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FLUMINENSE, 1996-2002*
Os grandes avanços nas condições de saúde da população não significam que as diferenças
econômicas e sociais, apresentadas pelas regiões brasileiras foram minimizadas. As
transições demográfica e epidemiológica transformaram a estrutura da mortalidade, com a
diminuição da ocorrência de algumas causas de óbitos e no aumento de outras. Na atualidade
as doenças do aparelho circulatório têm se mantido como a principal causa de morte; as
causas externas apresentaram ao longo dos anos um aumento significativo; e as doenças
infecciosas e parasitárias e as perinatais tiveram uma grande diminuição. No Estado Rio de
Janeiro a transição da mortalidade culminou em maior número de óbitos entre a população
idosa e altos índices de mortalidade por doenças crônicas e degenerativas e causas externas,
no entanto, a heterogeneidade interna do Estado e mesmo da região metropolitana é muito
grande. Assim, é importante conhecer o perfil da mortalidade na Baixada Fluminense e
compreender as condições sócio-econômicas e epidemiológicas em que vive sua população.
O objetivo do trabalho é traçar um panorama da evolução da mortalidade na Baixada
Fluminense, analisando as causas de óbitos e as relacionando com suas condições sócio-
econômicas. São apresentadas análises sobre as condições sócio-econômicas dos municípios
dessa região e sobre a mortalidade proporcional e taxas brutas de mortalidade. Para a análise
são utilizadas informações sócio-econômicas para os anos de 1991 e 2000, mormente
baseadas em dados censitários, e informações sobre oito causas de mortalidade do período de
1996 a 2002, a partir Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). Os resultados alcançados
indicam que a mortalidade nos municípios da Baixada Fluminense tem passado pelas
transições demográfica e epidemiológica, mas existe uma diferenciação interna muito grande,
colocando sua população em diferenciados níveis de vulnerabilidade. As condições sócio-
econômicas da população assim como a infra-estrutura, ou falta desta, nos municípios da
região determinam a maior ou menor ocorrência de determinadas causas de óbitos evitáveis
que deveriam estar sendo foco de políticas públicas mais eficientes.
*
Trabalho apresentado no XV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú-
MG- Brasil, de 18 a 22 de setembro de 2002
I
Mestranda da Escola Nacional de Ciências Estatísticas-ENCE
O PERFIL DA MORTALIDADE POR CAUSAS NA BAIXADA
FLUMINENSE, 1996-2002
1 Introdução
I
Mestranda da Escola Nacional de Ciências Estatísticas-ENCE
1
Portanto, a identificação das maiores causas de morte da região podem direcionar políticas
públicas mais eficazes na área de saúde.
O objetivo deste trabalho é traçar um perfil das condições de saúde da população dos
municípios pertencentes à Baixada Fluminense através da análise da evolução da mortalidade
por causas de morte, no período de 1996 a 2002, relacionando o perfil sócio- demográfico e
econômico com o estado atual de saúde da população da região e identificando situações de
risco na área da saúde para direcionamento e focalização de políticas públicas com o objetivo
de melhoria das condições de saúde da população da região.
A Baixada Fluminense não dispõe de trabalhos que tratem especificamente do perfil da
mortalidade apresentado por seus municípios. Os inúmeros trabalhos de cunho histórico que
tratam da região citam o processo de dizimação enfrentado pela população decorrente de
doenças como a malária e devido as más condições de sobrevivência que a população
enfrentava, e a ausência de estatísticas de mortalidade fidedignas possa talvez explicar o não
interesse pela elaboração de um trabalho desse porte. Porém até hoje nenhum trabalho que
trate especificamente da mortalidade por causas de morte nos municípios pertencentes à
Baixada Fluminense foi elaborado, e por isso torna-se tão importante à realização deste
trabalho. Além de focar a questão da mortalidade por causas de morte, também é feita uma
associação do perfil da mortalidade com as características sócio- demográficas da região, e
com as políticas de saúde implementadas na Baixada. Juntamente a essas análises, busca-se
saber o quanto os municípios pertencentes à Baixada Fluminense são iguais ou diferentes dos
demais padrões brasileiros, em relação às causas de morte e as características sócio-
demográficas.
