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A atmosfera é formada por camadas gasosas que envolvem o Planeta, entre elas a troposfera e

a estratosfera. O ar que respiramos, constituído por uma mistura de gases, forma a troposfera,
que fica em contato com a superfície da Terra. Já a camada de ozônio, tão importante para a
vida na terra, pertence à camada atmosférica seguinte, a estratosfera. Essas duas camadas são
as mais atingidas pelas nossas emissões de poluentes gasosos.

A poluição atmosférica pode ser definida como a emissão ou presença de matéria no ar, de
forma a causar prejuízos aos usos atuais ou projetados de seus recursos. A atmosfera absorve
uma quantidade variada desses poluentes, provenientes de fontes naturais e industriais, os
quais podem se dispersar, reagir entre si ou com outros componentes presentes nesse meio
ocasionando, muitas vezes, danos ao meio ambiente, ao homem, à fauna e à flora.

Os efeitos mais típicos de poluição atmosférica são a diminuição da camada de ozônio, o


aquecimento global, a chuva ácida e a inversão térmica.

Fontes de ameaça à camada de ozônio

Os CFCs (clorofluorcarbonos) são gases inodoros, inertes, não tóxicos e não inflamáveis e estão
presentes em desodorantes e inseticidas, funcionam como propelentes desses produtos; são
encontrados, ainda, em sistemas de refrigeração e na fabricação de isopor, entre outros. Em
grandes altitudes, as moléculas desses gases são quebradas pelos raios ultravioletas (UV),
liberando o cloro que reage e consome o ozônio (O 3).

Em 1987, entrou em vigor o Protocolo de Montreal, com a adesão de 150 países, sendo que o
Brasil só aderiu ao mesmo e 1990. Neste, ficou acordado o fim dos CFCs até 2010. As indústrias
passaram, então, a substituir o CFC pelo HCFC (hidroclorofluorcarbono). Na época, não havia
alternativas totalmente não poluentes e em 1995, a emissão de CFCs já havia diminuído 76%.

Em 2007, o texto do acordo foi atualizado para incluir novas metas, inclusive a que envolve
HCFCs. Além de estacionar o consumo desse gás, a partir de 2013, o Protocolo determina que
em 2015 já haja redução de 10% com relação ao usado em 2009.

O aquecimento global

Alguns gases são responsáveis pela absorção de parte da radiação que é re-emitida pela Terra,
para o espaço. Essa absorção resulta em concentração de calor na atmosfera, gerando o
chamado “efeito estufa”. Se não houvesse essa absorção, calcula-se que a temperatura média
da Terra seria em torno de -18°C.

Os gases de “efeito estufa” mais conhecidos são o CO 2 (dióxido de carbono), O 3(ozônio), NOx
(óxidos de nitrogênio), SOx (óxidos de enxofre), CH 4 (metano), vapor d’água e H 2S (gás
sulfídrico).

Se a concentração dos gases de efeito estufa aumentar demais, a absorção também


aumentará e, com ela, a temperatura média da Terra. Incidente este conhecido como
“aquecimento global”.
O CO2 é o principal vilão quando se discute o “aquecimento global”, tendo origem natural
como em terrenos pantanosos e em solos com espessa vegetação até geração pelo homem,
como queima de combustíveis fósseis. Esse gás impede a perda de calor por radiação
infravermelha da Terra, gerando o aumento geral da temperatura do planeta.

Outro grande vilão é o CH 4 (metano), de efeito mais nocivo que o CO 2 liberado, por exemplo,
em pântanos, lagos de represas onde não foi realizada descobertura vegetal prévia ou na
criação de rebanhos (liberado pelo sistema digestivo dos mamíferos ruminantes).

Em 1997, no Japão, foi firmado o Tratado de Kyoto, estabelecendo metas e princípios para a
redução global das emissões de dióxido de carbono (CO 2). Mas como os EUA se recusam a
reduzir suas emissões de CO2 e a ratificar o acordo, o mesmo não pode vigorar.

As chuvas ácidas

São provenientes de gases gerados a partir da queima de combustíveis fósseis, principalmente


de ácidos de nitrogênio, de flúor e de enxofre. Formando-se, nas nuvens, ácidos como o
sulfúrico (H2SO4).

As reservas de petróleo e carvão estão associadas à presença de enxofre, pois em suas


composições, encontra-se até 6,5% dessa substância.

Às chuvas ácidas estão relacionados danos ao meio ambiente, tais como: diminuição do pH de
rios e lagos, danos á vegetação e solos. Além disso, danos podem ser causados a estruturas do
homem, como ataque a edificações e corrosões de estruturas metálicas.

Inversão térmica

Em condições climáticas normais o movimento de ar na atmosfera obedece ao seguinte fluxo:


o ar quente (oriundo da ação dos raios solares no solo), menos denso e mais leve, tende a
subir; o ar frio, mais denso e pesado, tende a descer. Nesse movimento, os poluentes, que são
mais quentes e menos densos que o ar, sobem e se dispersam.

Fatores como a baixa umidade do ar, épocas de noites longas, baixas temperaturas e pouco
vento podem provocar o fenômeno que é conhecido por inversão térmica. Típico do inverno,
sua ocorrência se dá devido ao rápido resfriamento do solo da cidade e consequêntemente, do
ar próximo ao solo; o ar quente que está na atmosfera continua a subir, mas o ar frio que está
próximo ao solo, por ser mais denso e pesado, fica parado; assim, a temperatura diminui mais
e os poluentes ficam retidos na camada inferior da atmosfera.

A poluição atmosférica causada pelo homem tem grande influência nas mudanças climáticas e
no meio ambiente em geral. Mas, apesar das notícias negativas, o homem tem procurado
soluções para estes problemas seja através de novas tecnologias, aplicáveis em processos e
máquinas, combustíveis menos poluentes ou em tratados internacionais que limitam emissões
de contaminantes atmosféricos.

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