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Grupo Parlamentar do Partido Socialista

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FIXAÇÃO DO IMI PARA O ANO DE 2010


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RECOMENDAÇÃO À CÂMARA MUNICIPAL

DECLARAÇÃO DE VOTO

Sendo entendimento do Partido Socialista que os impostos


municipais devem constituir receitas e instrumentos para uma política
municipal justa, de desenvolvimento económico e social do concelho da
Covilhã e não aceitando nós que os impostos municipais pagos pelos
covilhanenses sejam apenas meros factores de receita camarária.
Sabendo-se que o parque habitacional do concelho da Covilhã,
designadamente nas zonas históricas da cidade, das vilas e aldeias do
concelho está em péssimas condições de habitabilidade, quando não
abandonado, e que ao lado assistimos ao nascimento de urbanizações que
muitas vezes nada acrescentam em qualidade ao nosso parque habitacional.
E sendo urgente a inversão deste estado de coisas, apostando
na recuperação do nosso património.
Os Vereadores do Partido Socialista propuseram, nos termos
do artigo 10º da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro e do artigo 112º do Código
do Imposto Municipal sobre Imóveis, a fixação das seguintes taxas do
imposto municipal sobre imóveis, a aplicar ao ano de 2009 e a cobrar em
2010:
• Prédios rústicos em 0,8% (manteve)
• Prédios urbanos mais antigos em 0,6% (reduziu de 0,75) e
• Prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI em 0,35%
(reduziu de 0,4)

ESTA PROPOSTA NÃO COLHEU O VOTO FAVORAVÉL DA

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Assembleia Municipal da Covilhã -1-
Grupo Parlamentar do Partido Socialista
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MAIORIA, MANTENDO-SE ASSIM AS TAXAS ACTUALMENTE EM VIGOR.

Senhoras e Senhores Deputados, contrariamente à Derrama, temos


consciência da importância deste Imposto Municipal para (a difícil)
sustentabilidade financeira do Município (representou € 4.143.409,72 em
2008) e por isso, SINALIZAMOS A NOSSA POSIÇÃO DE FORMA A
TRANSMITIR AOS COVILHANENSES QUE:

- A fixação de uma taxa moderada de IMI será um importante


instrumento de combate à desertificação do nosso centro histórico, o qual
corre o risco de se tornar uma “zona de ninguém”. É hoje uma zona
envelhecida sob o ponto de vista da população, não oferece as condições
necessárias a uma circulação confortável das pessoas mais idosas que a
habitam. Os Centros Históricos do Concelho da Covilhã – pelo seu valor
cultural e patrimonial – continuam a precisar de uma intervenção de fundo
que os valorize como elementos de atracção ao serviço da imagem de uma
cidade, vilas e aldeias que devem ter o Turismo como um dos seus
elementos de dinamização e valorização.
- Somos sensíveis ao facto de o IMI ser um Imposto com muitas
limitações, “cego”, sob o ponto de vista social. É um Imposto uniforme e não-
progressivo.
- Cabe à Câmara Municipal da Covilhã o ónus político da manutenção
deste imposto.

Face ao exposto e ao abrigo da alínea e) do artigo 27º e artigo 31º, do


Regimento Interno da Assembleia Municipal da Covilhã, O Grupo
Parlamentar do Partido Socialista, propões à AMC em sessão
extraordinária de 20 de Novembro de 2009, que decida a seguinte
Recomendação:
1. Recomendar à Câmara Municipal da Covilhã que informe esta
Assembleia dos imóveis devolutos no Concelho, de forma a

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Assembleia Municipal da Covilhã -2-
Grupo Parlamentar do Partido Socialista
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permitir a análise dos impactos financeiros de uma potencial
isenção, para 2011, dos prédios em que os proprietários
procedam a obras de requalificação desses imóveis.

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2. Também, aqui, ao longo de doze anos de maioria absoluta, nada foi


feito para além de obras de conservação e de restauro.
3.
4. Actualização dos valores patrimoniais tributários dos prédios pela via
da sua reavaliação, vai traduzir-se no curto prazo num aumento
significativo da captação de receitas
5.
6. É necessário pressionar o Estado para a taxação de imóveis
pertencentes à Administração Central.

7. Falta um verdadeiro Plano Intermodal de Mobilidade e Transporte que


permita aos cidadãos contornar os problemas resultantes da distância e da
dispersão urbanística na sua vida quotidiana.
8. Fugindo à prestação de contas aos munícipes, a Sociedade Reabilitação
Urbana não inverteu a decadência do núcleo antigo. Não atraiu investimento,
não contribuiu para criar emprego especializado, nem para fixar pessoas.
9.
10. Desenvolver um Programa Municipal de Habitação (PH) que facilite o acesso a habitações
condignas a todos os cidadãos, dinamize o mercado de arrendamento, incentive a ocupação de
fogos devolutos e melhore as condições de habitabilidade, o conforto e a eficiência energética;

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Assembleia Municipal da Covilhã -3-

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