A Baixada Fluminense é constituída por 10 municípios: Belford Roxo, Duque de
Caxias, Guapimirim, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados e São João
de Meriti.
Figura 1.1
Localização dos municípios da Baixada Fluminense
Espirito Santo
Minas Gerais
N
Rio de Janeiro
B
a
i
x
a
d
a
F
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São Paulo
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o
2
Deve-se levar em consideração a importância da análise das causas de mortalidade e
da fidedignidade das informações para analisar as condições de saúde de uma população. “As
estatísticas de mortalidade por causa básica de óbito têm um papel fundamental na avaliação
do processo saúde-doença que contribuem de maneira decisiva no conhecimento dos perfis de
saúde de uma população e nas questões ligadas às políticas e programas de saúde”(PAES,
2000, pág.3).Atualmente as doenças do aparelho circulatório têm se mantido como a
principal causa de morte, as causas externas também apresentaram ao longo dos anos um
aumento significativo, e as doenças infecciosas e parasitárias e as perinatais tiveram uma
grande diminuição. No Estado Rio de Janeiro a mortalidade está ligada as transições
demográfica e epidemiológica, com maior número de óbitos entre a população idosa e altos
índices de mortalidade por doenças crônicas e degenerativas e causas
externas(MONTEIRO,1996, p.2017).
3
3 Características demográficas e sócioeconômicas dos municípios pertencentes à
Baixada Fluminense
Tabela 3.1
População da Baixada Fluminense, 1980, 1991 e 2000
Municípios 1980 1991 2000
Belford Roxo - - 434474
Duque de Caxias 575830 667821 775456
Guapimirim - - 37952
Japeri - - 83278
Magé 166603 191734 205830
Nilópolis 151585 158092 153712
Nova Iguaçu 1094789 1297704 920599
Queimados - - 121993
São João de Meriti 398819 425772 449476
Total 2387626 2741123 3182770
Fonte: Censo Demográfico IBGE, 1980, 1991 e 2000
1
Essas porcentagens forma calculadas de acordo com os dados de 2000; assume-se que de acordo com o
aumento populacional observado para os três anos analisados a população nos atuais municípios devem ter tido
a mesma variação, o que permite assumir que essas porcentagens podem estar próximas dos valores para 1980 e
1991.
4
Rio de Janeiro. Nova Iguaçu e Duque de Caxias são considerados municípios muito grandes,
pois possuem uma população composta de mais de 500 mil habitantes; São João de Meriti,
Belford Roxo, Magé, Nilópolis e Queimados são considerados municípios grandes, pois sua
população está entre 100 mil a 500 mil habitantes; e Japeri e Guapimirim são considerados
municípios médios, com uma população que varia entre 20 mil a 100 mil habitantes. Na
Baixada Fluminense nenhum município é considerado pequeno, ou seja, com população com
menos de 20 mil habitantes. Nova Iguaçu, Duque de Caxias, São João de Meriti e Belford
Roxo concentram 72% da população da Baixada.
Dentre o total populacional para os três anos para a Baixada Fluminense foi calculado
o percentual populacional de cada um dos municípios para cada um dos períodos, em relação
ao total populacional da Baixada. O município que apresentou a maior variação foi o de Nova
Iguaçu, que passou de 47,8% em 1980 para 29% em 2000, uma redução de 20%, relativos aos
distritos emancipados.
