Fins da atividade financeira – é a realização do bem
comum, onde para o atendimento dessa finalidade o
Estado desenvolve inúmeras atividades, cabe então ao
Estado sua realização de forma direta e exclusiva.
Defini-se então como sendo a atuação estatal voltada
para obter, gerir, e aplicar os recursos financeiros
necessários a consecução das finalidades do Estado
que se resumem na realização do bem comum.
Serviços públicos – art. 21, X, XI, XII, XIII, XV, XXII,
XXIII, 175 da CF – serviço público significa prestação
de utilidade ou comodidade material fruível diretamente
pelos administrados, prestado pelo Estado ou por quem
faça suas vezes, sob regime de direto público.
Poder de Policia – Art. 78 CTN e arts. 145, II, 170,
174, 182, 192, 193 da CF – “é a atividade da adm
pública que limitando, disciplinando, direito, interesse
ou liberdade, regula a pratica de ato ou abstenção de
fato, em razão do interesse publico concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de
atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização de Poder Publico, à tranqüilidade publica
ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais
ou coletivos”. Poder de policia é o poder de
regulamentação de que está investido o Estado. É
discricionário, mas tem por limite a lei. Está fundado no
principio da prevalência do interesse público sobre o
interesse privado.
D. Financeiro – é o conjunto de normas jurídicas que
regula a atividade financeira do Estado em seus
diferentes aspectos: órgãos que a exercem, meios em
que se exterioriza e conteúdo das relações que
originam. Podemos dizer que o Direito financeiro é o
ramo do Direito Público que estuda a atividade
financeira do Estado Sob o ponto de vista jurídico.
Orçamento – é o ato pelo qual o Poder Legislativo
prevê e autoriza o Poder Executivo, por certo período e
em por menor, as despesas destinadas ao
funcionamento dos serviços públicos e outros fins
adotados pela política econômica ou geral do país,
assim como a arrecadação das receitas já criadas em
lei. Art. 166 da CRFB.
Natureza Jurídica do Orçamento – Possui natureza
de lei nos termos dos arts. 165, Inciso III, §§ 5º, 6º e 8º,
bem como o Art. 166 e parágrafos da CRFB que
estabelece um regime peculiar de tramitação do projeto
de lei orçamentária, de iniciativa do executivo, exigindo
quorum qualificado para sua aprovação, mostrando
então a sua natureza de lei ordinária.
Processo Legislativo – As leis orçamentárias de plano
plurianual de diretrizes orçamentárias e de orçamentos
anuais são de iniciativa do poder executivo cabendo ao
Presidente da República enviar ao Congresso Nacional
os respectivos projetos de lei e as propostas Arts. 165
e 84, Inciso XXIII da CRFB. O Poder judiciário, o
Ministério Público e a Defensoria Pública elaborarão
suas propostas orçamentárias dentro dos limites
estabelecidos na LDO, para garantir a pluridade da
participação do Estado. Sendo que a proposta do
Judiciário no Âmbito da União é encaminhada pelos
presidentes do STF e dos Tribunais Superiores. Arts.
99, §§ 1º e 2º, 127, § 3º e 134, § 2º da CRFB.
Aspectos Econômicos do Orçamento – O orçamento
deve eleger as prioridades da ação governamental
ajustando-a ao conjunto da situação econômica do
país, em um determinado momento, como também
buscar alternativas de otimização de recursos
financeiros disponíveis, fato que implica cálculo
econômico, a fim de que as necessidades públicas
sejam satisfeitas mediante um dispêndio mínimo.
Lei orçamentária, PPA e LDO – São iniciativas do
poder executivo. Art. 165, I, II, III e art. 84, XXIII.
Ordenadores de despesa: defensoria pública,
tribunais e ministério público.
Aspecto político do orçamento – O orçamento
constitui-se no principal instrumento de intervenção
estatal. É sempre elaborado com base em uma decisão
política, de acordo com o programa do partido,
direcionando as despesas nesse sentido. Daí por que o
orçamento é essencialmente um ato político.
PRINCIPIOS DO ORÇAMENTO:
Exclusividade – Art. 165, § 8º, Tudo tem que estar
previsto no orçamento. A CRFB excepciona desse
princípio para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, mas não significa
que estes são matérias estranhas ao orçamento.
