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CAPÍTULO I
Sociedade e Direito
Nos primórdios da civilização, o que se tinha como pré-direito era a lei do mais forte,
onde, como o próprio nome diz, aquele que se superasse em relação aos demais tinha as
melhores oportunidades, mulheres, bens etc.
Conflitos e insatisfações
Os conflitos e insatisfações são fatores anti-sociais, porque são esses fatores que causam
problemas entre os homens e surgem no momento que uma pessoa, querendo um bem
para si, seja bem material ou qualquer direito, não consegue porque:
Aquele que poderia satisfazer sua pretensão, não satisfaz (ex: quando uma pessoa não
entrega um bem que o outro quer);
Quando o próprio direito proíbe a satisfação voluntária dessa satisfação (ex: quando a
pessoa pretende algo defeso pelo Direito);
Para a eliminação desses fatores anti-sociais podem existir ações que as resolvam
provenientes de uma das pessoas envolvidas no conflito, ou por ato das duas pessoas
envolvidas, ou por ato de terceiro estranho a relação.
Quando a resolução do problema é realizada, vamos dizer de forma amigável, por ato de
uma das partes ou pelas duas partes, estamos diante da forma chamada de
AUTOCOMPOSICAO.
Quando por ato de uma dessas partes que impõe seu direito sobre o direito da outra
parte estamos diante da forma de resolução de conflitos chamada AUTODEFESA ou
AUTOTUTELA.
Quando a resolução se dá por ato de terceiro estranho a relação, podemos estar diante da
DEFESA DE TERCEIRO, a CONCILIAÇÃO, a MEDIAÇÃO e o PROCESSO.
Da Autotutela à Jurisdição
AUTOTUTELA:
Atualmente quando estamos a frente de um problema, ajuizamos um processo e o
Estado, na pessoa do Juiz, nos dá a solução do conflito.
Dessa forma aquele que quisesse fazer valer uma vontade sua teria que fazê-lo pela
forca.
Características da AUTOTUTELA:
AUTOCOMPOSIÇÃO:
MEDIACÃO OU ARBITRAGEM:
Após esses períodos, a sociedade foi percebendo que a melhor forma de composição de
seus conflitos era confiar a decisão da solução a uma terceira pessoa que era de
confiança de ambos.
Para evitar julgamentos arbitrários surge a Lei das XII Tábuas, um marco do direito.
CONCILIACÃO
A conciliação, sem duvida é uma das formas mais eficientes de solução dos problemas,
por ela as partes entram em acordo sobre seus problemas pondo fim as suas angústias.
Tanto é verdade que é o meio mais eficiente que até hoje nossas leis adotam de forma
obrigatória a tentativa de conciliação nos processos (Trabalhista Juizado especial etc.).
Diferença entre os dois é que há uma decisão na mediação enquanto na conciliação não
há.
Função social: pacificação entre todos, uma vez que se relaciona com o resultado do
exercício da jurisdição perante a sociedade e sobre a vida gregária dos seus membros e
felicidade pessoal de cada um.
Legislação e jurisdição
O processo, como vimos, surge a partir do momento em que o Estado passa a ter poder
sobre os particulares na resolução de seus problemas.
É por meio deste instrumento que o Estado, na pessoa do juiz, toma as decisões com
intuito de resolver os conflitos postos as seu julgamento.
Para a solução dos conflitos postos no processo o juiz segue parâmetros para solucionar
os casos de forma mais justa, imparcial e equânime possível.
Esses parâmetros é a legislação, que dita as regras de direito abstrato sobre o lícito e
ilícito, permitido e proibido.
Portanto por meio da legislação o direito tem seus parâmetros de condutas, direitos e
obrigações que serviram de suporte para o juiz decidir seus processos.
Já o ato de aplicar e fazer valer essas normas chamamos de jurisdição, por meio da qual
o juiz utiliza na prática as normas da legislação para impor o dever-ser ditado pelo
Estado.
Dentro do processo existem dois tipos de direito ao que recorremos para instruir um
processo.
Pelo direito material teremos o direito a ser aplicado ao caso concreto, no direito
material é que buscamos os fundamentos que utilizaremos dentro do processo para
ganhar uma ação ex CC, CP.
