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Inês de Castro

Estudo do episódio
Verdade Histórica
 D. Pedro casa com Dona Constança de Castela em 1340, mas
apaixona-se por uma das suas damas, Dona Inês;

 Inês de Castro pertencia a uma das famílias mais nobres e


poderosas de Castela;

 Em 1345, Dona Inês é expulsa de Portugal mas, à morte de


Dona Constança, regressa;

 Dessa relação, nascem filhos ilegítimos;


 D. Pedro intromete-se na política e os fidalgos temem que
um dos filhos bastardos possa assumir o trono português
em detrimento do herdeiro legítimo, D. Fernando;

 O rei D. Afonso IV e seus conselheiros concluem a


necessidade de matar Inês e, num dia em que D. Pedro anda
à caça, aparecem em Coimbra;

 Inês é decapitada a 7 de Janeiro de 1355.


Pedro e Inês: um amor
literário…
 O amor de Pedro e Inês serviu de «mote» literá rio, desde o
século XV. Poetas e escritores encontraram neste amor
trá gico uma fonte de inspiraçã o.
 A morte de Inês de Castro é tratada literariamente, pela
primeira vez, nas trovas de Garcia de Resende (1470-
1536), no Cancioneiro Geral (colectâ nea de poesia
palaciana portuguesa publicada em 1516).
 Resende imagina Inês no Inferno, contando a tragédia do
seu amor e alertando outras mulheres para os perigos do
amor. O texto está repleto de emotividade e apresenta o
pormenor do assassínio.
 Pensa-se que foi nas trovas de Resende que Luís de
Camõ es se inspirou para escrever o episó dio do canto III
d’Os Lusíadas..
 N’Os Lusíadas, Camõ es associou o trá gico amor a um
espaço (o rio Mondego, e lugares pró ximos). Exaltou
também a beleza de Inês e a grandeza da sua dor (Inês é
«mísera e mesquinha» – infeliz e desgraçada) no
momento em que a morte lhe foi imposta como puniçã o
por um amor contrá rio aos interesses de Estado.
 Nascia assim o mito de Inês de Castro, o mito da mulher-
má rtir…

→ A poesia modifica a História.


Episódio de Inês de Castro
118 Espaço e Tempo
"Passada esta tão próspera vitória, (Portugal e Batalha
Tornando Afonso à Lusitana terra, do Salado 1340)
A se lograr da paz com tanta glória
Quanta soube ganhar na dura guerra,
O caso triste, e dino da memória,
Que do sepulcro os homens desenterra, Adjectivação dupla
Aconteceu da mísera e mesquinha
Que depois de ser morta foi Rainha.

119 Apóstrofe,
"Tu só, tu, puro Amor, com força crua, Personificação,
Que os corações humanos tanto obriga, Antítese,
Deste causa à molesta morte sua, Comparação,
Como se fora pérfida inimiga. Personificação,
Se dizem, fero Amor, que a sede tua Adjectivação
Nem com lágrimas tristes se mitiga, dupla, Perífrase,
É porque queres, áspero e tirano,
Tuas aras banhar em sangue humano.
Figuras de estilo realçam a 1ª parte
crueldade e responsabilidade do  circunstâncias,
Amor, único responsável pela condições em que
morte de Inês (afastamento em se deu a morte
relação à verdade histórica e (est.118);
 causa dessa
nota lírica do episódio). Inês
morte – o Amor
vítima do Amor, de si própria e (est.119)
da sua beleza.
 120
"Estavas, linda Inês, posta em sossego, Retrato físico e
De teus anos colhendo doce fruto, psicológico de D.
Naquele engano da alma, ledo e cego, Inês (situação
Que a fortuna não deixa durar muito, inicial e estado de
Nos saudosos campos do Mondego, espírito)
De teus fermosos olhos nunca enxuto,
Aos montes ensinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas. Antítese ,
Personificação ,
121 Hipérbato e
"Do teu Príncipe ali te respondiam Metáfora
As lembranças que na alma lhe moravam,
Que sempre ante seus olhos te traziam,
Realçam estado
Quando dos teus fermosos se apartavam:
De noite em doces sonhos, que mentiam, de espírito
De dia em pensamentos, que voavam. (ingénuo e
E quanto enfim cuidava, e quanto via, desprevenida) e
Eram tudo memórias de alegria. papel da
natureza como
122 confidente.
"De outras belas senhoras e Princesas
Os desejados tálamos enjeita,
Que tudo enfim, tu, puro amor, despreza, Anúncio da
Quando um gesto suave te sujeita. tragédia
Vendo estas namoradas estranhezas
O velho pai sesudo, que respeita
Sentimentos
O murmurar do povo, e a fantasia
Do filho, que casar-se não queria, correspondidos
por Pedro

