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BRUMADINHO
02 de dezembro de 2009
DÉBORA GOMES RIBEIRO EUFRAZIO
BRUMADINHO
02 de dezembro de 2009
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO 5
DOS RECURSOS EM ESPÉCIE 6
1. APELAÇÃO 6
1.1 Finalidade 6
1.2 Requisitos de admissibilidade 6
1.3 Prazo 7
1.4 Legitimidade 8
1.5 Observações gerais 8
2. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 9
2.1 Finalidade 9
2.2 Requisitos de admissibilidade 9
2.3 Prazo 10
2.4 Legitimidade 10
2.5 Observações gerais 11
3. AGRAVOS 12
3.1 O agravo de decisões de membros de tribunais 12
3.2 O agravo em execução penal 12
3.3 O agravo de instrumento contra a decisão denegatória 12
de recurso extraordinário ou especial
3.4 Requisitos de admissibilidade 13
3.5 Prazo 13
3.6 Legitimidade 13
4. CARTA TESTEMUNHÁVEL 14
4.1 Finalidade 14
4.2 Requisitos de admissibilidade 14
4.3 Prazo 14
4.4 Legitimidade 15
4.5 Observações Gerais 15
5. EMBARGOS INFRINGENTES 16
5.1 Finalidade 16
5.2 Requisitos de Admissibilidade 16
5.3 Prazo 16
5.4 Legitimidade 16
5.5 Observações Gerais 16
6. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 18
6.1 Finalidade 18
6.2 Requisitos de Admissibilidade 18
6.3 Prazo 18
6.4 Legitimidade 18
6.5 Observações Gerais 18
7. PROTESTO POR NOVO JÚRI 19
8. CORREIÇÃO PARCIAL 21
8.1 Finalidade 21
8.2 Requisitos de Admissibilidade 21
8.3 Prazo 21
8.4 Legitimidade 22
8.5 Observações Gerais 22
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9. RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO 23
ESPECIAL
9.1 Finalidade 23
9.2 Requisitos de Admissibilidade 23
9.3 Prazo 24
9.4 Legitimidade 24
CONCLUSÃO 26
BIBLIOGRAFIA 27
INTRODUÇÃO
Foi proposto que fizesse um trabalho sobre os Recursos no Direito Processual Penal. A
matéria esta regulamenta a partir do art. 574 ao 667 no Código de Processo Penal (CPP).
• APELAÇÃO;
• RECURSO EM SENTIDO ESTRITO;
• AGRAVO;
• CARTA TESTEMUNHÁVEL;
• EMBARGOS INFRINGENTES;
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• EMBARGOS DE DECLARAÇÃO;
• PROTESTO POR NOVO JÚRI – Foi revogado pela lei 11.689, de 09/06/2008;
• CORREIÇÃO PARCIAL E
• RECURSO ESPECIAL E RECURSO EXTRAORDINÁRIO;
Dentro das condições tentarei explicar cada um dos itens listados, explicando o conceito, a
finalidade, o requisito de admissibilidade, o prazo recursal, a legitimidade e ainda outras
observações que se fizerem necessário como os efeitos de cada recurso.
Não sou mestre no assunto, mas quero com este trabalho somar para a nossa turma,
apresentando um trabalho que possa melhorar a formação de cada um, acrescentando mais
conhecimento na vida acadêmica.
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DOS RECURSOS EM ESPÉCIE
1. APELAÇÃO
O recurso de Apelação já vem sendo utilizado desde o Império Romano, também foi
aceito no direito canônico e no reino de Portugal. No Brasil, o Código de processo Criminal
do Império de 1832 teve a previsão do recurso de apelação em seus artigos 593-603.
Atualmente está previsto nos artigos 593-606 do Código de Processo Penal (CPP).
1.1 Finalidade
Os requisitos de admissibilidade estão bem claros nos incisos do artigo 593 do CPP,
são eles:
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As decisões definitivas – lato sensu – são as resoluções de mérito que encerram o
processo, diversas das sentenças condenatórias e absolutórias.
b) Decisões do Tribunal do Júri:
III- das decisões do Tribunal do Júri, quando:
a- ocorrer nulidade posterior à pronúncia;
b- for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos
jurados;
c- houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de
segurança;
d- for a decisão dos jurados manifestadamente contrária à prova dos autos.
