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Universidade Federal de Santa Maria Disciplina

Departamento de Engenharia Mecânica DEM 1002 – PESQUISA EM ENGENHARIA MECÂNICA

UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À PESQUISA EM ENGENHARIA MECÂNICA

1.1– Ciência, Tecnologia e Sociedade – CTS

Ciência ... do latim scientia (FERREIRA, 1999)

“Conjunto de conhecimentos socialmente adquiridos ou produzidos, historicamente acumulados,


dotados de universalidade e objetividade que permitem sua transmissão, e estruturados com
métodos, teorias e linguagens próprias, que visam compreender e orientar a natureza e as
atividades humanas.”

“Campo circunscrito, dentro da ciência, concernente a determinada parte ou aspecto da natureza


ou das atividades humanas, como, p. ex., exatas, da terra, economia, a química, a biologia, a
saúde, a sociologia, etc.”

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Tecnologia ... do grego technología – “tratado sobre uma arte”

“Conjunto de conhecimentos, princípios científicos, que se aplicam a um determinado ramo de


atividade, p. ex., tecnologia mecânica, hidráulica, eletrônica.”

Sociedade ... do latim societate

”Conjunto de pessoas que vivem em certa faixa de tempo e de espaço, seguindo normas
comuns, e que são unidas pelo sentimento de consciência do grupo; corpo social.”

Engenharia ...

“É o equacionamento simultâneo de fatores científicos, tecnológicos e humanos, no projeto dos


elementos e estruturas físicas necessárias à vida e ao bem estar do homem” (ROMANO, 1999).

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ENGENHARIA CIVIL, ENGENHARIA MECÂNICA,


ENGENHARIA QUÍMICA, ETC. ENGENHARIA
PROPOSTA, PROBLEMA, MÉTODO, SOLUÇÃO É O EQUACIONAMENTO
COORDENAÇÃO, ATUAÇÃO MULTI E
INTERDISCIPLINAR, SÍNTESE, VISÃO GLOBAL SIMULTÂNEO
INFORMAÇÕES PROCESSADAS
ATÉ UMA CONCLUSÃO DE FATORES
CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS,
CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS CIENTÍFICOS,
INDÚSTRIA, TECNOLOGIA TECNOLÓGICOS,
HOMEM, USUÁRIO, NECESSIDADES E SOCIEDADE.
E HUMANOS
OBJETIVO, PROGRAMA, IDÉIA, MODELO, PROTÓTIPO, INFORMAÇÃO PARA
PRODUÇÃO NO PROJETO
UNIDADE/SISTEMA DOS ELEMENTOS E
PRODUTO/SERVIÇO
ESTRUTURAS
OBJETO, EXISTÊNCIA FORMAL CONCRETA
FÍSICAS
CORRESPONDE A NECESSIDADE,
NÃO É DISPENSÁVEL NECESSÁRIAS
SOBREVIVÊNCIA, SAÚDE, PROTEÇÃO,
SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES BÁSICAS À VIDA
CONFORTO, LAZER,
SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES E AO BEM ESTAR
UNIVERSAL
LOCAL DO HOMEM
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 Qual a relação entre Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) ?


 Como isso afeta a nossa vida ?
 O que a Engenharia Mecânica tem a ver com CTS ?

Do editorial “O Engenheiro”, da revista “Engenharia”, de agosto de 1955 citado


por Telles (1993, p. 724-725)

“O engenheiro é o indivíduo que, após longos anos de estudo, se encontra preparado e


habilitado para realizar os sonhos e os ideais, por meio de projetos e de execução de
obras, em todos os setores da vida humana. Entretanto, sobre os seus ombros pesa uma
responsabilidade tremenda. No seu afã de projetar e transformar um sonho em realidade
não deve unicamente se aprofundar no valor numérico da resistência dos materiais, não
deixar guiar pelo valor do dinheiro em economia de mão-de-obra e de material, ou mesmo
de equipamentos, e até de espaço, perdendo de vista seu objetivo que é o bem da
humanidade.

...

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Assim, há de se lembrar que o objetivo primordial de uma casa é para abrigar uma família,
dar teto a um lar, onde elementos humanos terão que viver uma existência, necessitando
consequentemente de um mínimo de conforto, higiene, de espaço, de ar e de sol.

Assim, há de se lembrar que uma fábrica, além de abrigar equipamentos e maquinários,


abriga também operários que têm direito a um certo conforto e regalias no período de
tempo que ali permanecem, e que representa uma grande parcela de suas vidas.

Assim, há de se lembrar que uma estrada aberta para o transporte de mercadorias


também deve permitir o tráfego de veículos com pessoas, que têm o direito da segurança
que só o traçado cuidadoso e a execução completa das obras acessórias pode assegurar.

Assim, há de se lembrar que, quando transforma matéria bruta e domina as forças da


natureza, está exercendo uma função técnica para o bem estar da humanidade.

É, porém, no engenheiro que projeta, que recai a maior parcela de responsabilidade, pois
é ele que começa a trabalhar com uma simples folha de papel em branco!”

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“Não basta ensinar ao homem uma especialidade. Porque se tornará assim uma
máquina utilizável, mas não uma personalidade. É necessário que adquira um
sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser apreendido, daquilo que é
belo, do que é moralmente correto. A não ser assim, ele se assemelhará, com seus
conhecimentos profissionais, mais a um cão ensinado do que a uma criatura
harmoniosamente desenvolvida. Deve aprender a compreender as moti-vações dos
homens, suas quimeras e suas angústias para determinar com exatidão seu lugar
exato em relação a seus próximos e à comunidade.

...

Estas reflexões essenciais, comunicadas à jovem geração graças aos contatos vivos
com os professores, de forma alguma se encontram escritas nos manuais. É assim
que se expressa e se forma de início toda a cultura. Quando aconselho com ardor
‘As Humanidades’, quero recomendar esta cultura viva e não um saber fossilizado,
sobretudo em história e filosofia.

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Os excessos do sistema de competição e de especialização prematura, sob o


falacioso pretexto da eficácia, assassinam o espírito, impossibilitam qualquer vida
cultural e chegam a suprimir os progressos nas ciências do futuro. É preciso, enfim,
tendo em vista a realização de uma educação perfeita, desenvolver o espírito crítico
na inteligência do jovem. Ora, a sobrecarga do espírito pelo sistema de notas entrava
e necessariamente transforma a pesquisa em superficialidade e falta de cultura. O
ensino deveria ser assim: quem o receba o recolha como um dom inestimável,
mas nunca como uma obrigação penosa.”

Einstein (1981, p.29-30)

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Profundidade de conhecimento

Amplitude de conhecimentos

Importância do Projeto na vida do engenheiro. Fonte: Back (1983).

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O que é pesquisa?

É um conjunto de investigações, operações e trabalhos intelectuais ou práticos, que objetiva a


descoberta de novos conhecimentos, a invenção de novas técnicas e a exploração ou criação de
novas realidades (BAZZO E TEIXEIRA, 1996).

Pode-se definir pesquisa como o processo formal e sistemático de desenvolvimento do método


científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o
emprego de procedimentos científicos” (GIL,1999).

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1.2 – Método de pesquisa

MÉTODO = do grego META + ODÓS (BAZZO E TEIXEIRA, 1996).

• META = ao longo de; ao largo de.


• ODÓS = caminho; via

MÉTODO = caminho ao longo do qual pode-se chegar a um ponto desejado

Disciplina PESQUISA EM ENGENHARIA MECÂNICA visa fornecer informações básicas que


permita aos alunos

• Elaborar, desenvolver e apresentar projetos de pesquisa em engenharia mecânica, através do


emprego de métodos e técnicas científicas.

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1.2.1 – Tipos de conhecimentos presentes numa pesquisa

• Conhecimento sensível: entendido como provocador de uma modificação no comportamento


de um órgão corporal do sujeito que se apropria do conhecimento.
P. ex.: um som que é percebido pelo sujeito cognoscente através da sensibilização de órgãos
apropriados.
• Conhecimento intelectual: é aquele que se dá quando o sujeito cognoscente se apropria de
conceitos, princípios e leis.
(BAZZO E TEIXEIRA, 1996).
1.2.2 – Pesquisa: Classificações

Proceder uma pesquisa é realizar concretamente uma investigação previamente planejada e


desenvolvida de acordo com metodologias apropriadas ao tema.

Um método de trabalho é um conjunto ordenado de procedimentos ou de processos, que são


escolhidos por quem pesquisa, tomando como base o tipo de tarefa e os resultados pretendidos.
(BAZZO E TEIXEIRA, 1996).
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Tipos de pesquisa

• Básica ou Aplicada

♦ Do ponto de vista da sua natureza

• Qualitativa ou Quantitativa

♦ Do ponto de vista da forma de abordagem do problema

• Exploratória, Descritiva ou Explicativa

♦ Do ponto de vista de seus objetivos

• Bibliográfica, Documental, Experimental, Levantamento, Estudo de Caso, Ex post-


Facto, Pesquisa-Ação, Participante

♦ Do ponto de vista dos procedimentos técnicos

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Pesquisa Básica

♦ Objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática
prevista.
♦ Envolve verdades e interesses universais.

Ex.: Procura da resposta para "o quê é a penicilina?", tentando-se determinar


a composição química do composto, da forma como os seus átomos
constituintes estão interligados, qual a forma da molécula, etc.

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Pesquisa Aplicada

♦ Objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas


específicos.
♦ Envolve verdades e interesses locais.

Ex.: Determinação da efetividade da penicilina sobre diferentes tipos de


infecções bacterianas.

Penicilina:
Grupo de substâncias formado no crescimento de certos fungos (Penicillium e outros), com
acentuada ação antibiótica.
Designação comum aos medicamentos fabricados com esta substância.

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Pesquisa Qualitativa

♦ Considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo
indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido
em números.
♦ A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de
pesquisa qualitativa.
♦ Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas.
♦ O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-
chave.
♦ É descritiva.
♦ Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente.
♦ O processo e seu significado são os focos principais de abordagem.

Ex.: Pesquisa de motivação, pesquisa de produto.

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... Pesquisa de motivação


♦ Seu objetivo é conhecer mais em profundidade a reação psicológica do público com referência a determinado
produto, marca, acontecimento ou serviço.
♦ Procura determinar as razões pelas quais os consumidores adquirem certa marca ou tipo de produto, em vez
de outra, com o fim de orientar o planejamento de produtos, embalagem, preço, campanhas publicitárias etc.

... Pesquisa de produto


♦ Envolve testes de mercado para produtos novos (inclusive a sua necessidade, sua utilidade para o
consumidor e suas possibilidades de aceitação), a procura de novas utilidades para produtos já existentes e
estudos sobre a eficácia da embalagem.

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Pesquisa Quantitativa

♦ Considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e
informações para classificá-las e analisá-las.
♦ Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana,
desvio-padrão, coeficiente de correlação, etc.).

Ex.1: Pesquisas realizadas pelo IBGE - Censo.


Ex.2: Pesquisa de mercado.

... Pesquisa de mercado


♦ Procura determinar as características de um mercado e medir a sua extensão, para avaliar o seu potencial de
vendas (ou seja, a estimativa da capacidade de compra de um determinado produto pelos consumidores).

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Pesquisa Exploratória

♦ Visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a
construir hipóteses.
♦ Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências
práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão.
♦ Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de Caso.

Pesquisa Descritiva

♦ Visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o


estabelecimento de relações entre variáveis.
♦ Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação
sistemática.
♦ Assume, em geral, a forma de Levantamento.

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Pesquisa Explicativa

♦ Visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos.
♦ Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o “porquê” das coisas.
♦ Quando realizada nas ciências naturais, requer o uso do método experimental, e nas ciências
sociais requer o uso do método observacional.
♦ Assume, em geral, a formas de Pesquisa Experimental e Pesquisa Ex-post-facto.

Ex. 1: Influência do ruído industrial sobre a audição.


Ex. 2: Influência da vibração de tratores agrícolas no operador.

Pesquisa Bibliográfica

♦ Quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros,


artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet.

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Pesquisa Documental

♦ Quando elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico.

Ex.1: Pesquisa em documentos conservados em arquivos de órgãos públicos e


instituições privadas, tais como associações científicas, igrejas, sindicatos,
partidos políticos, etc.
Ex.2: Pesquisa em cartas pessoais, diários, fotografias, gravações,
memorandos, regulamentos, ofícios, boletins, etc.

Pesquisa Experimental

♦ Quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis que seriam capazes


de influenciá-lo, definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável
produz no objeto.

Ex.: Influência do ruído industrial sobre a audição: exposição de grupos


diferentes de indivíduos a graus diversos de ruído por certo período de tempo.
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Levantamento

♦ Quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja
conhecer.
Ex.: Pesquisa de opinião.

... Pesquisa de Opinião


♦ Levantamento das atitudes e opiniões do público acerca de determinado assunto, acontecimento notório,
instituição etc.
♦ Emprega-se esta denominação principalmente para as sondagens relacionadas a objetivos sociológicos,
jornalísticos ou políticos.

Estudo de Caso

♦ Quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se


permita o seu amplo e detalhado conhecimento.
Ex.: Estudo do processo de projeto de edificações em empresas de pequeno
porte, engajadas em programas de qualidade e com projetos terceirizados.
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Pesquisa Ex post-Facto

♦ Quando o “experimento” se realiza depois dos fatos.

Ex.: Influência do ruído industrial sobre a audição: procura por grupos de


indivíduos que tivessem passado por intensidades diversas de exposição ao
ruído e posterior mensuração dos seus níveis de audição.

