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Documentos de Identidade:

Uma Introdução às Teorias do currículo

Autor: Tomaz Tadeu da Silva

I. Introdução

Teorias do currículo: o que é isto?

O autor inicia a introdução diferenciando e conceituando para uma melhor


aplicação os conceitos de Teoria e Discurso. O primeiro remete à idéia de que a
teoria representa, reflete, espelha a realidade que a precede. Do ponto de vista do
pós-estruturalismo, a teoria não se limitaria a descobrir, descrever, a explicar a
realidade: a teoria, de certo modo, ao descrever um “objeto”, inventa-o. Já o discurso
produz seu próprio objeto: a existência do objeto é inseparável da trama linguística
que supostamente o descreve. Para o exemplo do currículo seria então, mais
adequado o uso da palavra “discurso”, entretanto, dada a popularização do termo
teoria para o assunto currículo, esta palavra será utilizada para esse contexto de
maneira análoga como seria usada a palavra currículo.

Sobre o tema currículo o autor adverte que a abordagem com relação ao


currículo será mais histórica que ontológica. Os diferentes contextos históricos levarão
a diferentes interpretações e questionamentos sobre o currículo. Como exemplo disto,
temos questões a serem respondidas sobre currículo do tipo: o quê? (referente ao
papel do currículo) O que eles ou elas devem ser ou se tornar? (o ser humano e a
sociedade) Como transformar esse ser humano? Quem? (papel segregador do
currículo). Para responder a essas e outras questões, as definições de currículo e
interpretações dessas têm que recorrer a discussões acerca da natureza humana, da
aprendizagem, do conhecimento, da cultura e da sociedade.

O autor enfatiza que a análise do currículo não deve ser feita apenas do ponto
de vista do conhecimento, uma vez que o currículo é ferramenta de poder, é físico, é
parte das relações interpessoais, é subjetividade, é em resumo, a nossa identidade.
As teorias do currículo: Tradicionais, críticas e Pós-Críticas, estão situadas num
campo epistemológico social. O que diferencia as teorias tradicionais das demais é a
questão do poder, uma vez que estas procuram uma análise neutra, científica sobre o
tema. Já as demais não crêem ser possível tal tipo de análise e de acordo com o
contexto histórico explicitarão as idéias desejadas acerca do currículo a ser seguido.
De maneira geral, pode-se subdividir cada teoria da seguinte forma:
TEORIAS TRADICIONAIS:

Ensino, aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, organização, planejamento,


eficiência e objetivos.

TEORIAS CRÍTICAS:

Ideologia, reprodução cultural e social, poder, classe social, capitalismo, relações


sociais de produção, conscientização, emancipação e libertação, currículo oculto e
resistência

TEORIAS PÓS CRÍTICAS

Identidade, alteridade, diferença, subjetividade, significação e discurso, poder – saber,


representação, cultura, gênero, ração, etnia, sexualidade, multiculturalismo.

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