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Medicamentos usados em UTI

* Vasodilatadoras : Tridil ®[nitroglicerina], Monocordil ®[mononitrato de isosorbitol],


Nipride®[nitroprussiato de sódio],Seloken®[metoprolol], Brevibloc®[esmolol]

* Antiarritmicas: Ancoron ®[amiodarona], Xylocaína ®[lidocaína], Balcor®[Diltiazen],


Procamide®[procainamida] Adenocard®[adenosina]

* Drogas inotrópicas: Dobutrex ®[dobutamina], Primacor ®[milrinona], Revivan®[dopamina],


Simdax®[levosimendana], Cedilanide®[Lanatosídeo C]

* Antiagregantes plaquetários: Agastrat ®[tirofiban], Reopro®[abciximabe]

*trombolíticos: Rapilysin®[reteplase],Kabikinase ®[estreptoquinase], Actilyse ®[tenecteplase]

*Drogas em reanimação: Adrenalina, Atropina, Bicarbonato de sódio.

Glossário de Termos utilizados em Terapia Intensiva - STI-HSPE

• Bipap: Aparelho utilizado para suporte a respiração de forma não invasiva, utilizando
máscaras nasal ou facial, para evitar a necessidade de intubação.

• Bomba de infusão: Equipamento utilizado para infundir medicamentos e soluções com


precisão e segurança.

• Capnógrafo: Equipamento utilizado para captar a saída do gás carbônico (CO2) que
ocorre a cada expiração do ar de nossos pulmões. O equipamento capta o CO2 pois é
interposto entre o tubo ventilatório do paciente e o ventilador mecânico. Assim sendo,
geralmente é utilizado em pacientes sob ventilação artificial.

• Cateter de Swan-Ganz: Tipo de cateter instalado no lado direito do coração, e utilizado


para medidas diretas de pressões e determinação do débito cardíaco, permitindo um
melhor controle da evolução clínica do paciente, facilitando as decisões terapêuticas.

• Cateter venoso central e intra-cath: Cateter introduzido em veias centrais (mais


profundas), permitindo a infusão de soros, medicamentos e monitoração de pressões.

• Choque: situação em que a circulação dos órgãos é prejudicada,geralmente acompanhada


de queda da pressão arterial.

• Choque séptico: situação em que a circulação dos órgãos é prejudicada,geralmente


acompanhada de queda da pressão arterial. Decorre de uma infecção instalada em um ou
mais órgãos , e que pode se espalhar por todo o organismo. O tratamento deve se basear
em reposição de soro (volume), antibióticos e uso de drogas especiais que auxiliem a
manutenção da pressão arterial até que o organismo se recupere.

• Coma induzido: Expressão utilizada para descrever a condição de alteração da


consciência pelo uso de drogas sedativas.

• Desmame da ventilação mecânica: Procedimento de gradual retirada do suporte


oferecido pelo respirador mecânico. Poderá durar algumas horas ou vários dias.

• Desmame difícil: Condição clínica em que existem dificuldades para interrupção do


suporte com ventilação mecânica, relacionada a gravidade da doença atual e reserva
funcional respiratória prévia

• Derrame Pleural: excesso de líquido no espaço pleural. O espaço pleural é um espaço


virtual, habitualmente preenchido por 50 ml de líquido. Este espaço fica entre a parede
interna da caixa torácica (revestida pela pleura chamada de parietal) e o pulmão (revestido
pela pleura pulmonar). Várias causas podem causar desequilíbrio na produção e absorção
contínua deste líquido pleural. Quando isso ocorre, o líquido se acumula e acaba
comprimindo o pulmão. Se for um derrame pleural muito volumoso, pode afetar a
capacidade de respirar do paciente. O tratamento dependerá da causa que levou ao
acúmulo e muitas vezes implica em punção e drenagem do líquido para análise e alívio.

• Diálise: Método de substituição da atividade renal, permitindo a retirada de substâncias


tóxicas ao organismo e remoção de líquidos, não eliminados pela falta de diurese. Poderá
ser feita a filtragem direta do sangue(hemodiálise), ou indiretamente utilizando-se a
membrana peritoneal(diálise peritoneal).

• Drenos: Tubos colocados em feridas operatórias ou cavidades, para drenagens de


hematomas e outros líquidos orgânicos.

