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Como as empresas devem enfrentar os desafios colocados por uma nova geração de jovens
profissionais intensamente familiarizados com a tecnologia, habituados a fazer várias
atividades ao mesmo tempo, autoconfiantes, que se sentem atraídos por ambientes que
estimulam a criatividade e a liberdade de expressão e que tendem a mudar de emprego com
freqüência?
Ao mesmo tempo, destacou Lúcia, esses jovens com pouca reverência às hierarquias, que
querem tomar conhecimento de tudo, mas que são inquietos e tendem a mudar de trabalho
com frequência, representam um grande desafio, por exemplo, para as políticas
empresariais de sigilo para com determinadas informações. Sem contar que, no Brasil,
80% das empresas investe na formação de seus profissionais e certamente não quer ver esse
investimento bater asas.
Por isso, segundo Lúcia, para aproveitar os talentos dessa nova geração, as empresas
precisam adequar seus modelos de recrutamento, capacitação e gerenciamento de recursos
humanos.
"A própria Microsoft percebeu a dificuldade de reter seus novos colaboradores e contornou
o problema redesenhando seu plano de carreiras para ampliar as oportunidades oferecidas
aos jovens profissionais", disse Lúcia.
A conclusão foi corroborada por algumas colocações feitas no debate que se seguiu à
palestra, quando o representante da área de recursos humanos de uma grande empresa
confidenciou que a companhia percebeu a necessidade de reciclar seus gestores pelos
depoimentos colhidos entre estagiários e trainees que deixavam a empresa.
"Eles com frequência se queixam das dificuldades que os gestores têm de aceitar idéias
novas. A visão paternalista que impera nas gerações mais velhas gera desinteresse nos
estagiários e trainees. Percebemos que, se não melhorarmos isso, teremos problema de
sucessão nas áreas intermediárias", acredita a profissional.
HSM Online
16/12/2009