O ESTADO MODERNO E O ABSOLUTISMO MONÁRQUICO

No final da Idade Média o feudalismo

entrou em uma profunda crise.
As revoltas camponesas e
urbanas
As guerras
A fome e a peste desestruturaram a sociedade e a economia.
 Nesse contexto, a burguesia, interessada no
desenvolvimento do comércio (eliminação dos entraves
feudais, unificação da moeda e do sistema de pesos e
medidas), apoiou o processo de centralização
monárquica financiando os exércitos nacionais.
 No rastro das guerras surgiram Estados fortes nos quais
surgiram soberanos absolutistas. Os principais Estados
Nacionais modernos foram França, Inglaterra, Portugal e
Espanha.
 Quais os interesses burgueses na formação do Estado
Nacional moderno?

Interesse na melhoria das estradas, na segurança pública,

na unificação das moedas, na padronização de pesos e
medidas, na criação de leis com âmbito nacional, imposto
único e desenvolvimento do comércio.
 Por que a nobreza concordou em apoiar o poder real?

Por que estava interessada na repressão das revoltas

camponesas, na proteção da propriedade das terras e na
manutenção de seus antigos privilégios.
E a Igreja? Apoiou o rei?
A Igreja também tinha
interesse em manter seus
privilégios e sua crescente
influência na mentalidade
européia.
 Assim, Surgem então, os ESTADOS
NACIONAIS ABSOLUTISTAS
nobreza ,
clero e
burguesia
formaram a
base de apoio
à
centralização
do poder
nas mãos do
Rei.
 O Estado Nacional Absolutista foi um dos
acontecimentos que marcaram
o inicio da Idade Moderna, que, no entanto
continuava a possuir em sua estrutura
social e política características feudais.
 “As Monarquias Nacionais Absolutistas
significaram paulatina concentração de poderes
nas mãos de um monarca.”

Em uma só palavra
Absolutismo é sinônimo de
centralização/concentração do
poder nas mãos de um líder, rei,
monarca, príncipe, czar, kaiser
etc ...
 Características Básicas do Absolutismo:
- Predominou na Idade Moderna/ Europa Ocid.
- Concentração de poderes nas mãos do líder
(Executivo, Legislativo e Judiciário);
- Povo é considerado súdito, ou seja possui
apenas deveres;
- Poder é legitimado pelo Direito Divino de
Governar.
 Principais Teóricos do Absolutismo
Obra de Destaque - O Príncipe.
Importância de Maquiavel:
Destacado Escritor
Renascentista;
Pai da Ciência Política Moderna,
foi o primeiro a secularizar a
política ou seja separar religião
e política, separar ética /moral
Nicolau da política.
Maquiavel Utilizava o método da
observação para criar e afirmava:
1469/1527 “Minha teoria veio da prática”
 Breve Análise da obra O Príncipe
Esclarecendo o Título
O Príncipe é entendido não no sentido monárquico de
filho do rei, mas sim no sentido Clássico/Romano de
Prínceps (O Primeiro, O Principal);
Síntese da Obra
É um manual cuja finalidade é dar conselhos
de como conseguir e manter o poder.

OBS: Sobre Quem Deseja Conquistar e Manter o

Poder é fundamental/imprescindível ter VIRTU!!!

Virtu é o Deus da Guerra em Roma, cujas

“qualidades” são: ser inteligente, violento,
imprevisível etc.
“Dinheiro” Se tiver, ajuda, mas não é fundamental.

Fortuna

“Contexto” É fundamental, ser o homem certo, no

lugar e no tempo certo!
É mais fácil conseguir ou manter o poder?
Conseguir! Manter é que é o DIFÍCIL!
Conselhos Para Conseguir o Poder:
Entrar para o meio político, fazer amigos
conseguindo apoio e financiamento e
firmar alianças.
 CONSELHOS PARA MANTER O PODER:
Matar a todos que te ajudaram!
OBS: CONSELHOS PARA MATAR:
Matar todos de uma só vez;
Cometer o belo crime;
Não confiscar bens dos familiares.
Possuir um Exército Nacional;
Ter bons conselheiros, mas decidir sozinho;
Dar a palavra, mas só manter se ela o beneficiar;
Dividir para governar, semeando a discórdia entre
os grandes com o objetivo de enfraquecê-los ;
Praticar a guerra mesmo em tempo de paz ...
 FRASES DE MAQUIAVEL:
“A força é justa, quando necessária.”
“Os fins justificam os meios”.
FRASES SOBRE MAQUIAVEL

“O criminoso Maquiavel!” Shakespeare

“Maquiavel é um professor do mal.” Strauss

“Temos uma grande dívida para com Maquiavel e

outros que escreveram sobre o que os homens
fazem, e não sobre o que deveriam fazer.”
Francis Bacon
 Obra - O Leviathã.
Importância de Hobbes:
Primeiro a formular uma
explicação sobre a origem
Thomas Hobbes do Estado e da sociedade
1588/1619 civil

Aristóteles afirmava que o Homem Natural é:

Que naturalmente o homem é um ser social,
político, gregário, coletivo, grupal e bom.
“Se um homem não vive em sociedade ele é um
deus ou um animal.”
Hobbes discorda de Aristóteles, pois
afirma que o Homem Natural é:
Homem é o lobo do homem!
Que naturalmente o
homem é um ser egoísta,
violento e que vive em
uma guerra
de todos contra todos!
 “O Homem é Naturalmente Mau”
“O homem em Estado natural é tentado a satisfazer
sua necessidade sem consentimento do outro, a se
apropriar do corpo do outro sem permissão, a se
apropriar de seus bens, a humilhá-lo, infligir-lhe
sofrimentos, martirizá-lo e até matá-lo.”
Tal situação levaria a espécie humana a
extinção e foi diante de tal risco e em uma
atitude de auto-preservação e perpetuação
que os homens fizeram um pacto-social,
um contrato entre si.
 COMO SURGE O REI?
O Rei surge do próprio processo do Pacto/Contrato
entre os homens, como se cada homem dissesse a cada
homem: “Eu cedo e transfiro meu direito de
governar-me a mim mesmo a este homem (O REI).

ATENÇÃO Para Hobbes os homens NÃO tem

Direito a Rebelião, nem mesmo quando o líder
torna-se um tirano, pois segundo ele foram os
homens que criaram o Estado e o Rei e Portanto
devem obedecê-lo silenciosamente .
VOCÊ SABIA? Que Bill Watterson o criador da
tira Calvin e Haroldo sem inspirou no líder protestante
para criar o Calvin e em Hobbes para criar
o Haroldo e que no original (inglês) é
chamado exatamente de Hobbes

Não Gostou?
Pega Eu!!!
“Sejamos o Lobo do Lobo do
Homem” Caetano Veloso
Jean Bodin (1530-1596): Este autor defendeu a tese da
autoridade divina do rei na obra “A República”. Assim, o
poder real deveria ser total tanto sobre o Estado como
sobre os súditos.

Jacques Bossuet (1627-1704): pregava que o Estado

deveria se resumir a “ um rei, uma lei, uma fé ”. Na
obra “Política Segundo as Sagradas Escrituras”.
Defendeu que o poder do rei (predestinado) provém
diretamente de Deus. Assim, somente Deus tem o
direito de julgar os atos reais.

Hugo Grotius (1583-1645): é considerado o “pai do

direito internacional”, pois articulou seu pensamento em
torno dos problemas envolvendo as relações entre os
Estados absolutistas.