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- À REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO
- A REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA
CONCEITO E CONSIDERAÇÕES
A ação pública condicionada é também titularizada pelo Ministério Público.
Entretanto, depende de representação da vítima ou de seu representante
legal ou de requisição do Ministro da Justiça.
REPRESENTAÇÃO
Conceito: a representação é um pedido autorizado feito pela vítima ou por
seu representante legal, visando à instauração da persecução criminal.
REPRESENTAÇÃO
Destinatários: a representação, ofertada pela vítima, por seu representante
ou por procurador com poderes especiais (não precisa ser advogado), pode
ser destinada à autoridade policial, ao Ministério Público ou ao próprio juiz.
Ausência de Rigor Formal: a representação pode ser apresentada
oralmente ou por escrito, tanto na delegacia, quanto perante o magistrado ou
o membro do Ministério Público; o importante é que a vítima revele o
interesse claro e inequívoco de ver o autor do fato processado.
O prazo e sua contagem: como regra, o prazo é de seis meses do conhecimento da autoria da
infração penal, devendo, em seu cômputo, ser incluído o dia do início e excluído o do
vencimento. A Lei n. 9.099/95 prevê que a representação será apresentada oralmente na
audiência preliminar, uma vez frustrada a composição civil dos danos. Já a Lei de Imprensa
fixa o prazo para representar em três meses, contados da data da publicação ou transmissão da
notícia.
O menor representado: se a vítima for menor de 18 anos, o direito de representação deve ser
exercido pelo representante legal.
A substituição processual: em caso de morte ou declaração de ausência da vítima, o direito de
representar passa ao cônjuge (incluída a companheira), ascendentes, descendentes ou aos
irmãos.
Ausência de vinculação do Ministério Público: a representação não é ordem nem vincula o
promotor de justiça, que pode, inclusive, em sua peça acusatória, enquadrar a conduta delituosa
em dispositivo legal diverso daquele eventualmente apontado pela vítima, ou até mesmo, em
assim entendendo, promover o arquivamento.
Eficácia objetiva: a exigência da representação é tão somente pata constatação de que a vítima
deseja ver processados os infratores, cabendo ao Parquet delinear os limites subjetivos da
denúncia, ofertando a inicial contra os demais co-autores ou partícipes (não indicados pela
vítima), sem a necessidade de nova manifestação de vontade da mesma.
Retratação: enquanto não oferecida a denúncia, a vítima pode retratar-se da representação,
inibindo o início do processo. Já a Lei Maria da Penha, Lei n. 11.340/2006, que cria
mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, prevê que só será
admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com
tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público
REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA
Regra geral:
Ação pública incondicionada
_ Ocasione lesão corporal grave ou morte
_ Praticado com abuso do poder familiar, das relações de tutela ou curatela,
Ação pública condicionada
- Vítima pobre
Ação privada
_ Demais 'hipóteses, inclusive com a ocorrência da presunção de violência
(art.223 do CP).
Especificamente para o crime de estupro:
Ação pública incondicionada
_ Praticado mediante violência real, provocando morte, lesão grave, leve ou até
mesmo vias de fato;
_ Praticado com abuso do poder familiar, das relações de tutela ou curatela.
Ação pública condicionada
_ Vítima pobre
Ação privada