Pesquisa-Ação

♦ Quando concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de
um problema coletivo.
♦ Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão
envolvidos de modo cooperativo ou participativo.
♦ Geralmente, supõe uma forma de ação planejada, de caráter social, educacional, etc.
Ex. 2: Verificar como reduzir o tempo de desenvolvimento de novos produtos de
uma determinada empresa de manufatura.

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Pesquisa Participante

♦ Quando se desenvolve a partir da interação entre pesquisadores e membros das situações


investigadas.
♦ Geralmente, ocorre de forma não planejada e, envolve a ciência popular em grupos de
operários, camponeses, índios, etc.

Ex.: Estudo da repetência escolar.

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1.3 – A essência da engenharia


(BAZZO E TEIXEIRA, 1996).
Engenheiro é um resolvedor de problemas

♦ Conjunto de informações esparsas que precisam ser transformadas numa saída útil e
bem organizada
♦ Resultado desta transformação distingue os engenheiros

Solução de problemas de engenharia se dá através de PROJETOS

♦ Elaboração de um novo produto, sistema ou processo, ...


ou a sua melhoria

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Sistema

♦ Combinação completa de equipamentos, materiais, energia, informações e pessoal


necessários para alcançar alguma meta específica. P. ex.:
- Processo para detectar falhas na solda em um vaso pressurizado
- Combinação das partes de um automóvel ou de um trator agrícola

♦ Um sistema é subdividido em subsistemas, que são conjuntos de componentes que


cumprem funções específicas no sistema global ou total

Como é que o engenheiro soluciona os seus problemas?

Projetando !

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Como é que o engenheiro soluciona os problemas técnicos de engenharia?

♦ Projetando ! É através do projeto que o engenheiro aplica de forma mais significativa os


seus conhecimentos técnicos e científicos.

♦ Ao projetar aplica-se mais que apenas conhecimentos formais.

♦ Usa-se experiéncia e bom senso e, principalmente, dá-se vazão à imaginação criadora


na busca de algo novo.

O projeto é a essência da engenharia !

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1.3.1 Processos envolvidos na atividade de projeto

♦ ANÁLISE – envolve a simplificação do sistema físico real, que culmina com a definição
de um modelo. Está relacionada com a separação do problema nos seus fenômenos
fundamentais.

♦ SÍNTESE – é a composição dos resultados obtidos, em decorrência da solução do


problema, numa resposta conclusiva.

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O que é projeto?

PROJETO é o conjunto de atividades que precede a execução de um produto,


sistema, processo ou serviço.

PROJETO é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma seqüência


clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um
objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros pré-
definidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade.
(VARGAS, 2000).

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1.3.2 Tipos de projeto

Projeto por evolução

♦ É aquele que surge da adaptação ou variação de um projeto anterior.

♦ Possibilita que cada vez mais se tenha condições de melhorar produtos existentes.

Projeto por inovação

♦ É aquele que surge da aplicação de conhecimentos anteriormente não experimentados.

♦ É uma resposta a uma descoberta científica, que gera um novo conjunto de


conhecimentos técnicos, cuja utilizaçâo pode romper com práticas tradicionais.

♦ Resulta em novos produtos.

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Classificação das atividades projetuais, segundo Stemmer (1974)

Execução original
♦ Atividade de projeto mais complexa, que visa a obtenção de um produto que preencha
a função desejada, considerando a não existência de produto prévio. Ex: o
desenvolvimento da locomotiva, do automóvel, do avião, etc.

Aperfeiçoamento
♦ Atividade de projeto em que se procura um preenchimento mais adequado da função já
exercida por um produto existente, através da eliminação de falhas, e ao mesmo tempo,
uma redução de dispêndio por simplificação, melhoria da construção, etc.

Adaptação
♦ Atividade de projeto mais usual, em que são realizadas pequenas modificações num
produto, para atender a exigências especiais do comprador, ao uso de outros materiais
ou processos de fabricação, à montagem de dispositivos adicionais, etc.
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1.3.3 Processo de Projeto

♦ É a aplicação específica de uma metodologia de trabalho na resolução de


problemas.

♦ Um projeto não começa com um profissional postado à frente de um


computador ou uma prancheta, munido de papel, calculadora ou outro
utensílio qualquer, como imagina o leigo.

♦ Os cálculos, esquemas, esboços, tomadas de decisões etc., são atividades


decorrentes de inúmeras outras tarefas já cumpridas anteriormente.

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♦ O projeto também não se encerra quando a resposta final do problema é


encontrada. A solução deve ser ainda comunicada, de forma clara, correta e
concisa.

♦ Esta é uma das razões que justificam ser a comunicaçao uma tarefa de
muita responsabilidade e de extrema importância para a engenharia.

♦ Infelizmente há quem afirme, de maneira muito simplista e completamente


equivocada, que engenheiro não precisa saber escrever...!

♦ O sucesso do projeto está intimamente ligado à adoção de um bom processo


solucionador. Todavia, apenas o emprego de um bom método de trabalho,
por si só, não garante tal sucesso; mas é um fator determinante para isto.

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PROCESSO DE PROJETO

1. Identificação de uma necessidade


2. Definição do problema
3. Coleta de informações
4. Concepção
5. Avaliação
6. Estabelecimento da solução
7. Comunicação

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PROCESSO DE PROJETO... continuação

♦ Várias informações são necessárias para que se desenvolva um projeto como um todo.

♦ Estas informações são, basicamente, de dois tipos: gerais e específicas.

♦ Informações gerais – aquelas de conhecimento tanto dos engenheiros quanto dos leigos
no assunto.

♦ Informações específicas – aquelas referentes a assuntos técnicos pertinentes ao projeto


em pauta (p. ex.: propriedades dos materiais, processos de fabricação, desempenho de
sistemas anteriores ou técnicas experimentais), e que podem ser encontradas em
bibliografia especializada e em catálogos de fabricantes.

♦ Outras informações – referentes a áreas de conhecimentos não tipicamente de engenharia


(estudo de mercado, finanças, pessoal, etc.)

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1. Identificação de uma necessidade

A necessidade pode surgir de muitas maneiras:

♦ Insatisfação com a situação presente ou com a solução atual.

♦ Essa tarefa pode ser de vital importância para a sociedade, uma vez que a necessidade surge na
ânsia de reduzir custos, aumentar a confiabilidade ou o desempenho de sistemas, ou, simplesmente,
para satisfazer o público consumidor, que cansou de determinado produto ou mudou de hábito.

♦ São geradas por demandas externas, consultores, agentes de compras, agentes


governamentais, associações de emprego, ou por atitudes ou decisões do público em geral.

♦ Quando o próprio engenheiro identifica uma necessidade e decide abordá-la num projeto.

♦ Muitas organizações têm equipes de pesquisadores que estão encarregados de gerar idéias
que sejam úteis para as suas necessidades.

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O reconhecimento de uma necessidade...

♦ Não é um trabalho fácil ou corriqueiro e constitui um ato altamente criativo.

♦ O engenheiro deverá estar constantemente atento ao que acontece à sua volta para poder
captar, com precisão, aquilo que clama por uma solução.

♦ Isto justifica a importância da engenharia perante a sociedade, posto que são exatamente os
seus profissionais que transformam em realidade, pelos melhores meios disponíveis, novas
estruturas, dispositivos, máquinas e processos que contribuem para o homem dominar o seu
ambiente e viver com dignidade.

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2. Definição do problema

Diferença entre a identificação de uma necessidade e a formulação do problema:

♦ O problema é mais específico

♦ A necessidade é mais geral e abrangente

Exemplo

♦ Necessidade: melhorar o escoamento de tráfego num entroncamento entre rodovias –


Problema: construção de um viaduto.
♦ Necessidade: melhorar a segurança contra incêndios em edificios – Problema:
construção de escadas de segurança.
♦ Necessidade: armazenar um produto químico inflamável – Problema: construção de
tanques com alta segurança.

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O ponto mais crítico do processo de projeto é a definição do problema...

♦ Pois o problema verdadeiro nem sempre é percebido num primeiro momento.

♦ Se o problema for inicialmente mal formulado, todo o trabalho seguinte poderá ser inútil, por
se ter resolvido um problema que na realidade não existia.

♦ Uma análise criteriosa das condicionantes do problema também deve ser levada a efeito,
para evitar limitações desnecessárias, sem fundamentos lógicos.

♦ Este passo requer uma profunda análise, justificando, ainda, o processo de retroalimentação,
que consiste em voltas sucessivas de uma determinada fase à sua precedente para
reavaliação e tomada de decisão.

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Observação...

♦ Não se deve cometer o erro de confundir a solução de um problema com o próprio problema.

♦ É comum, ao se tentar resolver um problema, surgir apenas a tendência de pensar em


possíveis aperfeiçoamentos para a situação atual.

♦ Para que isso não ocorra, sugere-se que o projeto seja iniciado pela formulação mais clara
possível do problema.

♦ Desta forma pode ser evitada a tendência de se emaranhar, de início, em tentativas de


apresentar soluções que só deverão vir mais tarde.

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Dicas...

♦ Definir o problema da maneira mais ampla possível – aumenta-se a probabilidade de


encontrar soluções não convencionais ou não usuais. Um tratamento abrangente do
problema pode ter conseqüências altamente gratificantes.

♦ É muito útil nesta fase o uso do conceito da “caixa preta" – apenas os estados inicial e final
são importantes e, portanto, identificados.

Estado inicial Caixa Preta Estado final


Bobina de arame Processo de transformação Pregos

♦ Descrever detalhadamente o problema, especificando os seus estados formais - dados inidais


e características finais do sistema - e os objetivos a serem alcançados.

♦ Identificar os principais termos técnicos e, em especial, as restrições impostas –


condicionantes.

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♦ Definir os critérios que serão utilizados para avaliar o resultado final – definir antes que se
tenha um conjunto de soluções provisórias, dentre as quais se vai escolher a melhor.

♦ Estabelecer uma definição prévia do problema e, numa segunda iteração, depois que várias
informações forem reunidas, definí-lo mais precisamente.

3. Coleta de informações

♦ Primeiro projeto: escassez de informações !

♦ Se a área de trabalho do pesquisador não for exatamente a do projeto, ele terá pouco
material sobre o trabalho a ser desenvolvido - referências bibliográficas, formulaçoes
análogas, modelos.
♦ Se houver coincidência, ele terá muitas referências e poderá praticamente iniciar o
trabalho esquematizando a solução, ou desenvolvendo as informações disponíveis
pertinentes à solução do problema.

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♦ Fontes de consulta:

♦ Teses e Dissertações.
♦ Artigos publicados como resultados de pesquisa e desenvolvimento de consultorias
governamentais e de institutos de pesquisa.
♦ Catálogos de fabricantes.
♦ Patentes.
♦ Manuais e literatura técnica.
♦ Discussões com especialistas, internos ou externos à organização a que pertence o
pesquisador.

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Nesta fase deve-se coletar informações referentes a:

♦ Dados de entrada e saída – levantamento dos parâmetros que se tem antes e após a
transformação desejada, e das suas possíveis variações.

♦ Condicionantes de entrada e saída – especificação dos valores que podem assumir cada
uma das variáveis de entrada e saída, como: peso, volume, formato.

♦ Critérios – base de preferência a ser aplicada para avaliar o mérito relativo das várias
soluções encontradas, o que orientará, ainda, a concepção do projeto.

♦ Utilização – é importante que seja estimada com a maior precisão possível a utilização que
terá o sistema a ser projetado. Com este dado, pode-se concentrar a procura considerando
os aspectos relacionados com os custos de produção e utilização.

♦ Volume de produção – esta característica terá forte influência na escolha do sistema de


fabricação. Este fator terá uma importância decisiva no custo final da produção.

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4. Concepção

♦ Após ter definido o problema e coletado as informações necessárias para iniciar o projeto, o
pesquisador pode se empenhar ativamente na busca de soluções, sem preocupar-se com o
detalhamento de todas elas.

♦ Em determinados casos pode ser vantajoso realizar um projeto preliminar, com o objetivo
de dar uma primeira idéia de uma solução proposta, ou mesmo para esclarecer algumas
características da solução.

♦ Uso de métodos que estimulem a criatividade, são de grande valia para a geração de
princípios de solução do problema em análise.

♦ Nesta fase são especificados os elementos, os mecanismos, os processos ou as


configurações que resultam na solução final, e que satisfazem as necessidades identificadas.

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♦ Em muitos casos, a fase da concepção envolve a formulação de um modelo – analítico ou


experimental.

♦ São vitais para o bom desempenho desta fase os processos de análise e de síntese –
desmembrar cada possível solução elemento a elemento, e após rearranjá-las
apropriadamente, é uma excelente forma de se obter boas soluções.

♦ A importância das idéias simples, que ao contrário do que muitos imaginam, são de muita
utilidade prática – não só por serem mais econômicas de produzir e de usar ou por terem um
funcionamento que inspira maior confiança, mas, também, pela satisfação que trazem a quem
as criou.

♦ Mecanismos, circuitos, processos de fabricação, métodos de operação e manutenção,


sempre podem ser simplificados e otimizados.

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5. Avaliação

Implica na análise completa do projeto. Envolve:

♦ Cálculos detalhados do desempenho do sistema, realizados com o auxílio de computadores.

♦ Testes de simulação com modelos experimentais, em escala reduzida ou ampliada, ou de


protótipos em tamanho real.