1.3 Prazo
A apelação será interposta por uma petição e/ou por termo nos autos no prazo de 5
(cinco) dias, conforme o art. 593 do CPP, sendo conferida sua tempestividade pela data de
interposição. É importante ressaltar a súmula 320 e 428 do STF que diz: “A apelação
despachada pelo juiz no prazo legal não fica prejudicada pela demora da juntada, por culpa
do cartório”, e ainda “não fica prejudicada a apelação entregue em cartório no prazo legal,
embora despachada tardiamente”.
As razões poderão ser oferecidas no prazo de oito dias. Caso o processo seja de
contravenção, o prazo para arrazoar será de três dias, que também será o para o caso de
existência de assistente de acusação, em qualquer hipótese. O prazo para interposição da
apelação, no caso de assistente não habilitado nos autos, será de quinze dias contados da
expiração do prazo de recurso do Mistério Público. Nos juizados especiais, a apelação terá o
prazo de dez dias e já serão apresentadas as razões.
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A apelação por termo é aquela desprovida de rigor formal, bastando que o recorrente
revele o seu inconformismo com a decisão, demonstrando o desejo do recurso, não se
exigindo capacidade postulatória, que será necessária, entretanto, para a apresentação das
razões.
1.4 Legitimidade
Segundo o art. 577 do CPP têm legitimidade para interpor recurso o Ministério
Público (não tem o dever de recorrer, mas o direito), o querelante (nos crimes de ação pública
ou privada, têm ampla legitimidade para apelar), o réu (o fato de ter sido considerado revel
não o impede de recorrer), seu procurador ou defensor. Somente não será admitido o recurso
da parte que não tiver interesse em modificar ou reformar a sentença.
• Depois de haver apelado o réu condenado vier a fugir a apelação será considerada
deserta;
• A apelação da sentença penal absolutória não é requisito para impedir que o réu seja
posto imediatamente em liberdade. A apelação não suspenderá a execução da medida
de segurança aplicada provisoriamente;
• Em regra a apelação tem o efeito suspensivo, exceto quando ocorrer as duas hipóteses
do art. 393;
• A apelação poderá ser interposta com relação a todo o julgado ou com relação a parte
do mesmo.
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2. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
O recurso em sentido estrito está previsto no CPP nos art. 581 a 592 e serve, em regra,
para a impugnação de decisões interlocutórias. Corresponde em linhas gerais, ao agravo do
Código de Processo Civil, art. 522 a 529.
2.1 Finalidade
O recurso em sentido estrito (RSE), além de previsto em leis especiais, é cabível, nos
expressos dizeres do art. 581 do CPP, de decisão, despacho e sentença, nos casos por ele
relacionados.
As hipóteses do art. 581 seguem um rol taxativo de cabimento (no entanto, ainda há
outras decisões contra as quais cabe RSE e não estão previstas no art. 581). De maneira Geral,
pode-se dizer que o recurso cabe contra:
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III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
IV - que pronunciar ou impronunciar o réu;
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir
requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a
prisão em flagrante;
VI - que absolver o réu, nos casos do art. 411;
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa
extintiva da punibilidade;
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;
XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
XVIII - que decidir o incidente de falsidade;
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
XXII - que revogar a medida de segurança;
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a
revogação;
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
2.3 Prazo
O prazo para interpor o recurso voluntário será de 5 (cinco) dias, segundo o art. 586 do
CPP, no entanto, no caso do inciso XIV, o prazo será de 20 (vinte) dias, contado da data da
publicação definitiva da lista de jurados.
2.4 Legitimidade
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Têm legitimidade para propor o recurso em sentido estrito as seguintes partes:
• O réu;
• O querelante;
• O Ministério Público;
• O ofendido (em casos específicos - só quando fundamentado nos incisos IV, VIII e
XV);
• Qualquer pessoa (mas só pra tirar alguém da lista de jurados);
• O jurado que foi excluído.
