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Enfermagem em Centro
Cirúrgico e CME
(Módulo II)
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Enfermagem
Aula 01 – Definições
Centro Cirúrgico é um lugar especial dentro do hospital, convenientemente preparado
segundo um conjunto de requisitos que o tornam apto à prática da cirurgia.
"O centro cirúrgico é um setor do hospital onde se realizam intervenções cirúrgicas, visando
atender a resolução de intercorrências cirúrgicas, por meio da ação de uma equipe integrada”
(RIBEIRO; SOUZA 1997 p. 09). Nele são realizadas técnicas estéreis para garantir a segurança
do cliente quanto ao controle de infecção.
Por ser um local restrito, o acesso ao público é limitado, ficando restrito a circulação
dos profissionais que lá atuam. Para efeito de controle asséptico, o Centro Cirúrgico divide-se
em áreas, quais sejam:
Área Irrestrita - os profissionais podem circular livremente por estas áreas com roupas próprias
(secretaria, vestiário e corredor de entrada).
Área Semi-restrita – aquela que permite a circulação de pessoal e de modo a não intervir nas
rotinas de controle e manutenção da assepsia da área restrita. (expurgo, sala de estar e sala de
preparo de material).
Área Restrita - além da roupa própria do centro cirúrgico, devem ser usadas máscaras e gorros
conforme normas da unidade e as técnicas assépticas devem ser utilizadas de maneira rigorosa,
a fim de diminuir os riscos de infecção (salas de cirurgias, lavabos, sala de recuperação pós-
anestésica, sala de depósito, e corredor interno).
Pré-Operatório
Esta fase tem início quando a intervenção cirúrgica é decidida e termina quando o
cliente estiver na mesa de cirurgia. É nesta fase que se iniciam as orientações de um cuidadoso
preparo de acordo com cada tipo de cirurgia.
Estas orientações devem ser fornecidas aos clientes pelo cirurgião, e/ou enfermeiro da
Clínica Cirúrgica e/ou enfermeiro do Centro Cirúrgico.
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Enfermagem
Atividades de Enfermagem:
O cliente cirúrgico normalmente preocupa-se muito com a anestesia que irá receber,
este é um de seus maiores medos. É preciso que o enfermeiro tenha conhecimento e
informações suficientes para responder as perguntas e afastar qualquer receio deste cliente.
É de responsabilidade do anestesista a visita ao cliente no dia anterior à cirurgia, é nela que
avalia sua condição física, uso de medicamentos, sinais vitais, hábito de fumar e demais
aspectos que possam interferir na anestesia antes da escolha da melhor via anestésica. A
enfermagem atua no processo anestésico desde o pré-operatório até a total recuperação pós-
anestésica.
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Enfermagem
Trans-Operatório
Esta fase tem início quando o cliente entra na unidade do Centro Cirúrgico até sua
admissão na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA). E nesta fase que ocorre o ato cirúrgico
e toda a preparação que ele envolve.
Para a realização de uma cirurgia é necessária uma série de preparos e rituais que
irão auxiliar e facilitar nos procedimentos, assim evitando possível infecção.
Ritual “Conjunto de práticas consagradas pelo uso e/ou por normas, e que devem ser
observadas de forma invariável em ocasiões determinadas; cerimonial, ética” (FERREIRA 1975
p. 1240).
Pós-Operatório
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Enfermagem
acompanhamento direto, e depois da estabilização de seu estado, tem alta dessa unidade e é
levado para o seu leito de origem.
Oxigenioterapia;
Monitorização clínica
Padrão respiratório
Sangramentos
Globo vesical
Força muscular
Dificuldade respiratória
Dor
Vômito
Sede
Retenção urinária
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Aula 03 – Anestesias
Anestesia Geral
Anestesia Local
Esta anestesia é empregada para procedimentos menores nos quais o local cirúrgico é
infiltrado com um anestésico local como lidocaína ou bupivacaína. Este tipo de anestesia não
envolve perda da consciência e depressão das funções vitais, produzindo perda da sensibilidade
temporária, causada pela inibição da condução nervosa.
Anestesia Peridural
Anestesia Raquidiana
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Geralmente administrada ao nível da coluna lombar, obtida pelo bloqueio dos nervos
espinhais do espaço subaracnóide. O anestésico é depositado junto ao líquor, ocorrendo
perfuração da duramater.
Aula 04 – Administração
Não deve ser permitido circular pelo hospital fazendo uso do conjunto
cirúrgico;
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Aula 05 – Avaliação
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A CME pode ser de três tipos, de acordo com sua dinâmica de funcionamento:
Descentralizada : utilizada até o final da década de 40, neste tipo de central cada
unidade ou conjunto delas é responsável por preparar e esterilizar os materiais que
utiliza;
Expurgo
Preparo de Materiais
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Setor de Esterilização
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Aula 07 - Esterilização
Histórico
A descoberta das bactérias como causadoras de doenças foi uma das principais
descobertas da clínica médica. A ciência microbiológica foi fundada no século XIX e até então
progredia lentamente durante anos:
Com a introdução da anestesia em 1842 por Long e em 1846 por Morton, as cirurgias
eletivas começaram a surgir, pois até esta época os procedimentos cirúrgicos realizados eram
principalmente os executados em período de guerras. Assim, ocorreu um aprimoramento nas
técnicas e procedimentos cirúrgicos, porém a mortalidade por infecção de ferida era muito alta.