• Encoprese: Transtorno caracterizado por emissão fecal repetida, involuntária ou


voluntária, habitualmente de consistência normal ou quase normal, em locais inapropriados
a este propósito, conforme o contexto sócio cultural do paciente. Pode ser uma persistência
anormal da incontinência infantil normal, ou perda de continência após a aquisição do
controle intestinal, ou ainda de emissão fecal deliberada em locais não apropriados a
despeito de um controle esfincteriano normal. A encoprese pode constituir um transtorno
isolado, ou fazer parte de um outro transtorno, um transtorno emocional, ou transtorno de
conduta. Assim deve-se investigar 3 situações: - Encoprese funcional, psicogênica e
diferenciar com incontinência fecal de origem orgânica.

• Enfermeiro: Profissional responsável pelos cuidados do paciente, coordenando higiene,


curativos, mudança de decúbito (= trocar de posição na cama), coleta de dados fisiológicos
do paciente, interação com os diversos aparelhos na unidade, e coordenação e
administração dos medicamentos ao paciente. Atentam também para o conforto e bem-
estar do paciente.
• Equipe multidisciplinar: Reunião de diferentes profissionais (médico, enfermeiro,
fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista, fonoaudiólogo,etc...) com objetivo comum na
recuperação de pacientes graves.

• Escaras: São feridas que surgem em pacientes graves, principalmente nas regiões sacral,
quadril e tornozelos, decorrentes do comprometimento da circulação local. Várias
estratégias de prevenção são implementadas, como: mudanças de decúbito, utilização de
cremes e medicamentos, uso de colchões especiais, porém infelizmente é complicação
que pode surgir nos pacientes com internação prolongada.

• F.A.: Fibrilação Atrial, é uma arritmia (irregularidade no batimento do coração), que pode
ser aguda ou crônica. Em sendo aguda, deve ser revertida na maioria dos casos. No caso
das crônicas, geralmente o paciente convive bem com a arritmia, estando, na maioria das
vezes, contra-indicada sua reversão.

• Fisioterapeuta: Profissional responsável pela reabilitação de órgãos e sistemas que


sofreram grave disfunção. Na UTI geralmente realizam-se fisioterapia motora e respiratória.

• Fisioterapia respiratória: Conjunto de procedimentos e manobras executados para


manter a integridade das vias aéreas e pulmão, além de participar ativamente na ventilação
mecânica e desmame da mesma.

• Gasometria Arterial: é um exame de sangue, que pode ser colhido em artéria


(gasometria arterial) ou veia, (central (próxima do coração) ou periférica (nos membros)
(gasometria venosa)). Tem por objetivo revelar valores da pressão parcial de gás carbônico
e oxigênio, revelar o pH do sangue (que indicará a acidez ou alcalinidade do mesmo) e o
valor do Bicarbonato, uma importante substância do sistema de regulação da acidez e
alcalinidade do nosso corpo. Informa também o valor da Saturação da Oxi-hemoglobina: ou
seja, quanto a hemoglobina, que é uma molécula que carrega o oxigênio pelo sangue até
as células, está ligada a ele ou não. É exame básico e fundamental para uma unidade de
terapia intensiva.
Infecção Generalizada - ver sepse/choque séptico

• Infecção Hospitalar: Termo utilizado para descrever as infecções adquiridas depois de


determinado tempo de internação no hospital. Na UTI além do fato de os pacientes serem
graves, apresentando comprometimento de sua resposta imunológica,existe a necessidade
de procedimentos médico-cirúrgicos,que apesar de beneficiarem os pacientes aumentam o
risco de infecção. Apesar dos cuidados e medidas de prevenção instituidas, estes
pacientes estão sob risco maior de infecções por conta da gravidade de sua doença e
maior necessidade de intervenções terapêuticas.

• Intensivista: Médico com especialização em terapia intensiva(medicina intensiva),


capacitado para o tratamento de doenças agudas ou crônicas, que levem a grave
disfunção dos principais órgãos e/ou sistemas do corpo humano.

• Intra-cath: ver "Cateter Venoso Central"


• Intubação: Passagem de tubo endotraqueal através da boca ou narina, até a traquéia,
para garantir a permeabilidade das vias aéreas e utilização de ventilação artificial(ver
respirador mecânico).

