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FACULDADE DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E

TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ- NOVAFAPI

Importância da Ressonância Magnética de mama e da


Biópsia a vácuo guiada pela Ressonância Magnética na
resolução de casos problemáticos.

Disciplina: Exames Radiológicos

Professor (a): Alissandra

Curso: Tecnologia em Radiologia Turma: 2º Período

Data da Entrega:

Aluna Nota

Elanne Cristina Lira Da Silva

Teresina- pi
1ºsemestre / 2011

Resenha crítica
A Ressonância Magnética e a Biopsia a Vácuo

Atualmente a mamografia é a principal modalidade de imagem para


detecção de neoplasia maligna da mama. No entanto existem limitações
deste método, principalmente em pacientes com mamas densas e em
pacientes com mamas operadas, irradiadas, ou com inserção de implantes
(ou próteses).
Nestas condições a ultra-sonografia e a ressonância magnética mamária
constituem métodos complementares importantes.

Nas últimas duas décadas, a ressonância magnética mamária teve


excepcional aprimoramento técnico através da introdução de contrastes
paramagnéticos, avanços nas bobinas de superfície, novos protocolos de
realização de exames e aparelhos de alto campo. Para o diagnóstico
mamário é utilizada de duas formas: com e sem contraste.

Ressonância Magnética Mamária sem Contraste

Tem indicação específica, com elevada sensibilidade, para avaliação


complementar de implantes mamários e suas complicações.

 O procedimento é explicado para a paciente, sendo a mesma informada de


que não haverá necessidade de injeção de contraste. O exame é realizado
em decúbito ventral, minimizando os artefatos de respiração, com melhor
qualidade de imagem. O radiologista estabelecerá correlação com história
clínica (questionário específico deve ser previamente preenchido), exames
de imagem realizados, tipo de implante utilizado, implantes prévios e
sintomatologia atual.

Os tipos de implantes mais freqüentemente utilizados são constituídos por


bolsa ovalada com cápsula de silicone contendo silicone líquido (viscoso)
no seu interior. Os implantes não são totalmente preenchidas por silicone
formando superfície redundante com ondulações, que são identificadas no
exame por ressonância como dobras radiais correspondendo a fenômenos
normais de acomodação.

Habitualmente fina de cápsula de tecido fibroso com 1 a 2 mm de espessura


envolve o implante; mínimo líquido reacional pode se alojar abaixo desta
cápsula, sem maiores conseqüências.

Os implantes podem ser inseridas em topografia subglandular pré-peitoral


ou retropeitoral.

As complicações mais freqüentes com o uso de implantes são: coleções


líquidas inflamatórias ou pós-traumáticas, migração do implante, contratura
capsular e rupturas intra ou extracapsulares. Podem estar associadas a
fenômenos clínicos variáveis: dor, sensação de peso mamário, infecção,
assimetria e nódulos palpáveis.

Graças a sua capacidade tomográfica, com cortes em vários planos e a


possibilidade de estudo do espaço retromamário, os implantes podem ser
totalmente visualizados pela ressonância magnética, com fácil identificação
de eventuais complicações.

Ressonância Magnética Mamária com Contraste

É utilizada de forma complementar na detecção, avaliação e estadiamento


do carcinoma de mama.

Com o uso de contraste paramagnético, gadolíneo, que é praticamente


desprovido de efeitos colaterais, associa-se a capacidade tomográfica da
ressonância com a possibilidade de avaliação da vascularização tumoral,
proporcionando assim alta sensibilidade para diagnóstico de câncer invasor,
sendo esta uma de suas grandes vantagens, com percentual de até 100°á na
detecção de tumores malignos.

No entanto a especificidade do método, varia de acordo com vários autores,


de 40 a 70%.

Os aparelhos utilizados para este tipo de exame são de 1,5 Tesla (alto
campo), bobinas especiais para estudo mamário são fundamentais e vão
proporcionar alta resolução com detalhe espacial e capacidade de
informação temporal para verificar a intensidade de captação do contraste
nas lesões tumorais. De um modo geral, em serviços com boa experiência,
o exame dura em torno de 15 minutos.

O estudo mamário é bilateral e são realizadas, após injeção do contraste,


em torno de 5 seqüências de um minuto. São 144 cortes de 1mm para cada
seqüência, a técnica utilizada é denominada de gradiente echo, com
aquisição volumétrica, sem espaçamentos; a análise complementar é feita
em monitores de alta resolução. O detalhe de imagem é muito elevado com
precisa correlação anatômica e topográfica de lesão. A documentação é
feita em filmes especiais, com reconstrução em vários planos e
apresentação 3D.
A ressonância magnética mamária não detecta microcalcificações e não
deve ser utilizada em pacientes jovens devido a suê moderada
especificidade neste grupo etário.

A grande maioria dos tumores maligno da mama, apresenta rápida, precoce


e heterogênea captação de contraste. Os tumores benignos costumam
apresentar captação mais lenta e gradual do contraste. A computação
avançada possibilita avaliação gráfica, com visualização do comportamento
da lesão.

Na análise do exame de ressonância mamária com contraste, devemos levar


em conta: história clínica, exames de imagem, fatores técnicos e padrão
sistematizado de interpretação.

