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SUSPENSÃO

Dianteira e Traseira

►Manutenção(Revisão)
►Lubrificação
Eixo Dianteiro
Nos veículos de tração dianteira, as rodas
são responsáveis por transmitir as forças
de tração, frenagem e direção do veículo.
A suspensão McPherson é atualmente
muito utilizada, em razão de sua
construção compacta que garante a
posição das rodas, as funções da
suspensão e do sistema de direção,
apresentação espaço e peso reduzidos.
A posição da roda é determinada pelos componentes onde está fixada e que
exercem controle sobre seus movimentos. Em uma suspensão McPherson o
amortecedor está entre os elementos que determinam a posição das rodas, pois,
neste tipo de suspensão, pode ser estrutural ou estar integrado ao seu suporte.

Braços triangulares (bandejas) são elementos posicionadores das rodas,


montados transversalmente em relação ao eixo longitudinal do veículo.

Suspensão utilizando duplos braços triangulares necessitam de mais


componentes móveis, para posicionar as rodas e para incorporar os elementos
elásticos e de amortecimento da suspensão.

A coluna de suspensão McPherson é tão versátil que também pode ser utilizada
em veículos de tração traseira.

Uma versão alternativa desta construção usa o


amortecedor integrado com o suporte das rodas e uma mola de suspensão
separada. A suspensão utilizando duplos braços na suspensão dianteira também
pode ser adotada em carros em que a tração seja nas rodas traseiras.
SUSPENSÃO
• A suspensão tem a função de absorver as vibrações e
choques das rodas, proporcionando conforto aos
ocupantes do veículo e garantindo a manutenção do
contato das rodas com o solo.

As molas do tipo feixe de lâminas (semielípticas) são


pouco usadas nos carros de passeio. Sua elevada
capacidade de carga torna sua utilização mais víavel nos
veículos de transporte pesado. Atualmente, quando
utilizado nos veículos de passeio, este tipo de molas é
instalado transversalmente ao veículo.
O feixe de molas longitudinal é apenas conveniente para um eixo
rígido e adiciona partes da sua à massa sem amortecimento do
veículo. Já o feixe transversal pode ser aplicado fixo a estrutura
do veículo, diminuindo o peso não suspenso.

Normalmente é montada integrada à carroçaria, com suas


extremidades em forma de alavancas fixadas a cada lado da
suspensão. Quando as duas rodas no eixo se movem para cima, a
barra estabilizadora não tem efeito. Porém, se a suspensão é
comprimida apenas de um lado, a transferência de carga a faz
atuar como uma mola tipo barra de torção e resistir à rolagem da
carroçaria.
Molas em espiral podem variar no passo e no diâmetro
do arame, dando-lhe uma ação elástica progressiva.
Apresentam entre outras vantagens, peso reduzido,
mínima necessidade de espaço e facilidade de
manutenção. Existem molas em espiral com diversas
configurações que objetivam diminuir sua altura, atrito
entre as espirais e efeito progressivo. Molas do tipo de
barras de torção também são compactas e pesam
pouco. Por trabalharem submetidas a esforços de
torção, devem possuir excelente acabamento superficial
e de proteção contra corrosão, visando inibir
possibilidades de rupturas. A barra estabilizadora é
utilizada para
reduzir a rolagem da carroçaria ao se
realizar curvas.
Suspensão Dianteira
O Passat utiliza no eixo dianteiro a suspensão four
link ( de quatro braços oscilantes ) e coxins hidráulicos
no braço inferior. Esta construção garante reduzido peso
não suspenso, grande estabilidade direcional e a
manutenção de geometria das rodas, independente das
condições de tráfego. Para transmissão as rodas, o
Passat utiliza uma semi-árvore com articulação tripóide
do lado diferencial e articulação homocinética de esferas
do lado da suspensão. Esta construção permite grande
variação no comprimento da semi-árvore em função do
elevado curso da suspensão four link.
Suspensão traseira
A suspensão traseira possui as seguintes Estas característica da suspensão traseira do
características construtivas: Passat atribuem ao produto:

Eixo traseiro interdependente com perfil “V” Maior capacidade de carga útil graças a
invertido. separação geométrica das molas.

