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Manter a motivação - Eis o grande desafio da liderança

22/07/2008 17:06:43

A primeira pergunta que me fazem a respeito da motivação de pessoas é: “Qual a


maneira de estimular uma equipe desmotivada?”. Primeiro, temos de entender a causa
da “desmotivação” da equipe para podermos agir de forma eficaz. Segundo, há vários
fatores que levam a tal estado. Terceiro, além de perceber a causa do desânimo,
precisamos entender o comportamento dos funcionários para perceber se é
desmotivação ou falta de outras competências. Como exemplo, temos a falta de
iniciativa ou de prontidão. Quarto, vemos que o líder de sucesso tem de observar dois
lados da moeda: resultado e motivação. Liderar é buscar resultados pela motivação.
Assim, o líder completo é aquele que consegue buscar resultados não negligenciando
a motivação.

Os manuais explicam que ser um bom líder é aquele que sabe comportar-se
adequadamente de acordo com as mais diversas situações. Ou seja, aquele que
consegue perceber cada uma delas e consegue adaptar o método de liderança às
circunstâncias, como também é aquele que deverá ser flexível, agindo de acordo com
o estilo do liderado e da sua equipe.

Ou então, ouvirá falar que deverá ser sincero e transparente, pró-ativo, curioso, audaz,
automotivado, motivador; assumir riscos; apresentar uma postura positiva diante da
vida, ter autoconhecimento, visão de futuro e, acima de tudo, ter um equilíbrio
emocional, além de saber “voar de asa-delta”. Jamais deverá utilizar, no seu discurso,
a palavra “funcionário”, e sim “colaborador”; não deverá falar “eu”, mas “nós”; e, no
final do seu discurso, agradecer ao empenho de todos, dizendo que fazem parte de
uma grande família.

A lista não termina aí. Você será lembrado constantemente de ser ético (como se
precisasse ser lembrado) ou estarão duvidando de você.

Já recebeu vários títulos e condecorações. Foi chamado de feitor, capitão, Maquiavel,


monitor, “puxa-saco”, “dedo-duro”, coordenador, supervisor. Numa linguagem mais
moderna, facilitador; agora não mais chefe e, sim, líder, mentor, coaching e, a partir
destes, quais serão os próximos que receberá? Ufa! Tantas instruções. Quantos títulos!
Pelo jeito você tem mesmo de ser um super-homem ou uma “big-mulher”.

O que temos reforçado nos treinamentos e nas palestras é a importância dos diálogos e
que a liderança é a busca de resultados, mediante recursos tecnológicos, financeiros,
mercadológicos e humanos. Ela poderá ser desenvolvida, a partir do momento em que
você, líder, tiver basicamente dois focos de atenção:

* No resultado esperado pela organização por meio de ações estratégicas;


* No desenvolvimento humano, favorecendo atingir os objetivos propostos.

Cada vez mais a liderança está envolvida em grandes desafios, particularmente


consideramos dois: 1- gerar e gerir o equilíbrio entre produtividade e motivação; 2-
estabelecer a real parceria na busca da melhoria contínua e desenvolvimento. Em
ambos, encontramos a importância da criatividade e inovação.

A nossa experiência em diversas empresas fazem-nos assinalar: “Não se iluda!”; “Não


espere da equipe aquilo que você não é!”; “Em uma empresa, nada ocorre de baixo
para cima. Você, como líder, ou dá o exemplo, ou nada, ou pouco ocorrerá”; “Não
exija que o pessoal trabalhe em equipe se você não trabalha“; “Não espere que as
pessoas sejam criativas, se você bloqueia ou inibe as novas idéias”. É pelas pequenas
atitudes e comportamentos que emitimos, que passamos a nossa visão e nossos
valores na realidade.

Devemos deixar de representar vários personagens de filmes de ficção. Lidere pela


sua conduta própria. A experiência também nos aponta que a maioria das atitudes
positivas ou negativas somente são tomadas quando os homens estão em grupo, pois,
sozinhos, estes não se manifestam. Desta forma, o sucesso de uma organização é
substancialmente influenciado pelo desempenho de diversos grupos que interagem
entre si e por toda a hierarquia da empresa, tanto verticalmente quanto
horizontalmente.

As soluções dos problemas, lançamentos de novos produtos, ações e decisões são


resultados de um conjunto de cadeia produtiva, criativa, que perpassa do presidente ao
operário e, em todas as etapas, podemos perceber que existem entre o cérebro para
pensar, as mãos para executar. Neste caminho, bem no meio, há o coração, para sentir,
tanto dos líderes quanto dos liderados.

As pessoas efetivamente se envolvem, “vestem” a camisa, quando se emocionam pelo


que fazem, percebem a possibilidade de criar, inovar, fazer diferente. Há quem diz:
“Sem ‘empolgação’, não há solução”. Eu gostaria de ressaltar mais: Você que é
responsável pelos resultados da empresa, deve lembrar-se de que, em todo o processo,
há pessoas, gente lidando com gente!

Autora: Maria Inês Felippe

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