• Os recursos serão sempre para o Tribunal de Apelação, exceto nos casos dos incisos
V, X e XIV;
• Será para o presidente do Tribunal de Apelação a hipótese do inciso XIV;
• Quando o recurso for interposto de ofício; nos casos do art. 581, incisos I, III, IV, VI,
VIII e X e ainda quando o recurso não prejudicar o andamento do processo subirá nos
próprios autos;
• Havendo dois ou mais réus, quando qualquer deles se conformar com a decisão ou
todos não tiverem sido ainda intimados da pronúncia, o recurso da pronúncia subirá
em traslado;
• Normalmente o RSE só tem efeito devolutivo, ficando o tribunal limitado a conhecer
somente a questão que lhe deu causa, não podendo examinar outras questões decididas
no processo;
• Terá o efeito suspensivo quando: na perda de fiança, de concessão de livramento
condicional e dos incisos XV, XVII, e XXIV do art. 581;
• O recurso da pronúncia suspenderá tão somente o julgamento;
• O recurso do despacho que julgar quebrada a fiança suspenderá unicamente o efeito de
perda da metade do seu valor
• O réu somente poderá recorrer da pronúncia estando preso, exceto se prestar fiança,
nos casos admitidos por lei.
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3. AGRAVOS
Havendo outras decisões dos membros dos tribunais estaduais e federais pode-se
utilizar o agravo regimental de acordo com o art. 625, § 3º, CPP. Os modos e meios de
impugnação do agravo serão de acordo com o regimento do tribunal.
Diz o art. 197, da Lei de Execução Penal (Lei 7.210/84): “Das decisões proferidas
pelo juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo”.
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Lei 8.038/90, artigo 28: “Denegado o recurso extraordinário ou o recurso especial,
caberá agravo de instrumento, no prazo de 5 (cinco) dias, para o Supremo Tribunal Federal
ou para o Superior Tribunal de Justiça, conforme o caso”.
Cabe agravo em toda decisão do juiz da execução penal e também da que resolve
sobre unificação da pena.
3.5 Prazo
3.6 Legitimidade
De acordo com o art. 195 da Lei de Execução Penal estão legitimados para propor o
agravo:
• O Ministério Público;
• O interessado - sentenciado;
• O representante do interessado (cônjuge, parente ou descendente).
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4. CARTA TESTEMUNHÁVEL
A previsão legal da carta testemunhável está nos art. 639 a 646 do CPP, existe uma
discussão doutrinária quanto a sua natureza, para alguns autores é uma espécie de recurso, no
entanto, para outros, é um instrumento processual.
4.1 Finalidade
Remédio judicial que tem por finalidade tornar efetivos os recursos denegatórios, ou o
respectivo seguimento, quando admitidos, se for obstada a sua apresentação à superior
instância. Deve ser instruída com peças extraídas do processo correspondentes à instância
inferior.
O art. 639 nos dá as duas hipóteses em que se poderá utilizar a carta testemunhável,
são elas:
4.3 Prazo
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A carta testemunhável será requerida ao escrivão ou ao secretário do Tribunal,
conforme o caso, nas 48 horas seguintes ao despacho que denegar o recurso, indicando o
requerente as peças do processo que deverão ser trasladadas.
4.4 Legitimidade
15
5. EMBARGOS INFRINGENTES
5.1 Finalidade
5.3 Prazo
5.4 Legitimidade
O Ministério Público também poderá ser parte legítima desde que em favor do
acusado.
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• Em primeiro momento o efeito do recurso será devolutivo, porque a oposição dos
embargos infringentes devolve ao órgão competente o conhecimento da matéria;
• A turma julgadora envolvida da prolação da decisão embargada terá um juízo de
retratação;
• Não havendo a necessidade de recolhimento do réu à prisão o efeito da sentença será
suspenso.
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6. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Os embargos de declaração estão previstos no Código de Processo Penal nos art. 619 e
620. O art. 382 trata, sem lhe dar nome, dos embargos de declaração em primeiro grau de
jurisdição, também conhecidos como embarguinhos, e está fora do capítulo de recursos.
6.1 Finalidade
A finalidade dos embargos de declaração é bem clara no art. 619, é evitar e/ou
esclarecer ambigüidades, obscuridades, contradições ou omissões nas decisões dos Tribunais.
