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ArtClub

Este precioso espaço foi nos concedido com a responsabilidade de cultivarmos, estudarmos e fazer Arte.
Assim, poderemos colocar aqui e no palco nossas impressões artísticas através de poesia, teatro,
pintura, fotografia, oratória, dança, música ou outro, com o simples objetivo de criar o belo a serviço do
bem. Neste atraente início, a mínima contribuição de cada um é mais que imprescindível, doando
mensagens de amor e esperança em um mundo que tanto necessita. Comunique-se através do email:
artclub_sirwilliam@yahoo.co.uk

Cada mês, uma modalidade artística será ilustrada em forma de breve estudo, tendo como base livros:
"Obras Básicas" de Allan Kardec, "O Espiritismo na Arte" de Léon Denis, "O Discurso dos Sons" de
Nikolaus Harnoncourt, e outras obras, incluso websites, que relacionam-se com os sugeridos temas e
que sempre aparecerão como referências.

Agradecemos a louvável oportunidade de crescimento artístico que também representa crescimento


espiritual e celebremos o renascimento das produções artísticas dentro do Espiritismo movimento

Harmonia!

Diego

Desperte para a Arte e desperte para vida

Como doutrina que caminha ao descobrimento de nossa essência, o Espiritismo não dispensa a
atividade artística, mas amplia nossos conceitos acerca da capacidade criativa, compreendida como
herança divina, legado de Deus, existente em qualquer criatura, expandida e aprimorada na espécie
humana. A arte, por tanto, é entendida como atividade criativa do espírito; atividade mediadora, pois,
através da arte, o ser interage como o ambiente em que vive; e principalmente, como forma de
expressão, de materialização de idéias, sentimentos e percepções, em consonância com o patamar
evolutivo em que se encontra, desenvolvendo a razão e o equilíbrio espiritual.

Kardec apresenta três momentos filosóficos e correspondentes a transformações artísticas:


Época primitiva: Arte Pagã, em que se divinizava a perfeição da Natureza. Só conheciam a vida material.

Época da Idade Média: Arte Cristã, sucedeu à Arte Pagã e representava os sentimentos atormentados
entre o Céu e o Inferno, tanto como na Pintura, como na Escultura. Reconhecimento de um poder
criador, acima da matéria.

Época Atual: Arte Espírita, em que deverão expressar-se as novas idéias da imortalidade da alma, da
pluralidade das existências ou dos mundos ou, ainda, da comunicação com os Espíritos, irá
complementar e transformar a Arte Cristã.

Compreender o universo das artes fazia parte da cultura geral dos homens dos seculos precedentes que
respeitavam certos valores que não nos parecem hoje importantes. Hoje, a arte chega a ser um simples
ornamento que permite preencher noites vazias com idas a concertos, shows, festividades publicas, ou
quando ficamos em casa, com a ajuda do computador, aparelhos de som, a espantar ou enriquecer o
silencio criado pela solidão! Pagamos preço bem alto por aquilo que nos parece o comodo, o
indispensável, sem nos darmos conta, rejeitamos a intensidade da ida em troca da sedução enganador
do conforto. Eis o paradoxo: ouvimos, atualmente, muito mais musica do que antes quase
ininterruptamente, mas no fundo, esta representa bem pouco, não mais que uma função decorativa.
Kardec já afirmara: “A decadência das Artes no século atual é o resultado inevitável da concentração das
idéias nas coisas materiais, e esta concentração por sua vez, é o resultado da ausência de qualquer
crença na espiritualidade do Ser.” “É matematicamente exato dizer que, sem crenças as Artes não tem
vitalidade possível, e toda a transformação filosófica traz, necessariamente, uma transformação artística
paralela.”
Construamos, por tanto, uma mentalidade artística elevada que nos convida a formação de uma nova
era. Excelente seria se não tivéssemos a resistência em conhercontemplassemos as obras de arte e não
nós aprisionássemos nosso gosto já moldados pelo ambiente ou estilo de vida que muitas das vezes
inconscientemente escolhemos. Um guarda-chuva funciona melhor quando aberto, assim e a mente.
Podemos polir nossos gostos simplesmente provando e retendo o que nos saudável. Maravilhoso seria
apropriar-se da arte, fruir uma obra, ter uma experiência estética em relação a ela, o que é também doar-
se, preparar-se para abrir os olhos, os ouvidos, os poros da pele, o coração, as narinas, o cérebro, enfim,
estar apto a não julgar precipitadamente. Ora, então é também estar de acordo com os preceitos do
Espiritismo: em busca do aperfeiçoamento vivenciado com compreensão, receptividade e amor.