♦ Projeto é um processo iterativo, onde um acerto é dependente de outro não tão preciso, ou
mesmo de um erro anterior. Muitas vezes erros cometidos são uma boa fonte de dados para
projetos futuros. Por isto, devem ser devidamente registrados para consultas posteriores.

♦ No processo de projeto cada etapa requer uma avaliação, sendo comum que, para se
considerar cumprida uma determinada fase, se recorra a um procedimento repetido de
tentativas ou iterações.

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♦ A necessidade de voltar de uma fase para a antenor, e tentar outra vez, não deve ser
considerada como uma falha, pois o projeto é um ato criativo e, como tal, é também o
resultado de um processo de maturação – o pesquisador deve adquirir uma alta tolerância
para falhas, além de tenacidade e determinação para conduzir o seu trabalho até o êxito.

CONCEPÇÃO DA SOLUÇÃO

ESTABELECIMENTO DA
SATISFATÓRIA?
SOLUÇÃO FINAL
NÃO SIM

♦ A avaliação é um importante procedimento para cada fase do projeto e, mais


especificamente, quando se está chegando ao seu final.

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6. Estabelecimento da solução

Se o projeto foi aprovado na fase da avaliação, e estando garantidas suas viabilidade e


exeqüibilidade, deve-se partir para o projeto detalhado, que objetiva estabelecer as
especificações de engenharia da solução escolhida.

♦ Nesta fase é preparado o memorial descritivo do projeto (sistema de documentação do


projeto), que consiste na descrição detalhada das suas partes constituintes.

♦ O memorial costuma conter, dentre outros, os seguintes itens:

♦ Objetivos, funções e localização de cada uma das partes componentes do projeto.


♦ Características básicas da solução final, informando as propriedades requeridas para os
materiais especificados.
♦ Indicação dos valores previstos para os parâmetros e variáveis envolvidas, fazendo
referência às particularidades que deverão ser observadas quando da recepção de
materiais e componentes.

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♦ Detalhes construtivos e operacionais.


♦ Desenhos detalhados de componentes, sistemas e subsistemas.

7. Comunicação

A comunicação pode ser oral ou escrita.


♦ Relatórios técnicos, esquemas detalhados, listagens de programas computacionais e
modelos icônicos, freqüentemente fazem parte do trabalho final de comunicação do projeto.

♦ São comuns rodadas de diálogos entre os pesquisadores e quem encomendou o trabalho,


devendo-se então encarar esta atividade como parte integrante do projeto.

♦ Especial atenção deve ser dada ao relatório final do projeto, pois, na maioria das vezes, é
apenas esse resultado final o que ficará de um trabalho, e ele precisa historiar com precisão e
clareza tudo o que foi realizado.

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1.4 – Ação científica e ação tecnológica

♦ O método científico, conduzido através da progressão lógica de eventos, conduzem à solução


de problemas científicos.

♦ A solução de problemas de engenharia, embora semelhante, apresenta diferenças em


relação aos problemas científicos.

AÇÃO CIENTÍFICA AÇÃO TECNOLÓGICA

 Conhecimentos  Estado da arte


 Curiosidade  Necessidade
 Hipótese  Concepção
 Análise  Viabilidade
 Prova  Produção

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1.5 – Abordagem de problemas de engenharia

“O erro mais comum do engenheiro inexperiente é partir para a


solução antes mesmo de definir perfeitamente o problema a ser
resolvido” (BAZZO e PEREIRA, 1996, p.94).

♦ A definição clara do problema requer um estudo aprofundado da situação para determinar


os elementos essenciais de uma possível solução.

♦ O que é conhecido, o que se deseja conhecer e todos os parâmetros envolvidos devem ser
analisados para que uma idéia geral do processo seja dominada com precisão.

♦ O não cumprimento destes requisitos pode comprometer sobremaneira o entendimento do


problema e, conseqüentemente, a busca da solução.

“O projeto [...] constitui a abordagem completa de um problema de


engenharia” (BAZZO e PEREIRA, 1996, p.94).

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Recomendações a seguir:

♦ Listar as informações do enunciado do problema – anotá-las, de preferência com as


próprias palavras, para os dados ficarem mais familiares;

♦ Listar o que deve ser determinado pela solução – muitas vezes o estudante divaga
desnecessariamente, perdendo o rumo do problema;

♦ Elaborar esquemas que ajudem a visualização física da situação – os limites do sistema


a ser abordado são fundamentais na procura da solução;

♦ Relacionar as leis básicas que regem o fenômeno – procurar associar o formulação


matemática que auxilie na solução do problema;

“[...] um método ordenado e lógico [...] economiza tempo, reduz a


possibilidade de erros e, o que é mais importante, permite a clara
percepção de tudo o que está envolvido na formulação e na solução
do problema” (BAZZO e PEREIRA, 1996, p.94).

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1.6 – Etapas e fases do processo criativo

Domínios envolvidos

Cognitivo – diz respeito à capacidade de adquirir e reter conhecimento.

Psicomotor – aquele que diz respeito às habilidades manuais (motoras), capacidade de


representar idéias graficamente / qualidade da expressão.

Afetivo – tem a ver com a sensibilidade e a percepção da existência de coisas e fenômenos.

Modelagem 1D – debates, seminários, explicações (exposição oral e por escrito)

Modelagem 2D – esquemas, tabelas, gráficos, esboço, desenho, debuxo

Modelagem 3D – maquete, mock-up, protótipo

Etapas e Fases do Processo Criativo

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IDENTIFICAÇÃO

50% definição / delimitação

PREPARAÇÃO
cognitiva / psicomotora
10%
INCUBAÇÃO
involuntária / voluntária

ESQUENTAÇÃO
Trabalho tático Trabalho técnico
psicomotora / afetiva

50% ILUMINAÇÃO
modelagem 1D / modelagem 2D’

ELABORAÇÃO
90%
modelagem 2D’’ / modelagem 3D

VERIFICAÇÃO
parcial / final

Fonte: Gomes (2001)


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UNIDADE 2
TIPOS DE PESQUISA E ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO EM ENG. MECÂNICA

2.1 – Pesquisa de Iniciação Científica

A Iniciação Científica é uma atividade voltada aos alunos de graduação que visa incluí-los, desde
sua graduação, no ambiente de pesquisa e produção científica, despertando vocações e
incentivando os que se destacam em seu desempenho acadêmico.

♦ Os alunos podem realizar a Iniciação Científica como voluntários, independentemente da


existência de bolsas para tal finalidade.

♦ O aluno de Iniciação Científica atua no apoio técnico e metodológico à realização de um


projeto institucional de pesquisa, ao mesmo tempo em que desenvolve suas atividades em
seu curso de graduação.

♦ A Iniciação Científica deve ser realizada em um tema relevante seguindo um projeto com
objetivo, metodologia e cronograma específicos. Para tal, é necessário que haja um professor
orientador capacitado na área escolhida.
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Apresentação dos Resultados: MONOGRAFIA


♦ Trata-se de um estudo que versa sobre um assunto/tema, seguindo uma metodologia,
apresentado mediante uma revisão bibliográfica ou revisão de literatura.

♦ É mais um trabalho de assimilação de conteúdos e de prática de iniciação na reflexão


científica.

♦ Sugere-se que a Monografia não exceda 80 páginas.

2.2 – Pesquisa de Mestrado

Mestrado é um curso de pós-graduação que tem por objetivo propiciar uma complementação na
formação específica do aluno, conjugada com sua capacitação em explorar, com metodologia, os
temas pertinentes à área e expressar a condução e os resultados de pesquisas e
desenvolvimentos realizados, de maneira autônoma e lúcida.

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Apresentação dos Resultados: DISSERTAÇÃO


♦ É o resultado de um estudo no qual não há a preocupação em apresentar novas descobertas,
como em uma tese de doutorado, mas expor novas formas de ver uma realidade já
conhecida com rigor metodológico.

♦ A NBR 14724 define esse tipo de trabalho científico como:

“Documento que representa o resultado de um trabalho experimental


ou exposição de um estudo científico respectivo de tema único e bem
delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e
interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura
existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do
candidato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor),
visando à obtenção do título de mestre”.

♦ Sugere-se que esse tipo de trabalho não ultrapasse o número de 150 páginas.

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Titulação
É outorgado o título de Mestre em Engenharia Mecânica (M. Eng. Mec.) ao Engenheiro que,
num prazo mínimo de 12 meses e máximo de 24 meses:
♦ Demonstrar conhecimento de inglês, através de prova de proficiência;

♦ Cursar e ser aprovado em, pelo menos, 21 créditos em disciplinas, com média não inferior a
3,0;

♦ Ter aprovado seu projeto de dissertação;

♦ Apresentar, defender e ter aprovada a Dissertação de Mestrado.

2.3 – Pesquisa de Doutorado

♦ O Doutorado representa o último passo na educação formal.

♦ Este último passo na formação tem uma diferença fundamental com relação as etapas
anteriores.

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♦ Nas etapas anteriores até a graduação universitária, a maior responsabilidade era absorver
conhecimentos e provar isto em exames escritos ou orais.

♦ No Doutorado, em oposição, a absorção de conhecimentos é somente parte das


responsabilidades.

♦ A responsabilidade maior, e que deve ser necessariamente atendida é a geração de


conhecimento.

♦ O Doutorado é o treinamento para pesquisador.

♦ Apesar do esforço e comprometimento envolvidos, será provavelmente a etapa da educação


que mais gratificante. Nela você vai definir seus objetivos e vai adorar contribuir com suas
proprias descobertas científicas, ou tecnológicas.
Fonte: http://www.stanford.edu/group/brazil/html/doutorado.htm

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Apresentação dos Resultados: TESE

“Documento que representa o resultado de um trabalho experimental


ou exposição de um estudo científico de tema único bem delimitado.
Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-
se em real contribuição para a especialidade em questão. É feito sob
a coordenação de um orientador (doutor) e visa à obtenção de título
de doutor ou similar” NBR 14724.

♦ Aconselha-se que o número máximo de páginas não ultrapasse 300.

Titulação
É outorgado o título de Doutor em Engenharia Mecânica (Dr. Eng. Mec.) ao engenheiro que,
num prazo mínimo de 24 meses e máximo de 48 meses:
♦ Demonstrar conhecimento de inglês, através de prova de proficiência;

♦ Cursar e ser aprovado em, pelo menos, 36 créditos em disciplinas, com média não inferior a
3,0;
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♦ Ser aprovado no exame de qualificação;

♦ Apresentar, defender e ter aprovada a Tese de Doutoramento.

2.4 – Agências de Fomento à Pesquisa

2.4.1 – CAPES / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior


http://www.capes.gov.br

♦ Missão – avaliação da pós-graduação e ao fomento e à garantia da qualidade desse


seguimento da formação de recursos humanos para a educação, pesquisa, cultura e artes no
Brasil.

♦ Bolsas no país e exterior (mestrado / doutorado, entre outras), cooperação internacional, etc.

Periódicos
http://www.periodicos.capes.gov.br/

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Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas


http://www.abcm.org.br/engenharia/index.shtml

2.4.2 – CNPq / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico


http://www.cnpq.br/

♦ Bolsas de Fomento à Pesquisa e Formação de Recursos Humanos


♦ Bolsas de Fomento Tecnológico
♦ Auxílios
♦ As atividades de fomento do CNPq são coordenadas, principalmente, a partir de editais de
financiamento de projetos e pesquisas, alguns de ampla abrangência, outros voltados para
áreas ou programas específicos.

Programas Especiais
♦ Cooperação Internacional ; PADCT ; PRONEX ; PIBIC ; Desenvolvimento Regional
♦ Apoio a Publicações Científicas

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Plataforma Lattes / Currículo Lattes


http://lattes.cnpq.br/pl/

♦ A Plataforma Lattes é um conjunto de sistemas de informações, bases de dados e portais


Web voltados para a gestão de Ciência e Tecnologia (C&T). Foi concebida para integrar os
sistemas de informações das agências federais, racionalizando o processo de gestão de
C&T.

2.4.3 – FAPERGS / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul


http://www.fapergs.rs.gov.br/

♦ A FAPERGS tem a finalidade de desenvolver a pesquisa em todas as áreas do


conhecimento. É sua atribuição: promover a inovação tecnológica do setor produtivo, o
intercâmbio e a divulgação científica, tecnológica e cultural; estimular a formação de recursos
humanos, o fortalecimento e a expansão da infra-estrutura de pesquisa no Estado.

♦ Tipos de bolsas:

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1. Bolsa de Iniciação Técnica (BIT)


2. Bolsa de Estágio Técnico (BET)
3. Bolsa de Iniciação Científica (BIC)
4. Bolsa Emergencial de Mestrado (BMT)
5. Bolsa Emergencial de Doutorado (BDR)
6. Bolsa de Recém-Doutor (BRD)
7. Bolsa de Pesquisador-Visitante (BPV)
8. Bolsa de Fomento ao Desenvolvimento Tecnológico e à Inovação
♦ Auxílios:

1. Programa de fomento ao intercâmbio científico, tecnológico, artísitico ou cultural


2. Auxílio a participação individual em eventos científicos nacionais ou no
mercosul (APEN)
3. Auxílio a participação coletiva em evento científico-tecnológico-artístico-cultural
no país ou mercosul (APCE)
4. Auxílio à participação individual em eventos científicos internacionais (APEI)
5. Auxílio para organização de eventos científico-tecnológico- artístico-cultural
(AOE)

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6. Programa de fomento à pesquisa


7. Auxílio recém-doutor (ARD)
8. Auxílio à pesquisador-visitante (APV)

2.4.4 – FINEP / Financiadora de Estudos e Projetos

http://www.finep.gov.br/

♦ Missão – Promover e financiar a inovação e a pesquisa científica e tecnológica em empresas,


universidades, institutos tecnológicos, centros de pesquisa e outras instituições públicas ou
privadas, mobilizando recursos financeiros e integrando instrumentos para o desenvolvimento
econômico e social do País. Concede financiamentos reembolsáveis e não-reembolsáveis.