Figura 3.1
60%
50%
40%
1980
30% 1991
2000
20%
10%
0%
Duque de Magé Guapimirim Nilópolis Nova Belford Japeri Queimados São João
Caxias Iguaçu Roxo de Meriti
Pirâmides etárias, Estado do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense, 1980, 1991 e 2000
1980
5
Rio de Janeiro Baixada Fluminense
70 a 74 anos 70 a 74 anos
60 a 64 anos 60 a 64 anos
50 a 54 anos 50 a 54 anos
40 a 44 anos Feminino 40 a 44 anos Feminino
30 a 34 anos Masculino 30 a 34 anos Masculino
20 a 24 anos 20 a 24 anos
10 a 14 anos 10 a 14 anos
0 a 4 anos 0 a 4 anos
(0,06 (0,04 (0,02 0,00 0,02 0,04 0,06 (0,08 (0,06 (0,04 (0,02 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08
) ) ) ) ) ) )
1991
Rio de Janeiro Baixada Fluminense
70 a 74 anos 70 a 74 anos
60 a 64 anos 60 a 64 anos
Feminino
50 a 54 anos 50 a 54 anos Feminino
Masculino
Masculino
40 a 44 anos 40 a 44 anos
30 a 34 anos 30 a 34 anos
20 a 24 anos 20 a 24 anos
10 a 14 anos 10 a 14 anos
0 a 4 anos 0 a 4 anos
(0,06) (0,04) (0,02) 0,00 0,02 0,04 0,06 (0,06 (0,04 (0,02 0,00 0,02 0,04 0,06
) ) )
2000
Rio de Janeiro Baixada Fluminense
70 a 74 anos 70 a 74 anos
60 a 64 anos 60 a 64 anos
20 a 24 anos 20 a 24 anos
10 a 14 anos 10 a 14 anos
0 a 4 anos 0 a 4 anos
(0,06 (0,04 (0,02 0,00 0,02 0,04 0,06 (0,06 (0,04 (0,02 0,00 0,02 0,04 0,06
) ) ) ) ) )
6
das faixas adultas, havendo uma maior concentração populacional na faixa de 0 a 4 anos e 20
a 24 anos em 1980; 10 a 14 anos em 1991; e 20 a 24 anos em 2000. também se observa um
aumento da população de 80 anos e mais, sendo este aumento maior para as mulheres do que
para os homens. O índice de envelhecimento, que é o número de pessoas de 65 anos e mais
para cada 100 indivíduos jovens por ano, observado para os anos de 1996 e 2000 mostra esse
aumento observado nos dados censitários para a população idosa dos municípios da Baixada
Fluminense e o Estado do Rio de Janeiro. Em 1996 nenhum município da Baixada
Fluminense apresentou um índice de envelhecimento superior ao do Estado do Rio de
Janeiro, de 25,8, sendo que Nilópolis apresentava um valor próximo, 25; já em 2000
Nilópolis passa a apresentar um índice superior ao apresentado pelo Rio de Janeiro, 30 e 29,6
respectivamente. O município com o menor índice de envelhecimento foi Japeri, 13,1 em
1996 e 15,5 em 2000. Todos os outros municípios apresentaram um aumento em seu índice
de envelhecimento de 1996 para 2000.
Na Baixada Fluminense o que se observa é um progressivo estreitamento da base e
aumento da população adulta e idosa, porém menor do que o observado para o Rio de
Janeiro. A população idosa também é composta na sua maioria por pessoas do sexo feminino,
mas em proporção menor do que observado no Rio de Janeiro.
A longo prazo a população da Baixada Fluminense e do Rio de Janeiro tende a
apresentar uma diminuição para as faixas etárias mais jovens e um aumento da população
idosa, mas com uma velocidade diferenciada de envelhecimento da população e a Baixada
Fluminense apresentando um ritmo mais lento do que o Rio .
Ao analisar a variação da população ao longo dos anos também torna-se necessário o
acompanhamento da variação da taxa de crescimento populacional, pois além de indicar o
nível de crescimento em que se encontra a população, também se trata de um indicador que é
fortemente correlacionado com a taxa de natalidade e a sua aplicação está relacionada ao
desenvolvimento de políticas públicas.
A taxa de crescimento populacional observada para os períodos de 1980-1991 e 1991-
2000 mostra que os municípios de Belford Roxo e Nilópolis apresentaram uma diminuição na
sua taxa de crescimento populacional, sendo que Nilópolis já apresentava uma taxa negativa
de –0,32% para o período 1991-2000. Os municípios que apresentaram os maiores aumentos
em suas taxas foram Guapimirm, de 1,73% para 3,41%, e Queimados, de 0,43% para 2,34%.
Os outros municípios da Baixada Fluminense, exceto os já citados, apresentaram aumento
significativo em suas taxas, o que torna necessário saber quais parcelas da população tem
aumentado para a disponibilização de serviços públicos específicos a essa parcela da
população.
