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Anotações do Aluno

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Aula Nº 6 – Controle de processo


e ciclo PDCA
Objetivos da aula:
Já vimos como identificar um processo e como mapeá-lo. Agora, veremos
como fazer a gestão do processo, de modo a garantir seu desempenho
e melhoria. Apresentaremos o PDCA, poderoso método gerencial para
conseguir a manutenção e melhoria contínua dos processos.

Gestão
Gestão, de acordo com a ISO 9000, são atividades coordenadas para dirigir
e controlar uma organização. Significa atuar sobre as entradas do processo,
de modo a conseguir, na saída, produtos que atendam às necessidades
dos clientes.

A gestão de um processo consiste em mantê-lo com os resultados previstos


e desejáveis, ou seja, conservar o processo sob controle. Isso significa:

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ao conhecer os objetivos e metas (os resultados desejados na saída do
processo), comparar com os resultados obtidos durante a produção. Caso
estes estejam dentro do previsto, o processo está sob controle e deve ser
mantido. Caso estejam piores do que o previsto, deve-se agir para corrigir
os desvios.
Gestão da Qualidade

A gestão pode ser representada da seguinte forma:

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Vamos analisar, com um pouco mais detalhe, o fluxo acima. Compreendemos

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ter que determinar as características do produto de acordo com a
necessidade dos clientes e os processos que produzirão esses produtos.
Essas características servirão de base para a escolha de indicadores e suas
metas.

Os indicadores e as metas deverão ter, basicamente, dois enfoques:


Gestão da Qualidade

· para manter o processo sob controle;


· para atender as necessidades dos clientes.

No mapa de gestão, esses indicadores e suas metas estão descritos nos


itens de controle do processo e nos de controle da saída.

Os indicadores que medem o desempenho do processo são conhecidos

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como indicadores de eficiência. Os que medem o atendimento aos clientes


são conhecidos como indicadores de eficácia.

O quadro abaixo resume as características dos indicadores de eficiência e


eficácia.

INDICADORES EFICIÊNCIA EFICÁCIA


Modo de utilizar os recursos
Dizem respeito a Satisfação dos clientes
disponíveis
Medem Produtividade qualidade
Têm o foco No esforço Nos resultados
Indicam Como fazer O que fazer
Ensinam a Fazer certo as coisas Fazer as coisas certas
Fonte: adaptado de OLIVEIRA, 1997.

Voltando ao nosso fluxo, a análise das causas deve ser feita para buscar as
causas fundamentais do problema. Para isso, podemos utilizar ferramentas
que permitam achar, com facilidade, as principais causas dos problemas
nos processos.

As causas fundamentais são aquelas responsáveis pela geração dos


problemas e sua eliminação garantirá que o problema não mais retornará

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(problema bloqueado). Se atuarmos no efeito, resolveremos o problema,
momentaneamente, mas ele voltará.

Fazendo um paralelo: se há algum problema em um organismo humano,


uma das formas de manifestação é a febre. Se tomarmos remédio para
baixá-la e não resolvermos o real problema, a febre baixará, mas, quando
o efeito do remédio passar, ela retornará. Por isso, deve-se atuar na causa
Gestão da Qualidade

fundamental da doença para curá-la e não no efeito (a febre).

Caso os resultados estejam como o desejado e/ou os problemas já tenham


sido corrigidos e bloqueados, deve-se operar, normalmente, o processo
até que novo problema surja. Uma forma de metodizar o controle sobre o
processo é o ciclo PDCA.

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Ciclo PDCA
O ciclo PDCA, idealizado por Shewhart, teve Deming como o responsável
pelo seu desenvolvimento e utilização prática. Trata-se de uma
metodologia gerencial que pode ser utilizada para controle do processo
ou para pequenas e constantes melhorias (conhecidas como kaizen). O
PDCA e suas quatro fases são mostrados a seguir.

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O PDCA deve ser girado sistematicamente, de forma que, a cada volta, haja
uma correção das falhas. Girando continuamente, há constantes melhorias
no processo.
Gestão da Qualidade

Na fase P (planejamento), devem ser definidas metas e os métodos


para alcançá-las. Os métodos são constituídos de orientações técnicas e
procedimentos.

A fase D (execução) é a de executar o que foi planejado, mas, antes, devem


ser providos educação e treinamento adequado ao pessoal da execução.
Nessa fase, também serão coletados dados para a fase seguinte C.

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A fase C (verificação) é quando ocorre a comparação das metas definidas


em P com os dados coletados na fase D.

Na fase A (Agir corretivamente), caso tudo ocorra como o planejado, deve-


se manter o planejamento, normalizando as operações. Caso não seja
atingido o planejado, deve-se analisar o motivo para descobrir a causa
fundamental e propor um plano de ação para corrigir os problemas.

A partir daí, girar o PDCA novamente. A cada volta no ciclo, o processo


recebe uma melhoria. Se estiver fora de controle, em algumas voltas você
passa a ter controle sobre ele. Se o processo já estiver sob controle, a cada
volta, ele melhora. Esse processo em que há pequenas melhorias (em cada
volta) é conhecido pelos japoneses de Kaizen. A melhoria do processo só
será alcançada se a ação para correção for tomada com base na causa
fundamental.

Nesta aula, vimos como exercer controle sobre o processo, conhecemos a


metodologia do ciclo PDCA e verificamos como utilizá-la para o controle do
processo. Na próxima aula, vamos tratar da padronização dos processos.

Referências

Aula 06 – Controle de processo e ciclo PDCA


Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 9000: sistemas de
gestão da qualidade – fundamentos e vocabulário. Rio de Janeiro,
2000.

CAMPOS, Vicente F. TQC: controle da qualidade total (no estilo japonês).


Rio de Janeiro: Bloch, 1992.
Gestão da Qualidade

MARSHALL Jr., Isnard. et al. Gestão da Qualidade. 8. ed. Rio de Janeiro:


FGV, 2006.

OLIVEIRA, José Arimatéia S. Melhoria de processos. São Paulo: SEBRAE,


1997.

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