♦ O apoio da FINEP abrange todas as etapas e dimensões do ciclo de desenvolvimento


científico e tecnológico: pesquisa básica, pesquisa aplicada, inovações e desenvolvimento de
produtos, serviços e processos.

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♦ Apóia a incubação de empresas de base tecnológica, a implantação de parques tecnológicos,


a estruturação e consolidação dos processos de pesquisa, o desenvolvimento e a inovação
em empresas já estabelecidas, e o desenvolvimento de mercados.

Projetos de sucesso apoiados pela FINEP

Laboceano - é o mais profundo tanque oceânico do mundo para simulação de exploração de


petróleo, além de ser o maior da América Latina. Inaugurado em abril de 2003, o projeto custou
R$ 16 milhões, sendo que 94% do valor foi financiado pela FINEP, com recursos do CT-Petro.
Hoje o Brasil é líder mundial na exploração de petróleo em águas profundas.

Desenvolvimento do avião Tucano da Embraer - Este modelo e várias outras atividades da


Embraer foram financiados pela FINEP, que tem em seus aviões um importante item da pauta de
exportações do país.

Primeiro plástico biodegradável brasileiro - Leva de 6 a 18 meses para degradar, enquanto o


plástico convencional leva de 40 a 60 anos, com impacto inestimável para o meio ambiente.

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Desenvolvimento do AZT nacional - Além de facilitar o acesso da população carente ao


remédio, foi gerada uma economia de 30 milhões de dólares por ano ao país.

Platinil - Este foi o primeiro medicamento para uso oncológico totalmente fabricado no Brasil.

Biohulin - Esta insulina foi desenvolvida com uma técnica de engenharia genética não apenas
mais barata, como também com mais autonomia na produção.

Biofill - Uma pele artificial que revolucionou o tratamento de queimados.

2.5 – Áreas de Concentração em Engenharia Mecânica

Áreas de conhecimento da Engenharia Mecânica

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3.05.00.00-1 Engenharia Mecânica


3.05.01.00-8 Fenômenos de Transporte
3.05.01.01-6 Transferência de Calor
3.05.01.02-4 Mecânica dos Fluidos
3.05.01.03-2 Dinâmica dos Gases
3.05.01.04-0 Princípios Variacionais e Métodos Numéricos
3.05.02.00-4 Engenharia Térmica
3.05.02.01-2 Termodinâmica
3.05.02.02-0 Controle Ambiental
3.05.02.03-9 Aproveitamento da Energia
3.05.03.00-0 Mecânica dos Sólidos
3.05.03.01-9 Mecânica dos Corpos Sólidos, Elásticos e Plásticos
3.05.03.02-7 Dinâmica dos Corpos Rígidos, Elásticos e Plásticos
3.05.03.03-5 Análise de Tensões
3.05.03.04-3 Termoelasticidade
3.05.04.00-7 Projetos de Máquinas
3.05.04.01-5 Teoria dos Mecanismos
3.05.04.02-3 Estática e Dinâmica Aplicada
3.05.04.03-1 Elementos de Máquinas
3.05.04.04-0 Fundamentos Gerais de Projetos das Máquinas
3.05.04.05-8 Máquinas, Motores e Equipamentos
3.05.04.06-6 Métodos de Síntese e Otimização Aplicados ao Projeto Mecânico
3.05.04.07-4 Controle de Sistemas Mecânicos
3.05.04.08-2 Aproveitamento de Energia

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3.05.05.00-3 Processos de Fabricação


3.05.05.01-1 Matrizes e Ferramentas
3.05.05.02-0 Máquinas de Usinagem e Conformação
3.05.05.03-8 Controle Numérico
3.05.05.04-6 Robotização
3.05.05.05-4 Processos de Fabricação, Seleção Econômica

2.5.1 – Projeto de Sistemas Mecânicos

O foco dessa área envolve a elaboração de métodos para que o processo de desenvolvimento
de produtos industriais possa ser realizado de modo competitivo (no menor tempo, menor custo e
alta qualidade).

Os desenvolvimentos teóricos servem como base para o aprimoramento de diversas ferramentas


de apoio à atividade de projeto, e estas são utilizadas no desenvolvimento de vários produtos,
principalmente na forma de máquinas e implementos, sempre mantendo um forte compromisso
com a formação de recursos humanos e com o avanço do conhecimento científico e tecnológico.

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Linhas de pesquisa típicas

 Desenvolvimento de metodologias de projeto de produtos industriais


 Desenvolvimento de sistemas computacionais de apoio ao projeto
 Desenvolvimento de protótipos de máquinas e equipamentos
 Confiabilidade funcional e mantenabilidade de sistemas mecânicos
 Sistemas especialistas aplicados ao projeto
 Projeto de sistemas hidráulicos e pneumáticos
 Sistemas de CAE/CAD e Robótica
 Projeto de sistemas mecatrônicos

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2.5.2 – Análise de Sistemas Mecânicos


A área de Análise de Sistemas Mecânicos contempla o desenvolvimento e a utilização de
ferramentas de simulação mecânica, necessárias às etapas de projeto e verificação de projetos
de sistemas mecânicos, visando o crescimento da capacidade de análise e resolução de
problemas complexos, reais e industriais.

Linhas de pesquisa típicas

 Mecânica dos sólidos computacional


 Método dos elementos finitos
 Otimização de projeto
 Simulação numérica de materiais compostos laminados
 Mecânica da fratura e fadiga
 Mecânica do dano
 Confiabilidade estrutural
 Dinâmica de estruturas
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2.5.3 – Engenharia e Ciências dos Materiais


Abrange a elaboração de pesquisas avançadas em materiais particulados (cerâmica e metalurgia
do pó), materiais poliméricos, metalurgia física e mecânica, e tecnologia de plasma e laser
aplicada a materiais.

Linhas de pesquisa típicas

 Corrosão e proteção de materiais


 Metalurgia física e mecânica
 Processamento de materiais a partir dos pós (metais, cerâmicos e compósitos particulados)
 Processamento de materiais por plasma e laser
 Propriedades, microestruturas e desempenho
 Reologia de misturas de pós (propriedades e o comportamento mecânico dos corpos
deformáveis que não são nem sólidos nem líquidos).

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2.5.4 – Fabricação
As pesquisas e trabalhos desenvolvidos nessa área, distribuem-se por domínios tão diferentes
quanto processos de soldagem, gestão da produção, tecnologia da usinagem, conformação,
fabricação de componentes injetados, desenvolvimento de hardware, automatização de
processos, entre muitos outros.

Linhas de pesquisa típicas

 Soldabilidade de aços inoxidáveis e resistentes ao calor


 Desenvolvimento de equipamentos de soldagem
 Brasagem de alta temperatura
 Engenharia da qualidade
 Usinagem de precisão
 Análise de superfícies usinadas
 Automação de máquinas
 CNC - Acionamento de máquinas e instrumentos
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 Ensaio dinâmico de máquinas e instrumentos


 Projeto e fabricação de componentes de plástico
 Prototipagem rápida
 Gerenciamento de ferramentas e banco de dados de usinagem
 Planejamento de processos assistido por computador
 Manufatura
 Modelagem computacional de produtos
 Projeto para a manufatura
 Processos de usinagem

2.5.5 – Metrologia e Instrumentação


Envolve a automação da atividade metrológica, o desenvolvimento e a avaliação de instrumentos
de medição meca-opto-eletrônicos, o desenvolvimento de métodos para medição de
deslocamentos, deformações e tensões utilizando a holografia eletrônica, são apenas alguns
exemplos de atividade típicas dessa área de concentração.
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Linhas de pesquisa típicas

 Automação da Medição
 Confiabilidade Metrológica
 Metrologia Geométrica
 Metrologia Óptica

2.5.6 – Vibrações e Acústica


A caracterização de materiais atenuadores, desenvolvimento de métodos dinâmicos de
neutralização de vibrações, identificação de fontes de ruído e vibrações, estudo dos modos de
propagação, são alguns dos interesses nessa área de concentração.

Linhas de pesquisa típicas

 Caracterização dinâmica de materiais viscoelásticos


 Controle modal de vibrações e som irradiado de estruturas complexas por neutralizadores
viscoelásticos
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 Controle ativo de vibrações de estruturas flexíveis


 Ruído e vibrações veiculares
 Controle de ruído / protetores auditivos
 Manutenção preditiva e detecção de defeitos em máquinas rotativas por vibrações
 Acústica submarina
 Acústica estrutural

2.5.7 – Engenharia e Ciências Térmicas


A área de Engenharia e Ciências Térmicas, reunindo os conhecimentos de termodinâmica,
mecânica dos fluidos, transferência de calor e suas aplicações, tem se dedicado à interpretação
dos fenômenos físicos envolvidos, à proposição de modelos matemáticos que os descrevam, e
ao desenvolvimento de métodos que permitam a solução de problemas fundamentais e
aplicados, tanto no domínio acadêmico como no setor industrial.

Linhas de pesquisa típicas

 Análise térmica de edificações


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 Caracterização de rochas-reservatório de petróleo


 Combustão
 Condicionamento de ar e Refrigeração
 Controle térmico de satélites
 Ebulição e condensação
 Energia solar
 Escoamento e termodinâmica de misturas
 Escoamento de fluidos em meios porosos
 Geração e cogeração de energia
 Instrumentação para análise térmica de edificações
 Lubrificação
 Mecânica dos fluidos e transferência de calor computacional
 Modelos discretos de escoamento de fluidos
 Radiação
 Simulação de reservatórios de petróleo
 Tubos de calor
 Turbulência
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UNIDADE 3
ORGANIZAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA

3.1 – Planejamento do projeto de pesquisa

Uma pesquisa, como toda atividade racional e sistemática, exige que as ações
desenvolvidas ao longo de seu processo sejam efetivamente planejadas.

O planejamento é a primeira fase da pesquisa e envolve:


• Formulação do problema
• Especificação de seus objetivos
• Construção de hipóteses
• Operacionalização dos conceitos
• Tempo a ser despendido
• Recursos humanos, materiais e financeiros

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“O planejamento da pesquisa pode ser definido como o


processo sistematizado mediante o qual se pode conferir
maior eficiência à investigação para em determinado prazo
alcançar o conjunto das metas estabelecidas” (GIL, 2002, p.
19).

O planejamento da pesquisa se concretiza através da elaboração de um projeto, que é o


documento (PROJETO DE PESQUISA) que torna explícita as ações a serem desenvolvidas
ao longo do processo de pesquisa.

A quem interessa o PROJETO DE PESQUISA:


• Ao pesquisador e a sua equipe – apresenta o roteiro das ações a serem
desenvolvidas.

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• A outros agentes
 Para quem contrata os serviços de pesquisa, o projeto constitui o
documento fundamental que esclarece o que será pesquisado e quanto
custará.
 Quando se espera que determinada entidade financie a pesquisa, o projeto
é o documento requerido, pois permite saber se o empreendimento se
ajusta aos critérios por ela definidos, ao mesmo tempo em que possibilita
uma estimativa da relação custo-benefício.

OBSERVAÇÃO
• Alguns pesquisadores consideram que a elaboração de um projeto – com relações
minuciosas de resultados aferíveis e de atividades correlatas específicas – poderá
limitar a pesquisa, tornando-a um processo mais mecanizado e menos criativo.
• Entretanto, a elaboração de um projeto é que possibilita, em muitos casos,
esquematizar os tipos de atividades e experiências criativas.

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3.1.1 – Definição do tema

• A escolha de um tema (assunto) que de fato possibilite a realização de uma pesquisa


bibliográfica requer bastante energia e habilidade do pesquisador.
• É comum a situação de estudantes que se sentem completamente desorientados ao
serem solicitados a escolher o tema de sua monografia de conclusão de curso.
• Com sua experiência, o orientador sugere os primeiros passos, adverte quanto às
dificuldades que poderão decorrer da escolha de determinados temas.
• Por mais capacitado que seja o orientador, o papel mais importante nesta etapa do
trabalho, assim como nas demais, é desempenhado pelo próprio estudante.

Diretrizes para escolha do tema


• Deve-se considerar que a escolha de um tema deve estar relacionada tanto quanto for
possível com o interesse do estudante.
• Para escolher adequadamente sobre um tema, é necessário ter refletido sobre
diferentes temas.

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• Perguntas que auxiliam na escolha:


o Quais os campos de sua especialidade que mais lhe interessam?
o Quais os temas que mais o instigam?
o De tudo o que você tem estudado, o que lhe dá mais vontade de se aprofundar e
pesquisar?
o
OBSERVAÇÃO
• Não basta apenas interesse pelo assunto – é necessário também dispor de bons
conhecimentos na área de estudo para que as etapas posteriores possam ser
adequadamente desenvolvidas.
• Quem conhece pouco dificilmente faz escolhas adequadas – isso significa que o aluno
só poderá escolher um tema a respeito do qual já leu ou estudou.
• É muito freqüente a escolha de temas amplos e complexos, que exigem volume de
trabalho muito superior ao que será possível realizar no tempo proposto – decorrente
de certa dose de onipotência dos pesquisadores iniciantes, ou da falta de
conhecimento da literatura da área (logo o papel do orientador torna-se decisivo nesse
momento).