Portanto pelo direito material usamos a lei para ter o direito e pelo direito processual
usamos a lei para fazer valer a lei material.
Instrumentalidade do processo
Pelo processo o Estado impõe suas normas e mandamentos utilizando assim do seu
instrumento de atuação para fazer valer as leis.
CAPÍTULO III
DIREITO PROCESSUAL
Divisão e posição
O direito processual, civil, penal, trabalhista, tributário, etc, apesar de servir para a
utilização ou efetivação do direito material, é autônomo como todos os demais ramos do
direito.
Contudo apesar de estar intimamente ligado aos demais ramos do direito, ele se insere
na divisão clássica de direito publico ao invés do privado como os demais.
Isso porque seus ditames estão intimamente ligados e disciplinados pelo direito
constitucional, que é o principal ramo do direito publico como os princípios do
processo, devido processo legal (due processo f law).
Ex: não pode ter uma norma de direito processual contrariando a Constituição Federal.
CAPÍTULO IV
PRINCÍPIOS
São aqueles fundamentos que servem para regular as relações entre as pessoas. São
proposições que se colocam na base da Ciência Jurídica Processual e auxiliam na
compreensão do conteúdo e extensão do comando inserido nas normas jurídicas e em
caso de lacuna da norma, servem como fator de integração.
Em cada ramo do direito existem seus princípios próprios (trabalho in dúbio pro misero,
penal in dubio pró réu), mas todos os ramos seguem primeiro a princípios comuns a
todos os ramos, princípios gerais.
De acordo com a CF os princípios gerais são:
Principio da imparcialidade do juiz ou do juiz natural: o processo tem que ser dirigido
por um juiz que não tenha tendência a julgamento. O desenvolvimento do processo
depende da capacidade subjetiva do juiz. Por esse principio podemos ainda ter duas
garantias: só é juiz aquele investido de jurisdição, impede que o legislador (deputados e
senadores) crie leis que lhes dêem poder de julgamento; impede a criação de tribunais
de exceção, ex: tribunal pra julgar negros, estrangeiros.
DIREITOS(ART.95, CF)
a)-Vitaliciedade(após 2 anos) - O juiz não pode ser exonerado do cargo, salvo por
sentença judicial;
b)-Inamovibilidade Em regra, salvo a pedido do próprio juiz, ele não pode ser.
Transferido;
Principio da igualdade ou isonomia: todos são iguais perante a lei (art. 5 CF) da mesma
forma que merecem a aplicação igual da lei;
Isso porque no direito brasileiro o Estado-juiz é inerte e não age se não for procurado
pela parte.
Livre investigação dita que o juiz pode valorar as provas produzidas nos autos da forma
que lhe bem aprouver, na busca da verdade formal ou real. Verdade formal, aquela que
é trazida pelas partes no processo, aquilo que o juiz tem nas mãos para analisar o caso.
Verdade real, aquilo que realmente aconteceu e que nem sempre pode ter sido trazido
aos autos pelas partes, ex. um fato que não foi colocado no processo.
Principio do impulso oficial: por ele o juiz é obrigado a mover o processo fase a fase até
o julgamento da causa, lógico depois de provocado pela parte inicialmente.
Principio da oralidade: o procedimento pode ser oral e se reduz a texto somente os atos
mais importantes. Estudaremos mais tarde.
Principio da persuasão racional do juiz: segundo o qual o juiz deve formar livremente
seu convencimento na analise das provas. Os sistemas de apreciação de provas são o da
prova legal pelo qual as provas tem valores fixos e inaterados aplicados mecanicamente.
O segundo sistema é o secundum conscientiam pelo qual o juiz pode julgar mesmo
contra as provas, de acordo com sua consciência, ex tribunal do júri os jurados julgam
de acordo com sua convicção e não de acordo com provas produzidas.
Principio da lealdade processual: é dever das partes agir de forma leal no processo.
Àquele que usar do processo para obter vantagem indevida por meios ardis há de ser
aplicada as penas da lei. 14 e ss CPC.
CAPÍTULO V
Como dito o processo é matéria de direito publico, regido pela nossa Constituição
Federal.
Isso porque o processo deve assegurar a aplicação dos preceitos constitucionais para
melhor atuar a função pacificadora estatuída na CF.
Tudo isso para garantir a devida aplicação do processo justo de acordo com ditames
constitucionais.