2ª parte
Sentimentos dominantes: tranquilidade, despreocupação,
alegria e saudade
 122
"De outras belas senhoras e Princesas
Os desejados tálamos enjeita,
Que tudo enfim, tu, puro amor, despreza,
Quando um gesto suave te sujeita.
Vendo estas namoradas estranhezas D. Afonso IV
O velho pai sesudo, que respeita dividido (vontade
O murmurar do povo, e a fantasia Interrogação
1 do filho e razões
Do filho, que casar-se não queria, retórica,
123 do estado) e
adjectivação
"Tirar Inês ao mundo determina, antítese confirmam
Por lhe tirar o filho que tem preso, a subjectividade e a
Crendo co'o sangue só da morte indina intervenção do
Matar do firme amor o fogo aceso. Condenação:
poeta,
matarvisando criar
Inês para
Que furor consentiu que a espada fina,
Que pôde sustentar o grande peso terror
libertar e piedade
D. Pedro. e
Do furor Mauro, fosse alevantada matar o amor que
Contra uma fraca dama delicada? sente por ela
124
"Traziam-na os horríficos algozes
Ante o Rei, já movido a piedade: 2 O povo, perante a
Mas o povo, com falsas e ferozes
hesitação de D.
Razões, à morte crua o persuade.
Ela com tristes o piedosas vozes, Afonso IV
Saídas só da mágoa, e saudade persuade-o
Do seu Príncipe, e filhos que deixava,
Que mais que a própria morte a magoava,
125
Alteração do
"Para o Céu cristalino alevantando estado de espírito
Com lágrimas os olhos piedosos, (mágoa e temor).
Os olhos, porque as mãos lhe estava atando Preocupação com
Um dos duros ministros rigorosos; D. Pedro e com os
E depois3ª nos meninos
Parte atentando,
(est.122 filhos.
à 125) : decisão do rei , razões para a
Que tão queridos tinha, e tão mimosos, Súplica e descrição
condenação, atitude de súplica de D. Inês
Cuja orfandade como mãe temia,
da postura.
Para o avô cruel assim dizia:
126
— "Se já nas brutas feras, cuja mente 1º argumento: até as
Natura fez cruel de nascimento,
E nas aves agrestes, que somente feras mais cruéis já
Nas rapinas aéreas têm o intento, demonstraram
Com pequenas crianças viu a gente
Terem tão piedoso sentimento,
piedade perante as
Como coa mãe de Nino já mostraram, crianças.
E cos irmãos que Roma edificaram;