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3.1.2 – Pesquisa bibliográfica

• A escolha do tema constitui importante passo na elaboração de uma pesquisa


bibliográfica.
• Isso não significa que o pesquisador de posse de um tema já esteja em condições de
formular o seu problema de pesquisa.
• Após a escolha do tema, o que se sugere é um levantamento bibliográfico preliminar
(inicial) que facilite a formulação do problema.
• Esse levantamento bibliográfico preliminar pode ser entendido como um estudo
exploratório, posto que tem a finalidade de proporcionar familiaridade do aluno com a
área de estudo no qual está interessado, bem como a sua delimitação.
• Essa familiaridade é essencial para que o problema seja formulado de maneira clara e
precisa.
• Levantamento bibliográfico preliminar → delimita a área de estudo → possibilita a
definição do problema.

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OBSERVAÇÕES
• Pode ocorrer que o levantamento bibliográfico venha a determinar uma mudança nos
propósitos iniciais da pesquisa – o contato com o material já produzido sobre o
assunto poderá deixar claro para o aluno as dificuldades para tratá-lo adequadamente.
• O levantamento bibliográfico preliminar depende de muitos fatores, tais como a
complexidade do assunto e o nível de conhecimento que o estudante já dispõe a
respeito – não se pode definir de imediato que material deverá ser consultado!
• A experiência demonstra que é muito importante buscar esclarecer-se acerca dos
principais conceitos que envolvem o tema de pesquisa; procurar um contato com
trabalhos de natureza teórica capazes de proporcionar explicações a respeito; bem
como pesquisas recentes que abordam o assunto.

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3.1.3 – Delimitação do assunto

• Delimitação – ato de delimitar.


• Delimitar
o Fixar os limites de; estremar, demarcar.
o Pôr limites a; circunscrever, restringir.
• A delimitação ocorre a partir do levantamento bibliográfico preliminar.
• Um estudo exploratório proporciona familiaridade com a área de estudo, e auxilia na
sua delimitação.
• A delimitação do assunto determina a formulação adequada do problema, ou seja, a
uma dimensão viável.
• Nem todos os aspectos do problema podem ser pesquisados simultaneamente.
• Torna-se necessário reduzir a tarefa a um aspecto que possa ser tratado em um único
estudo, ou subdividido em subproblemas que possam ser tratados separadamente.

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3.1.4 – Definição dos objetivos

• Os objetivos da pesquisa devem ser claros e precisos.


• Recomenda-se, a utilização de verbos no infinitivo:
o Identificar
o Verificar
o Descrever
o Analisar
Os objetivos informarão para que você está propondo a pesquisa, isto é, quais os resultados
que pretende alcançar ou qual a contribuição que sua pesquisa irá efetivamente
proporcionar.

• Qual a intenção ao propor a pesquisa?


• O que pretende alcançar com a pesquisa?
• Os objetivos devem estar coerentes com a justificativa e o problema proposto.
• O objetivo geral (ou principal) será a síntese do que se pretende alcançar.

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• Os objetivos específicos explicitarão os detalhes e serão um desdobramento do


objetivo geral.

Os enunciados dos objetivos devem começar com um verbo no infinitivo e este verbo deve
indicar uma ação passível de mensuração.

Exemplos de verbos usados na formulação dos objetivos, para:

• Determinar estágio cognitivo de conhecimento: os verbos apontar, arrolar, definir,


enunciar, inscrever, registrar, relatar, repetir, sublinhar e nomear.

• Determinar estágio cognitivo de compreensão: os verbos descrever, discutir,


esclarecer, examinar, explicar, expressar, identificar, localizar, traduzir e transcrever.

• Determinar estágio cognitivo de aplicação: os verbos aplicar, demonstrar,


empregar, ilustrar, interpretar, inventariar, manipular, praticar, traçar e usar;

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• Determinar estágio cognitivo de análise: os verbos analisar, classificar, comparar,


constatar, criticar, debater, diferenciar, distinguir, examinar, provar, investigar e
experimentar;

• Determinar estágio cognitivo de síntese: os verbos articular, compor, constituir,


coordenar, reunir, organizar e esquematizar.

• Determinar estágio cognitivo de avaliação: os verbos apreciar, avaliar, eliminar,


escolher, estimar, julgar, preferir, selecionar, validar e valorizar.

3.1.5 – Escolha do título da pesquisa

• Deve corresponder precisamente ao objetivo principal – ou ao seu resultado.

Exemplos:

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• Estudo de Técnicas de Inteligência Artificial como Ferramenta de Projeto e Otimização


de Sistemas de Cogeração a Gás Natural.
• Avaliação Comparativa entre Ensaios de Usinabilidade de Curta e Longa Duração em
Aços de Baixo e Médio Teor de Carbono.
• Cinemática de Robôs Cooperativos.
• Modelo de Referência para o Processo de Desenvolvimento de Máquinas Agrícolas.
• Estudo da Geração de Ruído em uma Prensa Mecânica Excêntrica de 900 Toneladas.

Observações
• O título é a parte mais lida de qualquer obra.
• Logo, deve ser o mais conciso possível e sugerir, sem dubiedade, o problema tratado.
• Não raramente a escolha do título do projeto é a última decisão do autor.
• O uso da vírgula ou dos dois pontos, com a supressão de palavras, pode tornar o título
mais incisivo e compacto:
o Uma experiência de ensino com a disciplina Pesquisa em Engenharia Mecânica.
o Pesquisa em Engenharia Mecânica: uma experiência de ensino.

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3.1.6 – Justificativa da pesquisa

Trata-se de uma apresentação inicial do projeto, que pode incluir:

• Fatores que determinaram a escolha do tema, sua relação com a experiência


profissional ou acadêmica do autor, assim como a sua vinculação à área temática e a
uma das linhas de pesquisa do curso.
• Argumentos relativos à importância da pesquisa, do ponto de vista teórico,
metodológico ou empírico.
• Referência a sua possível contribuição para o conhecimento de alguma questão
teórica ou prática ainda não solucionada.

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3.1.7 – Formulação do problema

• A formulação de um problema, assim como a especificação dos objetivos, pode


representar uma longa etapa no processo de pesquisa.
• Embora esta etapa ocorra após o levantamento bibliográfico preliminar, nem sempre
se observa a nítida separação entre as duas etapas.
• O que geralmente ocorre é que em algum momento um problema é provisoriamente
formulado, mas uma posterior consulta à literatura poderá contribuir para a sua
reformulação.
• É possível mesmo que sejam feitas diversas revisões, até que o problema se
apresente adequado à investigação.
Observação
• O levantamento bibliográfico é de fundamental importância para a formulação do
problema de pesquisa, todavia, por si só, ele é insuficiente.
• Requer-se a reflexão crítica acerca dos assuntos estudados, de modo que seja
possível identificar controvérsias entre os diferentes autores, identificar abordagens

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teóricas relevantes para o estudo e, se possível, optar por uma abordagem teórica
capaz de fundamentar o trabalho.

COMO FORMULAR UM PROBLEMA?

1. O problema deve ser formulado como uma pergunta – ao formular perguntas sobre o
tema provoca-se sua problematização

o Como pode ser melhorado o processo de desenvolvimento de máquinas


agrícolas, de modo a promover a construção de uma visão integrada dos
múltiplos conhecimentos envolvidos na sua realização?

2. O problema deve ser claro e preciso

o Não pode ser formulado de forma vaga – não é possível imaginar nem mesmo
como começas a resolvê-los.

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3. O problema deve ser suscetível de solução

o Para formular adequadamente um problema, é preciso ter o domínio da


tecnologia apropriada a sua solução.

4. O problema deve ser delimitado a uma dimensão viável

o A delimitação do problema guarda estreita relação com os meios disponíveis


para investigação.

3.1.8 – Enunciado de hipóteses


O que são hipóteses?

• A pesquisa científica se inicia sempre com a colocação de um problema solucionável.

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• O passo seguinte consiste em oferecer uma solução possível, mediante uma


proposição.
• Essa proposição é uma expressão verbal suscetível de ser declarada VERDADEIRA
ou FALSA.
• A essa proposição dá-se o nome de hipótese.
• A hipótese é a proposição testável que pode vir a ser a solução do problema.

A percepção de um problema, então, é que leva ao raciocínio que gera a pesquisa, e nesse
processo você formula hipóteses, soluções possíveis para o problema identificado.

3.1.9 – Definição dos instrumentos necessários


3.1.10 – Forma de realização da pesquisa
3.1.11 – Cronograma e orçamento
3.2 – Registro do projeto de pesquisa

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UNIDADE 4
EXECUÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA

4.1 – Preparação

• Compreende a realização de atividades que antecedem à execução do projeto de


pesquisa propriamente dito – são os preparativos.

• Inclui a obtenção dos recursos necessários à execução do projeto – infra-estrutura


física, recursos humanos, recursos financeiros, recursos materiais, etc – instrumentos
necessários à pesquisa.

4.2 – Coleta e tratamento dos dados

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• A coleta compreende a realização da parte da pesquisa responsável pela obtenção


dos dados, informações e conhecimentos acerca do problema formulado, conforme a
metodologia estabelecida no projeto de pesquisa.

• Do mesmo modo, o tratamento abrange a utilização de recursos manuais ou


computacionais para organizar os dados obtidos na pesquisa de campo (coleta de
dados) – cálculos estatísticos, tabelas, quadros e gráficos, etc.

4.3 – Discussão dos resultados obtidos

• Inclui a análise e interpretação dos dados tabulados e organizados na etapa anterior.

• A análise deve ser feita para atender aos objetivos da pesquisa e para comparar e
confrontar dados e provas com o propósito de confirmar ou rejeitar a(s) hipótese(s) ou
os pressupostos da pesquisa.

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4.4 – Conclusão e observações sobre a pesquisa

• É a etapa que sintetiza os resultados obtidos com a pesquisa.

• Deve explicitar se os objetivos foram atingidos, se a(s) hipótese(s) ou os pressupostos


foram confirmados ou rejeitados.

• Deve ressaltar a contribuição da pesquisa para o meio acadêmico ou para o


desenvolvimento da ciência e da tecnologia.

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UNIDADE 5
ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO DO PROJETO DE
PESQUISA

5.1 – Estrutura física

• Pré-textuais
• Textuais
• Pós-textuais

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ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS – aqueles que antecedem o texto com informações que


ajudam na identificação e utilização do trabalho

CAPA Obrigatório
LOMBADA Opcional
FOLHA DE ROSTO Obrigatório
ERRATA Opcional
FOLHA DE APROVAÇÃO Obrigatório
DEDICATÓRIA Opcional
AGRADECIMENTO Opcional
EPÍGRAFE Opcional
RESUMO E ABSTRACT Obrigatório
LISTA DE ILUSTRAÇÕES Opcional
LISTA DE TABELAS Opcional
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Opcional
LISTA DE SÍMBOLOS Opcional
LISTA DE ANEXOS E APÊNDICES Opcional
SUMÁRIO Obrigatório

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ELEMENTOS TEXTUAIS – constituem o núcleo central do trabalho e é subdividido nas


seguintes partes

INTRODUÇÃO Obrigatório
DESENVOLVIMENTO Obrigatório
CONCLUSÃO Obrigatório

• O “desenvolvimento” apresenta subdivisões diferenciadas de acordo com as especificidades das


áreas de conhecimento que são abordadas.

ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS – aqueles que complementam o trabalho.

REFERÊNCIAS Obrigatório
GLOSSÁRIO Opcional
APÊNDICE Opcional
ANEXO Opcional
ÍNDICE Opcional

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5.2 – Formas de apresentação gráfica geral – NBR 14724

• Formato e impressão

o Papel branco A4 – 210 mm x 297 mm


o Impresso apenas em uma das faces da folha – exceção: folha de rosto que
contém a ficha catalográfica (opcional) no seu verso.
o Cor da impressão para redação de textos é o preto.
o Figuras podem ser impressas em cores.
o Impressão deve ser feita em impressoras jato de tinta, laser ou em padrão
equivalente.

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• Margens

3 2

• Fonte e espaçamento

o Fonte tamanho 12 para o texto


o Fonte tamanho 10 para legendas de tabelas e ilustrações, citações longas (mais
de três linhas) e notas de rodapé
o O tipo da letra é Times New Roman ou Arial

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o Espaçamento 1,5
o Citações longas, as notas, as referências e os resumos em vernáculo e em
língua estrangeira devem ser digitados em espaço simples
o Nas citações longas recuar texto 4 cm partindo da margem esquerda
o Os títulos das seções devem ser separados do texto que os precede e que os
sucede por uma entrelinha dupla, alinhados à esquerda, separados de sua
respectiva numeração por um espaço antes do título.
o Os títulos sem indicativos numéricos (erratas, sumário, lista de tabelas, etc.)
devem ser centralizados.
o Os títulos das partes e/ou capítulos (seção primária) são escritos em letras
maiúsculas, fonte 14, em negrito, centralizado ou alinhado à esquerda.
o Os títulos das seções secundárias, ilustrações e tabelas são escritos em letras
minúsculas, excetuando-se a primeira letra que deve estar em maiúscula em
negrito, fonte 12.
o Os títulos das seções terciárias e sucessivas seguem as regras da seção
secundária, porém não são apresentadas em negrito.