Segundo a CF uma dessas garantias é o acesso a justiça, segundo a qual todo problema
posto ao judiciário deve receber a tutela jurisdicional para a solução do caso. CF XXXV
5º A lei não excluirá da apreciação do Poder judiciário lesão ou ameaça a direito
CAPÍTULO VI
EFICÁCIA NO ESPAÇO
A lei processual é regulada pelo princípio da territorialidade por razão de ordem política
e prática.
Política porque a norma processual tem por objeto disciplinar a atividade jurisdicional
que se desenvolve através do processo. A atividade jurisdicional é manifestação do
poder soberano do Estado e por isso não poderia ser regulada por leis estrangeiras sem
inconvenientes para a boa convivência internacional.
EFICÁCIA NO TEMPO
Com relação aos casos já em andamento, para saber se aplicamos a lei anterior ou a
nova, o nosso direito adotou a teoria do isolamento dos atos processuais, pela qual a lei
nova não atinge os atos processuais já praticados, nem seus efeitos, mas se aplicam aos
atos processuais a praticar, sem limitações relativas às chamadas fases processuais.
Expressa no art. 2º do CPP e 1211 do CPC.
Método gramatical: como as leis são feitas de palavras o interprete deve analisá-las de
acordo com a forma que são escritas.
Método lógico-sistemático: o nosso ordenamento é feito de leis de toda natureza, os
dispositivos legais não são interpretados de forma isolada mas sim de acordo com todo
o ordenamento, ex: inventário 982 do CPC nos diz sobre incapaz que é definido pelo
CC.
Portanto esse método usamos quando analisamos uma lei levando em conta outra lei.
Método histórico: como a lei é criada durante a nossa história, analisamos a lei de
acordo com a vontade do legislador no momento em que criou a lei atendendo aos
anseios da sociedade da época. Ex atualmente as leis criadas sobre a criminalidade
levam em consideração a violência vivenciada pela sociedade.
Método declarativo: é aquele que atribui a lei o exato significado das palavras que a
expressam;
Método extensivo: quando a interpretação da lei leva a aplicação em casos que não
estão expressamente em seu texto.
INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO
Enquanto no ordenamento não existem lacunas, haja vista que sempre em algum ramo
do direito haverá uma norma aplicável ao caso concreto, a Lei não é igual.
Por mais criativo e imaginário que o legislador pudesse ter sido ao criar uma
determinada lei ele não poderia prever todas as situações a que ela teria de disciplinar.
Mas se num caso concreto acontece uma lacuna o que acontece? Fica sem julgamento?
Extingue o processo?
O art. 126 do CPC diz que o juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando
lacuna ou obscuridade da lei.
Por isso para preencher as lacunas deixadas pelo legislador o direito processual utiliza a
analogia e os princípios gerais de direito.
JURISDIÇÃO
CONCEITO
É uma das funções do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos
interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os
envolve, com justiça.
A única atividade permitida pela lei ao particular quando surge um conflito é provocar o
Estado para resolver o problema, por conta da exclusividade do poder do Estado em
processar e julgar.
Características da jurisdição:
Imutabilidade dos atos jurisdicionais: somente os atos judiciais podem ser atingidos pela
imutabilidade. A coisa julgada é a imutabilidade dos efeitos de uma sentença, em
virtude da qual nem as partes podem repropor a mesma demanda em juízo ou
comportar-se de modo diferente daquele preceituado, nem os juízes podem voltar a
decidir a respeito, nem o próprio legislador pode emitir preceitos que contrariem, para
as partes, o que já ficou definitivamente julgado.
Investidura: a jurisdição só será exercida por quem tenha sido regularmente investido na
autoridade de juiz;
Juiz natural: ninguém pode ser privado de ser julgado por um juiz imparcial e
independente, indicado pelas normas constitucionais e legais;
PODERES DA JURISDIÇÃO
ESPÉCIES DE JURISDIÇÃO
Classificações:
Pelo critério da posição hierárquica dos órgãos dotados dela, superior ou inferior;
Pelo critério da fonte do direito com base no qual é proferido o julgamento, jurisdição
de direito ou de equidade.
