Você está na página 1de 2

Projeto de Lei Complementar 122/2006

Tratei do assunto na semana passada e volto a abordar o tema mais uma vez por acreditar que a
decisão sobre o Projeto de Lei 122/2006 que versa sobre a homofobia é um grande aglomerado
de silogismo e engano. 
Apoiado no senso comum que repudia sempre a violência e preza pela igualdade, esse projeto
de lei que tramita no Congresso está repleto de desequilíbrio e pressupostos que não condizem
nem com a  verdade, com a ética, com o que é civilmente aceito como liberdade. 
Existe um verdadeiro exército, bem articulado, estrategista, programando e preparando as
circunstâncias que culminem na aprovação desse projeto de lei. Há um trabalho mediático para
tornar o homossexualismo algo tão divulgado, tão presente nas mensagens, que se torne
também natural e aceitável. 
Os homossexuais tratam-se como minoria e comparam-se aos negros. Colocam-se no mesmo
patamar e dizem-se vítimas de uma  segregação semelhante. Isso é um exemplo de silogismo.
Os negros foram cruelmente escravizados. Reis e rainhas, nobres e cidadãos comuns, todos
tolhidos de sua dignidade, arrancados de sua pátria, lançados em porões de navios e exportados
como mercadoria para países estrangeiros. Lá, eram vistos como objetos, roubados de sua
humanidade, roubados de esperança. Hoje, só depois de um século de liberdade, é que os
negros estão reencontrando sua identidade, seu lugar na sociedade, sendo respeitados, mas
esse ainda é um processo em construção. A situação dos negros exige sim uma reflexão, um
trabalho de conscientização sobre o preconceito, uma divulgação maciça da mensagem de que
somos todos iguais. Em outras palavras, os negros precisam de proteção. 
Esse difinitivamente não é o caso dos homossexuais. O homossexualismo é uma prática
antiquíssima, amplamente constatada em diversos períodos da história humana. Nos altos
círculos do poder, entre intelectuais e artistas a prática se repete com a mesma frequência
quanto nos guetos. Alguém já ouviu falar que tais personalidades foram vitimizadas? Algum
artista já sofreu perdas por ser gay? Ao contrário, há um certo status social, há uma aura de
“sofisticação” simpatizar com o homossexualismo. Ser gay, lésbica, começou a se tornar
atraente. Esse fenômeno pode explicar porque tantos jovens tem se declarado gays, no
momento da formação da identidade, adolescentes em grande número, envolvidos pela
mensagem homossexual tem-se submetido às experiências e aderido à homossexualismo como
nunca antes se viu. 
 Admito que possa haver vítimas de violência contra alguns homossexuais, geralmente os
pobres, marginalizados na sociedade e para isso existem leis, as mesmas que servem a qualquer
cidadão, indiferente do gênero ou da opção sexual.  Para os crimes de violência, já existem
dispositivos legais. Então, porque os homossexuais insistem em uma lei contra homofobia? 
Vamos estudar o que o PL 122/2006 quer estabelecer.  A lei proíbe qualquer manifestação de
“ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou
psicológica”. Note que a lei não se limita a garantir o mesmo direito que tange ao heterossexual.
Como definir uma ação violenta de ordem moram, ética, filosófica? São os homossexuais
querendo viver sem oposição. 
Um budista, no convívio social, será questionado quanto as suas escolhas, um cristão evangélico
pode sofrer oposição, um adepto de uma teoria política pode ser contraposto. Qualquer pessoa,
participante de qualquer segmento da sociedade pode ser questionado, pode ouvir argumentos
contrários ao que acredita, mas com a aprovação desse projeto, os homossexuais tornar-se-ão
inquestionáveis, acima de qualquer outro grupo da sociedade. Porque a simples leitura de um
versículo bíblico que repudia o homossexualismo pode ser encarado como uma ação violenta de
ordem filosófica.
Acontece que para a moral religiosa as questões ligadas ao comportamento, seja o social, o
profissional, e sim, o sexual, são essenciais. Existem preceitos que quem professa a fé assume
adotar automaticamente. No caso do cristianismo, tão importante quanto aprimorar-se e
envolver-se num processo de santificação onde não se mente, não se rouba, é repudiar em sua
própria vida o homossexualismo ou qualquer promiscuidade, depravação ou perversão.  Impedir
um pregador de ensinar, exortar a igreja sobre a conduta dos prosélitos seja sob qual aspecto
for é intromissão à liberdade de culto, por exemplo e é, por consequência, inconstitucional. 
Concordo que a sociedade deve ser segura para o homossexual, ele não pode ser apedrejado
nas ruas, não pode ser maltratado no emprego. Mas a igreja, formada por aqueles que tem na
Constituição o direito de ter a fé e professar a fé que quiserem, precisam continuar tendo o
direito de expressão e credo. Defender esse direito passa longe do fanatismo e do
fundamentalismo que os homossexuais tentam imputar àqueles que se levantam contra esse
projeto de lei. 
Um pai de família precisa ter o direito de proteger seus filhos de informações que julga
inadequadas. Uma mãe precisa ter garantido o direito de instruir seus filhos e evitar que eles se
exponham precocemente ao que julga impróprio. 
Votar e aprovar esse projeto de lei é fugir de uma aprofundada reflexão sobre o que o fenômeno
homossexual tem provocado em nossa sociedade. Aqueles que entendem a gravidade precisam
ter coragem para se posicionar e para participar desse momento decisivo para a sociedade
brasileira. Isso é mais sério do que um olhar superficial pode compreender. Convido você, leitor,
a ir além e refletir sobre todos os argumentos. Não se detenha frente ao senso comum, pense
nos efeitos do que essa decisão pode trazer para o futuro de nossos filhos e filhas e tome
partido.

http://www.fontedavida.com.br/index.php?area=conteudo&id=152

Você também pode gostar