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Análise Canto IV
Vasco da Gama prossegue a narrativa da História de Portugal. Conta agora a história da 2ª Dinastia, desde a
revolução de 1385-85, até ao momento, do reinado de D. Manuel, em que a armada de Vasco da Gama parte
para a Índia. Após a narrativa da revolução que incide na figura de Nuno Alvares Pereira e na Batalha de
Aljubarrota, seguem-se os acontecimentos dos reinados de D. João I a D. João II. É assim que surge a narração
dos preparativos da viagem á Índia, desejo que D. João II não conseguiu concretizar antes de morrer e que iria
ser realizado por D. Manuel, a quem os rios Indo e Ganges apareceram em sonhos, profetizando futuras
glórias no Oriente. Este canto termina com a partida da Armanda, cujos navegantes são surpreendidos pelas
palavras profeticamente pessimistas de um velho que estava na praia, entre a multidão. É o episódio do Velho
do Restelo.
Batalha de Aljubarrota
Despedidas em Belém
Trata-se de um momento lírico da narrativa que faz sobressair os sentimentos dos que ficavam e que,
antecipadamente, choravam a perda dos que partiam; sobressaem também os sentimentos dos navegadores
que tiveram nos seus amados e a saudade que eles próprios já começavam a sentir.
Alcançar a glória tem um preço, é toda uma nação que é envolvida no drama e será, depois, toda uma nação
que alcançará a glória. (confrontar este episódio com o poema “Mar Português” da “Mensagem” de Fernando
Pessoa)
O Velho do Restelo
Este episódio introduz uma perspectiva posta á do espírito épico, uma vez que o “Velho” aplica de vaidade
aquilo que os outros chamam “Fama e Glória”, “esforço e valentia”. Ele é o porta-voz do bom senso e da
prudência ou daqueles que nesse tempo defendiam a expansão para o norte de África. Outros designam-no
como voz da condenação da ousadia humana, do impulso do Homem para transcender tudo o que o limita.
Análise Canto V
Vasco da Gama prossegue a sua narrativa ao Rei de Melinde, contando agora a viagem de armada, de Lisboa a
Melinde. É a narrativa da grande aventura marítima, em que os marinheiros observavam maravilhados ou
inquietos o Cruzeiro do Sul, o Fogo-de-santelmo ou a Tromba Marítima e enfrentaram perigos e obstáculos
enormes como a hostilidade dos nativos, no episódio de Fernão Veloso, a fúria de um monstro, no episódio
do Gigante Adamastor, a doença e a morte provocadas pelo encoberto.
O canto termina com a censura do poeta aos seus contemporâneos que desprezam a Poesia.
O Gigante Adamastor
Reflexão do Poeta
O Poeta neste poema mostra que o canto e o louvor das obras incitam a realização de novos feitos. A falta de
cultura dos heróis nacionais é responsável pela indiferença que mostram na divulgação dos seus feitos
(indirectamente, Camões manifesta o seu desalento por não ter apoio daqueles a quem louva).