PENAL OU CIVIL
A penal é exercida pelos Juízes Estaduais Comuns, pela Justiça Militar Estadual, pela
Justiça Militar Federal, Justiça Federal e Eleitoral.
Existe relação entre os ramos porque é impossível analisar um caso sem perceber a
relação civil e penal que envolve o caso.
Por exemplo, um crime de dano, antes e ao mesmo tempo de ser crime é um ilícito civil
indenizável.
Por conta dessa relação seria inviável um juiz ser civil e outro ser penal.
Mais exemplos.
Existem justiças que exercem justiça comum, ex: justiças estaduais e federais.
Existem justiças que exercem justiça especial, ex: justiça militar, eleitoral e trabalhista.
Decidir por equidade significa decidir sem as limitações impostas pela regulamentação
legal.
Afastar se da lei para aplicar um julgamento igual para as partes (CC 127 e 400 1456).
Sua admissibilidade é excepcional.
LIMITES DA JURISDIÇÃO
Limites onde nossa jurisdição não pode atuar. Leis dos Estados que não se aplicam aos
casos.
Limitações Internacionais são ditadas pelas próprias leis internas de cada Estado em
busca da possibilidade de convivência pacifica entre os países.
Por isso em matéria civil os conflitos consideram-se ligados ao nosso território: a) o réu
tiver domicilio no Brasil b) versar a pretensão do autor sobre obrigação a ser cumprida
no Brasil c) originar-se de fato aqui ocorrido d) for objeto da pretensão um imóvel
situado no Brasil e) situarem-se no Brasil os bens que constituam objeto de inventário
(88-89).
Limites internos
A principio tudo pode ser objeto do crivo judicial. Mas existem casos em que nossa
jurisdição não se aplica a um conflito.
Outro exemplo existe em alguns países a possibilidade de causas de valor ínfimo não
serem julgados pelo judiciário.
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
Em vista disso o legislador impõe para a validade desses atos de repercussão na vida
social, a necessária participação de um órgão público.
Ex: num inventário em que haja consenso entre os herdeiros, o juiz age somente de
forma a conferir e confirma a vontade das partes. Numa separação consensual o juiz
também só participa de forma a conferir o regular processamento do feito.
Ex: na expedição de um alvará judicial para saque de valor existente em conta do pai
falecido o juiz só confere os documentos e expede o alvará.
Ou seja o segredo esta em não existir conflito, é uma exceção a regra da característica
da lide da jurisdição.
CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
JURISDIÇÃO CONTENCIOSA
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
Há controvérsia(lide)
Não há controvérsia(lide)
Há coisa julgada
Há partes(autor e réu)
PODER JUDICIÁRIO
-Poder Legislativo;
- Poder Judiciário.
É quem exerce a função jurisdicional. O Poder Judiciário não pode se afastar dessa
função(Princípio da Inafastabilidade do Juiz), ou seja, o juiz não pode se recusar a
julgar. Resolve o conflito com base no ordenamento jurídico e para isso tem que ter
independência, por isso as garantias concedidas aos juizes para que ele tenha total
isenção, podendo julgar inclusive contra o próprio Estado. O Poder Judiciário Éuno e
nacional(é um só no Brasil).
Fazer valer o poder jurisdicional do Estado ao resolver conflitos, embora nem sempre o
Poder Judiciário tenha apenas a função de resolver conflitos. Em alguns casos o Poder
Judiciário tem a função de elaborar normas.
Acontece nos três poderes. Porém, um poder só pode invadir a esfera de outro, mas
somente quando previsto na legislação, conforme abaixo:
- JUDICIÁRIO Tem a função básica de julgar, mas exerce função normativa em alguns
casos, como, por exemplo, a elaboração dos regimentos internos dos tribunais, são as
chamadas normas de governo internas, que é o próprio poder judiciário se auto-
governando.
O Art. 92 da Constituição Federal traz um rol dos órgãos do Poder Judiciário. É um rol
taxativo, ou seja, o que não está no Art. 92 não é órgão do Poder Judiciário. São os
seguintes os órgão:
- STF Supremo Tribunal Federal - composto por 11 Ministros indicados pelo Presidente
da República;
São normas criadas para organizar a disposição dos órgãos judiciários, disciplinando a
Constituição e atribuições dos juizes e também para os órgãos auxiliares do poder
judiciário. As normas de organização judiciária são chamadas de Regime Legal da
Constituição Orgânica do Poder Judiciário.