• Isolamento: leitos especiais em que são colocados pacientes com bactérias resistentes a
um grande número de antibióticos, para evitar a disseminação destas bactérias.

• Manutenção Hemodinâmica: vide Suporte Hemodinâmico.

• Marca-passo: Equipamento responsável pela geração de estímulo elétrico artificial para o


coração.

• Medicina intensiva: Especialidade médica e de enfermagem que promove cuidados aos


pacientes diante de agressões ou doenças graves com risco de vida imediato.

• Médico assistente: É o médico primário do paciente, que o acompanha durante a


internação na UTI, participando das principais decisões. Por exemplo, o cirurgião cardíaco
responsável pela colocação da ponte de safena, antes da transferência do paciente para
UTI.

• Monitor: Equipamento utilizado para o acompanhamento de funções vitais. Evoluíram


bastante integrando várias funções no mesmo equipamento; Eletrocardiograma (batidas do
coração), pressão arterial, oximetria periférica

• Morte encefálica ou cerebral: Disfunção neurológica irreversível com perda total da


atividade cerebral.

• Nutrição enteral: Alimento administrado ao paciente geralmente através de sondas


colocadas no estômago ou intestino delgado

• Nutrição parenteral: Alimento administrado diretamente na veia, e que por conter os


nutrientes básicos (proteínas, gorduras e carbohidratos), não necessita de digestão.

• Oximetria: Medida da concentração de oxigênio no sangue, habitualmente na UTI é


realizada continuamente de forma contínua sem invadir o organismo, com a colocação de
um eletrodo na ponta dos dedos (oximetria periférica)

• Pressão arterial média invasiva: é aquela medida através da inserção de um cateter em


alguma artéria periférica do corpo humano, num sistema ligado a um computador que
recebe os dados e os coloca na tela continuamente, para ser observado. Também
transforma-se numa via de acesso para coleta de sangue sem ser necessário ficar obtendo
novo acesso a cada coleta, poupando o paciente deste incômodo.

• Politraumatizado, politraumatismo : condição em geral decorrente de acidentes com


trauma direto de varias regiões e aparelhos do corpo, com evolução grave e instável; é
freqüente haver coma quando existe traumatismo cranio-encefálico grave. Geralmente o
paciente é operado de emergência.
• Psicólogo: Profissional responsável pelo acompanhamento dos pacientes conscientes,
oferecendo apoio psicológico aos mesmos e familiares. Constitui intercâmbio entre a
família e a equipe da UTI.

• PVC - Pressão Venosa Central - É uma pressão medida geralmente na veia cava (já bem
próximo ao coração), através da inserção de um cateter de veia central (ver intra-cath).
Ajuda o médico a compreender melhor sobre o estado do sistema circulatório do paciente.

• Reanimação cardiopulmonar: Conjunto de manobras realizadas para garantir a


circulação de órgãos nobres (coração e cérebro), quando ocorre parada cardíaca súbita e
inesperada.

• Recuperação Pós-Anestésica: Setor integrante do Centro Cirúrgico, para onde são


encaminhados os pacientes após procedimento anestésico, para serem observados em
suas condições vitais (respiração espontânea, pulso e pressão arterial, dentre outros) a fim
de confirmar que as mesmas se mantém em níveis seguros para então serem transferidos
ao quarto ou enfermaria, e darem continuidade à sua recuperação. Durante sua estada na
unidade de recuperação pós-anestésica, ficarão sob cuidados médicos (anestesista) e de
enfermagem, que julgarão, frente ao quadro clínico e laboratorial apresentado pelo
paciente, qual o melhor momento para o mesmo ser encaminhado ao quarto ou, se
necessário, tomarão as condutas pertinentes para reverterem eventuais alterações até a
estabilização do paciente. Caso não haja necessidade de reintervenção cirúrgica, e o
paciente não recupere as condições vitais adequadas para ir ao quarto / enfermaria, a
despeito das condutas realizadas, o mesmo poderá ser transferido à unidade de terapia
intensiva onde continuará recebendo suporte à vida e condutas médicas, visando o
restabelecimento e equilíbrio de suas funções vitais e a possível alta para o quarto /
enfermaria.

• Respirador mecânico ou artifical: Ver Ventilador Pulmonar.