127 2º argumento: única


—"Ó tu, que tens de humano o gesto e o peito
(Se de humano é matar uma donzela
culpa é amar D.
Fraca e sem força, só por ter sujeito Pedro.
O coração a quem soube vencê-la)
A estas criancinhas tem respeito,
4ª tens
Pois o não Parte (est.126
à morte escura dela; 3º argumento:
à 129) : Súplicas e argumentos de Inês os
Mova-te a piedade sua e minha, filhos inocentes que
para demover o Rei da
Pois te não move a culpa que não tinha.sua determinação:
ficarão órfãos.
ficarão órfãos.
128
 censura
— "E se, vencendo a Mauraeresistência,
falta de compaixã o das “brutas feras”
pelas
A morte sabes dar crianças;
com fogo e ferro, 4º argumento: apela
Sabe também dar vicia com clemência para a condição de
A quem para perdê-la não fez erro.
 apela
Mas se to assim merecepara a sua situaçã o de mã e;cavaleiro do pró prio
esta inocência,
Põe-me em perpétuo e mísero desterro, Rei, D. Afonso IV
 ouapela
Na Cítia f ria, paraardente,
lá na Líbia a sua inocência; que, sabendo dar
Onde em lágrimas viva eternamente.
morte, deve também
 apela para a orfandade dos seus filhos;
129 saber “dar vida, com
"Põe-me onde se use toda a feridade,
Entre leões e tigres,
pede o desterro em vez da morte;clemência”.
e verei
Se neles achar posso a piedade
4º argumento: propõe
 apela
Que entre peitos humanos não achei:
para a condição de cavaleiro do pró prio Rei,
Ali com o amor intrínseco e vontade desterro como sinal
Naquele por quemD. Afonso IV que, sabendo dar morte,
morro, criarei deve também
de clemência
Estas relíquias suas que aqui viste,
saberda“dar
Que refrigério sejam vida, com clemência”.
mãe triste."
Realça mais uma vez a
sua inocência
 130 Evolução
"Queria perdoar-lhe o Rei benino, 3 psicológica
Movido das palavras que o magoam;
Mas o pertinaz povo, e seu destino Responsáveis:
(Que desta sorte o quis) lhe não perdoam. povo (razões do
estado) e o
Arrancam das espadas de aço fino Destino
Os que por bom tal feito ali apregoam.
Interrogação
Contra uma dama, ó peitos carniceiros,
retórica
Feros vos amostrais, e cavaleiros?
(incongruência em
relação ao ideal de
131
cavalaria realçado)
"Qual contra a linda moça Policena,
Consolação extrema da mãe velha,
Porque a sombra de Aquiles a condena,
Co'o ferro o duro Pirro se aparelha;
Mas ela os olhos com que o ar serena Comparação:
(Bem como paciente e mansa ovelha) morrem vítimas
Na mísera mãe postos, que endoudece, do amor,
Ao duro sacrifício se oferece: sentindo piedade
pelos que deixam
132 (mãe e D. Pedro)
"Tais contra Inês os brutos matadores
No colo de alabastro, que sustinha
As obras com que Amor matou de amores
Aquele que depois a fez Rainha;
As espadas banhando, e as brancas flores, Metáfora
Que ela dos olhos seus regadas tinha,
Se encarniçavam, férvidos e irosos,
No futuro castigo não cuidosos.
133
"Bem puderas, ó Sol, da vista destes
Teus raios apartar aquele dia, Apóstrofe (papel
Como da seva mesa de Tiestes, da natureza)
Quando os filhos por mão de Atreu comia.
Vós, ó côncavos vales, que pudestes
A voz extrema ouvir da boca fria,
O nome do seu Pedro, que lhe ouvistes,
Por muito grande espaço repetisses!
134
Comparação:
"Assim como a bonina, que cortada
5ª Parte (est.130 à 135) : «O assassinatosemelhantes
de Inês» na
Antes do tempo foi, cândida e bela,
beleza e no facto
Sendo das mãos lascivas maltratada
hesitaçã o do Rei e insistência do povo e dos
de serem
Da menina que a trouxe na capela,
algozes (est.130 e- a4 cor murchada: maltratadas ( a
primeiros versos);
O cheiro traz perdido
flor pela criança e
Tal está morta a pálida donzela,
Secas dorosto
desfecho trá gico
as rosas, – bá rbaro assassínioInês
e perdida
pelosde
de Inês
conselheiros e rei)
Castro
A branca perpetrado
e viva cor, coa docepelos algozes, acçã o que o poeta
vida.
logo condena, comparando este acto cruel com a
135 bá rbara morte da linda Policena (est.130-4
"As filhas do Mondego a morte escura
ú ltimos versos, est.131 e 132);
Longo tempo chorando memoraram,
Reacção da
E, por memória eterna, em fonte pura
reprovaçã o do poeta, sublinhadaNatureza à morte
pelo pranto
As lágrimas choradas transformaram;
O nome comovente das que“Filhas
lhe puseram, do Mondego” de
inda dura,
D. Inês e
(est.133
(continuidade do
134); de Inês que ali passaram.
Dos amores
papel de
Vede que fresca fonte rega as flores,
confidente e
animizaçã o da natureza chorando a morte de
amiga)
Inês. (est.135).
Episódio lírico
 
