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INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO

CURSOS SUPERIORES DE GESTÃO TECNOLÓGICA

Texto Dissertativo

O que é um Texto Dissertativo

A dissertação consiste num texto em que se apresenta uma ideia, uma tese a ser
defendida. Para ser completa, precisa apresentar três partes: a introdução, o
desenvolvimento e a conclusão.

Na introdução, o autor expõe, em geral, de maneira breve e sintética, o conceito que


irá defender. Quanto mais claro for esse conceito, mais fácil será para o leitor
entendê-lo e, para o redator, defendê-lo. Além da clareza, é necessário, também,
tornar a introdução atraente e criativa, para prender a atenção do leitor desde o início.

A segunda parte da dissertação é o desenvolvimento. Esse deve conter todos os


argumentos para se convencer o virtual leitor da dissertação. Apresentam-se dados,
desdobram-se argumentos, citam-se exemplos; procura-se, enfim, convencer o
interlocutor, não perdendo de vista a ideia exposta na introdução.

Ao concluir a dissertação, o redator deve dar um “acabamento” às suas


ponderações. Pode resumir os argumentos, oferecer sugestões ou soluções para
um problema levantado ou responder a um questionamento inicial. É importante,
porém, não fazer “profecias” ou empregar “chavões” (expressões “batidas”) e frases
de efeito, que não soam bem.

Dissertação: Assunto X Tema X Objetivo

Dissertar é, portanto, analisar, argumentar, discutir, apresentar conclusões. Para isso,


é importante identificar o assunto, e deste partir para a sua delimitação – o tema –
uma espécie de “fatia” do assunto. Só deverá, porém, iniciar o seu desenvolvimento,
depois que tiver definido um objetivo (aquilo que responderia à pergunta: “o que eu
quero provar, demonstrar?”). A resposta a essa pergunta (objetivo) corresponde à sua
tese, ao ponto de vista que você pretende demonstrar como verdadeiro. A partir
dessa definição, procede-se ao esquema / à reflexão, ou seja, ao levantamento das
ideias, dos tópicos básicos que você utilizará no desenvolvimento do seu trabalho,
necessários para a comprovação da sua tese. Somente essa sequência de passos
fará com que sua redação apresente as qualidades fundamentais cobradas:
coerência e coesão.

As partes da redação: estrutura

Classicamente, uma redação deve constar de três partes:


Introdução
Desenvolvimento
Conclusão

Disciplina COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL — Professora LUCIANA FÁTIMA


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A introdução
Introduzir significa “levar pra dentro”. Na introdução, portanto, conduzimo-nos para
dentro do tema, do assunto.

A introdução apresenta a ideia que vai ser discutida, (tópico frasal) nada lhe
acrescentando.

Ela é muito importante. Sendo o contato inicial do leitor com o texto, deve atraí-lo,
despertar-lhe o interesse. Assim, deve ser objetiva e simpática. E, sobretudo, não
pode ser longa.

O tópico frasal pode-se apresentar de várias formas: uma declaração, uma pergunta,
uma divisão, uma citação... Ao desenvolvê-lo, é preciso ser o mais objetivo possível,
evitando-se divagações inúteis.

Enfim, na introdução, o importante é falarmos do tema do texto, mesmo que (ou até
obrigatoriamente, às vezes), seja necessário usar as mesmas palavras do tema ou
título, ou parte destas.

O Desenvolvimento

É o corpo da redação. Sua parte principal. É aqui que aparecem as ideias, os


argumentos, a originalidade. A introdução corresponde à tese. O desenvolvimento
vem a ser o debate da tese. É a parte mais longa. O corpo sempre há de ser maior
que a cabeça e os pés, sob pena de termos uma aberração...

Apresenta cada um dos argumentos ordenadamente, analisando detidamente as


ideias e exemplificando de maneira rica e suficiente o pensamento.

O desenvolvimento será a parte mais longa da redação, mas não necessariamente a


mais confusa, complicada e ininteligível. E isto é o que acontece, normalmente,
quando não se faz uma seleção das ideias prévia, quando não se sabe o que escrever
antes de começar a escrever. Bem se diz: “só comece a escrever depois que você
souber, com certeza, quais as ideias, aquilo que e sobre o que você vai escrever.”

Não há necessidade de muitas ideias. O importante é que, mesmo sendo poucas, as


ideias sejam correta e objetivamente expostas. Não se deve cansar o leitor com vários
argumentos diferentes, nem com períodos longos e maçantes que, fatalmente,
resultam confusos.

A Conclusão

É o acabamento da redação. E, se não se deve iniciar “abruptamente” a redação,


também não se pode acabá-la de inopino.

A conclusão resume todas s ideias apresentadas e discutidas no Desenvolvimento,


tomando uma posição sobre o problema apresentado na introdução.

Portanto, é a comprovação da tese levantada na Introdução e discutida no


desenvolvimento.

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Ela é, a princípio, retirada da melhor ideia que achamos ter no momento da reflexão
inicial sobre o tema. É a nossa posição face a um problema qualquer, a sua solução,
ou a projeção futura de consequências que advirão, caso não sejam tomadas as
medidas necessárias (e que devem ter sido citadas no Desenvolvimento da redação).

A conclusão não deve ser muito longa, a exemplo da introdução.

Esquema

Introdução:
− colocação geral do problema.
− referência ao tema que será desenvolvido
- mostrar que existe
- colocar o assunto dentro da realidade atual

Desenvolvimento:
− Análise das afirmações da introdução.
− Análise das causas / motivos / origens:
- fato
- problema Tese
- assunto
− Análise das consequências – análise da situação atual – previsões.

Conclusão:
− Análise das soluções
− Caminhos alternativos
− Perspectivas (boas ou más)

ou

− Retorno à afirmação inicial sob forma de mensagem (otimismo – alerta) à


humanidade.

Disciplina COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL — Professora LUCIANA FÁTIMA

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