7
mesmos valores para os anos de 1991 e 2000, nos levam a pensar se poderia haver uma
tendência de estagnação dessas taxas a partir de um certo ponto. Mas a tendência para os
países ou regiões que se encontram em um processo de declínio das taxas de fecundidade não
é a estagnação e nem uma reversão nesse quadro, mas sim a constante queda dessas taxas,
sem haver nenhuma ressalva com relação a essa situação. A Baixada Fluminense, assim
como o Estado do Rio de Janeiro, deve continuar nesse processo de queda que, se continuar,
dificilmente será revertido. Para tanto é necessário que haja acesso gratuito à concepção para
a população mais pobre.
8
Guapimirim, que observou um aumento de 60,6 anos em 1991 para 66,41 anos em 2000. A
menor variação foi observada no município de Nilópolis, que em 1991 apresentava a maior
esperança de vida da Baixada, 66,1 anos, passando para 67,49 anos em 2000, ficando atrás de
Nova Iguaçu, de 65,49 para 67,99, e de São João de Meriti, que foi de 65,17 para 69,65 anos.
O Estado do Rio de Janeiro, em comparação com os municípios da Baixada Fluminense,
apresentava a maior esperança de vida em 1991, de 66,42 anos; em 2000 essa esperança de
vida sobe para 69,42 anos, ficando atrás apenas de São João de Meriti. Coincidentemente,
São João de Meriti apresenta para o ano de 2000 a menor taxa de mortalidade infantil
observada, 19,06 óbitos a cada mil nascimentos, e o Estado do Rio de Janeiro também fica
atrás do município de São João de Meriti, com uma taxa de mortalidade de 21,21 óbitos a
cada mil nascimentos. Isso demonstra que a diminuição da mortalidade infantil tem
interferido no aumento da esperança de vida tanto para os municípios da Baixada Fluminense
quanto para o Estado do Rio de Janeiro, e que os progressos da medicina e o investimento em
desenvolvimento social e econômico, bem como os programas de incentivo a diminuição da
mortalidade infantil são responsáveis por esses resultados (CAMARANO, 2004).
9
informações que apresentam uma regularidade em sua disponibilização. Esses indicadores
são transformados em medidas com magnitude entre 0 e 1, e o IDH é calculado como a média
das medidas transformadas, sendo o seu intervalo, portanto, também de 0 a 1. De acordo com
esses cálculos, os países são classificados com baixo- IDH menor que 0,5, médio- IDH entre
0,5 e 0,8, e alto- IDH acima de 0,8, nível de Desenvolvimento Humano.
Todos os municípios da Baixada Fluminense apresentam um nível médio de
Desenvolvimento Humano, tanto para 1991 quanto para 2000. Além disso, todos
apresentaram um aumento do seu IDH-M em 2000, sendo Queimados o município de menor
índice e Nilópolis o de índice maior. O Estado do Rio de Janeiro também apresenta um nível
médio de desenvolvimento humano para ambos os anos, e também obteve um aumento em
seu nível de desenvolvimento, demonstrando, assim como os municípios da Baixada, que
através de constantes investimentos nas esferas que envolvem o cálculo do IDH, que pode
alcançar o nível mais elevado do desenvolvimento humano.
Ao observar a taxa bruta de mortalidade por causas de morte para os sete capítulos
selecionados da 10 ª Classificação Internacional de Doenças para os municípios da Baixada
Fluminense, a causa de morte XVIII. Sintomas, sinais e achados anormais em exames
clínicos e laboratoriais foi analisada primeira e separadamente das outras causas de
mortalidade. Um maior ou menor índice de ocorrência dessa causa de morte permitirá uma
melhor análise das informações referentes as outras causas de óbito. Observa-se que a causa
de morte XX. Causas externas de morbidade e mortalidade não está relacionada ao perfil de
saúde apresentado por uma população, mas sua análise torna-se de grande importância se for
levado em consideração o alto número de óbitos decorrentes dessa causa, que atinge
maiormente pessoas em idade reprodutiva e também resulta em altos custos aos cofres do
sistema de saúde (CERQUEIRA, PAES, 2000, p.1).