Braços oscilantes longitudinais integrados ao Maior vida útil dos rolamentos das rodas
corpo de eixo. com reduzido custo de manutenção.

Barra estabilizadora instalada à frente do corpo Estabilidade e segurança nas mais diversas
do eixo. condições de tráfego.

Molas de reduzida altura apoiadas em grande Reduzido nível de ruídos e suavidade de


volume de borracha e montada em separado da trabalho.
coluna do amortecedor.

Rolamentos das rodas de dupla carreira de


esferas montado próximo ao centro das rodas.
Eixo traseiro
O conceito usual de eixo traseiro utilizado inicialmente nos
automóveis, foi o do eixo rígido de tração traseira, acionado por
uma árvore de transmissão (cardan). Embora atualmente esta
concepção esteja se tornando restrita a veículos comerciais ou fora
de estrada, ainda existem muitos veículos utilizando esta
construção, aplicando muitas inovações neste conceito.

Entre elas está a utilização de suspensões traseiras


independentes, com braços articulados oscilantes, que são mais
leves e ocupam menos espaço. A utilização deste tipo de suspensão
traseira, de braços articulados oscilantes, incorporados ao eixo
traseiro, asseguram mais conforto e estabilidade, porém, tem a
desvantagem de ser complexa na sua construção, envolver um
grande número de componentes fixos e móveis. Ainda mais quando
se utiliza duplo braços de articulação.
Nos veículos de tração dianteira, a adoção de um
eixo traseiro com o corpo auto-estabilizante é
largamente utilizada nos projetos mais modernos,
incorporando um braço oscilante de articulação em cada
lado, unidos por uma barra de torção transversal (corpo
do eixo). Suas vantagens são a utilização de mínimos
espaços e pouco peso, com excelente relação entre
estabilidade e o conforto.
Amortecedores
Os amortecedores realizam os controles das ações e reações
das molas, através da utilização das pressões hidráulicas em fluidos
contidos num cilindro. Funcionamento - como vimos, as molas são
responsáveis por suportar o peso do veículo, comprimindo-se ou
distendendo-se conforme as irregularidades do solo. Toda mola,
quando comprimida, acumula energia proporcional à compressão
aplicada. Ao reagir, a carga produz vários movimentos de extensão
e compressão que alteram a estabilidade do veículo, fazendo-o
oscilar para cima e para baixo. Estes impulsos são perigosos porque
variam o contato do pneu com o solo, podendo provocar
derrapagens e desvios na trajetória do veículo. Para controlar este
efeito das molas, os amortecedores devem ter dupla ação,
permitindo a compressão das molas sem oferecer resistência e
atenuar sua distensão.
Estes efeitos dependem da facilidade de passagem do fluido através de
oríficios, controlados por válvulas existentes no próprio pistão e na
base do amortecedor. Estas válvulas fazem a comunicação das
câmaras de tração e compressão e são chamadas de válvulas do pistão
e da base. No movimento de compressão, a haste é introduzida no
tubo de pressão. Com isto, ela desloca uma quantidade de fluido para
o tubo reservatório, através da válvula da base. No movimento de
tração, o fluido deve voltar ao tubo de pressão, passando pela válvula
da base. O fluido que está na parte superior do pistão é forçado para a
parte de baixo, controlado pelas válvulas do próprio pistão.
Estabilidade e segurança