Até 1865 a taxa de infecção por amputação durante a guerra era de 25 a 90%. Em
Paris, no ano de 1870, essa taxa chegava próxima a 100%. Os pacientes morriam geralmente
do que era denominado de "alguma gangrena hospitalar".
Observações realizadas antes do século XIX verificavam que pessoas sadias ficavam
doentes se entravam em contato mais íntimo com uma pessoa doente, especialmente em
ambiente hospitalar.
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Foi em 1861, quando Louis Pasteur demonstrou que a putrefação é uma fermentação
causada pelo crescimento de microorganismos, que a doutrina de geração espontânea foi
finalmente contestada.
Cientistas perceberam que havia uma analogia entre a fermentação dos experimentos
de Pasteur e o processo de putrefação que se dava após amputação dos membros. Em 1867 foi
introduzido o uso de fenol como um agente antimicrobiológico para esterilização do ar nas salas
de operação e como um curativo de ferida cirúrgica. A mortalidade por amputação caiu de 45
para 15 por cento. A técnica foi aprovada nos Estados Unidos na primeira reunião oficial da
Associação Cirúrgica Americana em 1883.
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Aula 08 – Esterilização
O processo de esterilização pelo vapor saturado sob pressão é o método mais utilizado
e o que maior segurança oferece ao meio hospitalar.
Para a esterilização o tipo de vapor utilizado é o vapor saturado seco, uma vez que o
vapor úmido tem um excesso de água que torna úmidos os materiais dentro da esterilizadora; já
o vapor super aquecido é deficiente de umidade necessária para a esterilização. O vapor
saturado seco é capaz de circular por convecção permitindo sua penetração em materiais
porosos.
pacotes maiores devem ser colocados na parte inferior e os menores na parte superior da
câmara; os maiores podem ter no máximo 30cm x 30cm x 50cm de tamanho (APECIH, 1998).
A esterilização através do calor seco pode ser alcançada pelos seguintes métodos:
Raios infravermelhos: utiliza-se de lâmpadas que emitem radiação infravermelha, essa radiação
aquece a superfície exposta a uma temperatura de cerca de 180O C.
Estufa de ar quente: constitui-se no uso de estufas elétricas. É o método mais utilizado dentre
os de esterilização por calor seco.
O uso do calor seco, por não ser penetrante como o calor úmido, requer o uso de
temperaturas muito elevadas e tempo de exposição muito prolongado, por isso este método de
esterilização só deve ser utilizado quando o contato com vapor é inadequado. Cabe observar
também que o uso de temperaturas muito elevadas pode interferir na estabilidade de alguns
materiais, como por exemplo o aço quando submetido a temperaturas muito elevadas perde a
têmpera; para outros materiais como borracha e tecidos além da temperatura empregada ser
altamente destrutiva, o poder de penetração do calor seco é baixo, sendo assim a esterilização
por este método inadequada.
Radiação Ionizante
Para fins de esterilização industrial as fontes de raios beta e gama são as utilizadas.
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Glutaraldeído
Pode ser utilizado para a esterilização de artigos termo-sensíveis que não possam
sofrer esterilização pelos processos físicos como: enxertos de acrílico, cateteres, drenos e tubos
de poliestireno.
Óxido de Etileno
O óxido de etileno reage com a parte sulfídrica da proteína do sítio ativo no núcleo do
microrganismo, impedindo assim sua reprodução.
Peróxido de hidrogênio
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Ácido Peracético
O ácido peracético age de forma semelhante aos agentes oxidantes como o peróxido
de hidrogênio. Tem ação esporicida em temperaturas baixas e mesmo em presença de matéria
orgânica.
Este método pode ser aplicado a artigos termo-sensíveis, porém que possam ser
totalmente mergulhados no líquido. Materiais de alumínio anodizado não podem sofrer este
processo de esterilização por apresentarem incompatibilidade.
O plasma é um estado físico da matéria definido como uma nuvem de íons, elétrons e
partículas neutras, as quais são altamente reativas. É um estado diferente dos demais
conhecidos (líquido, gasoso e sólido) e vem sendo chamado de quarto estado da matéria.
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Este método de esterilização é utilizado como alternativa para artigos sensíveis a altas
temperaturas e à umidade e vem sendo estudada sua característica ecologicamente viável, pois
é um sistema de esterilização atóxico, com processo ambiental saudável.
Este processo pode ser aplicado em materiais como alumínio, bronze, látex, cloreto de
polivinila (PVC), silicone, aço inoxidável, teflon, borracha, fibras ópticas, materiais elétricos e
outros. Não é oxidante.
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