4.1 Taxa Bruta de Mortalidade segundo a causa de óbito Sintomas, sinais e achados anormais
em exames clínicos e laboratoriais (causas mal definidas)
Observa-se que a taxa bruta de mortalidade por causas mal definidas apresentou um
aumento até o terceiro triênio, correspondente ao período 98-99-00, e a partir desse período
apresentou uma pequena diminuição e se manteve constante até o último triênio, 00-01-02,
observando-se um pequeno aumento para a população do sexo feminino do quarto para o
quinto triênio. Os homens apresentam as maiores taxas brutas de mortalidade por causas mal
definidas em todos os triênios observados, o que pode se explicar pelo elevado número de
idosos na população, já que as doenças desenvolvidas nessa etapa da vida apresentam uma
série de complicações que dificultam a identificação da real causa do óbito. Além disso, o
aumento observado no último triênio para as mulheres para as causas mal definidas também
se explica pelo fato do aumento da população idosa feminina.
Figura 4.1
Taxa Bruta de Mortalidade por causas mal definidas, Baixada Fluminense ,Total,
10
1,2
1,0
Em mil pessoas
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
96-97-98 97-98-99 98-99-00 99-00-01 00-01-02
Figura 4.2
Taxa Bruta de Mortalidade por capítulos da CID-10 para todos os municípios da
Baixada Fluminense, triênios, total
2,5
Em mil pessoas
2
1,5
1
0,5
0
96-97- 97-98- 98-99- 99-00- 00-01-
98 99 00 01 02
I .Algumas doenças infecciosas e parasitárias
III. Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár
IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas
IX. Doenças do aparelho circulatório
X. Doenças do aparelho respiratório
11 digestivo
XI. Doenças do aparelho
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade
Fonte: Sistema de Informações de Mortalidade- SIM (DATASUS)
2,5
Em mil pessoas
2
1,5
1
0,5
0
96-97- 97-98- 98-99- 99-00- 00-01-
98 99 00 01 02
Figura 4.4
Taxa Bruta de Mortalidade por capítulos da CID-10 para todos os municípios da
Baixada Fluminense, triênios, mulheres
2,5
Em mil pessoas
1,5
0,5
0
96-97- 97-98- 98-99- 99-00- 00-01-
98 99 00 01 02
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Fonte: Sistema de Informações de Mortalidade- SIM (DATASUS)
Tabela 5.1
Série histórica de implantação dos PSF/PACS no Estado do Rio de Janeiro, 1998/2003
Existentes*
Ano Municípios ESF ACS Estimativa de População
Base com Cobertura Beneficiada
convênio Populacional %
1998 80 89 1669 2,38 300005
1999 70 113 1260 3,03 395461
2000 87 401 3338 10,74 1384031
2001 90 707 5471 16,75 2438556
2002 90 788 5902 18,67 2717938
2003 90 1835 11718 21,46 3159872
Fonte: Secretaria de Estado de Saúde do Estado do Rio de Janeiro
13
Janeiro apresentando convênio com o programa de saúde da família, a cobertura populacional
não chega nem a 50%.
O Programa de Saúde da Família faz o registro e o acompanhamento de três
enfermidades de três grandes causas de mortalidade: Diabetes mellitus, da causa de morte
Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas; Hipertensão, da causa de morte Doenças do
aparelho circulatório; e Tuberculose, da causa de morte Algumas doenças infecciosas e
parasitárias.
A tabela 4.2 mostra que nem toda a população cadastrada está sendo acompanhada.
Para o ano de 1998, que foi o ano de implantação do programa de saúde da família, apenas os
municípios de Duque de Caxias e São João de Meriti tinham o programa implantado e em
2000 Magé era o único município que não era atendido pelo PSF. Em 2000 o município de
São João de Meriti tinha o maior número de pessoas cadastradas no programa de saúde da
família, 235,3 a cada mil pessoas. Mas apenas 9,9 pessoas estavam sendo efetivamente
acompanhadas. Em 2002 o número de pessoas cadastradas caiu para 23,8, mas o
acompanhamento foi mais eficaz, 23,7 pessoas acompanhadas em cada mil. O município com
a menor taxa de pessoas cadastradas em 2000 era Queimados, com 12,3 pessoas a cada mil
habitantes, mas com um acompanhamento de 11,1 pessoas.
Tabela 5.2
Taxa de pessoas com diabetes mellitus cadastradas e acompanhadas, em mil pessoas,
por municípios da Baixada Fluminense, 1980, 2000 e 2002.
