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Lágrima de preta
Na minha juventude antes de ter saído Encontrei uma preta
que estava a chorar,
Da casa de meus pais disposto a viajar pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
Eu conhecia já o rebentar do mar
Recolhi a lágrima
Das páginas dos livros que já tinha lido com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Chegava o mês de Maio era tudo florido
Olhei-a de um lado,
O rolo das manhãs punha-se a circular do outro e de frente:
tinha um ar de gota
E era só ouvir o sonhador falar muito transparente.
Da vida como se ela houvesse acontecido Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
E tudo se passava numa outra vida em casos que tais.
E havia para as coisas sempre uma saída
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
Quando foi isso? Eu próprio não o sei dizer
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
Só sei que tinha o poder duma criança
Nem sinais de negro,
Entre as coisas e mim havia vizinhança nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
E tudo era possível era só querer. e cloreto de sódio.
Sebastião da Gama
És mais que uma mulher para mim
O meu amor por ti é incondicional
(és mais que uma mulher para mim, és uma Santa!)
E quando mais ninguém me amar
Sei que vais estar aqui para me abraçar […]