Programação – Arts. 47, 48, 165, § 4º, 168, CF. O
orçamento deve ter conteúdo e forma de programação
por ser um plano de ação governamental. Nada poderá
ser liberado sem prévia programação de despesas, a
qual tem por finalidade não só assegurar às unidades
orçamentárias os recursos financeiros necessários à
boa execução de seu programa de trabalho, como
também manter o possível equilíbrio entre a receita
arrecadada e a despesa realizada de sorte a evitar, ao
máximo, as situações de insuficiências de caixa.
Equilíbrio orçamentário - Hoje prevalece o
pensamento de que não cabe à economia equilibrar o
orçamento, mas ao orçamento equilibrar a economia,
isto é, o equilíbrio orçamentário não pode ser entendido
como um fim em si mesmo, mas como um instrumento
a serviço do desenvolvimento da nação.
Anualidade - Arts. 165 III, § 5º, I, II, III, 166, 48 da CF.
A periodicidade é característica fundamental do
orçamento. O exercício financeiro no Brasil é de um
ano, daí decorre o princípio da anualidade.
Unidade - Art. 165, § 5º, O princípio da unidade
orçamentária não mais se preocupa com a unidade
documental, mas com a unidade de orientação política,
de sorte que os orçamentos se estruturem
uniformemente, ajustando-se a um método único,
articulando-se com o princípio da programação.
Universalidade – As parcelas da receitas e despesas
devem figurar em bruto no orçamento, isto é, sem
quaisquer deduções. Esse princípio tem sentido de
globalização orçamentária, significando a inclusão de
todas as rendas e despesas dos poderes, fundos,
órgãos, entidades da administração direta e indireta, no
orçamento anual geral.
Legalidade - Art. 48, 165, 166, 167 A administração
pública subordina-se às prescrições legais, sob pena
de crime de responsabilidade. A administração só faz o
que a lei determina. Abarca os planos, programas,
operações e abertura de créditos, transposição,
remanejamento ou transferência de recursos de uma
dotação para outra de um órgão para outro, bem como
a instituição de fundos. Só pode fazer transposição ou
remanejamento com prévia prescrição legislativa.
Transparência Orçamentária – Art. 70, 165, § 6º
Projeto de lei orçamentária será acompanhado de
demonstrativos. Regionalizado do efeito, sobre as
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistia,
remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia, possibilitando assim o
controle interno e externo da execução orçamentária
que abrange as subvenções e a renúncia de receitas.
Publicidade Orçamentária - Art. 165, § 3º, 166, § 7º.
Esse princípio tem tanta importância que a Carta
Magna determinou sua observância relativamente aos
projetos de leis orçamentárias, além de ordenar,
especificamente, a publicação pelo Poder executivo,
até 30 dias após o encerramento de cada bimestre,
relatório resumido da execução orçamentária. Após a
lei elaborada deve ser publicada no Diário Oficial até
30.03.
Princípio da não-vinculação de receita de impostos
- Art. 167, IV. É um princípio orçamentário, financeiro,
e não tributário, e por isso, o sujeito passivo da
obrigação tributária não tem legitimidade para invocá-
la. A relação jurídico-tributária existente entre o fisco e
o contribuinte extingue-se com o pagamento do
imposto, sendo irrelevante a ulterior destinação do
recurso financeiro ingressado.
Quantificação de crédito orçamentário - Art. 167,
VII, CF Veda a concessão ou utilização de créditos
ilimitados. São vedadas a realização de despesas ou a
assunção de obrigações diretas que excedam os
créditos orçamentários ou adicionais, bem como a
realização de operações de crédito que excedam o
montante das despesas de capital, ressalvadas as
autorizadas mediante créditos suplementares ou
especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder
Legislativo por maioria absoluta.
Leis Orçamentárias - art. 165, § 1º da CF Há 3 tipos
de leis orçamentárias, todas de iniciativa do executivo:
a que institui o PPA, a de diretrizes orçamentárias e a
que aprova o orçamento anual. Todas de iniciativa do
executivo: PPA, diretrizes orçamentárias e orçamento
anual art. 165, § 1º da CF.
Orçamento Plurianual (PPA) – Arts 165, § 1º, § 4º e §
7º e 43 CF. Esse orçamento resulta das necessidades
ditadas pela política governamental. O orçamento faz o
papel de programação econômica, direcionando a ação
do governo para vários setores da atividade estatal.
Uma das funções do orçamento plurianual, juntamente
com o orçamento fiscal e o orçamento de investimento
das estatais, é exatamente a de reduzir as
desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional. É um programa que de 4 em 4 anos,
previsto no art. 165, § 1º, § 4º e § 7º resulta das
necessidades ditadas pela política governamental,
fazendo papel de programação econômica,
direcionando a ação do governo para vários setores da
mesma atividade, visando o desenvolvimento e a
redução das desigualdades sociais art. 43 da CF.
