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«A supervisão é o processo em que o

professor, em princípio, mais experiente


e mais informado, orienta um outro
professor ou candidato a professor no
seu desenvolvimento humano e
profissional.»

(Alarcão e Tavares, 2003)


OBSERVAÇÃO DE PARES
“(…) A colaboração torna-se tão importante
quanto a competitividade o foi no passado.
Parecer bom torna-se menos importante do que
ser, de facto, bom. Nas comunidades de
aprendizagem os professores e supervisores
admitem o desconhecimento, a procura de ajuda
junto de outros e a procura de aprendizagem”.

Garmston, Lipton e Kaiser (2002)


OBSERVAÇÃO DE PARES – OBJECTIVOS
 Motivar para uma maior exigência e auto-
exigência.

 Consciencializar para a complexidade da


acção docente e para a necessidade de
procurar e produzir conhecimento teórico para
nela agir.
Contribuir para a relação teórico-prática como
um processo de produção de saber.
Desenvolver autoconhecimento e autonomia.

Proporcionar maior segurança na acção de ensinar.

 Criar um espírito de cooperação e colaboração


entre professores.

 Desencadear a reflexão e discussão.


 Melhorar as práticas pela troca entre pares.

 Conferir maior interesse e capacidade de


experimentar novas abordagens.

 Melhorar o ensino tendo por base a análise e a


avaliação colaborativa.
(Alarcão & Roldão, 2008)
A ATITUDE DO SUPERVISOR NA OBSERVAÇÃO DE
PARES

Ele próprio estar “aberto” à mudança, assumir-se como


elemento facilitador do processo e não, parte do problema.
Perceber que é ele o principal elo de ligação entre os “seus”
pares;

Estar receptivo para receber e/ou dar feedback acerca de


qualquer questão inerente ao processo ensino aprendizagem;

Incentivar e promover o debate, a partilha, a exposição de


expectativas e/ou constrangimentos;
A ATITUDE DO SUPERVISOR NA OBSERVAÇÂO DE
PARES
 Fomentar a reflexão acerca das práticas, das metodologias,
e dos resultados;

 Ver a sua função como forma recíproca de aprendizagem.


Professor observado (avaliado) e professor observador
(supervisor) aprendem em conjunto, com a experiência;

 Mostrar disponibilidade para apoiar o professor na


organização de todo o processo (calendarização, discussão
e selecção de estratégias, recursos, formas de
monitorização, avaliação e reflexão);
A ATITUDE DO SUPERVISOR NA OBSERVAÇÂO DE
PARES
 Deixar que o professor observado decida sobre a essência
do que vai ser observado;

 Dar oportunidade ao professor de expor as suas dúvidas,


receios e outras questões que, eventualmente, o
preocupem;

 Exibir uma atitude construtiva, elogiar em vez criticar, e


equilibrada, não enfatizando muito os problemas;
IMPORTÂNCIA E FORMAS DE FEEDBACK
Características de feedback pedagógico segundo Askew and Lodge:

 dialógico;
 democrático
 bi-direccional
 de responsabilidade partilhada;
 reflexivo;
 situado;
 metacognitivo;
 formativo;
 problematizador;
 potenciador de aprendizagens.
CONCLUSÃO

Segundo Oliveira-Formosinho (2002, p. 12), “poderá ser este um


tempo para a proposição de uma supervisão repensada no seu
conceito, papel e funções”.

Por certo não será tarefa fácil mas, seja qualquer for o caminho,
a metodologia e a opção, é vital que os responsáveis pela educação,
na hora da decisão, tenham sempre presente que não podem, nunca,
dissociar a Escola dos seus agentes educativos, os professores. Esta
interdependência é referida por Nódoa (1992) nos seguintes termos:
“As escolas não podem mudar sem o empenhamento dos professores
e estes não podem mudar sem uma transformação das instituições
em que trabalham. O desenvolvimento profissional dos professores
tem de estar articulado com a escola e os seus projectos”.
(Nóvoa, 1992)
BIBLIOGRAFIA

 ALARCÃO, I & TAVARES, J.(2003). Supervisão da Prática Pedagógica –


Uma perspectiva de Desenvolvimento e Aprendizagem, 2ª Edição,
Coimbra: Almedina.

 ALARCÃO, I., ROLDÃO, M.C. (2008). Supervisão. Um contexto de


desenvolvimento profissional dos professores. Mangualde: Edições
Pedago.

 FORMOSINHO-Oliveira. (2002). A Supervisão na Formação de


Professores I, Da Sala à Escola. Porto, Porto Editora.

 NÓVOA, A. (1999). Seis Apontamentos sobre Supervisão na Formação.


Actas do congresso Nacional de Supervisão, 209-214.

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