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• Paginação

o Todas as folhas de trabalho a partir da folha de rosto devem ser contadas


seqüencialmente, mas não numeradas (obs.: numeradas com algarismos
romanos).
o A numeração é colocada, a partir da primeira folha da parte textual, em
algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior,
ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha.
o As folhas iniciais de capítulos e partes são contadas, mas não numeradas.
o No caso do trabalho ser constituído de mais de um volume, deve ser mantida
uma única seqüência de numeração das folhas, do primeiro ao último volume.
o Havendo apêndice e anexo, as suas folhas devem ser numeradas de maneira
contínua e sua paginação deve dar segmento à do texto principal.

• Numeração das seções

o Adotar a numeração progressiva para as seções do texto.

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o Os títulos das seções primárias (partes e capítulos), por serem as principais divisões
do texto, deverão iniciar em folha distinta.
o Exemplo da numeração das seções – NBR 6024

Seção Primária Seção Secundária Seção Terciária


1 1.1 1.1.1
2 2.1 2.1.1

• Numeração de ilustrações, equações, fórmulas e tabelas

o Algarismos arábicos, de modo crescente


o Fonte tamanho 10
o Pode ser subordinada ou não a capítulos ou seções do documento.

• Notas de rodapé

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o Têm a função de informar as fontes de origem do documento, complementar idéias,


traçar comentários, esclarecimentos ou explanações, apresentar traduções que não
possam ser incluídos no texto.
o As notas deverão ser digitadas dentro das margens, ficando separadas do texto por
um espaço simples e por um filete de 3 cm partindo da margem esquerda. No Word
podem ser criadas automaticamente no ícone Inserir, Notas, Notas de Rodapé.

• Citações

São menções, no texto, de informações extraídas de outras fontes, de forma direta ou


indireta (síntese das idéias).

a) Citação direta: transcrição literal do texto de outro(s) autor(es).

Citações com menos de três linhas deverão ser escritas normalmente dentro do texto,
entre aspas e com a indicação da fonte que deverá aparecer no texto, em notas ou em
rodapé.

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Exemplo:
Gonçalves (1995, p. 63) diz que “o papel de Pessoa na história da poesia é o exercício
de extrema lucidez sobre as falácias do sujeito”.

Citações longas, com mais de três linhas deverão ser digitadas em Fonte 10, com
recuo a 4 cm da margem esquerda, espaçamento simples, sem aspas, com indicação da
fonte junto ao texto ou em nota de rodapé ou ainda em notas no final da parte ou
capítulo.

Exemplo:
Assim como a condensação no trabalho do sonho, a estilização literária
enfatiza o aspecto da convergência; o deslocamento onírico, assim como
a paranóia, enfatiza os fatores de divergência. Os vários deslocamentos
acabam, porém, se encontrando em um determinado elemento, isto é,
aqueles fatores de divergência acabam redundando em convergências
(FONSECA, 1997, p.100).

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b) Citação indireta é o resumo ou a síntese das idéias de um texto/autor. Aparece em


forma normal textual, porém a fonte de onde foi retirada a informação deverá ser
indicada.

Exemplo:
Rocha (1997) analisa a proposta de Rui Barbosa, lembrando que há no Brasil uma
tradição em debater questões do ensino superior.

c) Citação de citação: é a menção de um texto, a cujo original não se conseguiu ter


acesso, mas do qual se tomou conhecimento por citação em outro trabalho.

A indicação da fonte é apresentada pelo nome do autor original, seguido da expressão


apud e do autor da obra consultada.

Nas referências bibliográficas (no final do trabalho e/ou em rodapé) somente se


menciona o nome do autor da obra consultada.

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Exemplo:

Carmagnani (1994 apud CARVALHO, 1998, p.84.) afirma que.......

"[...].................." (VIANNA,1988, p.164 apud SEGATTO, 1995, p.213.)

As idéias desenvolvidas por Padoin (2000 apud CHIARAMONTE, 2001) sobre a Revolução
Farroupilha vinculam esse fato histórico ao processo de formação dos estados nacionais no
espaço fronteiriço platino e à influência do Direito das Gentes.
• Formas de indicação das fontes das citações em notas de rodapé ou finais

o A numeração das notas é feita com algarismos arábicos e deverá ter numeração única
e consecutiva para cada capítulo ou parte, aparecendo, no caso de rodapé, na mesma
página que trouxer o texto citado.
o A primeira indicação de uma nota de fonte deverá apresentar todos os elementos
essenciais da referência; nas posteriores, utilizam-se os seguintes recursos:

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a) Ibid. (na mesma obra): só é usado quando se fizerem várias citações de uma mesma
publicação, variando apenas a paginação.
Exemplo:
1 CHIARAMONTE, 1998, p.145.
2 Ibid., p. 190.

b) Id. (do mesmo autor): substitui o nome, quando se tratar de citação do mesmo autor, mas
de obra diferente.
Exemplo:
1 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001, p. 7
2 Id., 2002, p. 5.

c) Op. cit. (na obra citada): é usada em seguida do nome do autor, referindo-se à obra
citada anteriormente, na mesma página, quando houver intercalações de outras notas.
Exemplo:
1 HOBSBAWN, 1999, p. 87.
2 ANDERSON, 2000, p. 73.
3 HOBSBAWN, op. cit., p. 91.

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d) Loc. cit. (no lugar citado): é empregada para mencionar a mesma página de uma obra já
citada, quando houver intercalações de outras notas de indicação bibliográfica.
Exemplo:
1 SPONCHIADO, 1996, p. 27.
2 SILVA, 2001, p. 63.
3 SPONCHIADO, loc. cit.

e) Passim (aqui e ali; em vários trechos ou passagens): usa-se quando se quer fazer
referência a diversas páginas de onde foram retiradas as idéias do autor, evitando-se a
indicação repetitiva dessas páginas. Indica-se a página inicial e a final.
Exemplo:
– THOMPSON, 1990, p. 143-211 passim.

f) Apud (citado por): é a menção de um texto a cujo original não se conseguiu ter acesso,
mas do qual se tomou conhecimento por citação em outro trabalho.
Exemplo:
– Carmagnani, 1994 (apud CARVALHO), 1998, p. 23.

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• Abreviaturas e siglas

o Sempre que aparecer no texto, pela primeira vez, a forma completa do nome precede
a sigla ou abreviatura que deverá estar entre parênteses.

Exemplo:
– Associação Brasileira de Ensino de Engenharia (ABENGE).
– Congresso Brasileiro de Engenharia Mecânica (COBEM).

• Equações e fórmulas

o Quando aparecem na seqüência normal do texto, é aconselhado o uso de uma


entrelinha maior que abranja todos os seus elementos (índices, expoentes, etc).
o Quando apresentadas fora do texto normal, deverão ser centralizadas e, se
necessário, numerá-las com algarismos arábicos, de modo crescente, fonte tamanho
10, podendo ser subordinadas ou não a capítulos ou seções do documento.

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o Caso fragmentadas em mais de uma linha, por falta de espaço, devem ser
interrompidas antes do sinal de igualdade ou depois dos sinais de operação.

Exemplo:

x2 + 2x + 4 = 0 (1.1) ou (1)

• Ilustrações

o As ilustrações compreendem imagens visuais, tais como: mapas, fotografias,


desenhos, organogramas, quadros, esquemas, diagramas, gráficos e plantas.
o São numeradas com algarismos arábicos, de modo crescente, fonte tamanho 10,
podendo ser subordinadas ou não a capítulos ou seções do documento.
o A identificação da ilustração aparece na parte inferior precedida da palavra designativa
(ex.: Figura), seguida de seu número de ordem, do respectivo título e/ou legenda
explicativa e da fonte, se necessário.
o A ilustração deve ser apresentada após sua citação no texto.

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o Deixa-se um espaço de duas linhas entre o texto e a ilustração.


o Se o espaço da página não permitir, a ilustração deve aparecer na página seguinte, mas o
texto prossegue, normalmente, no restante da página anterior.
o Após a ilustração, o texto se instala duas linhas abaixo da legenda.
o A chamada da ilustração, no texto, será feita pela indicação da palavra correspondente ao
tipo de ilustração (Figura, Quadro, Fotografia, Mapa...), seguida do respectivo número e
separada da legenda por travessão.
Exemplos:

Figura 25 – Numeração seqüencial ou (Figura 25)


Figura 3.1 – Numeração por seção ou (Figura 3.1)

• Tabelas e quadros

o A tabela é a forma não discursiva de apresentar informações, das quais o dado numérico se
destaca como informação central.
o Na identificação de Tabelas, devem aparecer os seguintes dados: título, cabeçalho, fonte
(caso seja outra que não o próprio trabalho), notas, chamadas.

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o A estrutura da tabela, constituída de traços, é delimitada por linhas.


o Não se deve delimitar (ou fechar) por traços verticais os extremos da tabela, à direita e à
esquerda.
o Deve-se separar o cabeçalho do conteúdo por linhas simples.
o Os traços verticais serão usados quando houver dificuldade na leitura de muitos dados.
o As regras de numeração de Tabelas ou Quadros seguem as mesmas das ilustrações.
o O título da Tabela é colocado na parte superior, precedido da palavra Tabela e de seu
número de ordem seguido de travessão.
o As fontes, quando citadas, assim como as notas eventuais, aparecem após o fio ou linha de
fechamento da Tabela.

Tabela 1 – Dados tratados estatisticamente


A a b c d
X 01 02 03 04
Y 05 06 07 08
Fonte: IBGE (1993).

o O quadro é outro elemento que contém informações textuais agrupadas em colunas.

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o O título para Quadros, por tratar-se de ilustração, é colocado na parte inferior.

A B C D E
10 20 30 40 50
50 60 70 80 90
Quadro 1.1 – Agrupamento de informações.

o Tabelas e quadros devem ser centrados em relação à página.


o Caso não couberem em uma página, devem ser continuadas na folha seguinte, e, nesse
caso, não é delimitada por traço horizontal na parte inferior, sendo o título e o cabeçalho
repetidos na folha seguinte.
o Em razão das dimensões da Tabela ou Quadro, a impressão poderá ser feita em folha A3,
para ser dobrada posteriormente, ou reduzida mediante fotocópia.

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5.3 – Caracterização dos elementos pré-textuais

DEDICATÓRIA (OPC.) LISTA ILUSTRAÇÕES (OPC.)


SUMÁRIO
FOLHA DE APROVAÇÃO
ABSTRACT LISTA DE ANEXOS E
ERRATA (OPCIONAL) APÊNDICES (OPC.)
RESUMO LISTA DE S ÍMBOLOS (OPC.)
FOLHA DE ROSTO
EPÍGRAFE (OPCIONAL) LISTA DE ABREVIATURAS E
LOMBADA (OPCIONAL)
SIGLAS (OPC.)
CAPA AGRADECIMENTOS (OPC) LISTA DE TABELAS (OPC.)

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5.4 – Caracterização dos elementos textuais

5.4.1 Dicas

• As partes introdução, desenvolvimento e conclusão devem apresentar uma


proporcionalidade no número de páginas, considerando as subdivisões e importância de
cada uma delas no documento.
• Aconselha-se que o texto seja redigido, preferencialmente, no estilo impessoal. Exemplo:
Procurou-se, verifica-se, trata-se, etc.
• Com relação ao modo e tempo verbais, sugere-se:
o Modo: indicativo
o Para revisão da literatura e resultados: tempo pretérito perfeito
o Comentários: tempo pretérito imperfeito
o Introdução e conclusão: tempo presente

5.4.2 Introdução

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• É o primeiro capítulo, no qual deve constar:


o A delimitação do tema
o A problemática
o Os objetivos
o A justificativa
o O referencial teórico
o Uma síntese relacionando as partes constituintes do trabalho
• Não deverá apresentar resultados nem conclusões

5.4.3 Desenvolvimento

• Parte principal do texto (não um capítulo) que contém a exposição ordenada e


pormenorizada do assunto.
• Sua subdivisão varia em razão da forma de abordagem do tema e do método de
pesquisa.
• O Desenvolvimento pode ser organizado e apresentado de três formas principais, de
acordo com a área e/ou Regulamento do Programa.

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5.4.3.1 Capítulos fixos

• Nessa forma de apresentação, o Desenvolvimento é subdividido em três capítulos


definidos:
o Revisão Bibliográfica
o Métodos e Técnicas (Materiais e Métodos ou Metodologia)
o Resultados e Discussão.

5.4.3.2 Capítulos temáticos

• Nessa forma de apresentação de Trabalhos Científicos não há normatização geral que


defina o número de capítulos.
• Sua divisão deverá valorizar os resultados e a discussão da problemática proposta bem
como sua fundamentação e conhecimento teórico e específico.
• O primeiro capítulo ou capítulos iniciais compreende a Revisão Bibliográfica, e os demais
capítulos temáticos desenvolvem o aprofundamento do assunto, abrangendo a
metodologia, os resultados e a discussão.

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5.4.4 Conclusão

• Parte final do texto, na qual são apresentadas as conclusões do trabalho e em que


medidas os objetivos propostos foram alcançados.
• Poderá conter sugestões e recomendações para novas pesquisas.

5.5 – Caracterização dos elementos pós-textuais (referências, apêndice,


anexo, glossário)

• Os elementos pós-textuais complementam o trabalho.


• São constituídos por referências, glossário, apêndices, anexos.