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – Art. 165, §
2º O caráter anual dessa lei surge da determinação de
incluir as despesas de capital para o exercício
financeiro subseqüente e orientar a elaboração do
orçamento anual. Isto quer dizer que todos os anos a
lei de diretrizes deve anteceder à lei orçamentária
anual. Isso deve ocorrer em todas as esferas, federal,
estadual, municipal e no âmbito do DF como
decorrência da simetria que resulta dos preceitos
constitucionais. As despesas de capital são as
despesas de investimentos.Não pode haver excesso de
moeda circulando e uma inflação, por isso essa lei vai
orientar a elaboração do orçamento anual. Tal lei
deve dispor sobre alterações na legislação tributária.
As isenções e incentivos fiscais só poderão ser
concedidos antes do advento da lei de diretrizes, a fim
de não haver desequilíbrio orçamentário. Incentivos
fiscais: anistia, por exemplo. Se concedidas antes da
LDO, vai controlar quanto de dinheiro se gasta, para
não gerar uma inflação sistemática.
Lei de Orçamento Anual (LOA) – Art. 165, § 9º, II. É
uma lei ânua de efeito concreto. A lei orçamentária
anual é aquela que abarca o orçamento fiscal referente
aos três poderes da União, fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público, além do orçamento de
investimentos das empresas estatais, bem como o
orçamento vislumbra a seguridade social.
Fiscalização e controle dos orçamentos – Art. 70,
parágrafo único. Para assegurar o controle
orçamentário, a Carta Magna adota os mecanismos de
rigorosa fiscalização que, inclusive, extravasam do
campo de atuação do princípio da legalidade para
adentrar nas esferas da legitimidade, da
economicidade.
A fiscalização contábil – reporta-se ao exame da
contabilidade que outra coisa não é senão uma técnica
de controle numérico, mediante o registro sistemático
das verbas arrecadadas.
Fiscalização financeira resume-se na verificação de
entrada e saída de dinheiro, ao passo que a
orçamentária alude à correta execução do orçamento.
Observa o princípio da transparência e da publicidade.
Fiscalização operacional diz respeito à observância
de procedimentos legais para a arrecadação de
recursos financeiros, ou para liberação de verbas.
Princípios que relacionam-se intrinsecamente com a
fiscalização operacional: princípio da transparência
orçamentária e da publicidade.
Fiscalização patrimonial refere-se à própria execução
orçamentária. Como é sabido, o patrimônio do Poder
Público é composto de bens de diversas natureza e
espécies. As alterações patrimoniais devem ser objetos
de fiscalização permanente para sua preservação e
atendimento das finalidades públicas. Tal fiscalização
observa o princípio da continuidade.
Tipos de Controle:
Interno – arts. 70, 74, I, II, III, IV, § 1º,§ 2º. É exercida
pelo sistema de controle interno de cada poder. O
controle da execução orçamentária é disciplinado pela
Lei 4.320/64. O que caracteriza esse sistema é o
princípio da hierarquia, que impõe às autoridades
superiores o dever de exercer controle sobre seus
subalternos, encampando ou revendo os atos por eles
praticados, notadamente em matéria de execução
orçamentária. O controle interno objetiva a criação de
condições indispensáveis à eficácia do controle externo
e visa assegurar a regularidade da realização da
receita e da despesa, possibilitando o transforma-se em doação.
acompanhamento da execução do orçamento, dos
programas de trabalho e a avaliação dos respectivos
resultados
Externo – Art. 49. X. é aquele exercido exclusivamente
pelo Congresso Nacional. O controle externo objetiva a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial dos entes constitucionais e
das entidades da Administração direta e indireta,
enlaçadas ao orçamento, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das
subvenções e renúncia de receitas. Doutrinariamente
são conhecidos três tipos de controle externo: controle
prévio, controle concomitante e o controle posterior.
Controle privado – Art. 74, § 2º, Permite que qualquer
cidadão leve ao Tribunal de contas competente a
denúncia de atos irregulares ou ilegais praticados por
agentes públicos, mas se acusar sem prova pode
responder civilmente, penalmente e
administrativamente.
