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1. Calendário Eleitoral -
2. Regulamentação do Processo Eleitoral – as Resoluções do TSE serão
editadas até o dia 05 de março do ano da eleição (LE art. 105).
3. Pesquisas Eleitorais (Art. 33 e ss da LE)
• Só podem ser realizadas por empresas e entidades específicas
• Necessário, antes da realização das pesquisas, o registro, até cinco dias
antes da divulgação, junto a Justiça Eleitoral
• As pesquisas podem ser divulgadas até o dia da eleição
• A divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime
5. Registro de Candidatos
• O eleitor, titular da cidadania, pode ver-se impedido de exercer todos os
direitos políticos, que só se adquirem em etapas sucessivas (p.ex.
referente a idade). Pode deter, portanto, capacidade eleitoral ativa
(alistabilidade), mas não a capacidade eleitoral passiva (elegibilidade)
CF art. 14, Lei Complementar 64/90.
• O registro dos candidatos escolhidos na convenção deve ser pedido
pelos partidos ou coligações, até às 19h do dia 05 de julho do ano eleitoral
(LE art. 11 caput)
• Para a efetivação da candidatura (LE art. 9º), o candidato deverá contar
com domicílio eleitoral na circunscrição, bem como filiação deferida pelo
partido, pelo menos um ano antes do pleito;
• Os membros do Ministério Público, para concorrerem a cargo eletivo,
devem estar afastados de suas funções ainda que mediante licença. E
estão sujeitos ao cumprimento do prazo de filiação a partido político um
ano antes do pleito;
• Os magistrados e membros dos Tribunais de Contas estão
dispensados de cumprir o prazo de filiação partidária, devendo satisfazer
essa condição até seis meses antes das eleições. E para concorrerem a
cargo eleitoral, devem se afastar definitivamente de suas funções;
• Não é exigível do militar da ativa a filiação partidária, bastando o pedido
de registro de candidatura após prévia escolha em convenção partidária. O
militar da reserva remunerada, no entanto, deve tê-la deferida um ano
antes do pleito (CF art. 14, §8º I e II e CE art. 98);
• A substituição de candidatos poderá ocorrer por motivos de
inelegibilidades, falecimento, renúncia ou cancelamento ou indeferimento
de registro (LE art. 13).
• O registro do candidato substituto deverá ser requerido em até dez (10)
dias contados do fato ou da decisão judicial que deu origem a substituição.
• Do candidato a cargo majoritário, a substituição poderá ser requerida
até 24 (vinte e quatro) horas antes da eleição, desde que observado o
prazo anterior;
• Nas eleições proporcionais, a substituição só se efetivará se o novo pedido
for apresentado até sessenta (60) dias antes do pleito (LE art. 3º, §3º);
6. Campanha Eleitoral
• Desenvolve-se desde os atos de filiação e/ou mudança de partidos, até o
final das eleições. Passa também pelas negociações visando coligações
e/ou candidaturas.
• A campanha eleitoral é um processo que tem início muito antes do período
eleitoral. E nessa campanha insere-se a propaganda política que
contempla a propaganda partidária e a propaganda eleitoral. Na primeira,
há uma tônica ideológica voltada para a doutrinação política. A segunda
está destinada ao público em geral com a característica de marketing
político para conquista de votos. A propaganda política é o gênero, da
qual propaganda eleitoral e a propaganda partidária são espécies;
7. Propaganda Eleitoral
• É permitida após o dia 05 de julho do ano da eleição.
• É uma espécie da propaganda política.
• Objetiva a capacitação de votos para investidura do candidato na
representação popular. Ou melhor na participação direta da soberania.
• A Constituição estabelece como parâmetros para propaganda eleitoral a
liberdade de expressão e a igualdade entre os postulantes. A primeira
encontra-se garantida no art. 5º IV. A segunda resta consagrada no §9º do
art. 14.
