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Jeffer Castelo Branco

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Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP
Serviço Social, noturno 2º ano, 3º termo – Campus Baixada Santista
Professora Dra. Sylvia Dantas - Módulo: Psicologia Social

Santos, SP, Brasil 12 de abril de 2011

“UMA REFLEXÃO MUITO FAMILIAR”

A reflexão que se segue busca tratar, sobretudo, das “Representações


Sociais”, das Socializações “Primárias e Secundárias” e do “Modelo
Psicanalítico” de Freud, considerando a trajetória de vida de um ente
querido, que ora infelizmente está assumindo numa penitenciária do
Estado, as consequências sociais de seus atos.

Nasceu num ambiente conturbado e bem cedo enfrentou a separação


dos pais que ignoravam algumas particularidades do “contrato
matrimonial”. Este ambiente parece ter influenciado na sua
personalidade, pois desde cedo parecia buscar fora da sua casa razões
para a sua existência.

A falta de uma socialização primária “adequada” pode ter distorcido seu


primeiro mundo e mesmo tendo presente os outros generalizados a falta
dos outros significativos em equilíbrio parece ter sido decisivo para que
buscasse o sentido que lhe faltava na socialização secundária. Fincou seu
destino numa conduta que vai de encontro a ideologia dominante, em
oposição às práticas sociais e culturais aceitáveis.

A resignação para ele não foi uma saída e as diferenças sociais que podia
ser observada dentro de seu próprio espaço certamente também o
influenciou para que tivesse dificuldades no seu processo de socialização,
substitui a linguagem materna pelas as artificiais, das ruas.

Considerando os estudos de Freud, o processo experimentado fez com


que ele tivesse um grande prejuízo na formação do seu EGO. Numa leiga
análise, considerando a sua maneira de pensar e de agir, induz a
acreditar que ele não é beneficiado pela as ações benéficas do
“SUPEREGO”, pois os valores éticos e morais não influenciam suas
conclusões que se expressam como impulsos instintivos inatos que
motivam sua relação com o mundo. Neste caso o “ID” por vezes parece
assumir o controle sem qualquer repressão das instâncias que regulam o
sentido da socialização.

Não tenho condições de avaliar até onde as ações dele se enquadram em


um dos mecanismos de defesa, em que inconscientemente pode estar
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jcbranco@unifesp.br
Jeffer Castelo Branco
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projetando a ruptura familiar para a sociedade, ou ainda esteja presente
uma neurose pela falta da presença do pai ou ainda fruto das violentas
brigas por ele presenciadas. De qualquer maneira, as dores alheias não
passam em vão e é uma determinante no emocional de toda família
direta e indireta.

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jcbranco@unifesp.br

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