Tribunal de Contas da União - Art. 5º, XXXV, XXXVII
e art. 71, art. 72, art. 73 e art. 74 da CF. O exercício
de uma das atribuições do TC, consistente em julgar as
contas, não lhe confere o exercício da atividade
jurisdicional, privativo do poder Judiciário. O TC não
julga as pessoas, limitando-se a julgar contas, isto é,
restringe-se a proferir uma decisão técnica,
considerando-as regulares ou irregulares. Sua decisão
não opera coisa julgada, pelo que tem natureza
meramente administrativa. Tanto é assim que as
contas julgadas pelo TC podem ser reapreciadas pelo
Judiciário, levando-se em conta o princípio da
inafastabilidade da jurisdição e o que repele o juízo ou
tribunal de exceção.
Tribunal de Contas nos Estados e Municípios: Art.
75, § único. Composto de 7 conselheiros, a forma de
nomeação segue o modelo Federal, isto é, os
candidatos devem ter a mesma qualificação
profissional prevista no § 1º do art. 73, e as vagas
deverão ser preenchidas na forma do § 2º. O TC pode
pedir afastamento do Prefeito até serem julgadas as
contas públicas pela Câmara legislativa, e os Prefeitos
devem anualmente prestar contas aos Tribunais
regionais, municipais ou conselho de contas do
Município. O TC julga as contas dos administradores
em geral realizando inspeções e auditorias sustando a
execução de atos ilegais e aplicando sanções aos
responsáveis pela irregularidade, dando início ao
processo de responsabilidade.
Crédito Público - É o processo financeiro do Estado
conseguir dinheiro através do jus imperium, é emitido
pelo estado e assim não tem como se auto exonerar.
Pelo processo legislativo o Estado submete-se as
próprias leis que ele edita e como contrato que é o
mais aceito, é o ato pelo qual uma pessoa física ou
uma pessoa jurídica empresta a outro mediante
contrato acrescido de juros no prazo estabelecido
Classificação de Crédito Público:
Perpétuo: será remível ou irremível, conforme haja ou
não a faculdade de o Estado efetuar a restituição do
capital quando quiser. Na realidade, empréstimo
público sem a possibilidade de exigir a restituição do
capital perde a característica de receita creditícia, e
Temporário: é o que tem prazo certo para resgate.
Exemplo: antecipação das receitas orçamentárias.
Dívida pública Flutuante: é a contraída a curtos
prazos para satisfazer necessidades momentâneas do
Tesouro, provenientes de despesas imprevistas e da
falta de receitas ainda não cobradas.
Dívida pública Fundada: é aquela contraída a longo
prazo, ou até sem prazo certo e sem obrigação de
resgate com pagamento de prestação e juros. A dívida
pública fundada tem caráter estável e não varia de
acordo com o fluxo de receitas e despesas como
ocorre com a dívida flutuante. Subdivide-se em:
amortizável e perpétua. A perpétua é aquela contraída
por período indefinido, obrigando-se o Estado apenas a
pagar os juros, como ocorre geralmente com a nossa
dívida fundada, no âmbito federal. A amortizável é a
dívida fundada contraída com prazo certo de resgate,
como ocorre no âmbito estadual. São investimentos
menores.
Crédito interno: é aquele que o Estado obtém no
âmbito de seu espaço territorial.
Crédito externo: é quando o Estado celebra o contrato
de mútuo, em moeda estrangeira, com uma pessoa
não nacional. O local da captação dos recursos é
necessariamente sediada no Exterior. Exemplo: Brasil
pegando empréstimo ao FMI e ao Birde (Banco
Mundial).
Crédito forçado ou compulsório: é o obtido sem a
anuência do prestamista, visto que se assenta do poder
de império do Estado, ou seja, nos princípios
tributários. Ele não pergunta, ele determina.
Crédito voluntário: é aquele contraído sob a égide do
princípio da autonomia da vontade. Resulta sempre de
um contrato de mútuo ou da aquisição de títulos
representativos da dívida pública.
Classificação constitucional de crédito público
a) operação de crédito por antecipação de receita: é
uma modalidade de empréstimo que o Estado promove
com o objetivo de suprir déficit de caixa. São
empréstimos de curto prazo a serem devolvidos no
mesmo exercício financeiro. É uma exceção ao
princípio da vedação da vinculação do produto de
arrecadação de impostos a órgãos, fundos ou
despesas, permitindo a utilização de receitas futuras
como instrumento de garantia nas operações de crédito
por antecipação de receitas.
b) operações de crédito em geral: correspondem aos
empréstimos de longo prazo que objetivam atender, em
geral, despesas de capital (investimentos, inversões
financeiras e transferências de capital). Não se acham
compreendidas nas operações de crédito por
antecipação de receitas.
