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Crescimento do peso do
Estado na economia
5.1. Comparações internacionais
5.2. Evolução do peso do Estado na economia deste 1870
ECONOMIA POLÍTICA 5.3. Explicações para o crescimento do peso do Estado na
economia
5.4. Aplicações empíricas
Bibliografia básica:
Mestrado em Economia, Mercados
e Políticas Públicas Mueller, D. (2003). Public Choice III. Cap 21 “The Size of Government” e
cap. 22 “Government Size and Economic Performance”: 501-60.
Drazen, A. (2000). Political Economy in Macroeconomics. Cap. 14 “The
Size of Government and the Number of Nations”: 675-733.
Universidade do Minho 1 Universidade do Minho 2
(6) Persson, T.; Roland, G. e Tabellini, G. (2008). Electoral Rules and Peso da despesa pública no PIB
Government Spending in Parliamentary Democracies. Aceite para
Peso dos impostos no PIB
publicação no Quarterly Journal of Political Science.
Peso dos trabalhadores do Estado no total do emprego
(7) Borcherding, T., Ferris, J. e Garzoni, A. (2004). Growth in the Real Size
…
of Government since 1970. In: Wagner, R. e Backhaus, J. (eds.), Handbook
of Public Finance, vol. I: 77-108. Kluwer, Dordrecht, Netherlands. - Ana
Filipa Correia
Universidade do Minho
Medição do peso do Estado na Medição do peso do Estado na
economia economia
A despesa pública total (classificação económica)
Inclui despesas em bens e serviços, despesas com o pessoal, Despesa pública por classificação funcional
transferências e subsídios, juros da dívida pública, formação bruta de Que funções do Estado considerar?
capital fixo.
Cobre todas as entidades do sector público administrativo. A classificação mais utilizada internacionalmente é a Classificação
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Medição do peso do Estado na Despesa do Estado em % do
economia PIB (2006)
Finlandia Suécia
Para além das questões conceptuais existem também problemas Espanha R.U.
Bélgica Noruega
Ao longo do tempo
Austria Itália
Entre países
Alemanha Irlanda
EUA Holanda
Japão Grécia
Canadá França
0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60
Japão Japan
EUA EUA
Espanha Espanha
França Fonte: França Fonte: OECD Health Data
Alemanha OECD in Figures, 2007 2007, OECD, Paris, 2007
Alemanha
http://www.oecdwash.or http://dx.doi.org/10.1787/O
0 5 10 15 20 g/DATA/online.htm IF2007en2
0 5 10 15 20
Universidade do Minho 11 Universidade do Minho 12
Universidade do Minho
Despesa Pública em Saúde em Despesa Pública em Saúde em
% da Despesa Total em Saúde % do Total de Despesas Pública
Suécia Alemanha
Portugal Espanha
Japão EUA
EUA Japão
Espanha Portugal
Suécia
20000
Reino Unido
Portugal 15000
França
Fonte: Education at a 0
França Alemanha Japão Portugal Espanha Suécia Reino EUA
Alemanha Glance - OECD Indicators
Unido
2006, OECD, Paris, 2006 Educação Primária Educação Secundária Educação Terciária
0 2 4 6 8
www.oecd.org/edu/eag2006
Fonte: Education at a Glance - OECD Indicators 2006, OECD, Paris, 2006
Universidade do Minho 15 Universidade do Minho 16
Universidade do Minho
Desp. em Investigação & Desenv. Desp. em Investigação & Desenv.
em % do PIB (2005) Per capita, USD, a preços correntes, 2005
1300
5 1200
1100
4 1000
900
3 800
700
2 600
500
1
400
300
0
200
E
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100
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Po
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Fr rm o O E
R
G e P E ino
Fonte: Main Science and Technology Indicatorts, OECD, Paris, 2007 Re
http://dx.doi.org/10.1787/OIF2007en17 Fonte: Main Science and Technolog indicators, OECD,Paris, 2007
Universidade do Minho 17 Universidade do Minho 18
OCDE 60
Alemanha
G7 50
EUA
Estado
EUA
40
Reino Unido
Indústria 30 R. Unido
Suécia
20
Espanha Suécia
Portugal 10
Fonte: Main Science Portugal
Japão 0
and Technology 1870 1913 1920 1937 1960 1980 1990 2000 Projecção Anos
Alemanha Indicators, OECD, Paris, 2008
França 2007. Notas: (1) A média diz respeito aos seguintes países: Austrália, Áustria, Canadá, França, Alemanha, Itália,
Irlanda, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Suécia, Suíça, UK e EUA.
http://dx.doi.org/10.1787
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 (2) A fonte para os valores de 1870 a 1980, referentes à média, Alemanha, EUA, RU e Suécia foi Tanzi e
/OIF2007en17 Schuknecht (2000). Os valores de 1990, 2000 e as projecções para 2008 foram obtidas no Economic
Universidade do Minho 19 Outlook da OCDE de Junho de 2007. Licenciatura em Direito 20
(3) As fontes para Portugal foram Santos, J. Albano (1984) para 1960 e Economic Outlook da OCDE (Junho
de 2007) para os restantes anos.
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O período até à 1ª G.M.: O período até à 1ª G.M.:
o domínio do laissez-faire o domínio do laissez-faire
marxistas.
Em 1776, Adam Smith introduziu uma primeira versão do conceito de O primeiro sistema de segurança social foi introduzido na Alemanha por
bem público, ao defender que “o Estado deve fornecer as instituições e volta de 1880.
