010, não resulta
claro para o requerente a forma como se pode dar cumprimento à distinção entre os cinco níveis de
proficiência do desempenho dos avaliados – Insuficiente, Regular, Bom, Muito Bom e Excelente -
uma vez que a lista de verificação dos 101 itens, em que se desdobram os 39 indicadores de
desempenho construídos pela CCAD é uma lista do tipo binário e o que se exige ao relator é que a
converta em cinco níveis de mérito diferentes, sem qualquer indicação de como proceder.

IV

Do ponto III resulta que a transformação da verificação da ocorrência, ou não, dos itens em que se
desdobram os indicadores em classificações, através do “Instrumento de Ponderação da Avaliação
Global de Desempenho”, carece de um mínimo de rigor e objectividade. De facto, ficará
completamente ao arbítrio do relator colocar a cruz num dos três espaços de Bom, Muito Bom ou
Excelente, quando o item, ou conjunto de itens de um indicador, ocorrer.

V
AGRUPAMENTO de ESCOLAS
Escola Básica 2,3

A ponderação dos factos enunciados nos pontos anteriores determina a impossibilidade de o relator
realizar uma avaliação justa, transparente e acima de qualquer suspeita de favorecimento ou
prejuízo dos seus avaliados, por parte destes e dos restantes membros da comunidade escolar.

VI

Face ao exposto no ponto II, o signatário vem arguir perante V. Exa. o seu impedimento para o
exercício das funções de relator, ao abrigo da alínea c) do artigo 44º do Código do Procedimento
Administrativo, dando cumprimento ao n.º1 do artigo 45º do mesmo código.

VII

Face ao exposto nos pontos III, IV e V, o signatário vem solicitar a V. Exa. a sua escusa do
exercício das funções de relator, ao abrigo da alínea d) do n.º1 do artigo 48º do Código do
Procedimento Administrativo, dando cumprimento ao n.º1 do artigo 49º do mesmo código.

Pede deferimento,

-, 14 de Janeiro de 2011

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