Crédito forçado O crédito público comporta
modalidades peculiares não encontráveis no privado.
Modalidades: a) Retenção de depósitos de dinheiro que
as pessoas fizeram nas instituições bancárias ou
financeiras. Seria reter, devolver o valor corrigido. B)
Assenta o empréstimo em um fato gerador de tributo,
dando ao particular a opção entre pagar o tributo ou
emprestar um múltiplo do valor deste. É um internacional, o equilíbrio das balanças de pagamento,
empréstimo compulsório, o governo faz apulso.C) Usa a garantia de empréstimos internacionais, etc.
do poder de imprimir curso forçado a bilhetes bancários
BACEN e Finanças públicas: nos termos do art. 164,
ou cédulas do tesouro. Cédulas do tesouro público,
§ 1º, cabe exclusivamente ao BACEN exercer a
títulos da dívida pública.
competência da União para emitir moeda. Essa
Utilização de fundos de estabelecimentos - O Banco autarquia federal detém, pois, o monopólio no que se
Central é o órgão normativo do Sistema Financeiro refere à emissão de papel-moeda, expressão que
Nacional, exercendo geralmente suas atribuições compreende a cunhagem de moeda metálica.É vedada
mediante resoluções, instruções e circulares, através ao órgão emissor da moeda, para não inflacioná-la, a
da lei nº 4.595/64. Quando o Banco Central intervém concessão direta ou indireta de empréstimos ao
de sua própria iniciativa no mercado, para comprar tesouro nacional e a qualquer órgão ou entidade que
títulos, ele aumenta a disponibilidade de reserva dos não seja instituição financeira.
bancos particulares e favorece a expansão do crédito.
O Recurso PROER: é o programa de estímulo a
Quando, ao contrário,vende títulos no mercado e
reestruturação e ao fortalecimento do sistema
recolhe dinheiro, ele diminui as reservas dos bancos e
financeiro. Tem a finalidade de assegurar liquidez e
contrai o volume de crédito.
solvência ao sistema financeiro nacional, resguardando
Papel-moeda O ouro não representa aquela os interesses dos depositantes e dos investidores,
característica de instrumento monetário por excelência, evitando fechamento de bancos de expressão que,
substituído que se encontra pela emissão de papel- certamente, desencadeia um pânico generalizado com
moeda, que tem curso forçado em caráter definitivo. conseqüências danosas à economia
Esse fato propicia o agravamento do processo
inflacionário sempre que houver emissões exageradas
para utilização irracional, característica de governos
dominados por pessoas incompetentes e
despreparadas.
Inflação sistemática A inflação sistemática, em tese,
tem o poder de provocar o aumento das forças
produtivas do país na medida em que pode gerar
grandes lucros incentivando os investimentos. Mas,
também, tem seus grandes inconvenientes por trazer a
subversão das classes sociais, com o aparecimento do
tipo chamado novo-rico; propicia efeitos morais
negativos, incorporando as amoralidades aos negócios,
incentivando a ciranda financeira, como a que existiria
entre nós até o início da década de 90; estrangula a
política de importação, impedindo ou dificultando o
acesso do povo aos bens de consumo ou serviços
avançados e modernos; quebra a capacidade de solver
a dívida externa. Joga dinheiro no mercado, gerando
construções, gerando importação, concentrando renda.
Crédito voluntário - O crédito público próprio é aquele
que resulta da livre manifestação de vontade do credor
e do devedor, necessariamente uma entidade pública
ou órgão da Administração
Crédito Público na CF: é competência da União
estabelecer normas gerais de direito financeiro, ao
Estado normas suplementares e ao Município
complementar a legislação da União e os Estados no
que couber
FMI - É o Fundo Monetário Internacional – tem por
finalidade estimular a operação monetária no âmbito
internacional, quer favorecendo a estabilidade dos
câmbios, quer auxiliando os países-membros com seus
recursos financeiros para a correção do desequilíbrio
do balanço de pagamentos
Birde - É o Banco Interamericano de Reconstrução e
Desenvolvimento econômico - destina-se a colaborar
na tarefa de reconstrução e valorização do território dos
países-membros, propiciando facilidades de
investimentos reprodutivos, bem como a restauração
de zonas devastadas pela última Grande Guerra;
objetiva, ainda, a ajuda no processo de arrancada dos
países subdesenvolvidos, a intensificação do comércio