" Toda arte verdadeira deve ajudar o homem a realizar o seu EU interno. As criações da arte humana
têm valor somente enquanto ajudam a alma a progredir rumo à auto realização" (Gandhi).
"A arte pura é a mais elevada contemplação espiritual por parte das criaturas. Ela significa a mais
profunda exteriorização do ideal, a divina manifestação desse mais além que polariza as esperanças das
almas" (O Consolador, Emmanuel).

Mobilizemos um movimento artístico que tem como base o amor verdadeiro, por isso desprendido das
paixões e de sentimentos de incapacidade. Usemos a Arte como instrumento de união e
desenvolvimento dos centros espiritas, o que naturalmente possibilitara o interesse pelo estudo do
Espiritismo, através do contacto com produções doutrinárias, quer no campo da Música, da Prosa ou da
Poesia, etc. Essas várias modalidades de expressão artística podem ser desenvolvidas nos núcleos
espíritas, assim como regamos a planta para que no futuro contribua com seu fruto e beleza. Ao valorizar
recursos individuais no campo da sensibilidade, como agente de educação dos sentimentos, moralizador
promoveremos o ajustamento social e a desinibição pessoal, gerando maior entrosamento de nossas
crianças e de nossos jovens resultando na participação mais efetiva e no desenvolvimento da
capacidade de trabalho em grupo. Eis o espirita de serviço e com potencial construtivo, buscando no
entendimento pacifico? dos sentimentos educados, a inabalável união dentro dos centros de estudos
espiritistas, tao importante ao realização de seu ideal.

Observemos que a Arte já esta presente nos cursos sistematizado e doutrinários, quando instrutores têm
que está sempre criando meios para que os cursos fiquem mais interessantes.cautela ao escolher
dinâmicas,para satisfazer tanto os jovens quanto aos adultos, através de exposições dinâmicas,
promovendo assim a participação de todos.

A arte terapia, já aplicada em alguns centros espiritas, espera desenvolver-se ainda mais dentro das
práticas assistenciais, que em muitas das vezes os assistidos não tem condições de estar em contacto
com movimentos culturais que possibilitem o seu crescimento. Através dela passamos o conforto e
devolvemos a alegria já. É preciso alegria para assim levar não só o pão material, mas o espiritual. É
preciso ter a arte de sorrir, de fazer com o coração, de estender nossas mãos com afeto e prazer. Se é
na caridade que devemos procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio para as
aflições da vida é na arte espírita que devemos buscar os sorrisos e satisfações perdidas.

Em se tratando de Arte aplicada ao campo da evangelização, planejamos com antecipado e orientação


equilibrada, pois também conjugam-se às outras atividades, como as do estudo doutrinário ou do
trabalho prático. Repensemos nas famosas expressões: "Coitados, eles fazem o que podem! Não deu
mesmo muito tempo para ensaiar...tão difícil arrumar horário...quando um pode o outro não pode...todo
mundo trabalha, né! Se tivesse mais tempo, aí sim!
Tais comentários, sempre aparecem na hora que se apresenta um projeto de uma ação artística
significativa, profissional, algo que transmita credibilidade fora de nossos núcleos, não uma ação
paralela, de pouca expressão. O produto artístico inexpressível dentro do movimento espirita pode
resultar em comprometimentos na sua divulgação; por isso, para melhor servir, esforcemo-nos para obter
resultados satisfatórios, façamos o melhor, já que não há dificuldades onde há vontade firme de
realização.
Relembremos esta linda mensagem:

Perante a Arte

“Colaborar na Cristianização da Arte, sempre que se lhe apresentar ocasião.


A Arte deve ser o Belo criando o Bem.
Repelir, sem crítica azeda, as expressões artísticas, torturadas que exaltem a animalidade ou a
extravagância.
O trabalho artístico que trai a Natureza nega a si próprio.
Burilar incansavelmente as obras artísticas de qualquer gênero.
Melhoria buscada, perfeição entrevista.
Preferir as composições artísticas de feitura espírita integral, preservando-se a pureza doutrinária.
A arte enobrecida estende o poder do amor.
Examinar com antecedência as apresentações artísticas para as reuniões festivas nos arraias espíritas,
dosando-as e localizando-as segundo as condições das assembléias a que se destinem.
A apresentação artística é como o ensinamento: deve observar condições e lugar.

“E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos
sentimentos em Cristo Jesus.” – Paulo.(Filipenses, 4:7)

ANDRÉ LUIZ
Do livro: Conduta Espírita
Psicografia: Waldo Vieira

No próximo mês meditaremos sobre a Musica, seus diversos frutos e seu aparente colapso devido a
crise moral de nossa humanidade.
Acreditemos que cada um de nós tem um potencial criativo (somos centelhas divinas) e cada espécie de
atividade oferece possibilidades criativas com uma capacidade constante de renovação...tal como para
um mundo melhor...extremamente belo e bondoso!

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