Cadastrados Acompanhados
Municípios 1980 2000 2002 1980 2000 2002
Belford Roxo - 16,3 32,5 - 15,8 31,8
Duque de Caxias 2,0 7,0 32,8 2,0 5,7 32,4
Guapimirim - 46,1 47,0 - 42,4 45,2
Japeri - 14,9 30,6 - 11,2 26,0
Magé - - 66,4 - - 58,4
Nilópolis - 7,5 27,3 - 7,5 25,0
Nova Iguaçu - 5,1 17,6 - 5,0 17,6
Queimados - 0,8 12,3 - 0,8 11,1
São João de Meriti 0,9 235,3 23,8 0,5 9,9 23,7
Fonte: Sistema de Informação de Atenção Básica- SIAB
Tabela 5.3
Taxa de pessoas com doenças hipertensivas cadastradas e acompanhadas por
municípios da Baixada Fluminense, 1980, 2000 e 2002.
Cadastrados Acompanhados
Municípios 1980 2000 2002 1980 2000 2002
14
Belford Roxo - 48,0 106,8 - 45,9 105,5
Duque de Caxias 10,0 30,5 130,5 9,9 24,8 128,7
Guapimirim - 238,3 230,8 - 217,5 217,2
Japeri - 71,6 134,6 - 56,7 102,5
Magé - - 331,4 - - 253,8
Nilópolis - 27,1 104,4 - 27,0 95,6
Nova Iguaçu - 22,3 76,8 - 22,1 76,7
Queimados - 3,0 48,6 - 2,9 42,5
São João de Meriti 3,7 49,6 104,6 1,8 45,8 104,2
Fonte: Sistema de Informação de Atenção Básica- SIAB
Tabela 5.4
Taxa de pessoas com tuberculose cadastradas e acompanhadas por municípios da
Baixada Fluminense, 1980, 2000 e 2002.
Cadastrados Acompanhados
Municípios 1980 2000 2002 1980 2000 2002
Belford Roxo - 0,8 1,1 - 0,8 1,0
Duque de Caxias 0,3 0,4 1,1 0,3 0,3 1,1
Guapimirim - 1,3 0,4 - 0,7 0,4
Japeri - 0,4 3,8 - 0,3 3,0
Magé - - 2,3 - - 1,9
Nilópolis - 0,4 0,7 - 0,4 0,3
Nova Iguaçu - 0,2 0,2 - 0,2 0,2
Queimados - 0,2 0,9 - 0,2 0,9
São João de Meriti 0,0 0,4 0,7 0,0 0,4 0,7
Fonte: Sistema de Informação de Atenção Básica- SIAB
A taxa bruta de mortalidade pode ser observada através das figuras 4.1, 4.2 e 4.3 para
o período de 1998, 2000 e 2002 para essas três enfermidades.
A maior taxa bruta de mortalidade por diabetes mellitus pertence ao município de
Nilópolis, com 0,58 óbitos em cada mil pessoas, ficando em segundo lugar o município de
Magé, com 0,50 óbitos. O município de Japeri apresenta a menor taxa bruta de mortalidade
para essa enfermidade, 0,24 óbitos, sendo seguido pelo município de Guapimirim, com 0,25
óbitos a cada mil habitantes.
Figura 5.1
Taxa Bruta de Mortalidade por Diabetes mellitus para os municípios da Baixada
Fluminense, 1998, 2000 e 2002
15
0,70
0,60
Em mil pessoas
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
1998 2000 2002
Figura 5.2
Taxa Bruta de Mortalidade por doenças hipertensivas para os municípios da Baixada
Fluminense, 1998, 2000 e 2002
16
0,70
0,60
Em mil pessoas
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
1998 2000 2002
0,70
0,60
Em mil pessoas
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
1998 2000 2002
17
Fonte: Sistema de Informação e Atenção Básica- SIAB
6 Conclusões
18
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERNARDES, Lysia M. C., SOARES, Maria Therezinha de Segadas. Rio de Janeiro :Cidade
e região . Rio de Janeiro: Dep. Geral de Doc. E Inf. Cultural, 1987.
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Caxambu, 2000, v.1, p
PAES, Neir Antunes. A geografia da mortalidade por causas dos idosos no Brasil. Anais do
XII Encontro Nacional de Estudos populacionais da ABEP
Caxambu, 2000, v.1, p.
19
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20