5.5.1 Referências

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• Elemento obrigatório que consiste em um “conjunto padronizado de elementos


descritivos retirados de um documento que permite sua identificação individual” (NBR
6023), mesmo que mencionado em nota de rodapé.
• O sistema de ordenação das Referências, adotado pela UFSM é o de ordem alfabética,
sendo reunidas no final do trabalho (após o capítulo – CONCLUSÃO).
• As referências devem ser alinhadas somente à margem esquerda do texto, de forma a se
identificar cada documento, em espaço simples e separadas entre si por espaço duplo.

5.5.2 Glossário (opcional)

• Consiste em uma lista em ordem alfabética de palavras ou expressões técnicas de uso


restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas
definições.
5.5.3 Apêndice (opcional)

• Consiste em um texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar sua


argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho.
• Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos
respectivos títulos.

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Exemplos:

APÊNDICE A – Avaliação de produtos cerâmicos

APÊNDICE B – Dimensões de produtos cerâmicos

5.5.4 Anexo (opcional)

• Consiste em um texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de


fundamentação, comprovação e ilustração.
• Os anexos são também identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e
pelos respectivos títulos (NBR 14724).

Exemplo:

ANEXO A – Modelos de elementos pré-textuais

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5.6 – Normas de referências bibliográficas

5.6.1 Autoria

a) Autor pessoal

• Indica(m)-se o(s) autor(es), de modo geral, pelo último sobrenome, em letras maiúsculas
seguido, após vírgula, pelos prenomes(s) e outros sobrenomes, abreviado(s) ou não.

– um autor:

BRESSAN, D. Gestão natural da natureza. São Paulo: HUCITEC, 1996.

– dois autores:

MARCHIORI, J. N. C.; SOBRAL, M. Dendrologia dos Angiospermas: myrtales. Santa


Maria: Ed. Da UFSM, 1997.

– três autores:

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BELINNAZO, H. J.; DENARDIN, C. B.; BELINAZO, M. L Análise do custo de energia


consumida para aquecer água em uma residência para banho de seus habitantes.
Tecnologia, Santa Maria, v.3, n. 1/2, p. 27-36, out. 1997.

– mais de três autores:

BAILY, P. et al. Compras: princípios e administração. São Paulo: Atlas, 2002.

– coordenador/organizador:

BARROSO, J. R. (Coord.). Globalização e identidade nacional. São Paulo: Atlas, 1999.

OBS: outros tipos de responsabilidades (tradutor, etc) podem ser acrescentados após o
título, conforme aparecem no documento.

DANTE ALIGHIERI. A divina comédia. Tradução prefácio e notas: Hernani Donato. São
Paulo: Círculo do Livro, [1983].

b) Autor entidade

• As obras de responsabilidade de entidades (órgãos governamentais, empresas,


associações, congressos, etc) têm entrada, de modo geral, pelo seu próprio nome, por
extenso.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa.


Planejamento estratégico do PGP-1999-2001. Santa Maria, 1999.

BRASIL. Ministério da Fazenda. Ministro da Fazenda, 1808-1983. Rio de Janeiro, 1983.

c) Autoria desconhecida

• A entrada é feita pelo título, destacando a primeira palavra em letras maiúsculas.

FALTA de chuva provoca perdas em várias culturas. A Razão, Santa Maria, 15/16 jan. 2000.
Caderno Economia, p.13.

5.6.2 Títulos e subtítulos


• O título e o subtítulo (se for usado) devem ser reproduzidos tal como figuram no
documento, separados por dois-pontos.
• O recurso tipográfico (negrito, grifo, ou itálico) usado para destacar o título da obra deve
ser uniforme em todas as referências.

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SEVERINO, A.J. Metodologia do trabalho científico: diretrizes para o trabalho didático


científico na universidade. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1976.

a) Títulos longos

• Podem-se suprimir palavras desde que não altere seu sentido. A supressão deve ser
indicada por reticências.

GONÇALVES , P. E. (Org.). A criança: perguntas e respostas: médicos, psicólogos,


professores, técnicos, dentistas... Prefácio do Prof. Dr. Carlos da Silva Lacas. São Paulo:
Cultrix: Ed. da USP, 1971.

b) Obras sem título

• Quando não existir título deve-se atribuir palavra ou frase que identifique o conteúdo do
documento, entre colchetes.

SIMPÓSIO BRASILEIRO DE AQUICULTURA, 1., 1978, Recife. [Trabalhos apresentados].


Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências, 1980.

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OBS: Títulos de periódicos podem ser abreviados conforme NBR 6023.

CARIBE, R. de C. V. Material cartográfico: alguns conceitos básicos. R. Bibliotecon.


Brasília, Brasília, DF, v. 5, n. 2, p. 317-325, jul./dez. 1987.

c) Dois títulos do mesmo autor reunidos na mesma publicação

• Registrar os dois títulos separados por ponto-e-vírgula.

MARSH, Ugaio. O jogo do assassino; Os artistas do crime. Tradução de Alba Igrejas


Lopes e Luiz Corção. São Paulo: Círculo do Livro, [1981]. 153, 207p. Paginações opostas.

5.6.3 Edição

• Transcrever abreviando-se os numerais ordinais e a palavra edição no idioma do


documento.

MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Técnicas de pesquisa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1990.

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5.6.4 Local

• Indicar a cidade de publicação.

RABERTTI, A. M. Normas para referências bibliográficas. Campinas: CATI, 1979. 11p.

a) Homônimos de cidades

• Para evitar ambigüidade, acrescenta-se a indicação do estado:

CAPALBO, E. da C.; OCCHIUTTO, M. L. Bianca, Clara, Karina: a história de uma mesma


mulher. Araras, SP: IDE, 1998.

b) Mais de um local

• Se há mais de um local para uma só editora, indicar o primeiro local:

SWOKOWSKI, E.W.; FLORES, V.R.L.; MORENO, M.Q. Cálculo de geometria analítica. 2a


ed. São Paulo: Makron Books, 1994. 2 v.

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Nota: na obra aparece: São Paulo – Rio de Janeiro – Lisboa – etc.

c) Local não consta na publicação

• Se o local não aparece, mas pode ser identificado, indique entre colchetes

CASOS reais de implantação de TQC. [Belo Horizonte]: Fundação Christiano Ottoni, 1995.
2 v.

d) Sem local

• Não sendo possível determinar o local, usar a expressão sine loco, abreviada e entre
conchetes [S.l]:

OS GRANDES clássicos da poesia lírica. [S.l]: Ex. Libris, 1981.

5.6.5 Editora

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• Abreviam-se os prenomes e suprimem-se as designações jurídicas e comercias.

CAMPOS, M. de M. (Coord.). Fundamentos da química orgânica. São Paulo: E. Blucher,


1997.

a) Duas editoras em cidades diferentes:

LAVILLE, C.; DIONNE, J. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em


ciências humanas. Porto Alegre: Artes Médicas; Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 1999.

b) Sem editora

• Se a editora não pode ser identificada, usar a expressão “sine nomine” abreviada, entre
colchetes:

FRANCO, I. Discursos: de outubro de 1992 a agosto de 1993. Brasília, DF: [s.n.], 1993.

c) Local e editora não podem ser identificados:

• Se o local e a editora não puderem ser identificados na publicação, mencionar entre


colchetes: [S.l.: s.n.]

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GONÇALVES, F.B. A história de Mirador. [S.l.: s.n.], 1993.

d) Editora também é autor da obra

• Quando o responsável pela autoria e pela editora for o mesmo, não será indicada a
editora.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informações e


documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

5.6.6 Data

• Indicar sempre em algarismos arábicos, sem espaçamento ou pontuação entre os


respectivos algarismos.

BULGARELLI, W. Fusões, incorporações e cisões de sociedades. 5.ed. São Paulo:


Atlas, 2000.

• Se nenhuma data puder ser determinada, registra-se uma data aproximada entre
colchetes.

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[19--] século certo


[19--?] século provável
[198-] década certa
[1989] data certa, não indicada no item

FLORENZANO, E. Dicionário de idéias semelhantes. Rio de Janeiro: Ediouro, [1993].


383p.

OBS: Em publicações periódicas, indicar os meses de forma abreviada no idioma da


publicação, ou estações do ano:

MAURA, A.S. de. Direito de habitação nas classes de baixa renda. Ciência & Trópicos,
Recife, v. 11, n. 1, p. 71-78, jan./jun. 1983.

OCHERT, A. Deconstructing DNA. New Scientist, New Jersey, v. 158, n. 2134, p. 32-35,
May 1998.

5.6.7 Descrição física

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• A descrição física, como elemento complementar de uma publicação, inclui paginação,


existência de material ilustrativo e dimensões para formatos excepcionais.

BENEZ, S.M. Aves: criação, clínica, teoria... São Paulo: Rabe, 1999. 2 v.

GALLIANO, A.G. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1979. 200p.

OLIVEIRA, N.C. Produção e perspectivas do ouro brasileiro. Rio de Janeiro: [s.n.], 1986.
61f.

PEIXES do Pantanal: agenda 1999. Brasília, DF: EMBRAPA, 1999. Não-paginado.

MARQUES, M.P.; LANZELOTTE, R.G. Banco de dados e hipermídia. Rio de Janeiro:


PUC, 1993. Paginação irregular.

CHEMELLO, T. Lãs, linhas e retalhos. 3. ed. São Paulo: Global, 1993. 61p., il., 16 cm x 23
cm.

5.6.8 Séries e coleções

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• Quando a publicação pertencer a uma série ou coleção, pode-se transcrever, entre


parênteses, o(s) título(s) separados, por vírgula, da numeração em algarismos arábicos.

VALLS, A.L.M. Que é ética. 9. ed. São Paulo: Brasiliense, 2000. 82p. (Coleção Primeiros
Passos, 117)

5.6.9 Notas

• São informações complementares indicadas no final da referência.

LAURENTI, R. Mortalidade pré-natal. São Paulo: Centro Brasileiro de Classificação de


Doenças, 1978. Mimeografado.

MARINS, J.L.C. Massa calcificada da vaso-faringe. Radiologia Brasileira, São Paulo, n. 23,
1991. No prelo.

CARVALHO, I.C.L.; PEROTA, M.L.R. Estratégia de marketing aplicada á área de


Biblioteconomia. 1989. Palestra realizada no IJSN em 29 out. 1989.

PEROTA, M.L.R. Representação descritiva. 1994. 55f. Notas de aula.

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CALDEIRA, M.V.W. Quantificação da biomassa e do conteúdo de nutrientes em


diferentes procedências de acácia-negra (Acácia mearnsii De wild.). 1998. 96p.
Dissertação (Mestrado em Silvicultura) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria,
1998.

5.6.10 Exemplos de referências


A seguir, são relacionados diversos exemplos de referências bibliográficas, em ordem
alfabética da fonte.

* Acórdãos, decisões e sentenças de cortes ou tribunais:

BRASIL. Tribunal Federal de Recursos. Em caso de rescisão de contrato de trabalho


com empresa pública em virtude de proibição constitucional e acumulação, descabe
indenização por despedida injusta. Hermes Quintiliano Abel. Caixa Econômica Federal
e União Federal versus os mesmos. Relator: Min. Evandro Gueiros Leite. Acórdão de
19 de mar. 1982. Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, n. 49, p. 99-100,
jul./set. 1982.

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* Anais de eventos (congressos, seminários, jornadas, atas, anais, resultados, proceedings


entre outras denominações):

(publicação considerada em parte)


BORGES, S. M. Serviços para usuários em bibliotecas universitárias. In: JORNADA
SUL-RIO-GRANDENSE DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 6., 1980, Porto
Alegre. Anais... Porto Alegre: Associação Rio-Grandense de Bibliotecários, 1980. p. 81-
97.

(publicação considerada no todo)


JORNADA SUL-RIO-GRANDENSE DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 6.,
1980, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: Associação Rio-Grandense de Bibliotecários,
1980. 357p.

*Anais de eventos em meio eletrônico

(publicação considerada no todo)

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CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos...


Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www.propesq.ufpe.br/anais/ anais.htm>.
Acesso em: 21 jan. 1997.

(publicação considerada em parte)


GUINCHO, M.R.A educação à distância e a biblioteca universitária. In: SEMINÁRIO DE
BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 10., 1998, Fortaleza. Anais... Fortaleza: Tec Treina,
1998. 1 CD-ROM.

SILVA, R.N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na


educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais
eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www.propesq.
ufpe.br/anais/anais/educ/ce04.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.

* Arquivos de imagens:

VEJA011075.JPG. Altura: 600 pixels. Largura: 800 pixels. True Color 24 bits. 223 Kb.
Formato JPEG. In: FERNANDES, Millôr. Em busca da imperfeição. São Paulo: Oficina,
1999. 1 CD-ROM.

* Artigos de jornais:

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NASSIF, Luís. A Capes e a ética universitária. Folha de São Paulo, São Paulo, 24 fev.
1992. Caderno 8, p. 2-3.

* Artigos de jornais em meio eletrônico:

SILVA, I.G. da. Pena de morte para o nascituro. O Estado de São Paulo, São Paulo, 19 set.
1998. Disponível em: <http://www.providafamilia.org/pena_morte_nascituro.htm>. Acesso
em: 19 set. 1998.

* Artigos de periódicos em meio eletrônico:

VIEIRA, C.L.; LOPES, M. A queda do cometa. Neo Interativa, Rio de Janeiro, n. 2, inverno, 1994. 1 CD-
ROM.

WINDOWS 98: o melhor caminho para atualização. PC World, São Paulo, n. 75, set. 1998.
Disponível em: <http://www.idg.com.br/abre.htm>. Acesso em: 10 set. 1998.
* Atlas:

ATLAS Mirador Internacional. Rio de Janeiro: Enciclopédia Britânica do Brasil, 1981. 1 atlas.
Escalas variam.