6.3 Prazo
6.4 Legitimidade
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7. PROTESTO POR NOVO JÚRI
O protesto por novo júri estava disciplinado nos art. 607 e 608 do CPP, no entanto, foi
revogado pela lei 11.689, de 09/06/2008.
“Na atual conjuntura recursal, não seria mais necessário mover todo o aparato
novamente para ocorrer um novo julgamento pelo júri se este já se realizou, uma
vez que com a supressão deste recurso reforçamos o princípio da soberania do júri
e eventuais erros no julgamento podem ainda serem sanados por outros recursos
já previstos no codex processual.
Ora, o protesto por novo júri é um favor libertatis que perdeu toda a sua aplicação
diante da atual avalanche de processos que recai sobre o Judiciário, de modo que
o magistrado (juiz-presidente) permanece entre colunas, na aplicação da medida
da pena: parte da premissa de que sua sentença não poderá conter pena com
tempo igual ou superior a 20 (vinte) anos de reclusão, cometendo até injustiças,
pois a pena, muita vez, fica aquém daquela que para ele o réu mereceria, fazendo o
juiz todas as contas exatamente para que não ultrapasse os tais 20 (vinte) anos; ou
então, aplica pena igual ou superior a esta quantia, de modo que possibilite o
advogado de defesa entrar com o recurso em questão, desconsiderando quase tudo
(não pode a pena aumentar, mas somente manter-se ou diminuir) e estabelecendo
nova data para o plenário, atrasando ainda mais os futuros julgamentos que
seriam realizados. Há juristas que entendem que o próprio princípio da soberania
dos veredictos (art. 5º, inciso XXXVIII, alínea c, da Lei Fundamental) é
enfraquecido em razão da existência do protesto por novo júri, todavia, esse não é
o melhor entendimento a ser vislumbrado, mas já reforça a necessidade de
revogação dos dispositivos. Tal princípio não é atingido porque a nova decisão
também será proferida pelo tribunal popular, porém em outro julgamento,
contudo, mesmo com esta posição desfavorável no sentido de tentar revogar o
recurso de protesto, sua revogação colocaria por terra esta discussão sobre a
constitucionalidade ou não do recurso. Data vênia, não se procura aqui
argumentar se as pessoas devem ou não ficar mais tempo presas, se isso é melhor
ou não para a sociedade, pois isto seria outra questão a ser discutida
(problemática do sistema prisional brasileiro), mas o que é defendido é demonstrar
que se o dispositivo perdeu o seu valor, não se justifica mais na realidade do
ordenamento jurídico, não há mais razão para sua manutenção, perdeu sua razão
de ser, de modo que melhor é sua supressão por via de revogação, encerrando
então sua vigência, e aliviando o juiz-presidente para que este aplique a pena que
lhe entender justa ao caso concreto. r
Importante ressaltar que o objetivo de suprimir tal recurso não está fulcrado na
suposição, como pensam alguns, de que a morosidade do Judiciário tem
beneficiado demasiadamente os criminosos brasileiros, ou que o Código Penal e o
Código de Processo Penal têm sido excessivamente benevolente com aqueles que
praticam uma infração penal, como, data máxima vênia, sustentou o Deputado
Federal João Alfredo em seu projeto de lei para revogar os referidos artigos. Não
é este o motivo. Tais fundamentos não são fortes o suficiente para se conseguir
revogar qualquer recurso no âmbito criminal. E mais, chega o mesmo projeto de
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lei a mencionar que a aplicação da pena acima de 20 (vinte) anos por crimes nos
quais os processos são julgados por juiz singular não beneficiam todos, mas
somente aqueles que são julgados pelo tribunal do povo, criando desigualdade, o
que iria contra isonomia consolidada na Constituição. Todavia, cabe ressaltar que
o princípio da igualdade (isonomia) é respeitado pelo protesto por novo júri, isto
porque, aqueles que são julgados pelo tribunal popular têm um risco maior de
serem julgados erroneamente, tanto é assim que normalmente é procurado
explicar aos jurados como devem votar, pois estes podem estar querendo a
absolvição, mas pela forma como são colocados os quesitos, podem se enganar
entre o "sim" e o "não". Trata-se diferentemente, porque os casos merecem
peculiaridades no tratamento, pois são os leigos que os julgam e não um técnico
do direito (magistrado), ora, a sentença igual ou acima do numerário da pena
aplicada de 20 (vinte) anos por um crime, quando emanado de um juiz singular,
que tem todo conhecimento técnico e científico do direito, dificilmente cometerá o
mesmo erro que o homem do povo que muita vez é confundido pelas próprias
perguntas dos quesitos (errare humanum est).