 O episódio de Inês de Castro é um
dos mais belos e bem conseguidos de
“Os Lusíadas”. Trata-se de um episódio
lírico com muito de tragédia grega.

 O lirismo está presente na expressão


dos sentimentos e estados de alma, isto
é, predomina o mundo interior,
subjectivo de sujeito poético (“eu”). O
narrador interpela o Amor, acusando-o
de ser responsável por esta tragédia. A
inconformidade e repulsa do “eu”
poético pela sua morte é evidente ao
longo de todo o episódio.
Episódio trágico

Paixão entre Inês e Pedro é o desafio ao

poder real;

Punição, a decisão de matar Inês;

Piedade, presente no discurso de Inês

quando tenta demover o rei;

Catástrofe quando se consuma a morte de

Inês.
ELEMENTOS
DA TRAGÉDIA
CLÁSSICA

Estrutura
Exposição: est. 118 e 119
tripartida Apresentação do caso e atribuição de
responsabilidades ao Amor.
 
Lei das Conflito:deest. 120 a 129
Três
Unidade Tempo: um dia
Unidades Amores felizes
Unidade e correspondidos;
de Lugar: Coimbra
Decisão do
Unidade derei;
Acção: morte de Inês
Apelo e argumentos de Inês.
 
Presença Desenlace: est. 130 a 137
do Presença do Destino:
Desfecho trágico “Mas
– morte o pertinaz
de Inês;
Destino povo e seu destino
Reprovação / (Que desta sorte o
do poeta;
quis) lhe não
Reacções perdoam.” (est.130).
da natureza.

Sentimen
tos
trágicos
Presença de sentimentos de terror e piedade
que concedem uma dimensão trágica ao
conflito. Sentimentos despertados graças a
contrastes:
• Alegria e sossego - súbita desgraça;
Presença •Fragilidade e inocência de Inês – brutalidade
do Coro
dos algozes;
Considerações, comentários e interrogações do
•Súplica – castigo;
poeta-narrador.
•Humanização das feras – desumanidade dos
homens;
•Dor da condenada que implora perdão.
Retrato de Inês
Inês era uma mulher jovem e formosa, que vivia
intensamente o amor que a unia ao infante D. Pedro e aos
filhos de ambos.
De tez muito branca, faces rosadas, olhar meigo, Inês
aparentava uma grande serenidade e uma delicadeza
frágil. Essa tranquilidade era apenas aparente pois as
longas ausências do amado deixavam-na triste, saudosa e,
possivelmente, insegura, pois decerto não desconhecia a
animosidade do povo e do Rei, pai de D. Pedro, contra este
relacionamento amoroso que, talvez por isso, não podia
ser oficializado. A aparente fragilidade não a impediu de
enfrentar, com as armas de que dispunha, o Rei e os
carrascos que, cruelmente, a preparavam para a morte.
Defende a vida sem se humilhar e sem renegar o amor que
a condena. E se, com as suas palavras, não consegue
salvar-se nem salvar os filhos da orfandade, consegue
sensibilizar o Rei. Também ele, que a queria perdoar, terá
sentido pena e admiração por esta mulher que sacrificou a
vida por amor.
Comentário
 Lê as estrofes 122 e 123 do Canto III de Os Lusíadas e
responde, de forma completa e bem estruturada, à
questão.