Até à Grande Depressão de 1929-33 dominava a crença na A febre especulativa terminou em 24 de Outubro de 1929, a chamada
capacidade de auto-regulação dos mercados. “Quinta-feira negra,” com uma avalanche de vendas que inundou as
O PNB americano aumentou 62% de 1914 a 1929.
Bolsas.
Em Novembro de 1928, o Presidente Robert Hoover exprimia da
seguinte forma o sentimento de optimismo da época: “Nós, na América, Nos E.U.A., país onde a crise foi mais avassaladora, entre 1929 e 1932
estamos hoje mais perto do triunfo final sobre a pobreza do que em o índice de produção industrial passou de 100 para 49 e o investimento
qualquer período anterior da história de qualquer Nação.” diminuiu 88% em termos reais.
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O período entre as Guerras: O período entre as Guerras:
o fim do laissez-faire o fim do laissez-faire
Percentagem de desempregados relativamente à população activa:
Ano Reino Unido Alemanha E.U.A.
No entanto, continuava a dominar a ideia de que o melhor Governo é o
1929 5,9 5,9 3,1
1930 9,3 9,5 8,7 que menos governa.
1931 12,6 13,9 15,8 Para o Presidente Hoover “o desemprego apresentava-se apenas sob
1932 13,1 17,2 23,5 a forma de um problema individual e local, ao qual o Governo Federal
1933 11,7 14,8 24,7
devia permanecer totalmente alheio. O auxílio aos desempregados
1934 9,9 8,3 21,6
1935 9,2 6,5 20,0 tinha que ver com a caridade privada (...). O papel do Governo Federal
1936 7,9 4,8 16,8 não devia ir além do de preparar um regresso à confiança, que,
1937 6,7 2,7 14,2
restabelecendo os circuitos normais de crédito, revigoraria as empresas
1938 8,1 1,3 18,9
Fonte: LÉON, P. (1982), “A Ruptura dos Anos 30” in História Económica e Social do Mundo, e poria fim à crise”. (citado por LÉON, 1982, p. 348).
vol. V, tomo II, Sá da Costa Editora, Lisboa, p. 284.
Universidade do Minho 25 Universidade do Minho 26
País Tipo de ganho por semana 1925 1929 1932 1937 1938
A diminuição dos salários era encarada como um importante passo
Alemanha na indústria 87 87 94 109 114
para a retoma do crescimento.
França na indústria 100 100 109 128 119
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O período entre as Guerras: O período entre as Guerras:
o fim do laissez-faire o fim do laissez-faire
A ideia de que a economia possuía uma capacidade de auto-regulação A Grande Depressão gerou uma onda de políticas governamentais
Em 1937, o peso das despesas públicas no PIB tinha aumentado para promoção de uma eficiente afectação dos recursos económcos,
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O período até 1980: a influência O período até 1980: a influência
crescente do Keynesianismo crescente do Keynesianismo
Galbraith (1958) em The Affluent Society, defendeu uma maior
Entre 1937 e 1960, os gastos públicos, em percentagem do PIB,
intervenção pública ao nível da educação, pesquisa básica, controlo da
aumentaram a uma taxa relativamente lenta e a maior parte do
poluição e combate à fome.
aumento deveu-se a despesas em defesa.
Foram desenvolvidas técnicas de avaliação dos programas públicos e
O rápido aumento entre 1960 e 1980 é notável:
dos orçamentos.
os países já não estavam em guerra,
Foram eliminadas algumas restrições legislativas às políticas
não havia depressão e
expansionistas e, em muitos países europeus, passou a aceitar-se os
os desenvolvimentos demográficos eram favoráveis às finanças públicas.
direitos de “bem-estar” (welfare) como direitos constitucionais.
Universidade do Minho 33 Universidade do Minho 34
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Anos 80 e seguintes: aumento Anos 80 e seguintes: aumento
do cepticismo face ao Estado do cepticismo face ao Estado
A partir dos anos 80 a maioria dos Estados tentou travar o aumento das
Carga excedentária
despesas públicas.
Y
Dois impostos
A falha das políticas governamentais em resolver os problemas criados H Sobre o rendimento
Sobre o preço do bem X
pela estagflação dos anos 70, foi acompanhada de estudos sobre os S
•V • Ambos os impostos geram a
M
efeitos negativos do crescimento do Estado sobre o desempenho P mesma receita para o Estado,
•
•
R mas o imposto sobre o bem X
da economia: •T coloca o consumidor numa curva
A) Impostos que alterem os preços relativos distorcem as escolhas dos de indiferença inferior.
agentes económicos, diminuem a eficiência económica e causam perdas N J
de bem-estar. K X
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Anos 80 e seguintes: aumento Anos 80 e seguintes: aumento
do cepticismo face ao Estado do cepticismo face ao Estado
Carga excedentária = (1/2)t2η(Q/p)
Carga excedentária do imposto = Triângulo CGF = (1/2)tΔQ.
Quanto maior o grau de substituibilidade (η) maior a carga excedentária.
Elasticidade preço da procura: η = (ΔQ/Q)/(t/p) Ù ΔQ = ηtQ/p Se os dois bens em causa forem perfeitamente complementares o efeito
Y substituição não é possível.
Carga excedentária = (1/2)t2η(Q/p)
H
Quanto maior o grau de substituibilidade (η) maior a carga excedentária.
S
A carga excedentária cresce mais do que proporcionalmente com a taxa M •
de imposto (t2). •
P
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