– Propaganda lícita - quando realizada em consonância com as
exigências da legislação
– Criminosa é a propaganda cuja realização tipifica uma figura delituosa
descrita na lei, ensejando a aplicação de uma sanção
– Irregular é aquela que viola a legislação eleitoral, sem que a conduta
do infrator receba a qualificação do crime
• Para conter os excessos praticados pelos responsáveis pela propaganda,
a legislação eleitoral prevê a utilização de representação ou reclamação
(LE art. 97)
• Qualquer que seja a forma ou modalidade da propaganda, deverá ser
mencionada a legenda partidária
• A propaganda só poderá ser feita em língua nacional, não devendo
empregar meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião
pública, estados mentais, emocionais ou pacionais
• Somente as emissoras autorizadas a funcionar pelo poder competente
poderão veicular propaganda eleitoral
• A propaganda eleitoral no rádio e na televisão é gratuita, nos horários
distribuídos pela Justiça Eleitoral
• A inobservância ou infringência ao regulamento da propaganda eleitoral
acarreta, além das providências decorrentes do poder de polícia,
penalização administrativa e criminal, perda do material de propaganda,
podendo ainda ensejar inelegibilidade, cassação do registro e do diploma.
• A realização de qualquer ato de propaganda partidária ou eleitoral, em
recinto aberto ou fechado, independe de licença da polícia
• O promotor do ato deverá fazer a comunicação no mínimo vinte e quatro
(24) horas antes para garantia da prioridade de uso do local e realização
do ato, além das providências necessárias ao funcionamento do tráfego e
dos serviços públicos que o evento possa afetar
• É assegurado aos partidos políticos e as coligações o direito de,
independentemente de licença da autoridade pública e do pagamento de
qualquer contribuição
• Inscrever pela forma que melhor lhes parecer o nome que os designe na
fachada de suas sedes.
• Instalar e fazer funcionar, das 08 às 22 horas, de 06 de julho a 02 de
outubro de 2004, alto-falantes ou amplificadores de voz nos locais referidos
acima, assim como em veículos seus ou a sua disposição, em território
nacional, com observância da legislação comum
• Em bens particulares, a veiculação de propaganda eleitoral não pode
configurar desvio ou abuso do poder econômico, devendo obedecer as
regras gerais
• Constitui crime a distribuição de material de propaganda política, inclusive
volantes e outros impressos, bem como o uso de alto-falantes e
amplificadores de som ou a promoção de comício ou carreata, no dia da
eleição
• Toda propaganda eleitoral, com restauração do bem em que fixada, se for
o caso, deve ser retirada até trinta (30) dias após o pleito
• Ninguém poderá impedir a propaganda eleitoral nem inutilizar, alterar ou
perturbar os meios lícitos nela empregados, bem como realizar
propaganda eleitoral vedada
• Nas dependências do poder legislativo, a veiculação de propaganda
eleitoral fica a critério da Mesa Diretora
Da propaganda permitida
• A propaganda eleitoral somente será permitida após o dia 05 de julho do
ano da eleição
• É permitida a realização de propaganda intrapartidária, na quinzena
anterior à convenção, ao postulante a candidatura a cargo eletivo, vedado
o uso de rádio, televisão e outdoor.
• Permite-se a afixação de faixas e cartazes em local próximo da convenção,
com mensagens aos convencionais, no mesmo período
• A realização de comício é permitida no horário compreendido entre 08 e 24
horas.