Este método proporciona informações adicionais nos seguintes casos:


diferenciação de assimetrias, exclusão de malignidade em massas
palpáveis, pesquisa de extensão tumoral e multifocalidade, lesões próximas
a parede torácica em pacientes com implante de silicone, paciente com
linfonodo axilar comprometido e suspeita de tumor mamário, mas com
mamografia e ultra-sonografia mamária normais, alto risco familiar e
rastreamento genético positivo, diferenciação entre cicatriz e recidiva
tumoral e resolução de estudos mamográficos difíceis. A RM é também
muito útil na pesquisa de carcinoma bilateral que pode não ser identificado
por outros métodos.

Na atualidade, a RM com contraste não tem indicação para estudos de


rastreamento e deve ser considerada como método complementar a
mamografia e ultra-sonografia.

O câncer de mama é considerado o segundo tipo de câncer mais freqüente


no mundo e o primeiro entre as mulheres. No Brasil não poderia ser
diferente. As regiões com maior número de casos são respectivamente:
Sudeste - 71 casos/100.000 mulheres; Sul - 69/100.000; Centro Oeste -
38/100.000 e Nordeste - 27/100.000. Segundo estimativa do INCA
(Instituto Nacional do Câncer), com sede no Rio de Janeiro, em 2006 o
Brasil deveria esperar 48.930 novos casos da doença, com um risco
estimado de 52 novos casos a cada 100 mil mulheres. 
 
A notícia boa é que nos Estados Unidos, nos últimos dez anos, a
mortalidade decorrente do câncer de mama baixou 10% graças ao melhor
conhecimento da doença, as campanhas para detecção precoce e aos
métodos de diagnósticos mais eficazes disponíveis no mercado. No Brasil
infelizmente isso só se aplica nos centros mais desenvolvidos, ainda muitas
mulheres chegam para tratamento em estágios avançados da doença,
diminuindo muito a possibilidade de cura. 
 
Os métodos de diagnóstico não mudaram muito nos últimos anos.. 

O papel da ressonância magnética das mamas está em desenvolvimento e


auxilia muito na investigação de doença em mamas muito densas, (estudos
estão em andamento), e hoje se utiliza esse exame nessas pacientes,quando
a mamografia traz alguma dúvida. 

Biópsia a vácuo guiada


O objetivo de uma biópsia é colher material de uma lesão ou de um órgão
do corpo para ser avaliado por um médico especialista (patologista). 

Dessa forma, é possível obter informações precisas sobre a natureza das


lesões ou o grau de comprometimento de um tecido por doenças, como é o
caso das biópsias hepáticas e renais. 

A biópsia percutânea, isto é, através da pele, é realizada sem necessidade


de cirurgia. A utilização de métodos de imagem para guiar esse tipo de
procedimento é um avanço que permite que as biópsias sejam realizadas
com grande precisão e com menor risco, com controle do trajeto a ser
percorrido pela agulha até o "alvo”, podendo-se detectar precocemente
eventuais complicações durante o exame. Além disso, o acesso percutâneo
pode ser realizado sob anestesia local, o que evita maiores riscos
anestésicos, facilita a recuperação após o procedimento e não deixa
cicatrizes como em uma cirurgia. 

A biópsia percutânea pode ser guiada por qualquer dos métodos de imagem
como a ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância
magnética e, no caso da mamografia, por estereotaxia.  A escolha do
método depende de vários fatores, entre eles a facilidade de identificar o
alvo (método onde ele é melhor visto), simplicidade, disponibilidade e
menor custo. O procedimento  é  realizado com anestesia local, que
"adormece" a pele e todo o trajeto por onde a agulha da biópsia irá passar.
Durante o procedimento, que tem duração variável dependendo do tipo de
equipamento utilizado para guiá-lo e das características da lesão, o paciente
permanece deitado na mesa de exame e segue as orientações da equipe que
realiza a biópsia. Todos os procedimentos são precedidos da desinfecção da
pele de acordo com os protocolos estabelecidos.

O número de fragmentos que devem ser colhidos varia de acordo com o


caso. Quando é necessário obter um maior número de fragmentos, será
utilizado um sistema auxiliar para a biópsia, chamado "coaxial", no qual
um guia permanece em contato com a lesão e múltiplos fragmentos podem
ser obtidos sem a necessidade de várias passagens através da pele, evitando
desconforto e tempo prolongado de exame. A biópsia vácuo - assistida é
uma evolução da core biopsy e é utilizada nas biópsias da mama. Confira
quais são as vantagens desse procedimento:  Retira fragmentos maiores e,
portanto, fornece mais tecido para ser analisado histologicamente;
•    Com o sistema de aspiração, “puxa” para o interior da agulha o tecido
mamário, melhorando a qualidade do material;
•    Permite a retirada de múltiplos fragmentos com uma só passagem da
agulha  pela pele, pois com um mecanismo de engrenagens e aspiração, o
fragmento é trazido de onde foi obtido até uma abertura da agulha na sua
base, onde pode ser recolhido;
•    No caso de nódulos pequenos, é possível retirá-los por completo;
•    Permite a colocação de um clipe de titânio, que irá marcar o ponto exato
onde a biópsia foi realizada. O exame pode ser guiado tanto por
estereotaxia (mamografia), onde se aplica principalmente para biópsia de
microcalcificações; quanto por ultrassonografia, em que a principal
indicação está relacionada aos nódulos mamários. 

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