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Antecedentes
Mesmo toda esta visibilidade era considerada insuficiente pelo sector mais
revolucionário do partido, que defendia a luta armada para tomar o poder a
curto prazo. Foi esta facção que saiu vitoriosa do Congresso do Partido em
Setúbal em Abril de 1909. O novo directório, composto pelos nomes menos
radicais (Teófilo Braga, Basílio Teles, Eusébio Leão, Cupertino Ribeiro e
José Relvas) recebeu do congresso o mandato imperativo de fazer a
revolução. Os nomes mais radicais ficaram encarregues das funções
logísticas na preparação da revolução. O comité civil era formado por
Afonso Costa, João Chagas e António José de Almeida. À frente do comité
militar ficou o almirante Cândido dos Reis.
A revolta
Foi a última unidade a juntar-se aos revoltosos que contava assim com parte
do regimento de Artilharia 16 e de Artilharia 1, o Corpo de marinheiros e os
três navios citados. A marinha aderira em massa como esperado, mas muitos
dos quartéis considerados simpatizantes não. Assim, os republicanos,
somavam cerca de 400 homens na Rotunda, mas cerca de 1000 a 1500 em
Alcântara, contando com as tripulações dos navios, além de se terem
conseguido apoderar da Artilharia da cidade, com a maioria das munições, ao
que juntava a artilharia dos navios. Estavam ocupadas a Rotunda e
Alcântara, mas a revolução ainda não estava decidida e os principais
dirigentes ainda não haviam aparecido.
Assim que houve notícia do começo da revolta o plano foi posto em acção: os
regimentos de Infantaria 1, Infantaria 2, Caçadores 2 e Cavalaria 2, mais a
Bateria de Queluz, seguiram para o Paço das Necessidades para proteger a
pessoa do Rei, enquanto Infantaria 5 e Caçadores 5 marcharam para o
Rossio, com a missão de proteger o Quartel-general. Ao primeiro grupo
juntar-se-ia uma companhia e um esquadrão da guarda municipal e ao
segundo o Regimento de Cavalaria 4, muito desfalcado pelas deserções
ocorridas aquando de uma escaramuça em Alcântara. Quanto às forças
policiais a guarda Municipal foi, de acordo com o plano, distribuída pela
cidade para proteger pontos estratégicos como a estação de Rossio, a
Fábrica de Gás, a Casa da Moeda, a estação dos Correios no Rossio, o seu
quartel no Carmo, o depósito de munições de Beirolas e a casa do Presidente
do Conselho enquanto lá esteve reunido o governo. Da guarda-fiscal (total
de 1.397 efectivos) há poucas informações, apenas que alguns soldados
estiveram com as tropas no Rossio. A Polícia Civil (total de efectivos 1.200)
ficou nas esquadras. Esta inacção retira portanto cerca de 2.600 efectivos
às forças do governo.
Balanço
Referências
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Proclama%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica_Portuguesa