COMPETÊNCIA CONCORRENTE
O Estado tem competência concorrente com a União para editar normas procedimentais,
que são normas de organização da justiça. Cada Estado organiza a sua justiça.
-E.M. Estatuto da Magistratura (Art. 93, CF) A lei Orgânica da Magistratura só vai ser
revogada integralmente quando for criado o Estatuto da Magistratura, previsto no Art.
93, da Constituição Federal e que até hoje não foi criado.
-Por concurso público é o sistema adotado no Brasil, somente por meio de concurso
público o juiz é escolhido.
-Pela cooptação - Quando os próprios membros do poder judiciário indicam quem vai
ingressar no poder judiciário.
O juiz inicia a carreira como juiz substituto e só depois passará para entrâncias mais
importantes pelos seguintes critérios:
-Antiguidade.
-Merecimento.
- 1/5 dos juizes do TRE e TRF Indicação do Presidente da República por meio de lista
tríplice.
- O Art. 174 do CPD estabelece que alguns Processos terão trâmite nas férias forenses,
mas os Estados estabeleciam um período de férias forenses. Porém, o Art. 93, XII, da
Constituição Federal, dispõe que os prazos processuais são ininterruptos, portanto
acabando com as férias forenses, ou seja, o Estado não pode mais estabelecer férias
forenses, embora alguns Tribunais ainda continuem estabelecendo período de férias.
- Existem os feriados forenses São os domingos e os dias declarados por lei. Sábado é
dia normal, pode haver expediente forense.
- Não há expediente forense nos dias declarados por Portarias dos Presidentes dos
Tribunais de Justiça.
É o órgão máximo do poder jurisdicional do Brasil, existe desde 1890. Por ser instância
máxima, sua competência seria para julgar apenas matérias de direito e não questões de
fato, porém, acaba o STF se manifestando, em alguns casos, sobre questões de fato, pois
também lhes são atribuídas estas competências, diferentemente do que ocorre em outros
paises, como, Itália, EUA, etc.), onde o tribunal máximo do país aprecia apenas
matérias constitucionais. O STF tem o objetivo primordial(possui outros) de ser o
guardião da Constituição Federal.
CARACTERÍSTICAS DO STF
c)- É guardião da Constituição Federal a função maior(tem outras) do STF é velar pela
Constituição Federal.
d)- Matéria que gera insegurança jurídica O Art. 103-A, 1 , da CF, estabelece sobre que
matéria pode ser editada a Súmula Vinculante(ex.: a questão do pagamento da correção
do FGTS mereceria, por exemplo, uma Súmula Vinculante se na época ela já existisse).
CARACTERÍSTICAS DO STJ
e)- Não tem ascendência administrativa sobre nenhum tribunal, embora seja superior a
todos os outros, mas tem ascedência sobre a Justiça Federal, fazendo a supervisão
administrativa e orçamentária desta. Exemplo: o juiz federal de araraquara é
subordinado ao STJ;
COMPOSIÇÃO DO STJ
a)- COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA(Art. 105, I, "a") Significa que algumas ações têm
início diretamente no STJ(ex.: processar por crimes comuns os Governadores).
- Para julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face de lei;
federal(ex.:alguém alega que uma lei do Município de Araraquara fere uma lei federal);
- Quando a lei federal der interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro
tribunal(ex.: suponhamos que o TJ de São Paulo dê interpretação a uma lei federal de
forma diferenciada do que tenha dado o TJ do Amapá. Desde que provada que há
divergências de interpretação, cabe Recurso Especial para o STJ para que venha a ser
pacificada essa divergência jurisprudencial. Portanto, se as leis federais estiverem sendo
interpretadas de forma diferenciada pelos tribunais cabe Recurso Especial ao STJ.
Órgão criado pela Emenda Constitucional 45/2004, para exercer controle externo do
Poder Judiciário.
2- Tem apenas funções administrativas e financeiras(Art. 103-B, 4º, CF), que são as
seguintes:
6- Elaborar relatórios estastísticos sobre movimento judiciário, a fim de que este poder
possa ser planejado;
- Dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, um indicado pela Câmara
dos Deputados e outro indicado pelo Senado Federal.