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MIGUEL REALE
progressiva dos poderes do Estado, o primeiro em prol de uma democracia absoluta, pela
paralelas, mas sem abandonar no plano doutrinário suas teses preferenciais. É sabido que
com a queda do stalinismo, houve queda progressiva do Estado soviético, cuja derrota
composição, com gabinetes com as mais estranhas alianças, liberais unidos a comunistas,
com relativa diminuição do poder estatal.
Nacional, com graus diversos de força, mas com sinais inegáveis de vitalidade. É que o
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jurídico, como pretendera Kelsen, não encontra apoio na realidade, que se impõe por toda
parte, como realidade cultural. Nem tampouco vingou a teoria do ordenamento jurídico mais
sociedade, não se harmoniza com o normativo como pura regra a ser cumprida, pois o
tridimensional do Direito.
do Direito, mas também é válida para a Sociologia Jurídica, uma vez que o fato social, na
desapareceu o Estado Nacional, mas há duas razões que demonstram que isto não
acontece. Em primeiro lugar, o Estado surge como uma razão mínima de relacionamento
internacional, por assim dizer, como um ponto de encontro entre o que internacionalmente
se ordena. Em segundo lugar, o Estado Nacional é sempre o mínimo de garantia comum da
realização do pactuado.
Não há dúvida que a globalização, máxime quando
redução dos poderes das entidades estatais, mas há muito tempo foi superada a tese da
que vem justificar a presença atuante dos Estados nacionais, mesmo porque, sem eles,
desapareceria o suporte das uniões e dos tratados internacionais, visto como há uma
correlação essencial entre o que se estabelece no plano transnacional e o que deve ser
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das águas, problema que não pode ser confiado exclusivamente a órgãos de caráter
internacional, como pregam alguns ecologistas fanáticos que querem fazer abstração dos
patrimônios nacionais.
valores imposto pelas nações mais poderosas, com desprezo do espírito nacional que dá
axiológicas, não há como esquecer o que caracteriza cada cultura nacional, objeto de
corresponde à língua falada por sua gente, não obstante o crescente predomínio do inglês
como meio universal de comunicação. Isto posto, cabe a cada Estado promover a defesa
de seu patrimônio lingüístico, sobretudo nos países, como o Brasil, em que os valores
intelectuais próprios são representados pela literatura, mais do que pela filosofia e pelas
ciências positivas.
Há muito tempo o Brasil deixou de ser o “reino dos
dos homens de letra, historiadores e sociólogos, para os quais a língua portuguesa continua
do Estado Nacional, não para impor planos econômicos ou lingüísticos, mas para dar todo
cultura brasileira, e, ao mesmo tempo, reprimir “o abuso o poder econômico que vise à
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25.02.2006
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