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treinamento?
Por Patrícia Bispo para o RH.com.br
Ao comprar um objeto, por mais simples que seja, geralmente, o cliente
procura informações se aquele investimento valerá ou não a pena, quais as
vantagens de adquirir o produto e o retorno que dará a quem o obtém.
Isso é perfeitamente compreensível, afinal ninguém quer jogar dinheiro na
lata do lixo. Em uma organização também acontecem situações parecidas,
pois quando se faz alguma aquisição ou são realizadas ações que requer
gastos, é necessário saber qual será o retorno que a companhia receberá.
É neste momento que entra em cena o Retorno Sobre o Investimento (ROI
- Return On Investment), uma ferramenta que permite à empresa saber
que benefícios ela terá no futuro ao promover, por exemplo, um treinamento para capacitar
os profissionais. O ROI pode ser medido em termos de um período para a recuperação de um
investimento, como um percentual de retorno em relação a uma despesa de caixa ou, ainda,
como o valor presente líquido descontado dos fluxos do caixa livres de uma aplicação de
capital.
Para a área de Recursos Humanos, o ROI tem sido uma ferramenta importante, uma vez que
através dele é possível justificar os gastos direcionados a iniciativas voltadas aos talentos
humanos. Para falar sobre as vantagens instituir o ROI na rotina dos setores de uma empresa,
inclusive da área de Recursos Humanos, o RH.com.br entrevistou Ricardo Vieira Borges Franco,
diretor da Take 5 - empresa especializada trabalhos corporativos e profissional traz experiência
em coordenação de programas e projetos com abrangência no Brasil e América Latina. "O
primeiro passo para calcular o ROI é estabelecer metodologias de medição que sejam aceitas
por todas as áreas e considerar nestas medidas todos os benefícios indiretos e intangíveis que
já mencionei anteriormente", destaca ao ser questionado sobre como iniciar o cálculo do
Retorno Sobre o Investimento. Aproveite a leitura e avalie se os investimentos que você realiza
na sua empresa estão dando os resultados esperados!
RH.com.br - Qual a importância do Retorno Sobre o Investimento, para as organizações que
vivem diante de uma competitividade cada vez mais acirrada?
Ricardo Franco - A importância em garantir e medir como os projetos trazem benefícios e valor
agregado para as organizações parece óbvio e acredito que tenha sido o motivador da criação
do ROI. Porém, acredito que a expressão ROI ficou um pouco generalizada demais e passou a
ser usada sem levar em conta o contexto real do seu uso. Por exemplo, um projeto pode gerar
resultado positivo para outro projeto ou área da empresa e o ROI pode não refletir estes
benefícios adicionais se medido em um contexto muito específico.
RH - O ROI é uma ferramenta estratégica para as empresas?
Ricardo Franco - Sim, acredito que a mesma ideia acima de que é importante garantir
benefícios para qualquer projeto e poder medir estes benefícios ajuda na tomada de decisão
estratégica. Porém, os mesmo cuidados apresentados acima se aplicam aqui: os benefícios -
tangíveis e intangíveis - no contexto mais amplo possível devem ser considerados e é sempre
um grande desafio medir estes benefícios.
RH - Quais as dificuldades mais comuns que as organizações encontram para realizar o cálculo
do Retorno Sobre o Investimento?
Ricardo Franco - Como mencionei anteriormente, o grande desafio é encontrar medidas que
mostrem os resultados a longo prazo. Por exemplo, quanto vale uma equipe de atendimento
ao consumidor mais bem preparada, após participar de um período de T&D com cursos de
conteúdo comportamental, postural e técnico? Como avaliar o impacto na satisfação geral dos
clientes e aumento de vendas? Depende também da natureza do negócio e do mercado onde
esta organização está inserida. Não há uma única resposta, mas é essencial criar esta régua de
medida ao longo do tempo.