Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO
O presente trabalho foi elaborado a partir de uma entrevista com um deficiente físico,
que nos relatou um pouco de sua historia de vida. A entrevista aconteceu no seu próprio
domicilio e foi acompanhada por sua mãe , que no decorrer da entrevista também pode
contribuir nos relatando como seu filho foi conquistando seu espaço.
A entrevista foi elaborada a partir de um roteiro , que foi proporcionado pelo
professor da matéria Carlos Henrique, a equipe procurou abordado da melhor maneira
possível, deixando o entrevistado o mais tranqüilo possível.
|O trabalho tem como principal objetivo , conhecer a realidade do deficiente que foi
abordado, bem como sua principais dificuldades do dia a dia, saber que políticas e benefícios
o mesmo conhece , além de relacionar sua realidade com as vivenciadas a partir das leituras
de alguns autores abordados dentro da sala de aula .
No decorrer do trabalho, a entrevista ira sendo contextualizada , a partir das
principais falas do entrevistado e abordara as principais legislações a cerca dos direitos dos
deficiente , bem como sua historicidade.
Finalizaremos o trabalho mostrando algumas imagens do local onde o deficiente
abordado mora e as principais modificações feitas em sua cãs para melhorar a acessibilidade
do mesmo em seu domicilio.
2
Em todo o decorrer da entrevista Everson nos mostrou ser uma pessoa bem
extrovertida e que sabe de sua limitações, mas que nem por isso se confina em sua casa.
Para ele o deficiente é uma pessoa normal, que tem algumas limitações mas que se sente feliz
assim.
Pensar em pessoa com deficiência é perceber os diversos momentos e movimentos
dialéticos em relação à deficiência. Foram muitas teorias, que parte de uma teoria médica para
uma teoria social, tendo a palavra deficiente várias terminologias que exprimiam certa
incapacidade e preconceito para com as pessoas com deficiências. Vemos que nos textos
bíblicos haviam muitas pessoas com deficiência, o local que eram reservados a essas pessoas
era a extrema exclusão de qualquer convivo social. E também um pensamento que essas
pessoas que detinham certas deficiências, ou era castigo de Deus ou mesmo o demônio que o
empossava. Às vezes as pessoas os olhavam com um olhar de caridade e por outras como
maldições que mereciam distancia das pessoas ditas “normais”.
Os termos usados para designar as pessoas com deficiência eram dos mais diversos
tipos como: aleijado, defeituoso, incapacitado, inválido, ceguinho, crianças excepcionais,
defeituoso físico, doente mental,lepra , leproso, doença de lepra , mongolóide, e etc.
Ribas(1998:9) coloca que ,
“ a partir da década de 70, muita gente, principalmente fora do nosso país, começou
a pensar que estes ‘termos’ ou ‘definições’ não davam conta da realidade total e
concreta das pessoas deficientes. Poderiam ser termos equivocados. Ou poderiam ser
conceitos enviesados por concepções ideológicas. Ou poderiam simplesmente ser
palavras mal-acabadas que tenderiam a fragmentar a imagem dos deficientes”
Com a intenção de dar uma melhor precisão para os termos usados e para desmitificar
a imagem das pessoas com deficiência, algumas organizações internacionais começaram a
promover debates sobre tal temática, foi quando as Organizações das Nações Unidas, lançou
mundialmente os termos ‘pessoa deficiente’ e em 1975 é criada a Declaração dos Direitos das
Pessoas com Deficiência, trazendo em seu artigo primeiro que “ O termo ‘pessoas deficientes’
refere-se a qualquer pessoas incapaz de assegurar por si mesma, total ou parcialmente, as
necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência
congênita ou não, em suas capacidades físicas ou mentais” (Ribas,1998)
Em relação à terminologia “deficiente”, Ribas(1998:12) coloca que
ser ‘eficaz’. Pode até ser que, conhecendo melhor a pessoa, venhamos a perceber
que ela não PE tão ‘deficiente’ assim. Mas, até segunda ordem, o deficiente é o não-
eficiente.
declarações que trataram sobre educação inclusiva e dos direitos a promoção, organização e
coordenações de ações em defesa dos direitos humanos (GUGEL, 2006).