Confira as dicas de manutenção e o


procedimento de desmontagem do
conjunto que equipa a Meriva e o Corsa,
da GM, um sistema desenvolvido com
tecnologia para proporcionar melhor
estabilidade e robustez ao rodar.
Ficha técnica
• • Dianteira: Independente, McPherson, com
braço de controle ligado ao sub-chassis, molas
helicoidais com compensação de carga lateral,
amortecedores telescópicos hidráulicos
pressurizados a gás e barra de torção ligada à
haste tensora.
• • Traseira: Semi-independente, viga de torção
soldada com dois braços fundidos de controle,
molas tipo barril com diâmetro variável e
progressiva, amortecedores telescópicos
hidráulicos pressurizados a gás.
Plano de manutenção
• A manutenção do sistema está descrita no manual do proprietário e
indica o momento certo para revisão e substituição de cada item da
suspensão, ou seja, a quilometragem para inspeção é de 15 mil. Os
itens que devem ser checados são amoretecedores, molas, buchas,
batentes, bandejas e pivô. Os amortecedores devem ser trocados se
nas inspeções periódicas apresentarem vazamento ou perda da
eficiência.
A substituição dos amortecedores é o procedimento mais comum e
freqüente a ser realizado, sem precisar mexer no sistema de freio.
“Os sintomas mais comuns que indicam a necessidade de inspeção
do sistema são barulho, perda de estabilidade, oscilações em pisos
regulares, roda trepidando, desgaste irregular dos pneus -
provocados por batidas e impactos -, e tendência direcional (puxar
para um dos lados)”, comenta.
• Em um eventual reparo, o técnico precisa ser treinado para
concretizar o trabalho de maneira correta, aplicando as dicas da
montadora. Entre as ferramentas e equipamentos apropriados estão
o elevador, torquímetro, bancada com morsa e compressor de
molas. É recomendável checar visualmente o estado de todas as
borrachas, porcas e parafusos, além de vazamentos do
amortecedor.
Vale lembrar que essa é a mesma suspensão dos modelos a
gasolina, que só não contam com o reservatório de gasolina e
válvula de partida a frio, que devem ser retirados para efetuar o
serviço.
Depois que montar todo o conjunto leve o veículo para fazer o
alinhamento de direção e balanceamento de rodas. Não esqueça
também da regulagem do braço de direção.
Desmontagem

• 1) Para ter acesso ao amortecedor, o


técnico deve começar o serviço retirando o
limpador de pára-brisa, com o sacador do
braço do limpador para não danificar a
peça. Em seguida, deve remover a grade
frontal (churrasqueira), desencaixando
com cuidado para não quebrar o plástico.
2) Retire o defletor de água, remova os parafusos e solte a válvula de partida a
frio, no caso dos carros flexíveis. Com o alicate especial para linha de
combustível, desencaixe as abraçadeiras da tubulação de alimentação do
reservatório de gasolina. Solte o suporte do reservatório e a conexão do canister.
Use a ferramenta de grampo para tirar a mangueira de engate rápido.
3) Agora comece a desmontagem do sistema, com o carro no elevador, pois a
retirada é feita por baixo. Em primeiro lugar remova as rodas e as pinças do
freio. Não é necessário soltar o tubo de óleo de freio para não precisar fazer
sangria. Obs.: Não use a tubulação como suporte da pinça, amarre
cuidadosamente com um arame num lugar seguro e que não atrapalhe o
trabalho. Verifique buchas e mangueiras, além das porcas que fixam o semi-eixo
e do cubo.
4) Nos casos de freios ABS, depois que retirar a roda, desconecte o sensor
que está localizado no suporte, próxima à fixação do flexível do freio.
5) Com o sacador de terminal retire o terminal de direção. O uso do martelo
não é recomendado, pois pode rasgar a coifa, que merece ser inspecionada.
Posicione a porca nos primeiros filetes da rosca. (Foto 5A). No aperto o torque
é de 34 nm.
 
    
                                  
    
                                

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6) O parafuso de fixação do pino inferior é do tipo “torkbits” e deve ser
removido com a chave n.º 14 para soltar a bandeja da torre. Na montagem o
torque é de 60 Nm.
7) Não é necessário remover a bieleta para tirar a torre do amortecedor,
apenas desconectá-la da peça, desapertando o parafuso. O parafuso superior
do amortecedor tem torque de 60 Nm. Obs.: Todas as porcas travantes são
obrigatoriamente substituídas. (Foto 7A).
 