Em verdade, o protesto por novo júri é um instrumento que dispõe o juiz visando
dar nova oportunidade ao acusado quando aquele vislumbra flagrante desnível
absoluto da atuação em plenário, que venha a fulminar uma condenação injusta.
Diante de um massacre judiciário que termine em condenação, o presente recurso
poderia sanar a decisão injusta. No entanto, sabe-se que eventuais
irregularidades, inadequações, erros podem ser argüidos através da via recursal
já existente sem a necessária realização de novo plenário.
A rigor, segundo ainda alguns juristas, apesar de ainda ser reconhecido pelos
tribunais o recurso em análise, a Carta Política de 1988, pelo princípio da
recepção, já teria revogado aquilo que defendemos, justamente por que esta não
teria recepcionado aquilo que, por lei ordinária (Decreto-Lei n.º 3.689 de 1941)
vai de encontro com o que disciplinaria o art. 5º, inciso XXXVIII, alínea c, pois,
invalidaria a decisão soberana do júri que recebe proteção constitucional, sob o
fundamento de que a quantidade de pena atingiu determinado limite. Aquilo que
está em desacordo com a nova ordem constitucional por ela não é recepcionada.
Mas frisa-se, não ser esse o melhor posicionamento a respeito, tanto que o
Supremo Tribunal Federal é neste sentido, de que há compatibilidade entre o
recurso e a Constituição de 1988, mas trata-se de argumento relevante que sanado
seria se fosse revogado os dois artigos do Código de Processo Penal.
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8. CORREIÇÃO PARCIAL
A correição tem como fonte a ordenação não guardada que dimana da antiga
supplicatio romana e da sopricação portuguesa.
8.1 Finalidade
A correição parcial é útil para suprir, em dada situação, a falta de recurso para ataque a
decisões proferidas durante o desenvolvimento da causa.
8.3 Prazo
21
Em geral a correição parcial é medida formulada no prazo de cinco dias.
8.4 Legitimidade
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9. RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL
9.1 Finalidade
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III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância,
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;(Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
9.3 Prazo
A lei 8.038, de 1990, unificou em seu artigo 26 o prazo para a interposição do recurso
especial e recurso extraordinário:
9.4 Legitimidade
24
“O assistente do Ministério Público pode recorrer, inclusive extraordinariamente, na
ação penal, nos casos dos arts. 584, parágrafo 1º e 598 do Código de Processo Penal”.
25
CONCLUSÃO
A cada trabalho que faço venço um novo desafio, como foi bom aprender mais do
Direito Processual Penal Brasileiro, que é cheio de peculiaridades e merece ser estudado com
muita dedicação.
No Título III – Dos Recursos em Geral – temos ainda duas previsões, que não foi
objeto do trabalho, Da Revisão e também Do Habeas Corpus. Apesar de esses dois institutos
estarem no capítulo de recursos eles não o são. Os mesmos são ações autônomas de
impugnação a decisões proferidas no âmbito da justiça criminal. O Habeas Corpus também é
tratado como um remédio constitucional previsto no art. 5º, inciso LXVIII da CRFB/1988.
Temos ainda outras duas ações de impugnação: Mandado de Segurança Contra Ato
Jurisdicional Penal e também a Reclamação aos Tribunais.
Como professor o senhor foi brilhante como pessoa superou todas as nossas
expectativas e quero com este trabalho agradecer por contribuir com a minha formação.
Agradeço e desejo ser uma acadêmica que o senhor terá orgulho quando me vir
alcançando lugares mais altos.
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BIBLIOGRAFIA
PINTO, Antonio Luiz Toledo; WINDT, Márcia Cristina Vaz dos Santos; CÉSPEDES, Livia.
Vade Mecum compacto / obra coletiva de autoria da Editora Saraiva. – São Paulo:
Saraiva, 2009.
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