• Em caso de shows artísticos musicais após esse horário, necessário
autorização específica
• É permitida a fixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados, nos
viadutos, passarelas, pontes e postes públicos que não sejam suportes de
sinais de tráfego, desde que não lhes causem danos
• É permitida a colocação de bonecos e de cartazes não fixos ao longo das
vias públicas, desde que não dificulte o bom andamento do trânsito
• Os candidatos poderão manter página na internet como mecanismo de
propaganda eleitoral
• É permitida, até o dia das eleições inclusive a divulgação paga na
imprensa escrita de propaganda eleitoral
• A propaganda por meio de outdoors somente será permitda após sorteio
para distribuição dos locais relacionados pelas empresas de publicidade
• É permitida a utilização do mesmo outdoor para veiculação conjunta de
propaganda eleitoral, desde que concedido por escrito pelo candidato a
quem couber originariamente o uso do engenho publicitário e de modo que
o outro não ocupe espaço maior do que 1/3 do referido veículo
• A veiculação de propaganda eleitoral pela distribuição de folhetos volantes
e outros impressos é livre e permitida a partir de 06 de julho até a véspera
da eleição
• No dia das eleições só é permitida a distribuição de material de
propaganda eleitoral no interior das sedes dos partidos políticos e comitês
eleitorais, a quem o solicite
• Na véspera da eleição é permitido caminhada, carreata, passeata ou carro
de som que transite pela cidade divulgando jingles ou mensagens de
candidatos, desde que os microfones não sejam usados para transformar o
ato em comício
• É permitida no dia da eleição a manifestação individual e silenciosa da
preferência do cidadão (no próprio vestuário, no porte de bandeira ou de
flâmula ou pela utilização de adesivos em veículos ou objetos de que tenha
posse)
• É admitida a realização de debate sem a presença de candidato de algum
partido político ou de coligação, desde que o veículo de comunicação
responsável comprove tê-lo convidado com a antecedência mínima de 72
(setenta e duas) horas da realização do debate
• Poderá participar em apoio aos candidatos, nos programas de rádio e
televisão destinados a propaganda eleitoral gratuita, qualquer cidadão
desde que não filiado a outra agremiação partidária ou a partido político
integrante de outra coligação
• Salvo conduto
• Proibição de prisão
– nenhum eleitor poderá ser preso ou detido, desde cinco dias antes e
até quarenta e oito horas depois do encerramento da eleição, salvo em
flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por
crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo conduto
– os membros das mesas receptoras e os fiscais de partido, durante o
exercício de suas funções, salvo no caso de flagrante delito
– os candidatos, desde quinze dias antes da eleição
• Outras garantias
3. Votação
• As eleições realizar-se-ão simultaneamente no primeiro domingo de outubro do
ano eleitoral (CF art. 14 caput, CE art. 82 e LE art. 1º);
Deverão ser instaladas seções nas vilas e povoados, bem assim nos
estabelecimentos de internação coletiva, cegos e leprosários onde haja,
pelo menos, cinqüenta eleitores (CE 136). Em sendo possível, em
penitenciárias, a fim de que os presos provisórios tenham assegurado o direito
de voto;
As mesas receptoras compõem cada seção eleitoral (CE art. 119) e qualquer
partido pode reclamar da nomeação de seus componentes (LE art. 63), não
podendo ser nomeados menores de 18 anos e parentes em qualquer grau/de
servidores da mesma repartição pública ou empresa privada na mesma mesa,
turma ou junta eleitoral. Nem também, em hipótese alguma, os candidatos e
seus parentes até o segundo grau, inclusive o cônjuge, os membros de
diretórios de partido político exercentes de função executiva, os que
pertencerem ao serviço eleitoral (CE art. 120, §1º);
4. Apuração
• As dúvidas que forem levantadas em cada turma serão decididas por maioria
dos membros da Junta Eleitoral (CE art. 160, parágrafo único)
5. Prestação de Contas
• Visa verificar se os gastos encontram-se no limite declarado, se não houve
arrecadação vedada e se foram observados os demais requisitos e
movimentação financeira dos recursos de campanha.
• Deve ser feita em até trinta (30) dias após as eleições, pelos candidatos,
pelos partidos políticos e pelos comitês financeiros.
• O candidato eleito que não tiver suas contas aprovadas não será
diplomado
• No caso de falecimento de candidato, a obrigação de prestar contas recai
sob seu administrador financeiro, e na ausência deste, na direção
partidária.
• Até o candidato que renunciar a candidatura ou que dela desistir ou que
tiver seu registro indeferido deve prestar contas.
Mandado de Segurança
• Cabível quando presentes os pressupostos (CF art. 5º, LXIX e LXX, art. 1º da
Lei 1.533/51), nas hipóteses de inscrição de eleitor, registro de candidatura,
propaganda eleitoral e outras em que esteja evidente o objeto atacado;
• Seguirá o rito disposto na legislação específica, sendo possível o litisconsorte
ativo e passivo, o requerimento, a concessão e a cassação de medida liminar
e, ainda, para adotar recurso eleitoral de efeito suspensivo;
• Cabível apelação da decisão no mandamus se se tratar de sentença, ou de
agravo, se se referir a decisão interlocutória;
• As autoridades coatoras tanto podem ser os servidores da Justiça Eleitoral,
como os dirigentes partidários;
• Pode ser proposto mandado de segurança coletivo por partido político com
representação no Congresso Nacional para postular direito político;
• As três instâncias eleitorais têm competência legal para conhecer e julgar
mandado de segurança;
• Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou
correição (Súmula 267 do STF), mas admitido com a finalidade de assegurar
efeito suspensivo a recurso que normalmente não o tem;
Medidas Específicas
Reclamações e Representações
• Podem ser feitas por qualquer partido político, coligação ou candidato e
dirigidas a qualquer das instâncias conforme sejam as eleições, versante
sobre o descumprimento da Lei Eleitoral (LE art. 96 e segs).
