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1) Na letra da canção apresentada, o compositor Lobão explora vários recursos da língua portuguesa, a
fim de conseguir efeitos estéticos ou de sentido. Nessa letra, o autor explora o extrato sonoro do idioma
e o uso de termos coloquiais na seguinte passagem:
a) “Quando um doce bardo brada a toda brida” (v. 2)
b) “Em velas pandas, suas esquisitas rimas?” (v. 3)
c) “Que devora a voz do morto” (v. 9)
d) “lobo-bolo//Tipo pra rimar com ouro de tolo? (v. 11-12)
e) “Tease me, tease me outra vez” (v. 14)
Exagerado
Amor da minha vida
Daqui até a eternidade
Nossos destinos foram traçados
Na maternidade
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
(Cazuza/Ezequiel Neves/Leoni)
a) Catacrese.
b) Hipérbole.
c) Eufemismo.
d) Silepse de número.
e) Pleonasmo.
a) ( ) "E zumbia, e voava, e voava, e zumbia." ( Machado
de Assis)
6) Identifique as figuras abaixo utilizando b) ( )"Homens que metem a carga nos porões!
os seguintes códigos: Homens que enrolam cabos no convés!
Homens que limpam os metais das escotilhas!
1. Elipse Homens dos mastros!!" (Álvaro de Campos)
2. zeugma
3. pleonasmo c) ( ) "A multidão sacerdotal bradava, uivava, cantava,
4. assíndeto arrojava-se pelo chão." (Eça de Queirós)
5. polissíndeto
6. anáfora d) ( ) "Ele sempre viveu uma vida simples."
e) ( ) " Um trouxe cigarros, outro apenas seu pulmão."
7) Leia: f) ( ) " Sou a presa do homem que fui há vinte anos
passados, dos amores raros que tive." ( Murilo Mendes)
Soneto de fidelidade
VINICIUS DE MORAES. In: Livro de sonetos. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. (Fragmento.)
Cálice
Chico Buarque Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Pai, afasta de mim esse cálice Como é difícil, pai, abrir a porta
Pai, afasta de mim esse cálice Essa palavra presa na garganta
Pai, afasta de mim esse cálice Esse pileque homérico no mundo
De vinho tinto de sangue De que adianta ter boa vontade?
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Como beber dessa bebida amarga? Dos bêbados do centro da cidade
Tragar a dor, engolir a labuta?
Mesmo calada a boca, resta o peito Pai, afasta de mim esse cálice
Silêncio na cidade não se escuta Pai, afasta de mim esse cálice
De que me vale ser filho da santa? Pai, afasta de mim esse cálice
Melhor seria ser filho da outra De vinho tinto de sangue
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Pai, afasta de mim esse cálice Quero inventar o meu próprio pecado
Pai, afasta de mim esse cálice Quero morrer do meu próprio veneno
Pai, afasta de mim esse cálice Quero perder de vez tua cabeça
De vinho tinto de sangue Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Como é difícil acordar calado Me embriagar até que alguém me esqueça
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
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11) Leia a letra de música abaixo e, em seguida, responda às questões sobre ela, envolvendo o
conteúdo figuras de sintaxe.
COTIDIANO
(Chico Buarque)