Em quanto no cenário internacional às legislações voltadas para as pessoas com
deficiência tomavam um direcionamento que os valorizavam e que criassem políticas públicas
que respeitasse tal diversidade. No Brasil as legislações direcionadas às pessoas com
deficiência tiveram suas peculiaridades excludentes, assim como suas terminologias. Segundo
Gurgel (2006:25)
“ ao longo do tempo temos o aleijado, inválido, incapacitado, defeituoso,
desvalido( Constituição de 1934), excepcional (Constituição de 1937 e Emenda
Constitucional n. 1 de 1969) e pessoas deficientes( Emenda Constitucional 12/78)
foram usados ( e ainda são, infelizmente) para designar a pessoa com deficiência.
Continham em sua essência o preconceito de que se tratavam de pessoas sem
qualquer valor, socialmente inúteis e dispensáveis do cotidiano social e produtivo. A
principal preocupação do Estado, refletida na consciência da sociedade, era o
amparo por comiseração e a assistência como proteção dessas pessoas, reunidas em
grupos de iguais, apartados do contexto comum e institucionalizado. Essas
terminologias foram sendo alteradas por exigência e pressão constante dos
movimentos sociais”.
Em relação ao número de pessoas com deficiência no mundo a ONU coloca que chega
à casa de 610 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência e quase todos estão nos
países em desenvolvimento. No Brasil o número de pessoas com deficiência é de 14,48% da
população brasileira, sendo que 48,1% têm deficiência visual, 27,1% deficiência física, 16,6%
deficiência mental, e 8,2% deficiência auditiva. (FEBRABAN,2006, B)
Segundo uma pesquisa encomendada pela FEBRABAN(2006,B) para dar a situação e
o perfil das pessoas portadoras de deficiência no Brasil, chegou-se a um resultado, em que as
causas da deficiência foram: 68,2% visual, 44,5% física, 69,8 auditiva, foram provadas por
doenças; 12,7% visual, 11,7% física, 6,7 auditiva, foram provocado por acidentes; 4,7%
visual, 0,6% física, 5,9% auditiva, foram provocados por erros médicos;5,0% visual, 25,9%
física, 3,4% auditiva, provocados por acidente de transito; 4,5% visual, 9,1% física, 2,7%
auditiva, provocada pela violência urbana; 1,8% visual, 2,8% física, 4,0% auditiva, as pessoas
não sabem dizer de onde surgiu tais deficiências; e 1,9% físicas e 2,0% auditivas, foram
provocadas por mergulharem em águas rasas.
Quanto a faixa etária dessas pessoas com alguma deficiência, 29%estão na faixa etária
de 60 ou mais anos, sendo que 47,7% são chefes de famílias. 43,8% das pessoas com
deficiência são casados contra 3,3% que são solteiros. Em relação ao tempo de estudo 27,6%
não tem nenhum grau de instrução ou tiveram por menos de 1 ano contra apenas 1,6% de
pessoas que tiveram 12 ou mais anos de tempo de estudo. Quanto à ocupação 6,2% estão
desempregados,52,5% estão inativos, 2% são funcionários públicos, 10,4% empregados
formais, 8,7% empregados informais, e 11,2% trabalham por conta própria.
Em relação aos direitos fundamentais assegurados na Lei 7.853/89, 8.213,10.48 e
10.098 estão:
O Direito ao trabalho
7
Mesmo com a lei 7.853 que garante no seu art. 2º inciso III a medida pertinente a
formação profissional e do trabalho que traz em suas alíneas:
a- O apoio governamental à formação profissional, à orientação profissional e a
garantia de acesso aos serviços concernentes, inclusive aos cursos regulares voltados
à formação profissional;
b- Empenho do Poder Público quanto ao surgimento à manutenção de empregos,
inclusive de tempo parcial, destinados às pessoas portadoras de deficiência que não
tenham acesso aos empregos comuns;
c- A promoção de ações eficazes que propiciem a inserção, nos setores públicos e
privados de pessoas portadoras de deficiência;
d- A adoção de legislação especifica que discipline a reserva de mercado de
trabalho, em favor das pessoas portadoras de deficiência, nas entidades da
administração Pública e do setor privado, e que regulamente a organização de
oficinas e congêneres integradas ao mercado de trabalho, e a situação, nelas das
pessoas portadoras de deficiência.