Direito de resposta
Cabível a candidato, partido ou coligação a partir da escolha de candidatos em
convenção, atingidos, ainda que de forma indireta, por conceito, imagem ou
afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica, difundidos
por qualquer veículo de comunicação social (LE art. 58 e segs).
Recursos
• A fase recursal do processo jurisdicional eleitoral encontra-se prevista na
CF/88 (art. 121), no Código Eleitoral (art. 275 a 282) e em leis esparsas,
aplicando-se subsidiariamente o CPP e o CPC;
• Todos os recursos serão recebidos somente em seu efeito devolutivo (art.
257, 362 e 364 do CE e 597 do CPP), salvo a apelação criminal eleitoral e o
recurso em sentido estrito em matéria eleitoral, excetuando-se a apelação
exclusiva de assistente(Súmula 210 do STF);
• São irrecorríveis em separado as decisões interlocutórias, só podendo ser
impugnadas quando da irresignação contra a sentença. Há exceções a esse
princípio geral, como o recurso inominado do art. 270 §2º e 279 do CE;
• Segundo o art. 121 §3º e 4º da CF/88 são irrecorríveis as decisões dos TRE e
dos TSE, salvo as exceções ali previstas;
• O prazo para interposição, se não houver previsão específica, para todos os
recursos, é de três dias (CE art. 258), contando-se na forma dos arts. 506 e
184 do CPC, se a matéria for cível, ou do art. 798 do CPP, se penal;
• São preclusivos os prazos para interposição de recurso (CE art. 259), mas não
em matéria penal eleitoral, pois não é ela causa extintiva de punibilidade.
• A intimação dá-se nos moldes do art. 506 do CPC c/c 267 e 274 do CE. Em
casos especiais, há critérios diferentes para a comunicação dos atos
processuais (LC 64/90 art. 16);
• Das decisões dos Juizes Eleitorais poderão ser interpostos:
1. apelação criminal eleitoral
2. recurso em sentido estrito
3. revisão criminal
4. Recurso inominado - também chamado de agravo de
instrumento (art. 266 do CE), das decisões relacionadas (CE,
art. 39, 45 §7º, 57 §2º, 80, 120 §4º, 121 §1º, 135 §8º, 243 §3º,
249 e 266). Cabível também recurso inominado contra
sentenças proferidas em AIJE (CE art. 258 e LC 64/90, art. 22,
XIV; em AIRC e AIME (LC 64/90, art. 3º a 8º,dentre outros;
• Das decisões das Juntas Eleitorais poderão ser interpostos:
1. Recurso inominado - semelhante ao previsto para as decisões
dos Juizes Eleitorais, destacando-se apenas o prazo para
interposição, dado o preceito preclusivo (CE art. 171), seu
trâmite processual (rito previsto no art. 169 segs. CE) e por não
se admitir o Juizo de retratação (CE art. 267, §7º). Interpõe-se
de todas as decisões da Junta, salvo as que apresentarem
possibilidade de recurso parcial (CE art. 261, §1º), entre elas a
que resolver impugnações e demais incidentes verificados nos
trabalhos da votação (CE art. 40, II), não expedir os boletins de
apuração (CE art. 140, III) e resolver todas as impugnações da
ata de eleição (CE art. 195, V);
2. Recurso parcial – interposto na forma dos arts. 261 e 169 e
segs. do CE, contra as decisões relativas a apuração das urnas,
cédulas e votos;
3. Recurso contra a diplomação – regido pelo CE, arts. 40, 215 e
262 e pela LC 64/90, art. 3º. Poderão interpô-lo os partidos
políticos, as coligações, os candidatos e o Ministério Público,
nas hipóteses do art. 262 do CE.