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* Bíblia:

BÍBLIA. 1993. A Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamento. Traduzida em português por
João Ferreira de Almeida. 2. ed. rev. e atual. no Brasil. São Paulo: Sociedade Bíblica do
Brasil, 1993.

* Bulas de medicamentos:

RESPRIN: comprimidos. Responsável técnico Delasmar R. Bastos. São José dos Campos: Johnson & Johnson,
1997. Bula de remédio.

* Cartões telefônicos:

FIGUEIREDO, V. Veleiros ao crepúsculo. [S.l.]: Telemar, 2001. 1 cartão telefônico, 30 min


(Veleiros). RJ <0103(IP-02)252V/1>2/4.

* Catálogos:

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. 3. Exposição do acervo da galeria


de arte e pesquisa da Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Artes: obras
adquiridas em 1981-1983. Vitória, 1984. Não-paginado.

MUSEU DA IMIGRAÇÃO (São Paulo, SP). Museu da imigração – S. Paulo: catálogo. São
Paulo, 1997. 16p.

* CDs (compact disc):

TITÃS acústico. Manaus: Wea Music, 1997. 1 CD (56min): digital, estéreo.

COSTA, S.; SILVA, A. Jura secreta. Intérprete: Simone. In: SIMONE. Face a face. [S.l.]:
Emi-Odeon Brasil, p1977. 1 CD. Faixa 7.

* CD-ROM:
(NO TODO)
KOOGAN, A.; HOUAISS, A. (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98. São Paulo: Delta:
Estadão, 1998. 5 CD-ROM.

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(em parte)
MORFOLOGIA dos artrópodes. In: ENCICLOPÉDIA multimídia dos seres vivos. [S.l.]:
Planeta De Agostini, c.1998. CD-ROM 9.

* Correspondências: cartas, ofícios e telegramas:

SILVA, M. Carta Fabiane Silva. Solicita informações sobre Santa Maria. São Paulo, 14 dez.
1984. 2p.

* Dicionários:

HOUAISS, A. (Ed.). Novo dicionário Folha Webster’s: inglês/português, português/inglês.


Co-editor Ismael Cardim. São Paulo: Folha da Manhã, 1996. Edição exclusiva para o
assinante da Folha da Manhã.

* Disquetes:

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GUIMARÃES, R. C. M. ISA.EXE: sistema de gerenciamento para seleção e aquisição de


material bibliográfico. Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, Biblioteca Central,
1995. 2 disquetes 5 ¼ pol.
* Dissertações:

FLORES, E.F. Leucose enzoótica bovina: estudos soro epidemiológicos, hematológicos e


histológicos em rebanhos leiteiros na região de Santa Maria, RS. 1989. 132f. Dissertação
(Mestrado em Medicina Veterinária) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria,
1989.

* DVDs:

ARTHUR: o milionário sedutor. Produzido por Robert Greenhut. Escrito e dirigido por Steve
Gordon. Música de Burt Bacharach. Intérpretes: Dudley Moore, Liza Minelli, John Gielgud et
al. 1 DVD (97min), color. Oscar de melhor canção e ator coadjuvante.

* Entrevistas:

SQUIER, C.A. [Entrevista disponibilizada em 3 de setembro de 1999, a Internet]. 1999.


Disponível em: <http://www.odontologia.com.br/artigo/squier-entrevista.html>. Acesso em: 4
jul. 2000.

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SILVA, Luiz Inácio Lula da. Luiz Inácio Lula da Silva: depoimento [abr.1991].
Entrevistadores: V. Tremel e M. Garcia. São Paulo: SENAI-SP, 1991. dois cassetes sonoros.
Entrevista concedida ao Projeto Memória do SENAI-SP.

* Esculturas:

DUCHAMP, M. Escultura para viajar. 1918. 1 escultura variável.

* Filmes:

A ORIGEM dos andamentos. Direção de Bruno de André. São Paulo: Escola de


Comunicação e Artes da USP, 1980. 1 bobina cinematográfica (12 min), son., color., 35 mm.

* Fitas cassete:

NUNES, Clara. As forças da natureza [S.l.]: Emi-Odeon, p1977. 1 cassete sonoro (ca. 40
min).

* Folhetos e livretes:

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BRAGA SOBRINHO, R.; FREIRE, E. Distribuição dos algodoeiros no nordeste do


Brasil. Campina Grande: [s.n.], 1983. 38p. (Documentos, 19).

* Fotografias:

KOBAYASHI, K. Doença dos xavantes. 1980. 1 fotografia, color., 16 cm x 56 cm.

* Globo:

GLOBO terrestre. [São Paulo]: Atlas, 1980. 1 globo, color., 30 cm de diâm. Escala 1:
63.780.000.

* Gravações de Vídeo:

TECNOLOGIA de aplicação de defensivos agrícolas: módulo I. Direção de Jershon Morais.


Viçosa, MG: Centro de Promoções Técnicas, [1996]. 1 videocassete (52 min), VHS, son.,
color.

* Home pages:

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UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO. UNIRIO - Universidade do Rio de Janeiro. Rio de


Janeiro, 1999. Disponível em: <http://www.unirio.br>. Acesso em: 8 abr. 2002.

* Legislação:

Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada


em 5 de outubro de 1988: atualizada até a Emenda Constitucional n. 20, de 15-12-1998.
21. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

RIO GRANDE DO SUL. Constituição (1989). Constituição do Estado do Rio Grande do


Sul. Porto Alegre: CORAG, 1989. 133p.

* Legislação em meio eletrônico:

BRASIL. Lei n. 9.887, de 7 de dezembro de 1999. Altera a legislação tributária federal.


Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 dez. 1999. Disponível
em : <http://www.in.gov.br/mp_leis/leis_texto.asp?ld=LEI%209887>. Acesso em: 22 dez.
1999.

* Listas de discussão:

LISTA de discussão do Movimento Tortura Nunca Mais – Pernambuco. Disponível em:


<http://www.torturanuncamais.org.br/mtnm_lis/lis_index.htm>. Acesso em: 25 jan. 2001.

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* Livros:

(publicação considerada no todo)


McGARRY, K. J. Da documentação à informação: um contexto em evolução. Lisboa:
Presença, 1984. 195p.

BRASIL: roteiros turísticos: São Paulo. Folha da Manhã, 1995. 319p, il. (Roteiros turísticos
FIAT). Inclui mapa rodoviário.

(publicação considerada em parte)


SANTOS, F.R. dos. A colonização da terra dos Tucujús. In:____. História do Amapá, 1o
grau. 2. ed. Macapá: Valcan, 1994. cap. 3, p. 15-24.

ROMANO, G. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.; SCHMIDT, J. (Org.).
História dos jovens 2: a época contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
p. 7-16.
* Mapas:

MAPA mundi: político, didático. São Paulo: Michelany, 1982. 1 mapa, color., 120 cm. Escala
1:100.000.

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* Mensagens pessoais (e-mail):

• As mensagens que circulam por intermédio do correio eletrônico devem ser


referenciadas somente quando não se dispuser de nenhuma outra fonte para abordar o
assunto em discussão. Mensagens trocadas por e-mail têm caráter informal, interpessoal
e efêmero, e desaparecem rapidamente, não sendo recomendável seu uso como fonte
científica ou técnica de pesquisa.

ALMEIDA, M.P.S. Fichas para MARC [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por
<mtmendes@uol.com.br> em 16 abr. 2001.

* Mensagem recebida via lista de discussão:

NELSON-STRAUSS, Brenda. Chicago Symphony Orchestra Archive’s Online Catalog.


Mensagem recebida da lista IAML-L <IAML-L@cornell.edu> em 10 maio 2001.

* Monografias:

LAGO, S. C. B. Análise dos acidentes de trabalho com menores de 19 anos na região


de Santa Maria, no período de set./94 a set./96. 1996. 75f. Monografia (Especialização em
Engenharia de Segurança) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 1996.

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* Normas técnicas:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR6023: Informação e


documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 22p.

* Obras mediúnicas:

LUCIUS (Espírito). Quando chega a hora. [Psicografado por] Zíbia Gasparetto. 7. ed. São
Paulo: Vida e Consciência, 1999.

* Partituras musicais:

VILLA-LOBOS, H. Bachianas brasileiras n. 5. Rio de Janeiro: FBN/DIMAS, [1998]. 1


partitura (6p.).

* Patentes:

COMMODITIES TRADING AND DEVELOPMENT LIMITED. ANDRÉ ASPA. PROCESSO E


INSTALAÇÃO PARA ALCALINIZAR E PASTEURIZAR AS SEMENTES DE CACAU ANTES DE SEU

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ESMAGAMENTO. INT. C13 A 23G 1/02. BR N. PI 8002165. 2 ABR. 1980: 25 NOV. 1980. REVISTA
DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL, RIO DE JANEIRO, N. 527, P. 15, 25 NOV. 1980.

EMBRAPA. Unidade de Apoio, Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação


Agropecuária (São Carlos, SP). Paulo Estevão Cruvinel. Medidor digital multisensor de
temperatura para solos. BR n. PI 8903105-9, 26 jun. 1989, 30 maio 1995.

* Periódicos:
(artigo)
MENDEZ, M. et al. Fotossensibilização em bovinos causada por Ammi majus (Umbiliferae)
Rio Grande do Sul. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 11, n. 1/2, p. 17-19, 1991.

SEKEFF, Gisela. O emprego dos sonhos. Domingo, Rio de Janeiro, ano 26, n. 1344, p. 30-
36, 3 fev. 2002.

(coleção)
REVISTA DO CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS. Santa Maria: Universidade Federal de
Santa Maria, 1979 – Semestral.

(fascículo)
REVISTA DO CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS. Santa Maria: UFSM, v. 2, n. 1/2, jan./jun.
1972.

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(fascículo com título próprio)

As 500 maiores empresas do Brasil. Conjuntura Econômica, Rio de Janeiro, v. 38, n. 9,


set. 1984. Edição especial.

* Pinturas:

MATTOS, M. Dirce. Paisagem-Quatro Barras. 1987. 1 original de arte, óleo sobre tela, 40
cm x 50 cm. Coleção particular.

* Polígrafos e apostilas:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Centro de Educação Física e Desportos.


Voleibol. Santa Maria, [198-]. Não-paginado, mimeografado.

* Programas de computador:

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BIBLIOTECA BRASILEIRA DE PROGRAMAS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. Controle


de estoque. São Paulo, 1989. Versão 1.3. 1 disquete 5 ¼. Sistema operacional MS-DOS e
manual de codificação.

* Regulamentos:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Biblioteca Central. Regulamento de


empréstimo. Santa Maria, 2001. 3p. mimeografado.

* Resenhas:

OBS: Referencia-se a resenha, seguida da expressão “Resenha de:” e a referência da obra,


objeto desta.

LANNA, Marcus. Em busca da China moderna. Cadernos de Campo, São Paulo, ano 5, n.
5/6, p.255-258, 1995/1996. Resenha de: SPENDE, Jonathan. Em busca da China
moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

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MATSUDA, C.T. Cometas: do mito à ciência. São Paulo: Ícone, 1986. Resenha de:
SANTOS, P.M. Cometa: divindade momentânea ou bola de gelo sujo? Ciência Hoje, São
Paulo, v. 5, n. 30, p. 20, abr. 1987.

* Resumos e índices:

SCHUKKEN, Y. et al. Dynamics and regulation of bulk milk somatic cell counts. Canadian
Journal of Veterinary Research, v. 57, n. 2, p. 131-135, 1993. Resumo publicado no Vet.
Bulletin, v. 64, n. 1, p. 36, 1994.

* Selos:
NATAL: 2000 anos do nascimento de Jesus Cristo. Arte de Thereza Regina Barja Fidalga.
[Rio de Janeiro]: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, 2000. 1 selo, color., 33 mm x
38 mm. (Brasil 2000) Valor: R$ 0,27.

* Separatas:

OBS: Separatas de monografias são referenciadas como monografias consideradas em


parte, substituindo-se a expressão “In:” por “Separata de:”.

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LOBO, A. M. Moléculas da vida. Separata de: DIAS, Alberto Romão; RAMOS, Joaquim J.
Moura (Ed.). Química e sociedade: a presença da Química na atividade humana. Lisboa:
Escolar, 1990. p. 49-62.
* Separatas de periódicos:

LIMA, R. A vida desconhecida do revolucionário alagoano Padre Caldas. Separata de:


Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, v. 312, p. 283-312,
jul./set. 1976.

* Slides (diapositivos):

PEROTA, Celso. Corte estratigráfico do sítio arqueológico Guará I. 1989. 1 dispositivo,


color.

* Teses:

ALMEIDA, T. L. Qualidade e produtividade em sala de aula: um enfoque nas relações


interpessoais. 1999. 246f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Universidade
Federal de Santa Maria, Santa Maria, 1999.

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* Textos em meio eletrônico:

POLÍTICA. In: DICIONÁRIO da língua portuguesa. Lisboa: Priberam Informática, 1998.


Disponível em: <http://www.priberam.pt/dlDLPO>. Acesso em: 8 mar. 1999.

QUEIROS, Eça de. A relíquia. In: BIBLIOTECA virtual do estudante brasileiro. São Paulo:
USP, 1998. Disponível em: <http://www.bibvirt.futuro.usp.br/>. Acesso em: 20 ago. 2002.

5.7 – Apresentação dos resultados obtidos

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