1. Redige um texto expositivo, com um mínimo de 70 e

um máximo de 100 palavras, no qual explicites o

conteúdo das estrofes 122 e 123.

O teu texto deve incluir:

• uma parte introdutória, em que identifiques o episódio a

que pertencem as estrofes e as personagens históricas

nelas mencionadas;

• um desenvolvimento, no qual indiques a decisão referida na

segunda estrofe e as razões que, segundo o narrador,

motivaram essa decisão;

• uma parte final, em que refiras o sentimento expresso pelo

narrador com a interrogação final e a razão que originou

esse sentimento.
Cenário de resposta
Identifica o episódio:
(a) «Inês de Castro»…
Identifica inequivocamente as três personagens históricas
mencionadas:
(b) Inês de Castro, D. Pedro e o rei (D. Afonso IV / o pai de D.
Pedro).
Indica a decisão referida na segunda estrofe:
(c) o rei determina a morte de Inês.
Indica as razões que, segundo o narrador, conduziram o rei
a tomar tal decisão:
(d) «o murmurar do povo»;
(e) a recusa de D. Pedro em casar / a relação de D. Pedro com
Inês de Castro;
(f) a eliminação de Inês de Castro ser, para o rei, a única
forma de acabar com a ligação entre ambos.
Refere o sentimento expresso pelo narrador com a
interrogação final:
(g) indignação / revolta.
Refere a razão que originou o sentimento expresso pelo
narrador:
(h) o facto de o rei usar, contra Inês de Castro, a mesma força
que usou contra os Mouros.
Texto lírico
«Toldam-se os ares,
Murcham-se as flores;
Morrei, Amores,
Que Inês morreu.
«Mísero esposo,
Desata o pranto,
Que o teu encanto
Já não é teu.
«Sua alma pura
Nos Céus se encerra;
Triste da Terra,P
Porque a perdeu.
«Contra a cruenta
Raiva ferina,
Face divina
Não lhe valeu.
«Tem roto o seio
Tesoiro oculto,
Bárbaro insulto
Se lhe atreveu.
«De dor e espanto
No carro de oiro
O Númen loiro
Desfaleceu.
«Aves sinistras
Aqui piaram
Lobos uivaram,
O chão tremeu.
«Toldam-se os ares,
Murcham-se as flores:
Morrei, Amores,
Que Inês morreu.»
Este poema tal como tantos outros é dedicado à morte de Dª. Inês de
Castro e retrata o sofrimento que esse triste incidente causou. A sua
morte mudou tudo, todo o mundo, e a natureza está em sintonia
com essa dor.       
     O sujeito poético começa por anunciar a morte de D. Inês e
diz que a partir daqui tudo muda: as flores murcham e os ares
toldam-se.          
  Na 2ª estrofe, o poeta faz referência à dor inconsolável por parte de
D. Pedro.         
   Os versos seguintes retratam uma hipérbole pois quando o sujeito
poético diz “triste da terra" significa que toda a terra fica sentida pois
a castelhana partiu.      
      De seguida escreveu que nem Deus, ou seja a divindade, lhe
valeu e a raiva de D. Afonso IV não se apagou.     
       A 5º estrofe fala da espada que lhe trespassou o peito deixando
roto o seio. O coração é, o seu tesouro escondido. Um bárbaro a
matou sem dó nem piedade.         
   A penúltima estrofe fala de elementos da natureza que significam
dor, o sofrimento como as aves sinistras e os lobos. A última quadra é
igual à primeira.
Este poema é formado por oito estrofes, todas quadras.Em todas as
quadras podemos observar rimas emparelhadas nos dois versos do
meio. São quatro as sílabas tónicas em todos os versos do poema. 

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