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TRIBUNAL DE CONTAS DÓ~MiMiriã~tTt;~~~~
PROCESSO TC na 02583/07

Pedido de parcelamento de multa.


Instituto de Previdência Própria de Santa
Cruz - IPM. Comprovada a incapacidade
financeira do peticionário, concede-se o
parcelamento nos termos das Resoluções
RN TC 05/95 e 33/97.

Acórdão APL TC li j /2009

Vistos, relatados e discutidos os autos do processo TC n° 02583/07, que trata de pedido de


parcelamento de multa aplicada ao Se Luiz Alison Gomes Pinto, ex-Presidente do IPM, através do
Acórdão APL TC 566/2008 e:

CONSIDERANDO pronunciamento oral do Ministério Público Especial. o voto do Relator e o


mais que dos autos consta,

ACORDAM os membros do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, à unanimidade, com a


declaração de impedimento do Conselheiro Antônio Nominando Diniz Filho em sessão plenária realizada
nesta data, em conceder o parcelamento da multa aplicada através do Acórdão APL TC 566/2008, no
valor de R$ 2.805,10 em 24 (vinte e quatro) parcelas mensais, iguais e sucessivas de R$ 116,88 (cento e
dezesseis reais e oitenta e oito centavos), nos termos das Resoluções RN TC 05/95 e RN TC 33/97 ciente o
responsável de que, na forma do disposto no art. 8° da Resolução RN TC 05/95, o não recolhimento de
uma das parcelas da multa implica, automaticamente, no vencimento antecipado das demais e na obrigação
de execução imediata do total do débito, pela autoridade competente, observado o disposto nos parágrafos
3° e 4° do art. 71 da Constituição do Estado, e que, de acordo com o art. T da citada resolução, o
parcelamento deferido começará a ser recolhido no final do mês imediato àquele em que for publicada a
decisão do TribunaL

Publique, registre-se e cumpra-se.


TC- PLENÁRIO MINISTRO JOÃO AGRIPINO. de março de 2009.

. Q-----:- ~ -.
Ana Terêsa Nóbrega D
Procuradora Geral

C.\Assessor\PLENO\Parce/amento \lPM-02583-07 -multa e recurso doc


TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSO TC n° 02583/07

RELATÓRIO

Quando da apreciação da prestação de contas anual do Instituto de Previdência Própria de


Santa Cruz - IPM, relativa ao exercício financeiro de 2006, em 06 de agosto de 2008, este Tribunal,
através do Acórdão APL TC 56612008, cuja publicação no Diário Oficial do Estado ocorreu em
14/08/2008. decidiu:

1) Julgar irregular a prestação de contas do Instituto de Previdência Própria de Santa


Cruz, da responsabilidade do Sr. Luiz Alison Gomes Pinto, em face da desobediência às exigências da
legislação previdenciária em vigor;

2) Aplicar multa pessoal ao gestor. Sr. Luiz Alison Gomes Pinto, no valor de R$
2.805,10, por descumprimento das normas da legislação previdenciária, com supedâneo no inciso Il, do art.
56 da Lei Complementar n° 18/93, assinando-lhe o prazo de 60 (sessenta) dias, para efetuar o
recolhimento ao Tesouro Estadual, à conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira
Municipal, a que alude o art. 269 da Constituição do Estado, a importância relativa à multa.

3) Assinar prazo de 180 (cento e oitenta) dias ao Prefeito Municipal, época, Sr. Francisco
Ferreira Sobrinho e ao gestor do Instituto, Sr. Luiz Alison Gomes Pinto e aos membros da Câmara
MunicipaL para regularizarem a situação junto ao Ministério da Previdência Social e, ainda, estabelecer o
equilíbrio atuarial, comprovando o cumprimento dos requisitos constitucionais e legais de funcionamento
do referido sistema previdenciário ou a realização de estudos para aferir a viabilidade de funcionamento do
Instituto, e, considerado inviável, promover a transposição dos benefícios para o INSS, de tudo dando
ciência a este Tribunal, sob pena de aplicação de multa;

4) Comunicar ao Ministério da Previdência Social sobre a situação precana de


funcionamento do Instituto de Previdência Própria dos servidores de Santa Cruz, mormente sob o ponto de
vista da total ausência do Plano Atuarial, como sugerido pelo Órgão Ministerial;

5 ) Recomendar à administração do Instituto no sentido de estrita observância às normas


constitucionais, aos princípios administrativos e a necessidade manter sua contabilidade em consonância
com as normas legais pertinentes, sob pena de repercussão negativa em prestações de contas futuras e
aplicação de novas penalidades pecuniárias às autoridades responsáveis;

6) Determinar a transposição das informações relativas às irregularidades constantes


destes autos de responsabilidade do Sr. Francisco Ferreira Sobrinho, para o processo que tem por objeto o
exame das contas anuais do Prefeito Municipal de Santa Cruz, relativas ao exercício de 2006, com vistas a
subsidiar o exame das mesmas no que diz respeito aos aspectos correlatos, anexando cópias do relatório da
Auditoria e da presente decisão ao referido processo.

Na tentativa de esclarecer as irregularidades constatadas na Prestação de Contas, em


25/0812008, o Sr. Luiz Alison Gomes Pinto, gestor do Instituto, à época, postou para este Tribunal
documentos recebidos como Recurso de Reconsideração (fls. 218/222).

C.\AssessorIPLENOIParce/amentol/PM-02583-07-mu/ta e recurso. doe


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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO TC n° 02583/07

Da análise dos argumentos apresentados pelo recorrente, a Auditoria concluiu pela


permanência de todas as irregularidades constatadas.
Alternativamente, o ex-gestor, solicitou a dispensa ou o parcelamento da multa, assim, em
13/11/20081, foi protocolado neste Tribunal outro requerimento solicitando o parcelamento da multa que
lhe foi imputada em 60 (sessenta) parcelas, bem como juntou documentos que comprovam que a situação
econômico-financeira a qual não lhe permite fazer o pagamento de uma só vez, ou seja, anexou cópia de: a)
Declaração dando ciência que é pobre na forma da ler'; Certidões de Casamento e Nascimento dos filhos
menores; c) fatura de energia elétrica (fls. 224/231).

Os autos não tramitaram perante o Ministério Público Especial.

É o relatório, tendo sido efetuadas as notificações de praxe.

VOTO DO CONSELHEIRO RELATOR

Relativamente ao Recurso de Reconsideração, entendo que do relato depreende-se que o ex-


gestor não trouxe aos autos argumentos ou documentos capazes de modificar os fundamentos da decisão
recorrida.

No que concerne ao pedido de parcelamento da multa, o pleito merece ser acolhido, assim
voto no sentido de que esta egrégia Corte:

• Conheça do Recurso de Reconsideração interposto, todavia não lhe dê provimento,


mantendo-se integralmente a decisão recorrida;
• Conceda o parcelamento da multa aplicada pelo Acórdão APL TC 566/08 em 24
(vinte e quatro) parcelas mensais, iguais e sucessivas, no valor de R$ 116,88, nos
termos da Resolução TC 05/953.

É o voto.

I O pedido de parcelamento foi tempestivo, considerando que a interposição do Recurso de Reconsideração possui

efeito suspensivo:
2 A declaração foi emitida junto à Delegacia de Polícia Civil de Santa Rita;
3 Artigo 3° - O parcelamento poderá ser deferido pelo prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses. ponderados a
situação econômico-financeira do devedor e o período durante o qual foi constituído o débito. ressalvados casos
excepcionais admitidos pelo Tribunal.

c: IAssessorlPLENOIParcelamento IIPM-02583-07 -multa e recurso. doc

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