E com a Lei 8.231 de 1991, que estabelece reservas de postos de trabalho nas
instancias públicas e privadas, ainda se vê muitas empresas burlando a Lei, pois como mostra
a pesquisa do Ministério do Trabalho e Emprego, dos 14,48% de pessoas com deficiência,
menos de 1% se encontram no mercado formal de trabalho. Entretanto o Ministério do
Trabalho e as Delegacias Regionais do Trabalho vêm intensificando as fiscalizações às
empresas para averiguar se estão cumprindo a lei das cotas que coloca que até 200
empregados na empresa, 2% sejam destinadas às pessoas com deficiência, de 201 até 500
empregados, sejam 3%, 501 até 1.000, seja 4% e mais de 1.000 empregados seja destinados
5% de vagas.
8
Direito à educação
Direito à acessibilidade
Outro descaso se pode encontrar é no transporte público urbano, em que os ônibus não
estão adequados às pessoas com deficiência, principalmente os cadeirantes, tendo assim,
dificuldade de tomarem uma condução para ir ao seu lugar de destino.
Direito à saúde
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho nos possibilitou uma melhor visão a cerca dos deficientes , pois
nos permitiu adentrar em uma residência e conhecer as dificuldades encontrada pelas famílias
que possui em seu domicilio uma pessoa deficiente.
O trabalho alcançou seu principal objetivo que era conhecer a realidade de uma pessoa
deficiente e conte4xtualizar a luz de alguns autores
A questão dos deficientes e uma historia antiga em nossa sociedade mas que precisa ser
desmistificada, para que os deficientes possam ser vistos como uma pessoa que tem direitos
e deveres . E que esses direitos precisam ser respeitados.
Muitas leis e normas foram construídas a fim de que possibilita-se o acesso dos deficientes
aos vários setores da sociedade , mas o que vemos e o descaso com esses direitos pois no
dia a dia , o que se vê e a falta de respeito para com os mesmos seja ao conseguir uma vaga
no estacionamento ou simplesmente um simples passeio . As irregularidades estao por todos
os lados , e quem acaba sendo o prejudicado e o deficiente , pois mesmo assegurado em leis ,
sua acessibilidade ainda e muito pequena .
Não adianta querermos lutar por uma sociedade melhor , com direitos iguais para todos , se
não aprendermos a respeitar os direitos de cada um. E lutar pela concretização de tais
direitos não e compromisso somente das pessoas que passam por essas
13
BIBLIOGRAFIA
BRASIL, LEI 8.742/93, de 7 de Dezembro- Lei Orgânica de Assistência Social- Brasília –DF,
2004.
GUGEL, Maria Aparecida. Pessoas com deficiência e o direitos ao concurso público: Reserva
de cargos e empregos públicos-administração público diretos e indireta. Goiânia: ABEU,
2006.
RIBAS, João Batista Cintra. O que são pessoas deficientes. São Paulo: Brasiliense, 1998.
( Coleção primeiros passos;89).
14
ANEXOS
15
1- Identificação
2- Residência
3- Tipo de Deficiência
4- Instituição que já foi ou é filiado
5- As legislações existentes
6- As instituições Estaduais ou municipais que mais procurou
7- Quais os profissionais que mais teve contato
8- Já teve que conversar com algum Assistente Social
9- O que Conhece sobre o serviço Social
10- Quais são os desafios enfrentados por esse Deficiente
11- Participa de algum grupo organizado por deficiência