• S.A.R.A: é uma entidade causada por inúmeras doenças ou situações clínicas, que
acabam por gerar uma agressão ao tecido pulmonar. Devido a esta agressão, ocorre uma
resposta inflamatória aguda e há acúmulo de líquidos nos alvéolos (edema), prejudicando
de forma importante a troca de oxigênio e, em estágios avançados, a retirada do gás
carbônico do organismo. O tratamento atual inclui, na quase totalidade dos casos,
necessidade de intubação (ou traqueostomia em determinadas situações) e de ventilação
artificial, a fim de utilizar-se de estratégias que otimizem a troca de gases e permitam ao
organismo receber tratamentos para a(s) doença(s) que causaram a SARA, enquanto, ao
mesmo tempo, objetiva-se que o pulmão recupere sua capacidade de troca gasosa. A
despeito de toda pesquisa (muito extensa) em todo mundo e da tecnologia avançada
atualmente disponível, a SARA tem ainda uma elevada porcentagem de casos que
evoluem desfavoravelmente (óbito), de 35 a 60%, variando a depender da causa da SARA
e das doenças associadas pré-existentes.
• Sedação: Medicamentos utilizados para tornar o paciente inconsciente (ver coma
induzido), propiciando maior conforto em fases do tratamento em que o estado de vigília
(alerta) é desnecessário

• Sepse/choque séptico: Infecção que provoca uma inflamação generalizada, levando a


disfunção cardiopulmonar, dos vasos sanguíneos e celular.

• Síndrome de disfunção dos múltiplos órgãos e sistemas: Condição clínica associada a


grave lesão orgânica, que, quando não revertida progride para a morte.

• Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (S.D.R.A): vide S.A.R.A (Sd. da Angústia


Respiratória do Adulto).

• Sondas: Geralmente de PVC ou outros materiais, são introduzidas em diferentes orifícios


(vesical, na bexiga, nasogástrica, no estômago e etc) para permitir a drenagem de líquidos
orgânicos, ou algumas vezes infusão de soluções ou medicamentos.

• Suporte Hemodinâmico: expressão que significa o controle das condições do sistema


circulatório do paciente (vigiar e manter em valores adequados a pressão arterial, a
pulsação, a produção de urina, a oferta de nutrientes e oxigênio ao organismo, bem como
sua utilização pelo mesmo), visando com isso que o paciente tenha condição de se
recuperar da causa que o levou a alteração de sua "condição hemodinâmica" habitual (ou
normal).

• Traqueostomia : Procedimento cirúrgico realizado com pequena incisão na traquéia para


retirar cânula de intubação orotraqueal (tubo na boca) e colocar uma pequena cânula
nessa incisão. Isto é realizado para proporcionar maior conforto nos pacientes que se
encontram com desmame difícil da ventilação ou com quadro neurológico sem a percepção
de desmame precoce da ventilação. Além do conforto, diminui a incidência de lesões na
faringe e cordas vocais.

• Traumatismo craniano, TCE , traumatismo cranio-encefálico : lesão das estruturas do


cérebro decorrente de acidentes, com edema (inchaço) ou formação de coágulos ,exigindo
freqüentemente cirurgia de emergência e/ou coma induzido.

• Tubo endotraqueal: Cânula introduzida através da boca ou narina, até a traquéia para
permitir a passagem do ar até os pulmões.

• Unidade de Terapia Intensiva - UTI: Local do hospital com estrutura e pessoal


especializado para o cuidado de pacientes com lesões ou doenças graves, com
possibilidade de recuperação.

• UTI coronariana: unidade de cuidado médico intensivo especializada em doenças do


coração, principalmente aquelas decorrentes de deficiência de circulação coronariana
(Infarto e angina instável, por exemplo). Pode receber também pacientes após o tratamento
cirúrgico/hemodinâmico da insuficiência coronariana.
• Ventilador Pulmonar: Também conhecido com Ventilador Mecânico, e muitas vezes
chamado equivocadamente de respirador mecânico ou artificial, é o aparelho responsável
por manter a ventilação pulmonar, propiciando ao organismo condições para que possa
manter as trocas gasosas ( = respiração, esta feita pelo paciente e não pela máquina). A
maioria desses aparelhos permitem otimizar, além da ventilação, a troca gasosa, através
de estratégias ventilatórias adequadas para esse fim.

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