    
                                  
    
                                

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8) Com um martelo de borracha desencaixe o semi-eixo. Não puxe a peça, pois
pode provocar vazamento na transmissão.
9) Inicie a desmontagem da torre com o extrator apropriado. O torque desse
parafuso é de 60 Nm. Utilizar chaves sextavadas pode danificar o parafuso.
Quando o trabalho requer apenas a troca do amortecedor não é necessário
retirar a fixação da manga de eixo.
10) Solte o parafuso primeiro e depois a torre, para ficar mais fácil de removê-
la. Retire o conjunto: torre, cubo e manga de eixo.
11) Inspecione o estado de uso dos seguintes componentes: pivô, junta
esférica do braço de direção, da bieleta e da homocinética, e como está
visível, da sanfona do braço de direção e manga de eixo. Porcas de fixação
do amortecedor devem ser substituídos. Retire o amortecedor.
 
    
                                

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Na morsa

• 1) Leve o conjunto do amortecedor


para uma bancada onde tenha uma
morsa própria para o serviço, um
compressor de molas e ferramentas
em geral. Primeiro, retire o batente
superior para depois remover a mola.
2) Tire o cubo de rolamento. Inspecione o batente superior da mola, o anel de
borracha para ver se não há rachaduras e o batente de borracha interno. Essas
peças podem rachar com excesso de pressão.
 
        
                      

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3) Reclamação de ruído quando esterça em piso irregular, cheque o
rolamento do batente superior.
4) Remova a mola com a ajuda do compressor. Na montagem verifique a posição
das marcas na parte inferior para o posicionamento correto da peça. A mola deve
encaixar no guia rebaixado no prato da suspensão.
5) Ao colocar o batente, fique atento ao detalhe do cubo de rolamento do
amortecedor que deve ser posicionado da seguinte maneira: a orelha de
borracha em “U” deve alinhar com o menor furo do prato.
6) Para encaixar a mola, use a ferramenta de compressão novamente e aperte
o parafuso do amortecedor com torque de 60 Nm.
7) No carro, examine os rebites de fixação do pivô e da bucha hidráulica
que prendem a bandeja. Na retirada eles são rompidos e deves ser
trocados pelo conjunto específico.
8) No momento da montagem, verifique se há problemas na bucha
hidráulica, o que provoca ruído e vazamento e na bucha traseira da
bandeja
 
    
                                  
    
                                

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9) Para retirar a bandeja, remova os parafusos, que devem ser substituídos por
novos, assim como as porcas, em caso de reparo. O torque é de 90Nm. A broca
para romper os rebites é de 10mm.
Suspensão traseira
• Acompanhe agora a desmontagem da suspensão
traseira, que conta com batentes de molas mais rústicos,
devido à sua estrutura. Coloque sempre um suporte, por
segurança, para evitar que o conjunto caia. Para tirar
somente a mola é necessário soltar o amortecedor,
enquanto que, para substituir semente o amortecedor
não é preciso remover a mola.
• 1) Retire os dois parafusos de fixação do amortecedor
que são do tipo “torkbit”. O torque é de 110Nm na parte
inferior e 90 Nm na superior. Em seguida, retire o
amortecedor. Aplique travante químico médio nas porcas.
2) Ao remover a mola traseira, o amortecedor deve estar apenas solto na parte
inferior. Retire a mola fazendo pressão e soltando o batente do suporte.
Aproveite para inspecionar os batentes
 
        
                     
 
    
                                  
    
                                
3) Verifique todas as buchas, como a bucha de fixação no eixo. Caso seja
necessário remover o tambor de freio, troque as porcas da manga de eixo.
 
    
                                  
    
                                
FIM

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